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competência do enfermeiro na atenção básica, Notas de estudo de Políticas Públicas

competência do enfermeiro na atenção básica

Tipologia: Notas de estudo

2020

Compartilhado em 09/01/2020

monica-lima-77
monica-lima-77 🇧🇷

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Aluna : Monica Cristina de Lima Silva
Enfermagem – 7NA
Principais pontos encontrados no artigo científico sobre atenção básica em Saúde
Competência do enfermeiro na Atenção Básica: em foco a humanização do processo de trabalho#
Nursing competence in the Primary Care: a focus on the humanization of the work process
A possibilidade de se traçar competências para a prática do enfermeiro na Atenção Básica é um recurso importante
para subsidiar a formação deste profissional. A Política Nacional de Humanização reafirma a necessidade de
assegurar atenção integral à população e ampliar a condição da saúde como direito de cidadania das pessoas. O
Os desafios para a qualificação do SUS e os modelos de atenção que dele derivam são muitos e variados, passando
pela formação e capacitação dos profissionais que integram a rede pública de assistência à saúde. Dentre esses
profissionais, a enfermagem brasileira tem tido papel de estaque na defesa do SUS. A reorientação do modelo
assistencial no SUS segue os princípios da Atenção Primaria à Saúde. No Brasil, o modelo de Atenção Primaria à
Saúde é chamado de Atenção Básica e compreende a ideia de um sistema universal e integrado de ação à saúde. A
Atenção Básica (AB) caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange
a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios
da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da
responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social1 . Segundo a Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB), a AB tem como fundamentos: Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de
qualidade e resolutivos, caracterizados como porta de entrada principal do sistema de saúde, como território
adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada e em consonância ao princípio de
equidade; efetivar a integralidade em seus vários aspectos: integração de ações programáticas, articulação das ações
de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho interdisciplinar e
em equipe, além da coordenação do cuidado na rede de serviços; desenvolver relações de vínculo responsabilização
entre as equipes de saúde e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e longitudinalidade
do cuidado; valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua
formação e capacitação; avaliar e acompanhar sistematicamente os resultados alcançados como parte do processo
de planejamento e programação; estimular a participação popular e o controle social (p. 13)1 . A noção de formação
por competência na enfermagem sucede à noção de qualificação e explicita os conteúdos reais do trabalho, se
colocando para além da formação, dos atributos pessoais, das potencialidades e dos valores.
Identifica-se um rol de 21 competências gerais e 11 competências específicas para a prática de enfermagem na AB.
As competências são:
competências gerais: 1 – buscar na ética os valores e princípios para sua atuação; 2 – promover o comprometimento
com a saúde, como direito individual e coletivo; 3 – responsabilizar- -se pela atenção à saúde e contribuir para a sua
organização; 4 – identificar-se com o trabalho; 5 – utilizar instrumentos de comunicação; 6 – saber ouvir o usuário; 7
– adotar uma perspectiva interdisciplinar; 8 – organizar seu processo de trabalho de forma articulada com a equipe
de saúde; 9 – integrar a equipe na constituição do planejamento e avaliação das ações de saúde; 10 – ser capaz de
assumir a gerência e a gestão do serviço de saúde; 11 – trabalhar com a perspectiva da Vigilância da Saúde; 12 –
conhecer a comunidade e com ela estabelecer e manter vínculos; 13 – desenvolver ações de prevenção e proteção
da saúde; 14 – identificar os problemas de saúde; 15 – compreender a dimensão coletiva dos problemas de saúde;
16 – priorizar casos urgentes; 17 – buscar a resolubilidade; 18 – trabalhar com grupos, respeitar e interagir com
diferenças culturais; 19 – demonstrar iniciativa; 20 – prestar atendimento integral dentro dos princípios do SUS; 21 –
demonstrar conhecimento dos problemas e necessidades de saúde da população, bem como dos determinantes
sociais6 .
Como competências específicas, a autora listou: 1 – atuar com autonomia; 2 – coordenar a equipe de enfermagem;
3 – planejar e sistematizar a assistência de enfermagem; 4 – supervisionar e apoiar a equipe de enfermagem; 5 –
articular a educação em saúde à sua prática cotidiana; 6 – promover a saúde de indivíduos, família e comunidade; 7
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Aluna : Monica Cristina de Lima Silva

Enfermagem – 7NA

Principais pontos encontrados no artigo científico sobre atenção básica em Saúde

Competência do enfermeiro na Atenção Básica: em foco a humanização do processo de trabalho#

Nursing competence in the Primary Care: a focus on the humanization of the work process

