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Este documento aborda conceitos fundamentais de epidemiologia e transmissão de patógenos, incluindo relações intraespecíficas e interespecíficas, modelos de causalidade de doenças transmissíveis, características de hospedeiros suscetíveis, infectividade e virulência de agentes, mecanismos de infecção e transmissão, incidência e prevalência de doenças, tipos de hospedeiros e ciclos de vida de parasitas, bem como características morfológicas e genéticas de protozoários, helmintos e fungos causadores de doenças. O documento fornece uma visão abrangente dos principais aspectos epidemiológicos e biológicos envolvidos na transmissão de patógenos, o que é essencial para compreender a dinâmica e o controle de doenças infecciosas.
Tipologia: Esquemas
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Relações intraespecíficas Relações interespecíficas harmônicas Relações interespecíficas desarmônicas
Relações intraespecíficas OU interespecíficas Harmônicas OU Desarmônicas Sociedade (indivíduos tem funções diferentes) – Ex. Formigas, cupins, abelhas Colônia (indivíduos tem a mesma função)– Ex. Caravelas, esponjas, bactérias Competição Canibalismo Mutualismo: Ambas as espécies envolvidas se beneficiam da relação, onde ambos os organismos ganham alguma vantagem Inquilinismo: Uma espécie se beneficia da presença de outra espécie sem causar danos significativos a ela Comensalismo: Uma espécie se beneficia da presença ou atividade de outra espécie, enquanto a segunda espécie não é afetada Amensalismo: Uma espécie é prejudicada pela presença ou atividade de outra, enquanto a segunda espécie não é afetada Predação: Uma espécie (predador) se alimenta de outra (presas), geralmente causando a morte da presa Parasitismo: Uma espécie se beneficia às custas de outra, prejudicando-a no processo Parasitos: protozoários, artrópodes (insetos, ácaros, carrapatos), helmintos (trematódeos, cestódeos e nematódeos) Competição: Duas ou mais espécies disputam recursos limitados, como alimento, território ou parceiros, e isso pode prejudicar o crescimento, sobrevivência ou reprodução de uma ou ambas as espécies
Modelo tradicional de causalidade das doenças transmissíveis; nesse, a doença é o resultado da interação entre o agente, o hospedeiro suscetível e o ambiente Modelo de multicausalidade que se aplica a todo tipo de doenças (Rothman, 1981). Conforme esse modelo, a doença se produz por um conjunto mínimo de condições que agem em sintonia. Agente etiológico- Os que agem na origem das doenças; fatores que podem levar à um agravo a saúde; Hospedeiro susceptível- Hospedeiro passível de sofrer a infecção; Infectividade- Capacidade de certos agentes de penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro (hospedeiro) ocasionando uma infecção Patogenicidade- Capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais Virulência- Capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais, relaciona-se à capacidade de produzir toxinas, de se multiplicar Patogenia- Mecanismo com que um agente infeccioso causa lesões no hospedeiro. Profilaxia- Conjuntos de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle de doenças. Doença – perturbação na saúde Forma Manifesta- é aquela que apresenta sinais e/ou sintomas clássicos de determinada doença Forma Inaparente ou Sub-Clínica é aquela em que o indivíduo que não apresenta nenhum sinal ou sintoma (ou que apresenta muito poucos), apesar de estar com a doença presente Infecção- Localização interna parasitária (endoparasitos). Ex. Ascaris lumbricoides e Taenia saginata. Penetração → reprodução ou desenvolvimento (helmintos) de determinado agente parasitário Infestação- Localização parasitária na superfície externa (ectoparasitos). Ex. Carrapatos e piolhos. Biológica: É a presença de agentes biológicos no meio ambiente externo, fômites ou na superfície externa do corpo Não biológica: É a presença de elementos químicos e físicos no meio ambiente ou no interior de seres vivos.
