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LIVRO DA DISCIPLINA COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DO CURSO DE LETRAS DA ULBRA
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 08/12/2010
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Ensino a Distância
Atendimento ao Aluno EAD DDG 0800. DDG: 0800. E-mail: alunoead@ulbra.br Campus Canoas: Av. Farroupilha, 8001 · Prédio 11 · 2º andar Corredor central - Sala 130 · Canoas/RS Atendimento de segunda-feira a sexta-feira: Manhã/Tarde/Noite: Das 8:00hs às 22:30hs Atendimento aos sábados: Manhã: 8:00hs às 12:00hs
Reitor Ruben Eugen Becker Vice-Reitor Leandro Eugênio Becker Pró-Reitora de Ensino a Distância Sirlei Dias Gosmes Diretora de Planejamento e Legislação EAD Lígia Leindecker Futterleib Laboratório de Criação do Ensino a Distância Coordenação Luiz Carlos Specht Filho Designer/Infografia José Renato dos Santos Pereira Luiz Felipe Telles Sabrina Marques Maciel
Sumário Variações Lingüisticas e sua imporância para o falante nativo ............ 3 Níveis e funções da linguagem ................................................... 8 Coesão do texto escrito.............................................................. 11 Coerência textual .......................................................................... 21 O parágrafo padrão ........................................................................ 26 A paráfrase ................................................................................... 34
Retextualização – do texto falado ao texto escrito ............................ 40 Resumo e resenha ......................................................................... 45 Concordância verbal e nominal ...................................................... 54 A vírgula, a crase e os porquês ....................................................... 60 Referências ................................................................................... 21
Voltando à questão da língua universal, o homem sempre desejou que houvesse uma que fosse comum a todos os povos. Baseado nesse desejo, criou-se o Esperanto, que tinha por obje- tivo substituir o inglês. No entanto não deu certo, ainda que a gramática seja acessível, o Esperanto não permite ironias e ambigüidade, o que dificul- tou o seu emprego.
Mais tarde, no século XIX, os teóricos se interessaram em buscar a língua-mãe, ou seja, aquela que deu origem a um grupo de línguas. Nessa nova abordagem, eles descobriram que a língua sofre mudanças de maneira ordena-
da e que essas transformações não ocorrem porque alguém decreta, mas pelo amplo uso de uma estrutura em um grupo. Por exemplo: Aqua água
É importante ressaltar que a língua não muda pela vontade do homem, mas sim pelo uso que o mesmo faz dela.
fundidade, mas é aquele que diz que todas as línguas variam no tempo e no espaço.
sendo a primeira a que se refere às palavras, por isso uma lista aberta, pois sempre podem se acrescentar novas palavras, e a segunda a que se refere aos sons da língua, uma lista fechada porque não se podem criar novos sons para a língua. Ex.:mesa,cadeira,menino,menina(primeira articulação)/m/, /t/, /d/ (segunda articulação)
própria, singular. Ex.: Meninas bonitas estudam na ULBRA. (em português, o adjetivo é colocado depois do substantivo) Beautiful girls study at ULBRA. (em inglês, o adjetivo é colocado antes do substantivo)
forma singular, elas têm traços comuns. Ex.: todas as línguas têm substantivo, todas elas possuem o som /a/ , ntre outros aspectos.
a estrutura dela.
gulares da língua. Ex. Eu fazi um trabalho (por analogia a Eu corri lá fora). (São frases ditas por crianças. Elas entendem que o verbo é conjugado da mesma forma que, por exemplo, “comer”, “bater” e “ler”)
criar novas estruturas para descrever situações atípicas.
Em 1916, com a publicação do livro Cours de Linguistique General de Ferdinad Saussure, fundou-se a Lingüística. Essa ciência estuda a linguagem verbal (palavra escrita ou falada) hu- mana. Não cabe aos lingüistas dizer o que é cer- to ou errado na língua, apenas analisar os vários usos e estruturas que a mesma apresenta em gru- pos sociais, a fim de descrevê-la. Na Lingüística, dizer “Nóis fumo, vortemo e nada incontremo”
não é errado, se o emissor comunica a sua men- sagem. O lingüista vai analisar essa frase dentro do contexto comunicativo em que ela foi dita e ver o porquê dessa estrutura gramatical, sem se preocupar em dizer que ela está errada, pois não está de acordo com a língua-padrão. Para melhor entendermos a afirmação aci- ma, vamos tratar da variação lingüística.
