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Contabilidade Empresarial, Notas de estudo de Contabilidade

Conceitos  Contabilidade: é um instrumento da função administrativa que tem por finalidade controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das empresas. Patrimônio: é o conjunto de elementos necessários à existência de uma entidade (empresa), ou seja, é o conjunto de bens, direitos e obrigações Objeto da Contabilidade: é o patrimônio das empresas (entidades) Aziendas: entidades econômico-administrativas (pessoas físicas ou juríd

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 04/02/2010

Selecao2010
Selecao2010 🇧🇷

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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
PROFESSORA:
AMAURINETE FURTADO
FORTALEZA, CE
CONTABILIDADE
EMPRESARIAL
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PROFESSORA:

AMAURINETE FURTADO

FORTALEZA, CE

CONTABILIDADE

EMPRESARIAL

Conteúdo Pagina

1. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade................ 03

2. Patrimônio........................................... 04

3. Conceitos de Capital.................................... 06

4. Escrituração Contábil................................... 07

5. Atos e Fatos administrativos............................. 12

6. Receitas e Despesas................................... 15

7. Contabilização de algumas contas específicas............... 16

8. Depreciação e Amortização.............................. 19

9. Tratamento de Receitas e Despesas Antecipadas............. 23

10. Demonstrações Contábeis Obrigatórias..................... 26

11. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte............... 32

12. Exercícios............................................. 36

1. ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

ConceitosF 0 E 0

Contabilidade: é um instrumento da função administrativa que tem por finalidade controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das empresas.

Patrimônio: é o conjunto de elementos necessários à existência de uma entidade (empresa), ou seja, é o conjunto de bens, direitos e obrigações

Objeto da Contabilidade: é o patrimônio das empresas (entidades)

Aziendas: entidades econômico-administrativas (pessoas físicas ou jurídicas) que para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo que pratique atos de natureza econômica necessários a seus fins. Os elementos constitutivos das aziendas são: pessoas e bens.

Campo de Aplicação da Contabilidade: as Aziendas

Princípio da Competência: F 0 E 8 as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento;

Princípio da Prudência: F 0 E 8 determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os componentes do passivo, ou seja, o Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido.

Exercício Social: é o espaço de tempo (12 meses), findo o qual as pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele pode coincidir, ou não, com o ano-calendário, de acordo com o que dispuser o estatuto ou o contrato social.

2. PATRIMÔNIO

2.1. Conceito contábil e componentes patrimoniais

Patrimônio : é o conjunto de bens , direitos e obrigaçõe s.

BENS : tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça as necessidades humanas;

  • Tangíveis: têm existência física, existe como coisa ou objeto_. Ex.: Dinheiro, mercadoria p/_ revenda, imóveis, máquinas, veículos, móveis, equipamentos, etc.
  • Intangíveis: Exs.: Marcas e patentes, ações ou Quotas de Capital.

DIREITOS : são bens de nossa propriedade que se encontram em poder de terceiros. ( valores a receber ). Ex.: duplicatas a receber, títulos a receber, notas promissórias a receber, aluguéis a receber, clientes, dinheiro em banco, aplicações financeiras, etc.

OBRIGAÇÕES: são bens de propriedade de terceiros que se encontram em nosso poder. ( valores a pagar ). Ex.: duplicatas a pagar, títulos a pagar, notas promissórias a pagar, aluguéis a pagar, fornecedores, impostos a recolher, etc.

Propriedade Plena - quando uma entidade tem posse e domínio sobre determinado bem.

2.2. itens Patrimoniais

ATIVO: conjunto de bens e direitos (parte positiva). Chamado de Patrimônio Bruto

PASSIVO: conjunto de obrigações (parte negativa). Também chamado de Capital de Terceiros ou Passivo Exigível.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO : diferença entre o Ativo e o Passivo. Representa as obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas. É a parte do Patrimônio que vai medir ou avaliar a situação ou condição da entidade; é chamado, também, de Passivo não exigível ou Situação Líquida.