Mecanismos particulares Transplacentário: Refere-se à transferência de substâncias, como nutrientes ou gases respiratórios, diretamente através da placenta de uma mãe para o feto em desenvolvimento. Este é um mecanismo importante em mamíferos placentários, onde a placenta atua como um órgão de troca entre a mãe e o feto. Transmamário: Envolve a transferência de substâncias, geralmente nutrientes, anticorpos ou outras substâncias essenciais, do organismo materno para o filho através do leite materno. Este é um mecanismo vital em mamíferos que amamentam, garantindo a nutrição e a proteção imunológica dos filhotes após o nascimento. Transfusional: Este mecanismo envolve a transferência direta de fluidos corporais de um organismo para outro. Pode ocorrer em diferentes contextos, como transfusão sanguínea em animais ou até mesmo em interações entre plantas, onde fluidos podem ser transferidos através de conexões entre sistemas vasculares. Por Transplantação: Refere-se à transferência direta de tecidos ou órgãos de um organismo para outro. Este é um mecanismo comumente observado em transplantes de órgãos em humanos, onde tecidos ou órgãos saudáveis de um doador são transplantados para um receptor para tratar uma condição médica específica.
Quanto ao requerimento de uma vida parasitária Mucosa – per mucus Genital – per genus Habitat - Ecossistema local ou órgão onde determinada espécie ou população vive; Fonte de infecção - Objeto, paciente ou local de onde o agente etiológico é transmitido para outro hospedeiro; Fômites - Utensílios que veiculam o parasito entre diferentes hospedeiros. Tropismo - capacidade de deslocar-se em direção ao hospedeiro Hospedeiro definitivo: Alberga o parasito em fase de maturidade ou atividade sexual. Hospedeiro intermediário: Alberga o parasito em fase larvária ou assexuada. Hospedeiro Paratênico ou de transporte: quando no mesmo, não ocorre evolução parasitária Hospedeiro Reservatório: hospedeiro capaz de manter uma infecção com pouca patogenia Vetor: um inseto ou qualquer portador vivo que transporta um agente infeccioso desde um indivíduo ou seus excrementos até um indivíduo suscetível, sua comida ou seu ambiente imediato O agente pode ou não se desenvolver, propagar ou multiplicar dentro do vetor Obrigatório: parasito é incapaz de sobreviver sem seu hospedeiro; Facultativo: espécies que podem ter um ciclo em sua integra de vida livre e opcionalmente podem ser encontrados em estado parasitário; Acidental: quando ocorre em hospedeiro anormal ao esperado; Errático: encontrado em outro local que não é o habitat normal;
Segundo o local do parasitismo Segundo o tempo de duração do parasitismo Especificidade parasitária Tipo de ciclo biológico
Períodos Clínicos Incubação: Refere-se ao período entre a infecção inicial e o surgimento dos primeiros sintomas da doença. Durante este tempo, o parasito está se multiplicando ou se desenvolvendo no hospedeiro, mas ainda não há sintomas perceptíveis. Sintomático: Neste estágio, os sintomas da doença se manifestam de forma evidente no hospedeiro. Isso pode incluir uma variedade de sintomas, dependendo do tipo de parasita e do sistema corporal afetado. Convalescência: É o período de recuperação após a fase sintomática, durante o qual o hospedeiro está se recuperando da infecção. Os sintomas podem diminuir gradualmente, e o hospedeiro pode começar a retornar ao seu estado de saúde normal. Proteliano: expressa uma forma de parasitismo exclusiva de estágios larvares, sendo o estágio adulto de vida livre. Endoparasitas - permanecem no interior do organismo hospedeiro. Ex.: helmintos (vermes) Ectoparasitas - permanecem na superfície corpórea do hospedeiro, na pele, pêlos e cavidades naturais. Ex.: piolhos, pulgas, carrapatos Periódicos ou provisórios - somente são parasitos em uma fase do desenvolvimento, na qual espoliam continuamente o hospedeiro. Ex.: pulgas, Dermatobia (mosca do berne) Permanentes - passam a vida, em todos os seus estágios, espoliando o hospedeiro. Ex.: piolhos Temporários ou intermitentes - realizam somente parte de seu desenvolvimento no hospedeiro ou se utilizam dele periodicamente para alimentação ou abrigo. Ex.: insetos hematófagos. São também chamados micropredadores Estenoxenos – (stenos: estreito) afetam somente uma espécie hospedeira (ex.: Taenia saginata) ou um grupo de espécies muito próximas (ex. Plasmodium em primatas) Eurixenos – (eurys: largo, amplo) apresentam ampla variedade de hospedeiros (ex.: Toxoplasma gondii) Monoxenos – Parasitos exigem somente um hospedeiro, sem necessidade de hospedeiro intermediário. Ex.: Ancilostomídeos Heteroxenos – as formas evolutivas são encontradas em mais de um hospedeiro (hospedeiro intermediário e hospedeiro definitivo). Ex.: Trypanosoma cruzi, Schistosoma Após o período agudo, evoluindo para cura
