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Conceitos de Relações Internacionais, Notas de estudo de História das Relações Internacionais

Conceitos fundamentais da política internacional, como anarquia, soberania e equilíbrio de poder. Discute-se a distribuição horizontal do poder, a competição entre Estados, a manutenção da soberania e a busca pelo poder. Aborda-se a importância da garantia e reconhecimento da soberania, a vulnerabilidade dos Estados que não conseguem garantir sua soberania e a lei geral do equilíbrio de poder. exemplos concretos e discute as visões de realistas e idealistas sobre o sistema internacional.

Tipologia: Notas de estudo

2018

À venda por 04/10/2023

mlegnaioli
mlegnaioli 🇧🇷

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1. Anarquia: distribuição do poder é horizontal. Não um poder maior.
Predomínio da competição. Um Estado pode expandir seu poder e transformar em uma hierarquia.
Todo Estado tem legitimidade sobre ele mesmo, e nenhum outro pode interferir nesse poder, uma
vez que eles são soberanos.
Sistema Internacional é regido pela anarquia.
Quando um Estado tende a implantar uma hierarquia, outros Estados se juntam para impedi-lo.
Não um governo acima das unidades soberanas, sistema é constituído por unidades
soberanas, ou seja, não ninguém acima deles. Se fosse hierárquico, seria o fim da
anarquia. Preservação da soberania. Todas as unidades buscam a manutenção de sua
soberania. A primeira luta é pela sobrevivência (soberania). Manutenção da soberania é a
garantia de sobrevivência dos Estados.
Anarquia pode acabar? Os Estados são escravos do sistema anárquico. O equilíbrio de poder
impede que o sistema seja superado. É impossível mudar o sistema. O sistema é imutável
para os realistas. para os idealistas, o sistema pode sim ser transformado.
O sistema é anárquico por natureza.
Competição nos Estados é permanente a guerra é uma materialização do conflito entre
estes Estados.
O funcionamento do sistema é exatamente a mesma de 1648. Idealistas insistem na
mudança. Realistas defendem a manutenção do mesmo. Não como prever o que pode
acontecer se esse sistema vier a acabar.
O que pode acontecer?
1 - Um novo imperialismo (uma nova Roma Império Romano/uma continuação do sistema
que Napoleão queria implantar). Um Estado pode suprimir tanto o poder para as outras
nações e gerar um imperialismo moderno.
2 Sistema que funcionaria com um governo mundial para estabelecer uma paz perpétua;
razão pela evolução do homem perceber que não faz sentido realizar uma guerra
(chegamos perto disso com a ONU ápice do idealismo prático; teve uma tentativa falha
com a Liga das Nações). A realidade seria uma ONU muito mais elaborada, que quando um
Estado, na tentativa de iniciar uma guerra, fosse advertido por esse governo maior. SISTEMA
DE PACIFICAÇÃO. Evitar a guerra se preparar para ela. O Estado passível para guerra é
aquele que não está pronto para ela.
Realistas paz negativa. Continuar vivendo num sistema anárquico sem a materialização do
conflito. Isso pode ser garantido com a preparação para a guerra corrida armamentista.
Quanto mais armado, menos suscetível à guerra o Estado está. Para evitar uma guerra maior,
se faz uma guerra menor. Realistas são pragmáticos deve se matar um para que o resto seja
prevenido. Separam política da moral. MAQUIAVEL É UM REALISTA (príncipe corajoso como
um leão e astuto como uma raposa). Trair é amoral.
Idealistas colocam valores na frente da política.
2. Soberania: um Estado que está acima de todos.
Para ocorrer isso, é necessária uma soberania política/militar/econômica/cultural.
É o que garante para o Estado exercer seu poder. Impede que os Estados de fora interfiram em
decisões internas.
Enquanto unidades soberanas, eles têm o direito de serem autônomos. Característica de todo Estado
Nacional. Não nenhuma força maior.
É o que garante a horizontalização do poder.
Garantia e reconhecimento.
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  1. Anarquia: distribuição do poder é horizontal. Não há um poder maior. Predomínio da competição. Um Estado pode expandir seu poder e transformar em uma hierarquia. Todo Estado tem legitimidade sobre ele mesmo, e nenhum outro pode interferir nesse poder, uma vez que eles são soberanos. Sistema Internacional é regido pela anarquia. Quando um Estado tende a implantar uma hierarquia, outros Estados se juntam para impedi-lo. ● Não há um governo acima das unidades soberanas, sistema é constituído por unidades soberanas, ou seja, não há ninguém acima deles. Se fosse hierárquico, seria o fim da anarquia. Preservação da soberania. Todas as unidades buscam a manutenção de sua soberania. A primeira luta é pela sobrevivência (soberania). Manutenção da soberania é a garantia de sobrevivência dos Estados. ● Anarquia pode acabar? Os Estados são escravos do sistema anárquico. O equilíbrio de poder impede que o sistema seja superado. É impossível mudar o sistema. O sistema é imutável para os realistas. Já para os idealistas , o sistema pode sim ser transformado. ● O sistema é anárquico por natureza. ● Competição nos Estados é permanente – a guerra é uma materialização do conflito entre estes Estados. ● O funcionamento do sistema é exatamente a mesma de 1648. Idealistas insistem na mudança. Realistas defendem a manutenção do mesmo. Não há como prever o que pode acontecer se esse sistema vier a acabar. ● O que pode acontecer? 1 - Um novo imperialismo (uma nova Roma – Império Romano/uma continuação do sistema que Napoleão queria implantar). Um Estado pode suprimir tanto o poder para as outras nações e gerar um imperialismo moderno. 2 – Sistema que funcionaria com um governo mundial para estabelecer uma paz perpétua; razão pela evolução do homem – perceber que não faz sentido realizar uma guerra (chegamos perto disso com a ONU – ápice do idealismo prático; já teve uma tentativa falha com a Liga das Nações). A realidade seria uma ONU muito mais elaborada, que quando um Estado, na tentativa de iniciar uma guerra, fosse advertido por esse governo maior. SISTEMA DE PACIFICAÇÃO. Evitar a guerra – se preparar para ela. O Estado passível para guerra é aquele que não está pronto para ela. ● Realistas – paz negativa. Continuar vivendo num sistema anárquico sem a materialização do conflito. Isso pode ser garantido com a preparação para a guerra – corrida armamentista. Quanto mais armado, menos suscetível à guerra o Estado está. Para evitar uma guerra maior, se faz uma guerra menor. Realistas são pragmáticos – deve se matar um para que o resto seja prevenido. Separam política da moral. MAQUIAVEL É UM REALISTA (príncipe – corajoso como um leão e astuto como uma raposa). Trair é amoral. ● Idealistas – colocam valores na frente da política.
  2. Soberania: um Estado que está acima de todos. Para ocorrer isso, é necessária uma soberania política/militar/econômica/cultural. É o que garante para o Estado exercer seu poder. Impede que os Estados de fora interfiram em decisões internas. Enquanto unidades soberanas, eles têm o direito de serem autônomos. Característica de todo Estado Nacional. Não há nenhuma força maior. É o que garante a horizontalização do poder. Garantia e reconhecimento.