2.3. Equação Patrimonial e suas variações

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO

Situações Patrimoniais

a) ATIVO > PASSIVOF 0 E 0 Patrimônio Líquido é POSITIVO / SUPERAVITÁRIO

  • Situação FavorávelF 0 E 0 PL + ou SL +
  • Ocorre quando os bens e direitos ( Ativo ) excedem o valor das obrigações com terceiros ( Passivo Exigível )

b) ATIVO < PASSIVOF 0 E 0 Patrimônio Líquido é NEGATIVO / DEFICITÁRIO

  • Situação DesfavorávelF 0 E 0 PL (-) ou SL (-) ou Passivo a Descoberto
  • Ocorre quando os bens e direitos ( Ativo ) forem menores que as obrigações com terceiros ( Passivo Exigível )

c) ATIVO = PASSIVOF 0 E 0 Patrimônio Líquido é NULO / EQUILIBRADO

  • Situação NULA , Equilíbrio AparenteF 0 E 0 A = PE , logo PL = 0
  • Ocorre quando os bens e direitos ( Ativo ) forem iguais às obrigações com terceiros ( Passivo Exigível ); nessa hipótese o patrimônio líquido será nulo.

d) ATIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDOF 0 E 0

  • Situação Plena ou Propriedade TotalF 0 E 0 A = PL , logo PE = 0
  • Ocorre quando os bens e direitos ( Ativo ) forem iguais ao patrimônio líquido; nessa hipótese, as obrigações com terceiros ( Passivo Exigível ) serão nulas.

e) PASSIVO EXIGÍVEL = PATRIMÔNIO LÍQUIDOF 0 E 0

  • (^) Situação de Inexistência de AtivosF 0 E 0 PE = ( PL ) , logo A = 0
  • Ocorre quando as obrigações com terceiros ( Passivo Exigível ) for igual ao patrimônio líquido negativo; nessa hipótese, o ativo será nulo.

2.4. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS

F 0 E 8 Na representação gráfica apresentada temos, de um lado, os Bens e os Direitos , que formam o grupo dos elementos positivos; e, do outro lado, as Obrigações , que formam o grupo dos elementos negativos.

  • Na maioria das empresas comerciais, o Ativo suplanta o Passivo Exigível ( obrigações ). Assim, a representação mais comum do patrimônio de uma empresa comercial assume a forma:

Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido

  • Diz-se que a:
    • (^) Situação Líquida é Negativa quando o Ativo Total é:
      • menor que o Passivo Exigível.
    • Situação Patrimonial inconcebível quando a:
      • Situação Líquida maior que o Ativo.
    • Aumenta o patrimônio líquido quando há:
      • Recebimento de duplicatas com juros.
    • Diminui o patrimônio líquido quando há:
      • Pagamento de duplicatas com juros.

PATRIMÔNIO

BENS

DIREITOS

OBRIGA

ÇÕES

3. CONCEITOS DE CAPITAL

CAPITAL SOCIAL F 0 E 0 é a obrigação da empresa para com os sócios originária da entrega de recursos para a formação do capital da entidade. Corresponde ao patrimônio líquido ( PL )

— situação positiva — poder comprar a prazo etc.

  • Na terminologia contábil, a palavra crédito também possui vários significados. As mesmas observações que fizemos para a palavra débito aplicam-se à palavra crédito. Portanto é importante memorizar : a. No gráfico das Contas Patrimoniais, o lado direito é o lado do Crédito , exceto para as Contas Retificadoras. b. No gráfico das Contas de Resultado, o lado direito é o lado do Crédito. F 0 E 8 Portanto:

débito é uma situação de dívida ou de responsabilidade da conta para com entidade;

crédito é uma situação de direito ou de haver da conta em relação à entidade; saldo é a diferença entre o total dos débitos e o total dos créditos efetuados numa conta; O saldo pode ser:

