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Conhecimentos Pedagógicos: 500 questões comentadas, Exercícios de História da Educação

~Exercícios sobre Conhecimentos Pedagógicos

Tipologia: Exercícios

2020

Compartilhado em 24/05/2020

amanda-fernandes-de-oliveira-3
amanda-fernandes-de-oliveira-3 🇧🇷

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Questões Comentadas
De Conhecimentos Pedagógicos
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Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

APOSTILA AMOSTRA

Para adquirir a apostila de 500 Questões Comentadas de Conhecimentos Pedagógicos

acesse o site:

www.odiferencialconcursos.com.br

SUMÁRIO

 Apresentação......................................................................

 Questões.............................................................................

 Respostas.......................................................................

 Bibliografia......................................................................

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

QUESTÕES

  1. Considerando as reflexões de Tardif e Lessard a respeito dos fins do

trabalho docente, analise as seguintes afirmativas e assinale com V

as verdadeiras e com F as falsas.

( ) A educação configura-se como uma prática profissional cujas

situações de trabalho se caracterizam pela instabilidade,

mobilidade e indeterminação: os objetivos não são inerentes à

situação, mas derivam em boa parte das intervenções e

interpretações dos atores.

( ) Os objetivos escolares, que impactam o trabalho docente, são

imprecisos, não-operatórios e definem uma tarefa complexa,

coletiva – que envolve diferentes agentes sociais – e temporal,

cujos efeitos são incertos e ambíguos.

( ) Os objetivos gerais e os resultados do trabalho docente trazem a

marca das exigências sociais, culturais e ideológicas, em torno das

quais, num determinado período, se estabelece um consenso

claramente definido.

( ) Os programas escolares são instrumentos cognitivos úteis, que

permitem aos professores organizarem sua ação em função de

objetivos, expectativas, sequências, etc., unificando sua ação

coletiva e orientando-a para os conteúdos e objetivos comuns.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras

CORRETA.

a) (V) (V) (F) (V)

b) (V) (F) (V) (V)

c) (F) (F) (V) (F)

d) (F) (V) (F) (F)

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

  1. Analise as seguintes afirmativas concernentes ao planejamento e à

organização do ensino.

I. O planejamento do ensino centrado em aulas expositivas

potencializa a criação de estratégias que favorecem a interação dos

alunos com os objetos do conhecimento (os tópicos do currículo).

II. Para exercer seu papel de mediador entre o livro didático e os

alunos, o professor deve realizar uma avaliação crítica do livro e

definir o ritmo e as maneiras de seu uso segundo os conhecimentos

prévios de seus alunos e suas possibilidades cognitivas.

III. Um planejamento pedagógico cuidadoso deve começar pela

clarificação dos objetivos educacionais passando pela seleção das

ideias importantes do conteúdo e das habilidades a serem

desenvolvidas.

A partir dessa análise, pode-se concluir que estão CORRETAS

a) Apenas as afirmativas I e II.

b) Apenas as afirmativas I e III.

c) Apenas as afirmativas II e III.

d) Todas as afirmativas.

  1. Na perspectiva da Pedagogia da Autonomia (Paulo Freire), ensinar

exige dos educadores alguns saberes fundamentais, dentre os quais

NÃO se inclui:

a) Exercício de curiosidade.

b) Intransigência intelectual.

c) Liberdade e autoridade.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

 Proposta de realização de uma investigação sobre a vida das

borboletas, após perceber que as crianças tinham compreensões

diferentes sobre o nascimento das borboletas e o que elas comiam;

 Levantamento de dados sobre a vida das borboletas em revistas, na

internet, em enciclopédias, em livros, nas músicas;

 Entrevista com um lepidopterólogo (especialista em borboletas);

 Leitura do livro Romeu e Julieta, de Ruth Rocha, que conta a história

de duas borboletinhas, e do poema As borboletas, de Vinícius de

Moraes;

 Registros das descobertas por meio de desenhos, pinturas,

mosaicos, reescrita do livro Romeu e Julieta, modelagem com argila,

confecção de móbiles de borboletas, confecção de um mural com

recortes, desenhos e pinturas das crianças;

 O encerramento do projeto consistiu numa palestra das crianças

para as demais turmas da educação infantil sobre o tema estudado.