Variação lingüística e sua
importância para o falante nativo
Como já foi dito anteriormente, não pode- mos esperar que se fale a mesma língua portu- guesa em todas as regiões do Brasil. A língua varia de acordo com a necessidade do falante, ou seja, toda vez que precisarmos de uma estrutura nova ou adaptada, nós mudaremos a nossa lín- gua. É importante lembrar que TODAS AS LÍN- GUAS, segundo o Princípio da Variação Lingü- ística mudam no tempo e no espaço. Vamos ver alguns exemplos:
Ex.: “Veio ainda infante Claudio Manuel da Costa para a cidade do Rio de Janeiro a fim de receber a sua educação litteraria. Tinham os je- suítas as melhores escholas; pertenciam á Com- panhia os mais affamados mestres: freqüentou elle as escholas dos Jesuítas; aprendeu latim, rhetorica, philosophia, rudimentos de mathema- ticas (...)” (trecho do livro “Os varões illustres do Brazil durante os tempos coloniáes, 1858, p.12)
Por incrível que pareça, o trecho acima foi escrito em português, o mesmo que falamos ago- ra, mas diferente porque pertence a outra época, provando que a língua muda de um período para outro.
No Rio Grande do Sul, os gaúchos fazem rancho (compras de comida) passam pela lom- bada. Esperam o ônibus na faixa(na rua) e co- mem negrinhos (brigadeiros).
Existem alguns motivos que levam a língua a variar, como os que seguem:
Região: cada região tem características pró- prias em termos geográficos, climáticos, cultu-
rais. Por isso, existem termos próprios usados somente nelas. No Norte, por exemplo, temos a disputa do boi Garantido versus o Caprichoso. Para isso, existe toda uma linguagem que se refe- re a essa disputa. No Sul, temos o tradicionalis- mo gaúcho, rico em expressões e ditados que são desconhecidos dentro do próprio Rio Grande do Sul, se o falante não fizer parte do movimento. Ex. “Mais perdido que cusco em tiroteio” (ditado gaúcho) Vamos ver um exemplo da linguagem nor- tista, que aborda a maior festa dessa região:
Os bois e os sons das toadas na floresta no Festival de Parintins. O som das toadas e o repique dos tam- bores. No centro, figuras típicas como Pai Francisco, Mãe Catirina, Tuchauas, Cunhã-Poranga, Pajé e diversas tribos indígenas cantam e dançam no ritmo alucinante e contagiante das toadas de boi. Esta é uma das cenas que podem ser vistas durante o Festival de Pa- rintins, considerado uma das maiores manifestações culturais do Brasil. O espetáculo se transforma numa verdadeira batalha folclórica, em que os guerreiros são os simpatizantes dos
“Festival de Parintins”
No próximo capítulo você aprenderá os níveis e funções da linguagem. É muito impor- tante que você lembre da va- riação lingüística, porque, somente assim, você entende- rá que a língua tem diferen- tes níveis e que o falante tem diferentes objetivos no pro- cesso comunicativo.
Como se pode ver, esses e outros aspectos fazem com que a nossa língua mude sempre que acharmos necessário. É importante termos essa consciência para que possamos evitar atitudes preconceituosas e excludentes. Não podemos exigir que todos falem a mesma língua, pois a
mesma veste diferentes roupagens, a fim de aten- der nossas necessidades diárias. O importante, neste caso, é comunicar, ou seja, passar a mensa- gem para alguém, adequando o nível de lingua- gem ao contexto comunicativo.
Arquivo
“Dropei a onda, peguei um tubo e levei uma vaca!”
Arquivo
Surfistas:
Funkeiros:
“Fui a um baile que era uma maresia. Conheci um alemão que tinha o maior conchavo. Dava corte em to- das as princesas. Um verdadeiro playboy.”
Arquivo
domina os aspectos lingüísticos da tribo, não pode participar da mesma. Vamos aos exemplos:
NÍVEIS E FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
Há várias formas de comunicação e também diferentes
objetivos lingüísticos.
Neste capítulo, destacamos a necessidade de observar em qual contexto comunicativo es- tamos inseridos, a fim de utilizarmos o nível de linguagem adequado. Além disso, estudamos as principais funções exercidas pela língua em nos- sa vida diária.