  • devedor - quando a soma dos débitos for maior do que a soma dos créditos ;
  • credor - quando a soma dos débitos for menor do que a soma dos créditos ;
  • (^) nulo - quando a soma dos débitos for igual a soma dos créditos ;

4.2. CONTAS CONTÁBEIS: SUA NATUREZA E SUA MOVIMENTAÇÃO

Razonete Nome da Conta Débitos ( D )

Créditos ( C ) Devedor Credor Saldo

Mecanismo de Débito e Crédito

Contas NATUREZ A

Aumentos Diminuições

ATIVO Dv D C PASSIVO Cr C D DESPESAS Dv D C RECEITAS Cr C D SITUAÇÃO LÍQUIDA Cr C D

Dv - conta de natureza devedora; D - debitar Cr - conta de natureza credora; C - creditar

Contas - são denominações contábeis que identificam e controlam os elementos contábeis de natureza semelhante.

Teoria das Contas

ATIVO PASSIVO CONTAS

DE

RESULTADO

Teoria das Contas BENS DIREITOS OBRIGAÇÕES PATRIMÔNIO LÍQUIDO

RECEITAS

DESPESAS

Teoria Personalista Contas F 0 E 0 Pessoas F 0 D F Débito/ CréditoF 0 E 0Entidade

Contas dos Agentes Consignatários

Contas dos Agentes Correspondentes

Contas dos Proprietários

Teoria Materialista ContasF 0 D FMaterialF 0 E 0Entidade

Contas Integrais Contas Diferenciais

Teoria Patrimonialista Objeto F 0 E 0Patrimônio Finalidade F 0 E 0controle, apuração dos resultados e prestação de informações

Contas Patrimoniais Contas de Resultado

  • Teoria PersonalistaF 0 E 0 as contas representam pessoas que se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito;
  • Teoria Materialista · as contas e a entidade mantêm uma relação material, e não pessoal;
  • Teoria PatrimonialistaF 0 E 0 o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades e a sua finalidade é o controle do patrimônio, a apuração dos resultados e a prestação de informações; - Contas de Resultado = compreendem as Receitas e as Despesas , que devem ser encerradas quando da apuração do resultado do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será incorporado ao patrimônio da entidade através da conta do patrimônio líquido “Lucros Acumulados” ou “Prejuízos Acumulados”

Plano de Contas: é constituído pelo conjunto de normas e procedimentos sobre a utilização das contas integrantes do sistema contábil da entidade. O Plano de Contas é composto pelas seguintes partes: Elenco das contas, Codificação das Contas, Função das Contas e Funcionamento das Contas.

  • Elenco das ContasF 0 E 0 conhecido como estrutura do plano de contas, consiste na relação ordenada de todas as contas utilizadas para o registro dos fatos contábeis de uma entidade.
    • Exemplo de Plano de Contas Ativo Ativo Circulante Disponibilidades Direitos Realizáveis Estoques Despesas do Exercício seguinte Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Investimento Imobilizado Diferido

Passivo Passivo Circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Lucros ou Prejuízos Acumulados

  • Codificação das ContasF 0 E 0 a codificação tem por objetivo simplificar a classificação das contas nos respectivos grupos e subgrupos - Exemplo: arbitramos o código 1 para o Ativo e 2 para o Passivo, o restante ficaria:

Veículos a Caixa ......................... $ 700.

Fórmulas de Lançamento

1ª - Fórmula Simples – apenas uma conta é debitada e uma única conta é creditada. Ex.: compra de uma bicicleta, à vista, por $ 1.

Veículos a Caixa ......................... $ 1.

2ª - Fórmula Composta - apenas uma conta é debitada e mais de uma conta é creditada. Ex.: compra de uma bicicleta por $ 1.000, pagando-se $ 500 com cheque do Banco do Brasil e aceitando uma duplicata pelo restante, $ 500.

Veículos a Diversos a Banco c/ Movimento .. $ 500 a Duplicatas a Pagar...... $ 500 $ 1.