Considerando o trabalho realizado pela professora, pode-se afirmar

que o projeto de trabalho foi desenvolvido na perspectiva proposta

por Fernando Hernández?

a) Sim, a abordagem pedagógica escolhida pela professora –

investigação do meio – compreende os projetos de trabalho.

b) Não, porque o tema do projeto não partiu de um interesse

espontâneo das crianças; foi sugerido pela professora.

c) Sim, a professora levou em conta os conhecimentos prévios dos

alunos e propôs um processo de investigação para uma construção

coletiva dos novos conhecimentos.

d) Não, uma vez que os conteúdos específicos para essa faixa etária

não foram inteiramente contemplados ao longo do desenvolvimento

do projeto.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

  1. A avaliação que se coloca a serviço da aprendizagem deve, também,

ter como objetivo a compreensão da realidade escolar, visando ao

aprimoramento das ações educativas.

Uma avaliação nesse enfoque apresenta as seguintes

características, EXCETO

a) Constata a situação de aprendizagem do educando para subsidiar a

atribuição de notas ou conceitos e a definição da progressão/não-

progressão e certificação do aluno.

b) É contínua, configurando-se como uma prática dinâmica de

investigação, de análise das observações realizadas ao longo do

processo ensino-aprendizagem.

c) Incide sobre a atuação dos professores e outros profissionais da

escola, sobre os conteúdos, processos de ensino, recursos físicos e

materiais disponíveis.

d) Possibilita ao aluno o desenvolvimento de sua capacidade de

autocrítica mediante exercícios de auto avaliação de sua

participação no processo ensino-aprendizagem.

  1. Para que uma avaliação não seja autoritária e conservadora, ela

deverá se apresentar como:

a) Diagnóstica.

b) Deverá ser instrumento dialético do avanço.

c) Deverá ser instrumento de indicação de novos rumos.

d) Todas as alternativas estão corretas.

  1. É consequência do fracasso escolar:

a) O aumento de suicídios nas camadas mais baixas da população.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

a) Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da

ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não

ser assumindo-nos como sujeitos éticos.

b) O sujeito ético não está permanentemente exposto à transgressão

da ética, que é uma possibilidade, mas não uma virtude.

c) A ética universal do ser humano é a ética enquanto marca da

natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável à

convivência humana.

d) Mais do que um ser do mundo, o ser humano tornou-se uma

presença no mundo, com o mundo e com os outros, presença que,

reconhecendo a outra presença como um “não-eu”, se reconhece

como “si própria”.

  1. Segundo Morin, assinale a alternativa correta.

I. A educação para a compreensão está ausente no ensino.

II. Em uma possível reforma de ensino deve ser considerada a adoção

de um paradigma cognitivo, no qual a ordem e a desordem sejam

vistas e tratadas nos seus campos específicos.

III. O século XX nos legou, entre outras coisas a racionalização que só

conhece o cálculo e ignora o indivíduo, seu corpo, seus sentimentos,

sua alma.

IV. Só o pensamento pode organizar o conhecimento, para conhecer é

preciso pensar.

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas III e IV estão corretas.

c) Apenas I, II e III estão corretas.

d) I, II, III e IV estão corretas.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

  1. Para Perrenoud, não é correto afirmar:

a) Aprender não é primeiramente memorizar, estocar informações, mas

reestruturar seu sistema de compreensão do mundo.

b) A didática das disciplinas se interessa cada vez mais pelos erros e

tenta compreendê-los, antes de combatê-los.

c) O Professor deve interessar-se pelos erros, aceitando-os como

etapas estimáveis do esforço, de compreender, esforçar-se, não

corrigi-los proporcionando ao aprendiz, porém, os meios para tomar

consciência deles, identificar sua origem e transpô-los.

d) O erro não deve ser considerado uma ferramenta para ensinar.