A possibilidade de se traçar competências para a prática do enfermeiro na Atenção Básica é um recurso importante para subsidiar a formação deste profissional. A Política Nacional de Humanização reafirma a necessidade de assegurar atenção integral à população e ampliar a condição da saúde como direito de cidadania das pessoas. O Os desafios para a qualificação do SUS e os modelos de atenção que dele derivam são muitos e variados, passando pela formação e capacitação dos profissionais que integram a rede pública de assistência à saúde. Dentre esses profissionais, a enfermagem brasileira tem tido papel de estaque na defesa do SUS. A reorientação do modelo assistencial no SUS segue os princípios da Atenção Primaria à Saúde. No Brasil, o modelo de Atenção Primaria à Saúde é chamado de Atenção Básica e compreende a ideia de um sistema universal e integrado de ação à saúde. A Atenção Básica (AB) caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social1. Segundo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a AB tem como fundamentos: Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como porta de entrada principal do sistema de saúde, como território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada e em consonância ao princípio de equidade; efetivar a integralidade em seus vários aspectos: integração de ações programáticas, articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho interdisciplinar e em equipe, além da coordenação do cuidado na rede de serviços; desenvolver relações de vínculo responsabilização entre as equipes de saúde e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e longitudinalidade do cuidado; valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação; avaliar e acompanhar sistematicamente os resultados alcançados como parte do processo de planejamento e programação; estimular a participação popular e o controle social (p. 13)1. A noção de formação por competência na enfermagem sucede à noção de qualificação e explicita os conteúdos reais do trabalho, se colocando para além da formação, dos atributos pessoais, das potencialidades e dos valores. Identifica-se um rol de 21 competências gerais e 11 competências específicas para a prática de enfermagem na AB. As competências são: competências gerais: 1 – buscar na ética os valores e princípios para sua atuação; 2 – promover o comprometimento com a saúde, como direito individual e coletivo; 3 – responsabilizar- -se pela atenção à saúde e contribuir para a sua organização; 4 – identificar-se com o trabalho; 5 – utilizar instrumentos de comunicação; 6 – saber ouvir o usuário; 7

  • adotar uma perspectiva interdisciplinar; 8 – organizar seu processo de trabalho de forma articulada com a equipe de saúde; 9 – integrar a equipe na constituição do planejamento e avaliação das ações de saúde; 10 – ser capaz de assumir a gerência e a gestão do serviço de saúde; 11 – trabalhar com a perspectiva da Vigilância da Saúde; 12 – conhecer a comunidade e com ela estabelecer e manter vínculos; 13 – desenvolver ações de prevenção e proteção da saúde; 14 – identificar os problemas de saúde; 15 – compreender a dimensão coletiva dos problemas de saúde; 16 – priorizar casos urgentes; 17 – buscar a resolubilidade; 18 – trabalhar com grupos, respeitar e interagir com diferenças culturais; 19 – demonstrar iniciativa; 20 – prestar atendimento integral dentro dos princípios do SUS; 21 – demonstrar conhecimento dos problemas e necessidades de saúde da população, bem como dos determinantes sociais. Como competências específicas, a autora listou: 1 – atuar com autonomia; 2 – coordenar a equipe de enfermagem; 3 – planejar e sistematizar a assistência de enfermagem; 4 – supervisionar e apoiar a equipe de enfermagem; 5 – articular a educação em saúde à sua prática cotidiana; 6 – promover a saúde de indivíduos, família e comunidade; 7
  • coordenar ações educativas na comunidade e na unidade de saúde; 8 – realizar consulta de enfermagem; 9 – promover educação continuada / permanente em enfermagem; 10 – demonstrar capacidade de acolhimento e sensibilidade; 11 – prestar cuidado domiciliar de enfermagem. É possível verificar no rol de competências listadas a presença de muitos valores / pressupostos da humanização, os quais, embora não sejam tratados como parte da “caixa de ferramentas” humanização, compõem de maneira ampliada o conjunto de saberes que devem formação por competência consiste em um dos aspectos centrais nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação em enfermagem. A noção de competências surge bastante articulada a essa nova ordem mundial que se instaura para o trabalho e encontra eco na área da saúde apoiada nas características do trabalho em saúde. O objetivo deste artigo foi discutir as competências de enfermagem, segundo o suporte que dão às praticas de humanização em saúde. A incorporação dos temas relativos à humanização na Atenção Básica deve ser entendida como uma atitude que busca sensibilizar as esferas de governo e os profissionais, sem ser compartimentadas em programas, disciplinas ou deslocada para abordagens específicas. A abordagem da formação e das práticas profissionais a partir da noção de competências surge articulada a uma ordem mundial que se instaura para o trabalho e encontra eco no trabalho em saúde. A adoção do modelo de competências, para pensar a formação do profissional de saúde, possibilita adequar a formação dos trabalhadores às novas exigências do sistema produtivo. A abordagem por competência possibilita a flexibilização do mercado de trabalho e a unificação do sistema de qualificação profissional. A análise das competências que tem balizado o preparo do enfermeiro para atuar na AB mostrou que a supremacia do ensino “tecnológico” está se abrindo para a importância de se resgatar o ensino que desperte o “humano”, o “solidário”, o “cuidador”. Construir competências que tornem o enfermeiro capaz de reconhecer as necessidades de saúde “do outro” e “com o outro” envolve um exercício de construção também de cidadania Ressalta-se a importância das inovações em termos das tecnologias de educação e formação profissional, pois a formação de um profissional mais autônomo, mais participativo, mais envolvido com o compromisso e com a responsabilidade social, seja ela expressa na relação com o indivíduo ou com o coletivo, necessita de relações de ensino-aprendizagem mais emancipatórias e críticas. A inserção precoce e crítica dos alunos para ações de cunho teórico-prático junto aos serviços AB de saúde se configura em uma ação muito próxima do horizonte que almejamos para o ensino da enfermagem e para o SUS.