No que consistem os níveis de
linguagem
Sempre que falamos, devemos observar em
qual contexto comunicativo estamos inseridos, a fim de utilizarmos o nível de linguagem adequa- do. Ainda que a Lingüística diga que não existe o certo e o errado na língua, devemos ter consciên- cia de que existe o adequado e o inadequado para determinadas situações. A língua é como roupa, assim como não vamos dar uma palestra usando
No nível culto, dizemos: “Dá-me um copo d’água” porque esse nível está de acordo com as normas da gramática tradicional. Ideal para textos escritos. LÍNGUA COLOQUIAL Neste nível, podemos dizer: “Me dá um copo d’água” porque permite pequenos desvios da gramática padrão. É ideal para situações comunicativas orais. LÍNGUA VULGAR OU INCULTA Este nível contém várias inadequações se for- mos levar em conta a gramática normativa da língua portuguesa. No entanto, em contextos comunicativos orais, pode ser usada sem pro- blemas. Ex. Nóis não vimu ninguém.
Vanessa Loureiro Correa
trajes de banho ou não usamos traje de gala para irmos à praia, não podemos usar um nível regio- nal, por exemplo, em textos escritos. Sendo assim, atualmente, aquele que melhor conhece e domina os cinco níveis de linguagem existentes em nossa língua, tem melhores opor- tunidades do que aqueles que sabem apenas um. Abaixo estão os níveis com os exemplos.
O nível regional diz respeito à linguagem usa- da nas regiões. Ex. Olha o tranco da morena, que passa ali no rancho!
LÍNGUA GRUPAL É o nível de linguagem que pertence a gru- pos fechados. Divide-se em técnica e gíria. Técnica: pertence a áreas de estudo. Só é com- preendida por aqueles que estudaram os termos. Ex.: O juiz deu um hábeas corpus ao réu. Gíria: é própria de “tribos” existentes na so- ciedade, como, por exemplo, os surfistas, os skatistas, os funkeiros e assim por diante. Ex.: Dropamos a onda e levamos uma vaca.
Função metalingüistica
É a língua falando da própria língua. Serve para verificar se emissor e receptor estão usando o mesmo repertório.
Definição do Amor “Amor é fogo que arde sem se ver é ferida que doi e não se sente é um contentamento descontente é dor que desatina sem doer” (Camões)
Nesta canção, o autor define o que é saber amar usando outras palavras da língua para ex- plicar um sentimento, uma atitude. Esse tipo de função pauta todos os textos técnicos que têm por meta introduzir palavras próprias de cada área de estudo.
Agora que você já viu os níveis e funções d a linguagem, já apren- deu a importância de se respei- tar as mais diferentes formas de se comunicar, v para os capítulos seguintes.amos passar Eles mostram como escrever usando a norma cult
é essencial saber isso, pois éa. Para você acadêmico e deve dominar o ní- vel culto nos trabalhos.
Arquivo
Arquivo
Todos esses aspectos são importantes para que tenhamos a consciência do quanto a nossa língua é rica no momento em que estamos usan- do-a. Dominando os níveis e funções, o falante nativo terá um eficiente processo comunicativo.
10
COESÃO DO
TEXTO ESCRITO
Você sabe quais são as palavras que garantem a unidade
dos textos?
Neste capítulo estudamos a coesão textual, destacando o papel dos anafóricos e dos articuladores como elementos que caracterizam este fator de textualidade. O objetivo é compreender o conceito de coesão textual e reconhecer e analisar o funcionamento dos anafóricos e dos articuladores na constru- ção do sentido em um texto.
O que é um texto
coeso?
Todo texto escrito pressupõe uma organi- zação diferente da que caracteriza o texto fala- do. Veremos que a sua forma e estruturação são essenciais para a clareza da comunicação da mensagem, entretanto outros elementos também contribuem para que esse discurso seja bem-su- cedido. O que é a coesão textual?.
A palavra coesão no dicionário possui vários significados, entre os quais “ligação e associação íntima entre as partes de um todo”. Ora, se o todo é o texto, associar as suas partes é ligar as pala- vras e as idéias que o compõem sem repeti-las.
Para confirmar isso, consulte um dicionário e compare com a definição abaixo.
Daniela Duarte Ilhesca Mozara Rossetto da Silva
Arquivo
O texto sublinhado indica as substituições feitas para evitar a repetição de palavras, enquan- to o texto em letras maiúsculas corrige a ligação entre as idéias por meio de uma possível relação de sentido.