  1. Para Vygotsky, no processo da constituição humana, as funções

psicológicas superiores são de origem:

a) Sociocultural.

b) Biológica.

c) Comportamental.

d) Transcendental.

e) Existencial.

  1. A formação inicial deve preparar o futuro docente para uma

profissão que:

a) Não exige tanta qualificação ao longo da vida profissional.

b) Exige que se continue a estudar durante toda a vida profissional.

c) Exige somente o ensino de técnicas pedagógicas.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

  1. Considerando a Educação Bancária preconizada por Paulo Freire,

marque a alternativa CORRETA:

a) A educação bancária tem por finalidade problematizar a realidade

social.

b) A educação bancária tem por finalidade promover a transformação

social.

c) A educação bancária tem por finalidade promover o diálogo entre os

sábios e os que nada sabem.

d) A educação bancária tem por finalidade conscientizar os alunos de

uma condição de oprimido.

e) A educação bancária tem por finalidade manter a divisão entre os

que sabem e os que não sabem, entre oprimidos e opressores.

  1. A Pedagogia Progressista manifestou-se em três tendências, que

são elas:

a) A humanista, a moderna e a tradicional.

b) A libertadora, a libertária e a crítico-social dos conteúdos.

c) A liberal, a liberal renovada e a liberal avançada.

d) A do conflito, a mediadora e a do consenso.

e) A reprodutivista, a revolucionária e a mudancista.

  1. O trabalho pedagógico resulta:

a) Da relação entre os professores.

b) Exclusivamente do planejamento feito ao início de cada ano letivo.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

c) Da interação do professor com seus alunos, em sala de aula

convencional e outros espaços.

d) Exclusivamente da interação do professor com a gestão da escola,

por meio do planejamento e das reuniões pedagógicas.

e) Exclusivamente da interação do professor com o seu conteúdo

programático e possibilidades metodológicas para desenvolvê-lo.

Questões Comentadas De Conhecimentos Pedagógicos

não operatório. Nesse sentido, eles exigem dos professores uma adaptação constante às circunstâncias particulares das situações de trabalho, especialmente em sala de aula com os alunos, como também durante a preparação das aulas e das avaliações. No caso dos programas escolares, mesmo os objetivos terminais – expressos com frequência em termos de competências a serem adquiridas – comportam inúmeras imprecisões, e muitos deles são não operacionalizáveis. O resultado disso é que os professores trabalham a partir de orientações de trabalho frequentemente imprecisas, que exigem não somente improvisação da parte deles, mas também escolhas e decisões quanto à maneira de compreender e realizar seus objetivos de trabalho.

Os objetivos do ensino são numerosos e variados. O número deles cresce, também, de forma desmesurada, se levarmos em conta os objetivos dos programas, os objetivos das disciplinas e os objetivos dos outros serviços escolares, sem falar dos objetivos dos próprios professores. Esse número e essa variedade ocasionam, necessariamente, problemas de heterogeneidade e de compatibilidade entre os objetivos. Desse modo, eles sobrecarregam consideravelmente a atividade profissional, exigindo que os professores se concentrem em vários objetivos ao mesmo tempo, objetivos esses que são muito pouco hierarquizados. Os professores não buscam somente realizar objetivos; eles atuam, também, sobre um objeto. O objeto do trabalho dos professores são seres humanos individualizados e socializados ao mesmo tempo. As relações que eles estabelecem com seu objeto de trabalho são, portanto, relações humanas, relações individuais e sociais ao mesmo tempo. Que características internas o objeto humano introduz no processo de trabalho docente e quais os seus impactos sobre a pedagogia?

