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Guias e Dicas
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Compostagem no IFMG-Campus Ouro Branco: Educação Ambiental e Sustentabilidade, Manuais, Projetos, Pesquisas de Química Verde

Um projeto de compostagem iniciado no campus ouro branco do ifmg, que visava reduzir os resíduos orgânicos, melhorar a qualidade do solo e capacitar estudantes sobre a importância da educação ambiental. O processo envolvia a coleta diária de resíduos orgânicos, sua decomposição natural e a produção de composto orgânico, que foi utilizado como adubo. O projeto teve sucesso e contribuiu para a redução de resíduos no campus, além de incentivar a prática da agricultura urbana.

O que você vai aprender

  • Como foi feita a coleta e decomposição dos resíduos orgânicos no projeto de compostagem do IFMG-Campus Ouro Branco?
  • Quais foram as características do composto orgânico produzido no projeto de compostagem do IFMG-Campus Ouro Branco?
  • Quais foram as principais consequências da descarte inadequado de resíduos orgânicos no IFMG-Campus Ouro Branco?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 05/06/2021

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III Seminário de Iniciação Científica e Extensão do IFMG Campus Ouro Branco
04 de outubro de 2019
COMPOSTAGEM: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE
LIBERATO JÚNIOR, J.I¹; CARMO, A.S2; PESSOA, P.R3; VIEIRA, F.L4; TOLEDO, T.V5
¹Estudante do curso Bacharelado em Engenharia Metalúrgica do IFMG - Campus Ouro Branco, bolsista do IFMG,
E-mail: liberatojunior23@gmail.com.
2Estudante do curso Bacharelado em Engenharia Metalúrgica do IFMG - Campus Ouro Branco, voluntário do IFMG,
E-mail: alisson98silvio@hotmail.com.
3Estudante do curso Bacharelado em Engenharia Metalúrgica do IFMG - Campus Ouro Branco, voluntário do IFMG,
E-mail: paulinhareispessoa@yahoo.com.br.
4Estudante do curso Técnico Integrado em Informática do IFMG - Campus Ouro Branco, voluntário do IFMG,
E-mail: francyellenlage@hotmail.com.
5Professor orientador do IFMG Campus Ouro Branco. E-mail: thiago.toledo@ifmg.edu.br
Resumo: Diariamente são originados resíduos sólidos orgânicos nas dependências do IFMG Campus
Ouro Branco. Proliferação de animais vetores de doenças, contaminação de solo e água, são algumas
das principais consequências do descarte inadequado deste tipo de rejeito. Com o objetivo de
amenizar estes impactos negativos e promover a educação ambiental, foi desenvolvido o projeto de
compostagem no instituto. Foram implantadas lixeiras orgânicas, distribuídas nas dependências da
instituição e começou-se a realizar a compostagem do material, coletado diariamente. Foram
construídas composteiras de baixo custo, e através de processo natural, a matéria orgânica foi
degradada por microrganismos. O processo se fez com baixa liberação de chorume e sem liberação
de odores, uma necessidade em um campus urbano. Alunos foram capacitados para determinação de
parâmetros que prediziam a qualidade do composto produzido: capacidade de retenção de água,
condutividade elétrica, pH, teores de umidade, cinzas e matéria orgânica. A partir da décima semana,
a variação foi mínima, indicando a tendência de estabilidade do processo. As características do
composto final, após quatorze semanas, permitiram sua utilização como adubo orgânico. A
compostagem se mostrou como excelente ferramenta para o reaproveitamento de resíduos, a
capacitação de estudantes e a promoção da educação ambiental.
Palavras-chave: Resíduos sólidos orgânicos. Compostagem. Educação ambiental. Capacitação.
Área do conhecimento (CNPq): Ciências Exatas e da Terra.
1 INTRODUÇÃO
Capra (2006) afirma que uma comunidade sustentável deve ser desenvolvida de maneira que
a forma de viver, os negócios, a economia, tecnologias, e estruturas físicas não interfiram na
capacidade da natureza de sustentar a vida. Fonseca (2009) reforça que a educação ambiental é
considerada essencial para formar cidadãos conscientes, capazes de tomar decisões incidentes sobre
a realidade socioambiental, de forma comprometida com a vida do planeta.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
(APRELPE), no Brasil os resíduos orgânicos correspondem a mais da metade do fluxo de resíduos
produzidos (cerca de 51,4%). Dores-Silva (2013) define resíduos sólidos orgânicos como materiais
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III Seminário de Iniciação Científica e Extensão do IFMG – Campus Ouro Branco