Vejamos primeiramente as substituições. Observemos que todas possuem um referente an- terior, ou seja, só procuramos substituir aquelas palavras que já foram escritas anteriormente e não devem ser repetidas.
No estudo da coesão, nomeiam-se as substitui- ções como anafóricos, os quais possuem um re- ferente anterior. O primeiro passo para obter co- esão textual é utilizar esse recurso, pois, dessa forma, o texto não ficará repetitivo.
Ainda em relação ao texto sobre o marce- neiro, precisamos também observar as palavras que ligaram idéias, estabelecendo uma relação de sentido entre elas. Verifique o quadro abaixo, observando a relação de sentido surgida entre as idéias, no momento em que foram conectadas.
O nome anafórico é esquisito, mas a sua função é muito simples: substi- tuir palavras ou idéias para que não se repitam no texto
Exemplo 2
A idéia da mãe substituta é mais antiga do que parece. Na Bíblia, lemos que Sara, não podendo engravidar, entregou sua serva Hagar ao marido Abraão, a fim de que ele se tornas- se pai. Com isso, evitava o opróbrio que pesava sobre os casais sem filhos. Depois disso, a própria Sara engravidou, uma sugestão de que Deus recompensou seu desprendimento.
Agora, vejamos mais um exemplo.
O que são anafóricos?
Fonte 6 : Jornal Zero Hora
Outro recurso para estabelecermos a reto- mada de um termo que seria repetido é a elipse. Com ela, a palavra fica oculta, por ser facilmente depreendida do contexto.
Exemplo 4
Itamar Franco era um homem fe- liz ao passar a faixa presidencial para Fernando Henrique Cardoso, mas esta- va tristonho ao acordar no dia seguin- te. Já não era presidente da República desde 1º de janeiro e precisava deixar o Palácio do Jaburu (...) Calado, foi ao banheiro e embalou alguns objetos.
O sujeito do primeiro verbo é explicitamente mencionado, Itamar Franco. Os outros verbos do texto têm o mesmo sujeito, então não é necessá- rio repeti-lo a cada nova frase. É melhor manter o sujeito elíptico, isto é, oculto.
No estudo da coesão, nomeiam-se as pala- vras que ligam idéias de articuladores. Também conhecidos como conjunções, nexos ou conec- tivos, os articuladores possibilitam estabelecer uma relação de sentido entre as idéias.
Vamos ler os exemplos:
Veja se você consegue ligar as idéias por meio de um articulador.
Certamente, a escolha se deu a partir da relação de sentido que já existia entre as idéias mesmo sem estarem conectadas. Assim, é pos- sível que as respostas encontradas tenham sido as seguintes:
e, também, ainda, não só... mas também, além disso etc.
mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, embora, apesar de, mesmo que etc.
EXPLICAÇÃO / CAUSALIDADE
porque, pois, visto que, uma vez que, já que etc.
COMPARAÇÃO tal qual, mais que, me- nos que, como etc.
CONDIÇÃO
se, caso, desde que, quando etc.
ALTERNÂNCIA OU DISJUNÇÃO
ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer etc.
DE ou PROPOR- CIONALIDADE
no momento em que, à medida que, mal, quan- do, enquanto, quanto mais... mais, à propor- ção que etc.
FINALIDADE
a fim de, com o objeti- vo de, para etc.
segundo, conforme, de acordo com, como etc.
CONCLUSÃO Portanto, assim, logo etc.
Como você escolheu o articulador apropriado? Será que acertou o alvo?
O que são
articuladores?
Se me avisares do nascimento do bebê, irei visitá-lo. (condição) No momento em que me avisares do nasci- mento do bebê, irei visitá-lo. (temporalidade) Quando entrei em casa, vi que havia um vul- to atrás da cortina. (temporalidade) Mal entrei em casa, vi que havia um vulto atrás da cortina.
c) Verifique o “e” nas seguintes frases: Casaram-se e foram felizes para sempre. (adição) Casaram-se, e não foram felizes para sem- pre. (oposição) Casaram-se, mas não foram felizes para sempre. Considerando os exemplos apresentados an- teriormente, é importante conhecermos todos os
sentidos possíveis, mas é desaconselhável a “de-
coreba” dos articuladores, visto que um mesmo nexo pode assumir um ou mais sentidos.