A primeira característica do objeto do trabalho docente é que se trata de indivíduos. Embora ensinem a grupos, os professores não podem deixar de levar em conta as diferenças individuais, pois são os indivíduos que aprendem, e não os grupos. Esse componente individual significa que as situações de trabalho não levam à solução de problemas gerais, universais, globais, mas se referem a situações muitas vezes complexas, marcadas pela instabilidade, pela unicidade, pela particularidade dos alunos, que são obstáculos inerentes a toda generalização, às receitas e às técnicas definidas de forma definitiva.

Por outro lado, contrariamente aos objetos seriais do industrial, que são homogêneos, os alunos são heterogêneos. Eles não possuem as mesmas capacidades pessoais nem as mesmas possibilidades sociais. As suas possibilidades de ação variam, a capacidade de aprenderem também, assim como as possibilidades sociais. Ao se massificar, o ensino passou a se deparar cada vez mais com alunos heterogêneos em termos de origem social, cultural, étnica e econômica, sem falar das importantes disparidades cognitivas e afetivas entre os alunos. Essa questão levanta o complexo problema da equidade dos professores em relação aos grupos de alunos que lhes são confiados.

Um segundo atributo do objeto de trabalho dos professores é que os alunos são também seres sociais cujas características socioculturais despertam atitudes e julgamentos de valor nos professores. Por exemplo, o fato de ser

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um menino ou uma menina, branco ou negro, rico ou pobre, etc., pode ocasionar atitudes, reações, intervenções, atuações pedagógicas diferentes por parte dos professores. Por outro lado, enquanto ser social, o aluno também sofre inúmeras influências sobre as quais o professor não exerce nenhum controle. De fato, logo que sai de sua sala de aula, o aluno se furta à ação do professor. Nesse sentido, o objeto do trabalho docente escapa constantemente ao controle do trabalhador, ou seja, do professor. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional .-Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

Resposta: C

Comentário

O planejamento é um processo de racionalização, organização e coor- denação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracte- rizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planeja- mento escolar — objetivos, conteúdos, métodos — estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade. A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo; é, antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino). O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções: a) Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo de participação democrática. b) Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político- pedagógico e profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino. c) Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina. d) Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos.

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Isso significa que a elaboração dos objetivos pressupõe, da parte do professor, uma avaliação crítica das referências que utiliza, balizada pelas suas opções em face dos determinantes sócio-políticos da prática educativa. Assim, o professor precisa saber avaliar a pertinência dos objetivos e conteúdos propostos pelo sistema escolar oficial, verificando em que medida atendem exigências de democratização política e social; deve, também, saber compatibilizar os conteúdos com necessidades, aspirações, expectativas da clientela escolar, bem como toma-los exequíveis face às condições socioculturais e de aprendizagem dos alunos. Quanto mais o professor se perceber como agente de uma prática profissional inserida no contexto mais amplo da prática social, mais capaz ele será de fazer correspondência entre os conteúdos que ensina e sua relevância social, frente às exigências de transformação da sociedade presente e diante das tarefas que cabe ao aluno desempenhar no âmbito social, profissional, político e cultural.

Os professores que não tomam partido de forma consciente e crítica ante às contradições sociais acabam repassando para a prática profissional valores, ideais, concepções sobre a sociedade e sobre a criança contrários aos interesses da população majoritária da sociedade. A atividade de ensinar é vista, comumente, como transmissão da matéria aos alunos, realização de exercícios repetitivos, memorização de definições e fórmulas. O professor “passa” a matéria, os alunos escutam, respondem o “interrogatório” do professor para reproduzir o que está no livro didático, praticam o que foi transmitido em exercícios de classe ou tarefas de casa e decoram tudo para a prova. Este é o tipo de ensino existente na maioria de nossas escolas, uma forma peculiar e empobrecida do que se costuma chamar de ensino tradicional. Vejamos quais são as limitações pedagógicas e didáticas desse tipo de ensino.