COMPOSTAGEM: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

LIBERATO JÚNIOR, J.I¹; CARMO, A.S^2 ; PESSOA, P.R^3 ; VIEIRA, F.L^4 ; TOLEDO, T.V^5

¹Estudante do curso Bacharelado em Engenharia Metalúrgica do IFMG - Campus Ouro Branco, bolsista do IFMG, E-mail: liberatojunior23@gmail.com. (^2) Estudante do curso Bacharelado em Engenharia Metalúrgica do IFMG - Campus Ouro Branco, voluntário do IFMG, E-mail: alisson98silvio@hotmail.com. (^3) Estudante do curso Bacharelado em Engenharia Metalúrgica do IFMG - Campus Ouro Branco, voluntário do IFMG, E-mail: paulinhareispessoa@yahoo.com.br. (^4) Estudante do curso Técnico Integrado em Informática do IFMG - Campus Ouro Branco, voluntário do IFMG, E-mail: francyellenlage@hotmail.com. (^5) Professor orientador do IFMG – Campus Ouro Branco. E-mail: thiago.toledo@ifmg.edu.br Resumo: Diariamente são originados resíduos sólidos orgânicos nas dependências do IFMG Campus Ouro Branco. Proliferação de animais vetores de doenças, contaminação de solo e água, são algumas das principais consequências do descarte inadequado deste tipo de rejeito. Com o objetivo de amenizar estes impactos negativos e promover a educação ambiental, foi desenvolvido o projeto de compostagem no instituto. Foram implantadas lixeiras orgânicas, distribuídas nas dependências da instituição e começou-se a realizar a compostagem do material, coletado diariamente. Foram construídas composteiras de baixo custo, e através de processo natural, a matéria orgânica foi degradada por microrganismos. O processo se fez com baixa liberação de chorume e sem liberação de odores, uma necessidade em um campus urbano. Alunos foram capacitados para determinação de parâmetros que prediziam a qualidade do composto produzido: capacidade de retenção de água, condutividade elétrica, pH, teores de umidade, cinzas e matéria orgânica. A partir da décima semana, a variação foi mínima, indicando a tendência de estabilidade do processo. As características do composto final, após quatorze semanas, permitiram sua utilização como adubo orgânico. A compostagem se mostrou como excelente ferramenta para o reaproveitamento de resíduos, a capacitação de estudantes e a promoção da educação ambiental. Palavras-chave : Resíduos sólidos orgânicos. Compostagem. Educação ambiental. Capacitação. Área do conhecimento (CNPq): Ciências Exatas e da Terra. 1 INTRODUÇÃO Capra (2006) afirma que uma comunidade sustentável deve ser desenvolvida de maneira que a forma de viver, os negócios, a economia, tecnologias, e estruturas físicas não interfiram na capacidade da natureza de sustentar a vida. Fonseca (2009) reforça que a educação ambiental é considerada essencial para formar cidadãos conscientes, capazes de tomar decisões incidentes sobre a realidade socioambiental, de forma comprometida com a vida do planeta. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (APRELPE), no Brasil os resíduos orgânicos correspondem a mais da metade do fluxo de resíduos produzidos (cerca de 51,4%). Dores-Silva (2013) define resíduos sólidos orgânicos como materiais

III Seminário de Iniciação Científica e Extensão do IFMG – Campus Ouro Branco biodegradáveis cuja reciclagem auxilia na retenção de umidade e na melhoria da textura do solo, além de fornecer macro e micronutrientes às plantas. A geração de resíduos sólidos orgânicos (RSO) através da alimentação, acompanha as atividades cotidianas dos membros da comunidade acadêmica do IFMG Campus Ouro Branco. Restos de alimentos, quando descartados de forma inadequada, geram chorume e atraem animais vetores de doenças, como ratos e baratas. Ao perceber a eliminação constante destes resíduos, foi desenvolvido um projeto onde há o recolhimento de tais RSO para reaproveitamento através da geração de composto orgânico, podendo ser utilizado como adubo, fonte de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, zinco, cobre, manganês e boro para as plantas (PAIXÃO et al., 2012). O recolhimento é feito a partir de lixeiras orgânicas distribuídas pelo Campus , em que os membros da instituição passaram a depositar seus restos de alimentos como, principalmente, cascas de banana, sobras de maçã e goiaba, frutas comumente distribuídas através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Diante desta ação, os materiais são armazenados em composteiras, produzidas a partir de materiais de baixo custo, onde há o processo de decomposição com a ajuda de fungos e bactérias, com baixa liberação de chorume. O processo de compostagem recicla a matéria orgânica e forma um composto orgânico que melhora a qualidade do solo sem agredir o meio ambiente e contribui para redução do acúmulo desses resíduos nos aterros. Contudo, foi objetivado, a partir deste trabalho, mostrar bons resultados da compostagem, e assim promover a educação ambiental, a capacitação de alunos e investigar parâmetros físico- químicos relacionados a compostagem. Além disso, foi iniciado o plantio de mudas para desenvolvimento de uma horta no IFMG Campus Ouro Branco, objetivando a doação de hortaliças produzidas a entidades e associações comunitárias e incentivando à prática da agricultura urbana. 2 METODOLOGIA Para promover a educação ambiental e defender a adoção de práticas de sustentabilidade, o projeto foi divulgado em notas no site do IFMG Campus Ouro Branco, e uma página foi criada em uma rede social para divulgar as ações realizadas. Além disso, o trabalho foi apresentado no evento denominado “Domingo na Praça” realizado pela Prefeitura Municipal de Ouro Branco em edição especial com foco no Meio Ambiente. A ação fez parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente de 2019 e ajudou na divulgação da importância da proteção ambiental. O projeto também marcou presença na segunda edição do “ Planeta Inovação” promovida pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (PRPPG) e sediada no IFMG Campus Ribeirão das Neves.