3ª - Fórmula Composta - mais de uma conta é debitada e uma única conta é creditada. Ex.: Integralização do capital Social no valor de $ 15.000, sendo $ 5.000 em móveis e $ 10.000 em dinheiro.

Diversos a Capital Social Caixa ........................... $ 10. Móveis e Utensílios.... $ 5.000 $ 15.

4ª - Fórmula Complexa - mais de uma conta é debitada e mais de uma conta é creditada. Ex.: pagamento do aluguel do mês no valor de $ 40.000 e de uma duplicata no valor de $ 90.000, com a utilização de $ 30.000 em dinheiro e $ 100.000 em cheque.

Débito Crédito Diversos a Diversos Despesa de Aluguel .......... $ 40. Duplicatas a Pagar............. $ 90. a Caixa ....................................................... $ 30. a Bancos c/ Movimento .............................. $ 100.

Partícula “a”F 0 E 0 é apenas indicadora da contra creditada, sendo seu uso facultativo.

4.4. principais livros contábeis

F 0 E 8 Dos vários livros usados pelas empresas, vamos mencionar apenas os utilizados pela contabilização dos atos e fatos administrativos.

Os principais livros utilizados pela Contabilidade são:

  • Livro Diário
  • Livro Razão
  • Livro Caixa
  • Livro Contas-Correntes

4.4.1. Livro Diário

F 0 E 8 O Diário é um livro obrigatório pela legislação comercial. Por ser obrigatório, o Diário está sujeito às formalidades legais extrínsecas e intrínsecas.

Objetivo: cumprimento da função histórica da Contabilidade (ordem cronológica dos fatos ocorridos). O livro Diário é o mais importante livro contábil. Caso haja extravio dos demais livros fiscais, com o livro Diário é possível a recuperação dos mesmos.

Formalidades do Livro Diário

Formalidades extrínsecas ( ou externas): o livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas em seqüência, tipograficamente. Deve conter, ainda, os termos de abertura e de encerramento e ser submetido à autenticação do órgão competente do Registro do Comércio.

Formalidades intrínsecas ( ou internas ): a escrituração do Diário deve ser completa, em idioma e moedas nacionais, em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens.

- O livro Diário tradicional pode ser substituído por fichas ( contínuas, em forma de sanfona, soltas ou avulsas ).Porém, a adoração desse sistema não exclui a empresa de obediência aos requisitos intrínsecos, previstos na lei fiscal e comercial para o livro Diário. As empresas que utilizam fichas são obrigadas a adotar o livro próprio para a inscrição das demonstrações financeiras.

F 0 E 8 Os Termos de Abertura e de Encerramento devem ser transcritos na primeira e na última página do livro Diário, respectivamente. Esses termos são colocados na época da abertura dos livros, conforme o seguinte modelo:

Elementos Essenciais do Lançamento no Livro Diário

  • 1º - local e data;
  • 2º - conta ou contas debitadas;
  • 3º - conta ou contas creditadas, precedida(s) da partícula “a”;
  • 4º - Histórico da operação;
  • 5º - valor da operação.

4.4.2. Livro Razão

F 0 E 8 O Razão é um livro de grande utilidade para contabilidade porque registra o movimento de todas as contas. A escrituração do livro Razão passou a ser obrigatória a partir de 1991. Na Contabilidade moderna, o Razão é escriturado em fichas.

4.4.3. Livro Contas-Correntes

F 0 E 8 O Contas-Correntes é o livro auxiliar do Razão. Serve para controlar as contas que representam Direitos e Obrigações para a empresa.

4.4.4. Livro Caixa

F 0 E 8 O livro Caixa também é auxiliar. Nele são registrados todos os fatos administrativos que envolvam entradas e saídas de dinheiro.

5. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS

5.1. conceitos

Total

BALANÇO PATRIMONIAL - conceitos

ATIVO: No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez, em 3 grandes grupos:

Ativo Ativo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente

  • Ativo CirculanteF 0 E 0 representa os valores passíveis de serem transformados em dinheiro a curto prazo, ou seja, tudo o que for se realizar dentro do exercício social seguinte. Exs.: dinheiro em Caixa, contas corrente em Banco, Aplicações Financeiras de curto prazo, Estoques de mercadorias, Duplicatas a Receber, Clientes, etc. - Exercício Social - é o espaço de 12 meses, findo o qual as pessoas jurídicas apuram os seus resultados.
  • Ativo Realizável a Longo PrazoF 0 E 0 são os valores passíveis de transformações em moeda a Longo Prazo, ou seja, após o decurso do exercício social subseqüente ao da elaboração do Balanço Patrimonial. Exs.: direitos a Longo Prazo, empréstimos compulsórios à União, adiantamentos ou empréstimos a sócios, acionistas e despesas antecipadas.
  • Ativo PermanenteF 0 E 0 representa aplicação permanente ou fixa dos recursos da empresa e, a princípio, não estão destinados à venda ou realização. - Investimentos - Exs.: participações permanentes em outras sociedades e os imóveis de renda; - Imobilizado – bens e direitos necessários à manutenção das atividades produtivas da empresa. Exs.: máquinas, equipamentos, veículos, imóveis de uso, marcas e patentes, fundo de comércio, etc. - Diferido – compreende as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado em mais de um exercício social. Exs.: despesas incorridas na fase pré-operacional da empresa, despesas com pesquisas científicas ou tecnológicas, etc.

PASSIVO: as contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de exigibilidade, e se dividem em 4 grandes grupos:

Passivo Passivo Circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido

  • Passivo CirculanteF 0 E 0 compreende as obrigações ou dívidas a curto prazo. Exs.: Duplicatas a Pagar, Fornecedores, Obrigações Fiscais, Trabalhistas e Sociais, Aluguéis, Impostos a Recolher, etc.
  • Passivo Exigível a Longo Prazo F 0 E 0 compreende as: Obrigações a Longo Prazo, inclusive empréstimos recebidos de sócios e acionistas, etc.
  • Resultado de Exercícios FuturosF 0 E 0 compreende as: receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes;
  • (^) Patrimônio LíquidoF 0 E 0 corresponde à diferença entre os valores que compõem o Ativo, o Passivo Exigível e o Resultado de Exercícios Futuros. Divide-se em: - Capital Social - divide-se em: - Capital Subscrito - compromisso assumido pelos sócios ou acionistas; - Capital Realizado - pagamento efetivo do compromisso pelos sócios ou acionistas; - Capital a Realizar - parcela do compromisso assumido pelos proprietários e ainda não quitada. - Reservas – são parcelas do patrimônio líquido que excedem o valor do Capital Social integralizado: - Reservas de Lucros – são obtidas pela apropriação dos Lucros, de acordo com exigência legal; - Reservas de Capital – são contribuições recebidas dos proprietários ou de 3ºs, que nada têm a ver com as receitas ou ganhos. - Reservas de Reavaliação – indicam acréscimos de valor ao custo de aquisição de Ativos baseados em preços de mercado; - Lucros ou Prejuízos Acumulados – ficam em destaque, legalmente; enquanto não são distribuídos ou capitalizados são considerados como reserva de lucros, tecnicamente. - Contas Retificadoras – são contas redutoras do Patrimônio Líquido. Exs.: Capital Social a Realizar (integralizar), Ações em Tesouraria ou quotas, Dividendos distribuídos antecipadamente;

6. RECEITAS E DESPESAS

6.1. conceitos

Receitas: são ingressos patrimoniais decorrentes da utilização dos recursos da empresa e que geram gastos para a mesma. As receitas aumentam a riqueza própria do patrimônio.

Despesas: são gastos executados com a finalidade de gerar receitas. As despesas podem diminuir o ativo ou aumentar o passivo, mas sempre provocam diminuições no patrimônio líquido. As despesas reduzem a riqueza própria do patrimônio.