  • O professor passa a matéria, o aluno recebe e reproduz mecanicamente o que absorveu. O elemento ativo é o professor que fala e interpreta o conteúdo. O aluno, ainda que responda o interrogatório do professor e faça os exercícios pedidos, tem uma atividade muito limitada e um mínimo de participação na elaboração dos conhecimentos. Subestima-se a atividade mental dos alunos privando-os de desenvolverem suas potencialidades cognitivas, suas capacidades e habilidades, de forma a ganharem independência de pensamento. O ensino deve ser mais do que isso. Compreende ações conjuntas do professor e dos alunos pelas quais estes são estimulados a assimilar, consciente e ativamente, os conteúdos e os métodos, de assimilá-los com suas forças intelectuais próprias, bem como a aplica-los, de forma independente e criativa, nas várias situações escolares e na vida prática.
  • É dada excessiva importância à matéria que está no livro, sem preocupação de torna-la mais significativa e mais viva para os alunos. Muitos professores querem, a todo custo, terminar o livro até o final do ano letivo, como se a aprendizagem dependesse de “vencer” o conteúdo do livro. São idéias falsas. O livro didático é necessário, mas por si mesmo ele não tem vida. É um recurso auxiliar cujo uso depende da iniciativa e

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imaginação do professor. Os conteúdos do livro didático somente ganham vida quando o professor os toma como meio de desenvolvimento intelectual, quando os alunos conseguem liga-los com seus próprios conhecimentos e experiências, quando através deles aprendem a pensar com sua própria cabeça. Além disso, é mais importante uma aprendizagem sólida e duradoura daquilo que se ensina do que adquirir um grande volume de conhecimentos. Por esse razão, é fundamental que o professor domine bem a matéria para saber selecionar o que é realmente básico e indispensável para o desenvolvimento da capacidade de pensar dos alunos.

  • O ensino somente transmissivo não cuida de verificar se os alunos estão preparados para enfrentar matéria nova e, muitas vezes, de detectar dificuldades individuais na compreensão da matéria. Com isso, os alunos vão acumulando dificuldades e, assim, caminhando para o fracasso. O verdadeiro ensino, ao contrário, busca a compreensão e assimilação sólida das matérias; para isso, é necessário ligar o conhecimento novo com o que já se sabe, bem como prover os pré-requisitos, se for o caso. A avaliação deve ser permanente, de modo que as dificuldades vão sendo diagnosticadas aula a aula.
  • O trabalho docente fica restrito às paredes da sala de aula, sem preocupação com a prática da vida cotidiana das crianças fora da escola (que influem poderosamente nas suas condições de aprendizagem) e sem voltar os olhos para o fato de que o ensino busca resultados para a vida prática, para o trabalho, para a vida na sociedade. O trabalho docente, portanto, deve ter como referência, como ponto de partida e como ponto de chegada, a prática social, isto é, a realidade social, política, econômica, cultural da qual tanto o professor como os alunos são parte integrante.

Devemos entender o processo de ensino como o conjunto de atividades organizadas do professor e dos alunos, visando alcançar determinados resultados (domínio de conhecimentos e desenvolvimento das capacidades cognitivas), tendo como ponto de partida o nível atual de conhecimentos, experiências e de desenvolvimento mental dos alunos. Consideremos algumas características desse processo:

a) O ensino é um processo, ou seja, caracteriza-se pelo desenvolvimento e transformação progressiva das capacidades intelectuais dos alunos em direção ao domínio dos conhecimentos e habilidades, e sua aplicação. Por isso, obedece a uma direção, orientando-se para objetivos conscientemente definidos; implica passos gradativos, de acordo com critérios de idade e preparo dos alunos. O desdobramento desse processo tem um caráter intencional e sistemático, em virtude do qual são requeridas as tarefas docentes de planejamento, direção das atividades de ensino e aprendizagem e avaliação. b) O processo de ensino visa alcançar determinados resultados em termos de domínio de conhecimentos, habilidades, hábitos, atitudes, convicções e de desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos. Na história da Didática e na prática escolar presente tem