Protozooses, também conhecidas como doenças protozoárias, são enfermidades causadas por diversos tipos de protozoários, que são organismos microscópicos unicelulares. Essas doenças podem afetar humanos, animais e até mesmo plantas. Intestinais Sanguíneos e teciduais
Os protozoários são organismos unicelulares e eucarióticos que pertencem ao reino Protista. Eles são encontrados em diversos ambientes, incluindo água doce, ambientes marinhos, solo e no trato digestivo de animais. Os protozoários podem ser parasitas ou de vida livre. Existem diversos grupos de protozoários, incluindo os ciliados, os flagelados, os rizópodes e os esporozoários. Cada grupo possui características distintas e pode causar diferentes tipos de doenças em humanos, animais e plantas. Amebíase – Entamoeba histolytica Giardíase – Giardia duodenalis (sin. G. lamblia, G. intestinalis) Balantidíase – Balantidium coli Criptosporidíase – Cryptosporidium parvum, C. hominis Genito-urinário Tricomoníase – Trichomonas vaginalis Malária – Plasmodium falciparum, P. vivax Toxoplasmose – Toxoplasma gondii Doença de Chagas – Trypanosoma cruzi Leishmaniose – Leishmania chagasi, L. braziliensis Babesiose – Babesia sp
Formas variadas: Locomoção Estrutura Formas
A formação de cistos é uma característica de alguns protozoários como parte de seu ciclo de vida. Os cistos são estruturas de resistência, que permitem que os protozoários sobrevivam em condições ambientais adversas, como temperaturas extremas, dessecação, falta de nutrientes e exposição a substâncias tóxicas. O processo de formação de cistos geralmente ocorre em resposta a condições desfavoráveis do ambiente. Durante esse processo, o protozoário se encista, ou seja, se envolve em uma camada Ovais Elípticos Alongados Flagelos Cílios Pseudópodes Membrana plasmática, Citoplasma (organelas) e Núcleo Organelas: Mitocôndrias (exceto em anaeróbios como Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis); vacúolos, cinetoplasto, corpúsculo basal, lisossoma, aparelho de Golgi, Reticulo endoplasmático liso e rugoso, microtúbulos Respiração: aeróbios ou anaeróbios Nutrição: Citóstoma, vacúolos digestivos, pseudópodos com fagocitose ou pinocitose Trofozoíto: forma ativa que se alimenta e se reproduz; Cisto e oocisto: formas de resistência; possui parede cística; Gametas: microgameta e macrogameta Reprodução: Sexuada ou assexuada
Famílias: Corpo não segmentado; Ventosas para fixação; Hermafroditas ou sexos separados; Tubo digestório sem ânus; Ciclo vital heteroxeno, com pelo menos um hospedeiro intermediário; Ovíparos Ordem Digenea (duas ventosas) Schistosomatidae Fasciolidae Opisthorchiidae Paragonimidae
Famílias:
Gr. Kestos= fita Escólex - provido de estruturas adesivas: ventosas, bótrias, acúleos. Colo ou pescoço Corpo ou estróbilo em forma de fita e dividido em proglotes; Sem aparelho digestório; Hermafroditas Larva denominada oncosfera – possui 6 acúleos Taeniidae Taenia solium e Taenia saginata – na fase adulta o humano é o hospedeiro; Causadoras da teníase; Fase larvária – T. solium: porco / T. saginata: bovino; Homem ingerindo ovos de T. solium – Cisticercose Ovo ou proglote grávida: O ciclo de vida da tênia começa com a liberação de ovos ou proglotes grávidas (segmentos do corpo reprodutor) nas fezes do hospedeiro definitivo infectado. Esses ovos ou proglotes podem ser eliminados nas fezes no ambiente. Ingestão pelos hospedeiros intermediários: Os ovos liberados no ambiente são ingeridos por um hospedeiro intermediário, que é frequentemente um animal herbívoro, como porcos, vacas ou outros animais que se alimentam de matéria fecal contaminada. Formação de larvas: Dentro do hospedeiro intermediário, os