RESULTADO = RECEITAS - DESPESAS

a) LUCROF 0 E 0 Despesas < Receitas

b) PREJUÍZOF 0 E 0 Despesas > Receitas

c) NULOF 0 E 0 Despesas = Receitas

Ex.: Utilizando a Conta de Compensação

a) Remessa ao Banco conforme borderô: DébitoF 0 E 0Banco Conta Cobrança Simples (ATIVO) CréditoF 0 E 0Efeitos para Cobrança (PASSIVO) Obs.: se não optar pela Conta de Compensação não se deve proceder a nenhum lançamento

b) Pelo recebimento das duplicatas pelo Banco: DébitoF 0 E 0Banco Conta Movimento CréditoF 0 E 0Clientes (Duplicatas a Receber) DébitoF 0 E 0Efeitos para Cobrança (PASSIVO) CréditoF 0 E 0Banco Conta Cobrança Simples (ATIVO)

Obs.: no caso de cobrança de duplicatas com juros, proceder o lançamento dos juros na conta Juros Ativos

Na empresa devedora deverá ser processado o seguinte lançamento: DébitoF 0 E 0 Fornecedores CréditoF 0 E 0 Disponível (CAIXA / BANCO)

Obs.: no caso de pagamento com juros, proceder o lançamento na conta Juros Passivos

II. DESCONTO DE DUPLICATASF 0 E 0 é uma operação onde a empresa detentora dos títulos recebe os valores dos títulos antecipadamente , como se o banco estivesse fazendo um empréstimo à empresa e esta tivesse dado as duplicatas como garantia. Quando do envio dos títulos para desconto, a empresa transfere os direitos de recebimento para a entidade financeira que a descontou. Entretanto, caso o devedor não honre o pagamento do título, a solidariedade entre devedor e credor dá à instituição financeira o direito de receber do credor.

  • a Conta Duplicatas Descontadas deve ser classificada como REDUTORA no AC - Ativo Circulante ou ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo , dependendo do vencimento das duplicatas.
  • Os encargos financeiros decorridos da transação representam DESPESAS ANTECIPADAS e também devem ser classificadas no AC ou ARLP , e, sendo apropriados em contas de resultado à medida que forem sendo incorridos, proporcionalmente ao prazo de vencimento das duplicatas.
  • Quando do desconto, ocorrem 3 etapas, a saber: desconto, quando o cliente paga a duplicata e quando o cliente não paga a duplicata.

Ex.: A empresa envia ao banco uma duplicata de $ 10.000 com vencimento em 10/01/2002; o banco realiza o desconto em 21/12/2001, cobrando juros de $ 600. Juros p/ dia de atraso: $ 5

Clientes Banco (-) Duplicatas Descontadas 1 10.000 10.000 2 1 9.400 10.000 3 2 10.000 10.000 1 50 4 3 10.

Encargos Financeiros 1 600 4 50

1. No momento do DescontoF 0 E 0 na contabilidade do emitente: - DEBITA-SE a conta BANCO pelo valor líquido; - DEBITA-SE a conta ENCARGOS FINANCEIROS pelo valor dos juros; - CREDITA-SE a conta DUPLICATAS DESCONTADAS pelo valor bruto ;

  • 2. No recebimento da Duplicata descontadaF 0 E 0quando a Duplicata Descontada é PAGA pelo devedor , no vencimento. F 0 E 0na contabilidade do emitente : - DEBITA-SE a conta DUPLICATAS DESCONTADAS ; - (^) CREDITA-SE a conta CLIENTES ; F 0 E 0na contabilidade do devedor: - (^) DEBITA-SE a conta FORNECEDOR ; - CREDITA-SE a conta CAIXA ou BANCO
  • 3. Quando o devedor não paga a duplicata e a mesma é debitada pelo bancoF 0 E 0 F 0 E 0na contabilidade do emitente : - DEBITA-SE a conta DUPLICATAS DESCONTADAS ; - CREDITA-SE a conta BANCO
  • 4. Se o banco cobrar juros pelos dias de atraso = 10 dias após o vencimento
    • DEBITA-SE a conta ENCARGOS FINANCEIROS
    • CREDITA-SE a conta BANCO No caso em questão, foi descontada uma duplicata no dia 21/12/2001 e o seu vencimento era para 10/01/2002. Logo devemos considerar como despesas 10 dias para o exercício de 2001 e 10 dias para o exercício de 2002.
  • No encerramento do mês de dezembro/2001, a empresa deverá proceder ao seguinte lançamento:

DÉBITOF 0 E 0 Encargos Financeiros CRÉDITOF 0 E 0 Juros a Vencer .................. $ 300 (600/20 x 10 = 300)

  • No encerramento do mês de janeiro/2002, a empresa deverá apropriar o restante (10 dias) em conta de resultado:

DÉBITOF 0 E 0 Encargos Financeiros CRÉDITOF 0 E 0 Juros a Vencer .................. $ 300 (600/20 x 10 = 300)

III. ADIANTAMENTOS DIVERSOSF 0 E 0 não é considerado despesa nem receita;

  • Adiantamento concedido é DIREITO ;
  • Adiantamento recebido é OBRIGAÇÃO ;

Adiantamento Viagens CAIXA Despesas de Viagem 500 500 1 3 100 500 1 600 500 2 100 1 2 500 500 3 3 400

Ex.: É feito um adiantamento para despesas de viagem no valor de R$ 500F 0 E 0

  • DEBITA-SE a conta ADIANT. VIAGENS pelo valor do adiantamento
  • CREDITA-SE a conta CAIXA pelo valor do adiantamento;

Quando do acerto, podem ocorrer 3 momentosF 0 E 0

    1. o valor gasto em despesas de viagem foi maior que o adiantamento
    • DEBITA-SE a conta DESP. VIAGEM pelo valor correto das despesas;
    • CREDITA-SE a conta CAIXA pelo valor da diferença que sobrou;
    • CREDITA-SE a conta ADIANT. VIAGENS pelo valor do adiantamento;
    1. O valor gasto em despesas de viagem foi igual ao valor do adiantamento;
    • DEBITA-SE a conta DESP. VIAGEM pelo valor correto das despesas;
    • CREDITA-SE a conta ADIANT. VIAGENS pelo valor do adiantamento;

. Imóveis ( construções) . Instalações . Móveis e Utensílios . Veículos

F 0 E 8 Por que depreciar?

  • Quando a empresa compra bens para o uso próprio, ela efetua um gasto. Esse gasto, por ser considerado investimento, não pode ser contabilizado como despesa. Entretanto, esses bens, sendo utilizados pela empresa, desgastam-se e perdem o valor. Por esse motivo é feito a depreciação. Através dela, a empresa pode considerar como despesa o valor gasto na aquisição dos seus bens de uso.
  • É evidente que para se depreciar o valor gasto na aquisição de um bem é preciso atender a algumas exigências legais, tendo em vista, principalmente, o tempo de vida útil do bem.
  • Os bens não duram eternamente; eles têm um tempo de vida útil o qual, desgastados pelo uso ou em função da natureza ou mesmo pela obsolescência, deixam de ser convenientes para a empresa.

Veja:

Desgaste pelo uso: você compra um automóvel hoje. Daqui a cinco ou seis anos esse automóvel, sendo usado diariamente, não terá o mesmo rendimento de quando novo.

Ação do tempo: o próprio automóvel acima citado, por ficar exposto ao sol, à chuva, sofre essas influências climáticas e se desgasta.

Obsolescência: por exemplo, antigamente existiam as calculadoras manuais, grandes, de difícil manejo e transporte. Hoje, com os novos inventos, temos calculadoras muito mais eficientes e em tamanhos incomparavelmente menores.