III Seminário de Iniciação Científica e Extensão do IFMG – Campus Ouro Branco Equação 3: Teor de cinzas. Equação 4: Capacidade de retenção de água. Figura 2 : Filtração para determinação da capacidade de retenção, medição do pH e calcinação de amostra, respectivamente. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Nas primeiras semanas de desenvolvimento do projeto observou-se resíduos de diferentes origens inseridos em meio ao lixo orgânico depositado nas lixeiras distribuídas pelo Campus. Após a divulgação do trabalho em notas, eventos e conscientização em salas de aula realizada, inclusive por professores, observou-se a efetividade na conscientização: a maior parte dos resíduos passaram a ser depositados nas lixeiras corretas, com a devida separação. Em relação ao processo de compostagem, observou-se com o decorrer das semanas de confinamento do composto, que o material passou a ter uma coloração escura e odor de terra, indicando a sua maturação. (FUNDACENTRO, 2002). Conforme a figura 3 :

III Seminário de Iniciação Científica e Extensão do IFMG – Campus Ouro Branco Figura 3 : Composto em diferentes estágios do processo. Dados autorais. A tabela 1 e o gráfico 1 a seguir mostram os resultados obtidos na realização dos testes físico- químicos. Tabela 1: Resultados de pH, condutividade e capacidade de retenção conforme tempo de compostagem. Gráfico 1: Percentual de umidade, matéria orgânica e cinzas conforme tempo de compostagem. A alta umidade encontrada sugeriu que houve condições para atividades metabólicas e fisiológicas dos microrganismos responsáveis pela decomposição biológica da matéria orgânica (GUERMANDI, 2015). No período estudado o teor de cinzas no composto final foi de 22,34%, aproximadamente quatro vezes maior que os 5,91% do início. Este aumento indica, de acordo com FIALHO (2007), que houve perda de carbono na forma de dióxido de carbono durante o processo de

III Seminário de Iniciação Científica e Extensão do IFMG – Campus Ouro Branco

REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 – Edição Especial de 10 anos. Pdf. Disponível em: http://www.abrelpe.org.br/. Acesso em: 07 set 2019. Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Manual para Implantação de Compostagem e de Coleta Seletiva no Âmbito de Consórcios Públicos. Brasília, DF: 69 p.; CAPRA, F. As Conexões Ocultas. São Paulo; Cultriz. Amana-Key, 2003. DORES-SILVA, P.R.; LANDGRAF, M.D.; REZENDE, M.O.O. (2013a) Processo de estabilização de resíduos orgânicos: vermicompostagem versus compostagem. Química Nova, v. 36, 640-645. FONSECA, V.M. A educação ambiental na escola pública: entrelaçando saberes, unificando conteúdos. São Paulo: Biblioteca 24X7, 2009. 228p. FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – FUNDACENTRO. Compostagem doméstica de lixo. Universidade Estadual Paulista – UNERSP, Botucatu. 2002, 40 p. Disponível em: http://74.125.93.132/search?q=cache:GRTiWrh33yoJ:permacole tivo.files.wordpress.com/2008/09/compostagem-domestica- delixo.pdf+compostagem+dom%C3%A9stica+de+lixo&. Acesso em: 5 jul 2019. PAIXÃO R. M.; SILVA L. H. B. R.; TEIXEIRA T. M. Análise da Viabilidade da Compostagem de Poda de Árvore no Campus do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR. VI Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica. Anais.... ISBN 978 - 85 - 8084 - 4139, 23 a 26 de outubro de 2012. Disponível em: http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/vi_mostra/rebecca_manesco_paixao_1.pdf. Acesso em: 30 ago 2019.