● Garantia? De que, internamente, ninguém (nenhum outro Estado externo) vai intervir em suas próprias leis. ● Reconhecimento? Da soberania pelos outros Estados. ● Exemplo: proibição do burkini na França. Ninguém pode fazer nada, uma vez que o Estado é soberano e tem autonomia para ditar suas próprias leis, ninguém pode intervir. ● Dentro de suas fronteiras, o soberano pode fazer o que ele quiser, sem a intervenção de Estados externos. ● Soberania – conceito mais importante. ● Soberania – governo centralizado sobre um determinado ponto em uma determinada fronteira. Quando não consegue exercer essa soberania dentro de suas fronteiras, o Estado fica vulnerável. ● Um país dividido é vulnerável a ter sua soberania violada. O maior objetivo de um estado é ter sua soberania preservada (sobrevivência). O que está ocorrendo no Brasil, uma quase guerra civil entre dois pensamentos políticos, é perigoso por causa da legitimidade da soberania. ● Quem garante o direito à soberania? Ninguém além do próprio Estado; só ele mesmo pode garantir. Para isso, é necessário o controle das fronteiras, existência de exércitos, força naval. É preciso garantir a proteção nacional, e isso é responsabilidade do Estado nacional, que detém o monopólio legítimo da força interna. Internacionalmente, ninguém tem o monopólio legítimo da força. ● Monopólio legítimo da força só existe internamente – não pode contar com ajuda externa. ● Estados que não são capazes de garantir sua soberania são vulneráveis a invasões. ● O sistema é, primeiramente, regido pela luta à sobrevivência. ● Não é simples garantir a soberania. ● Exemplo – vulnerabilidade da Ucrânia levou à invasão da Rússia, que anexou a Crimeia ao seu território. ● Exemplo – intervenções econômicas do FMI (violação da soberania). Não tem poder de impor suas regras naqueles Estados que garantem sua soberania. Estados que tem essa intervenção do FMI, consentem essa violação, uma vez que eles não garantem sua soberania. ● Exemplo – exceção da venda de bebida alcoólica dentro de estádios, uma vez que a legislação brasileira proíbe essa comercialização. A FIFA não obrigou, abriu-se uma exceção temporária. ● Se o Estado não garante sua soberania, ele passa a não ser mais um Estado.

  1. Interesses Nacionais: sobrevivência, autonomia e poder. ● Sobrevivência – manutenção da soberania. ● Busca pelo poder – maximização do poder; isso gera um sistema altamente competitivo.
  2. Equilíbrio de poder: poder dividido entre os Estados, e quando o mais forte tenta controlar todos os outros, os mais fracos se unem para impedir isso de acontecer e manter a anarquia. Nem todos os Estados têm o mesmo poder, embora sejam todos soberanos. Distribuição do poder no sistema é assimétrica (alguns tem mais poder que outros). Se o sistema possuísse uma distribuição simétrica de poder, todos teriam a mesma força política/econômica/bélica, e um risco de degradação do sistema seria mais possível. ● Lei geral do equilíbrio de poder – união dos mais fracos contra o mais forte; seja regionalmente, seja globalmente. Isso só é possível porque o sistema é assimétrico. ● Exemplo – sistema com três unidades (A, B e C). A – 100; B – 50; C – 50.

Economicamente: modo de produção capitalista. ● É artificial, foi criado pelo homem. ● Tem um tempo – pode chegar ao fim. Muda-se a ordem, muda o hegemón. A competição interestatal e capitalista continua a mesma. ● Todos os sistemas que o antecederam acabaram. Tinham suas próprias características singulares. ● As características essências desse sistema são as listadas acima. ● Jogo de poder – competição interestatal e capitalista. ● Guerras são desdobramentos naturais do sistema.