O que vale mesmo no estudo dos articuladores é entender a relação que as idéias podem ter em um determinado texto.
Observemos os textos a seguir, verificando a análi-
se dos sentidos expressos pelos nexos destacados
É hoje, prática corrente de qualquer acadêmico, mesmo que não se dedi- que à carreira de inves- tigação, escrever artigos destinados à apresentação em conferências da sua es- pecialidade. Como a gene- ralidade das conferências satisfaz a tradição, é im- portante que o autor saiba cumprir o formato típico dos artigos científicos.
Exemplo 5
Elementos de coesão
empregados:
mesmo que - sentido de conces- são (poderia ser substituído, sem preju- ízo de significado, por apesar de não se dedicar... ou embora não se dedique...) como - sentido de causalidade/expli- cação (poderia ser substituído, sem prejuí- zo de significado, por visto que ou já que)
É de suma importância a identificação do sentido que desejamos passar no momento da produção do texto, para que saibamos qual articulador de- verá ser selecionado para estabelecer essa “pon- te“ entre os períodos ou parágrafos. Alguns articuladores podem estabelecer mais de uma relação de sentido.
Como não viu o carro, acabou provocando
um acidente. (explicação / causalidade)
Porque não viu o carro, acabou provocando um acidente.
Como prevê a lei, nenhuma criança pode fi- car sem escola. (conformidade)
Conforme prevê a lei, nenhuma criança pode ficar sem escola. Ele é como o pai. (comparação) Ele é tal qual o pai.
Quando me avisares do nascimento do bebê, irei visitá-lo. (temporalidade ou condição)
Verifique o “como” nos exemplos abaixo:
a)
Verifique o “quando” nos exemplos abaixo:
b)
Exemplo 9
Pretendeu-se que este trabalho proporcionasse, de forma muito sin- tética, (1) objetiva e estruturante, uma familiarização com os principais cuidados a ter na escrita de um artigo científico. (2) satisfazer (3) , optou-se por uma descrição seqüencial das componentes típicas de um docu- mento desta natureza. Pensa-se que o resultado obtido satisfaz os requisitos de objetividade e pequena dimensão que pretendia atingir. Pensa-se (4) que constituirá um auxiliar útil, de
Cá entre nós.... ficou péssimo, não? Sentidos deturpados, repetições desnecessárias. Entretanto, como vimos, perfeitamente passível de aprimoramento.
No trecho a seguir, vamos identificar quais seriam os elementos coesivos necessários para que o texto apresentasse uma redação com mais estilo.
referência freqüente para o leitor que pretenda construir a sua competência na escrita de artigos científicos. Faz- se notar, (5) , que ninguém se pode considerar perfeito neste tipo de tare- fa. A arte de escrever artigos cientí- ficos constrói-se no dia-a-dia, através da experiência e da cultura. (6) , as indicações deste texto deverão ser entendidas como um mero primeiro passo, enquadrador, para uma jornada plena de aliciantes, (7) que nunca terá fim.
Observamos o sentido exigido pelo
contexto para complementar e unir
as informações transmitidas:
Fonte 8
Como vimos, apenas um conjunto de palavras não é capaz de formar uma frase, e um conjunto aleatório de frases também não é suficiente para formar um texto.
20
Segue o texto na íntegra para que comprovemos a sua redação coesa e inteligível.
Pretendeu-se que este trabalho propor- cionasse, de forma muito sintética, porém objetiva e estruturante, uma familiarização com os principais cuidados a ter na escri- ta de um artigo científico. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma descrição seqüencial das componentes típicas de um documento desta natureza. Pensa-se que o resultado obtido satisfaz os requisitos de objetividade e pequena dimensão que pre- tendia atingir. Pensa-se também que consti-
tuirá um auxiliar útil, de referência freqüen- te para o leitor que pretenda construir a sua competência na escrita de artigos científi- cos. Faz-se notar, todavia, que ninguém se pode considerar perfeito neste tipo de ta- refa. A arte de escrever artigos científicos constrói-se no dia-a-dia, através da expe- riência e da cultura. Assim, as indicações deste texto deverão ser entendidas como um mero primeiro passo, enquadrador, para uma jornada plena de aliciantes, mas que nunca terá fim.
Fonte 9 - Nogueira
Arquivo