ovos eclodem e liberam larvas chamadas cisticercos. Essas larvas podem migrar através dos tecidos do hospedeiro intermediário e se encapsular em diferentes órgãos, como os músculos. Ingestão pelo hospedeiro definitivo: Quando o hospedeiro intermediário é consumido pelo hospedeiro definitivo, geralmente através da ingestão de carne crua ou mal cozida contaminada com os cisticercos, as larvas se desenvolvem em tênias adultas no intestino delgado do hospedeiro definitivo. Maturidade e reprodução: No intestino delgado do hospedeiro definitivo, as tênias maduras se fixam à parede intestinal usando ganchos e ventosas. Elas então começam a produzir ovos ou proglotes grávidas, que são eliminados nas fezes do hospedeiro definitivo, completando assim o ciclo. Hymenolepididae Diphyllobotriidae Dilepididae Gr. nematos-= fio Corpo cilíndrico, não segmentado, com simetria bilateral Tubo digestório completo Sem sistemas respiratório e circulatório Maioria com sexos separados (dióicos) Alguns realizam partenogênese Realizam troca de cutícula
O Ciclo de Loss, também conhecido como ciclo pulmonar, dá-se quando os nematelmintos penetram no corpo do hospedeiro e caem na corrente sanguínea, seguindo para o pulmão, onde podem sofrer mudanças. Eles causam o rompimento dos capilares e se instalam na árvore alveolar, ascendendo pelos brônquios até alcançar a faringe, onde são expelidos ou engolidos. Entre os vermes que podem causar tal quadro respiratório estão Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis
Para entender as estruturas dos fungos de importância diagnóstica, diferenciar os organismos patogênicos, conhecer os critérios de diferenciação, a terminologia e as características principais dos fungos, bem como identificar os fungos e leveduras que podem causar micoses, e compreender a história epidemiológica e a classificação clínica das micoses, é necessário abordar várias áreas da micologia médica. Estruturas dos fungos de importância diagnóstica: Características dos organismos patogênicos: Os fungos são organismos eucarióticos que podem ter estruturas variadas, incluindo hifas (filamentos), micélios (massa de hifas), esporos (estruturas reprodutivas), conídios (esporos assexuais) e basídios (estruturas de reprodução sexual). Para diagnóstico, são importantes estruturas como os esporos, que podem ser observados em amostras clínicas, e as hifas, que podem ser vistas em culturas. Organismos patogênicos são aqueles capazes de causar doenças em hospedeiros. Nos fungos, os patógenos podem incluir dermatófitos (fungos que infectam a pele, cabelo e unhas), leveduras
Critérios básicos de diferenciação dos organismos patogênicos: Terminologia dos organismos patogênicos: Principais características dos fungos: Identificação dos fungos e leveduras causadores de micoses: História epidemiológica das micoses: Classificação clínica das micoses: oportunistas (que causam infecções em indivíduos imunocomprometidos) e fungos sistêmicos (que podem causar infecções graves em órgãos internos). Os critérios para diferenciar os organismos patogênicos podem incluir características microscópicas, como a morfologia dos esporos e das hifas, bem como características macroscópicas observadas em culturas. A terminologia inclui os nomes científicos dos fungos, como Trichophyton spp. para dermatófitos, Candida spp. para leveduras oportunistas e Histoplasma capsulatum para fungos sistêmicos. Os fungos são heterotróficos, podem ser unicelulares (leveduras) ou multicelulares (como hifas e micélios), e se reproduzem por meio de esporos. A identificação dos fungos pode ser realizada por meio de exames microscópicos diretos de amostras clínicas, culturas em meios de cultura específicos e testes bioquímicos e moleculares. A história epidemiológica inclui informações sobre a distribuição geográfica das micoses, fatores de risco para infecção (como ocupação, viagens e imunocomprometimento) e tendências de incidência ao longo do tempo. As micoses podem ser classificadas em superficiais (afetando pele, cabelo e unhas), cutâneas (afetando as camadas mais profundas da pele), subcutâneas (afetando tecidos abaixo da pele), sistêmicas (afetando órgãos internos) e oportunistas (que aproveitam-se de condições de imunossupressão).