  • Além desses motivos, e por tais bens servirem às empresas em vários exercícios sociais, é correto que se incorpore ao custo de cada exercício uma parcela do valor desses bens, ao longo do período estimado de sua vida útil.
  • Sendo assim, todas as empresas procedem, no final de cada exercício social, à depreciação dos Bens materiais constantes do Ativo Imobilizado.
  • Quais os procedimentos que devem ser tomados para se contabilizar a depreciação?
  • (^) O primeiro passo é estimar o tempo de vida útil para o bem e, consequentemente, fixar a taxa anual de depreciação.
  • Os prazos anualmente admitidos, bem como as respectivas taxas de depreciação, são:

CONTAS PRAZOS

ADMITIDOS

TAXAS anuais

Computadores 5 anos 20 % Imóveis, exceto terrenos 25 anos 4 % Instalações 10 anos 10 % Móveis e Utensílios 10 anos 10 % Veículos 5 anos 20 %

  • Depois de estabelecidos o tempo de vida útil e a respectiva taxa anual de depreciação, vamos verificar qual método de depreciação de vemos adotar.

F 0 E 8 Existem vários métodos de depreciação, como método linear ou em linha reta, método da soma dos dígitos, método do saldo decrescente etc.

  • O mais usado é o método linear ou em linha reta , que consiste em aplicar taxas constantes durante o tempo de vida útil estimado para o bem. Por exemplo, se o tempo de vida útil de um bem foi determinado em 10 anos, a taxa anual de depreciação será de 10%.
    • (^) A depreciação pode ser anual ou mensal.
    • É anual quando calculada e contabilizada uma única vez ao ano. O valor da quota anual é obtido aplicando-se a taxa normal de depreciação sobre o valor do bem.
    • É mensal quando calculado e contabilizado mensalmente. O valor da quota mensal é obtido dividindo-se o valor da quota anual por 12.
    • A depreciação pode ser, ainda, normal ou acelerada , diferenciando-se tão-somente em relação à taxa aplicada, que poderá variar conforme o número de turnos de utilização do bem a ser depreciado (cada turno corresponde a um período de oito horas). - Assim, se o bem for utilizado durante um único turno, a ele será aplicada a taxa normal; se for utilizado durante dois turnos, será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 1,5; e se for utilizado durante três turnos, será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 2,0. - Para se conhecer o valor da depreciação do bem em cada exercício, basta aplicar a taxa sobre o valor desse bem. Veja como é fácil:
    • Vamos calcular o valor da quota de depreciação da conta Móveis e Utensílios, sabendo que o saldo da conta é de R$ 50.000 e a taxa anual é de 10%.

Temos:

Veja os cálculos:

  • A contabilização da quota de depreciação é feita através do seguinte lançamento:

Depreciação a Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios Depreciação anual sobre Móveis e Utensílios pela taxa De 10% a.a., ref. a esse período ........................................................ 5.

Observações:

  • A conta debitada, Depreciação, corresponde à despesa ou ao custo do período; portanto, seu saldo será transferido para a conta Resultado do Exercício, no momento da apuração do Resultado Líquido.
  • A conta creditada, Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, é patrimonial e representará, sempre, o valor acumulado das depreciações efetuadas durante o tempo de vida útil do bem.
  • No Balanço Patrimonial, a conta Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios aparecerá do lado do Ativo como conta retificadora da conta do Ativo Permanente que serviu de base para seu cálculo.
  • Quando o bem for adquirido durante o ano, a taxa de depreciação do referido ano deverá ser proporcional ao número de meses durante o qual o bem foi utilizado.
  • (^) Vamos falar sobre o método de depreciação da soma dos dígitos :
  • Este método consiste em somar os dígitos da vida útil do bem. O valor assim encontrado será o denominador. O numerador será o dígito do ano ou o inverso , conforme se está em quotas crescentes ou decrescentes.

Por exemplo, uma máquina com o valor de R$ 30.000,00 será depreciada em 5 anos. Assim:

Ano 1 Ano 2 Ano 3