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Doença parasitária silenciosa
Tipologia: Notas de estudo
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Belém 2011
CONCEITO
Criptococose (torulose, blastomicose européia,doença de Busse-Buschke) é uma micose de natureza sistêmica de porta de entrada inalatória causada por fungos do complexo Cryptococcus, atualmente com duas espécies distintas do ponto de vista clínico e epidemiológico.
✳ Criptococose oportunista, cosmopolita, associada a condições de imunodepressão celular, causada predominantemente por Cryptococcus Neoformans. ✳ Cryptococose primária de hospedeiro aparentemente imunocompetente, endêmica em áreas tropicais e subtropicais causadas predominantemente por Cryptococose Gatti
Em 1895,Sanfelice isolou do suco de frutas deterioradas uma levedura que denominou sacchalomyes neoformans.Inocolou culturas dessa levedura em diversos animais,conseguindo produzir em vários deles processos patológicos tido como verdadeiros blastomas.
O primeiro caso de infecção criptococócica em seres humanos, entretanto,já havia sido relatado por Busse e Buchke em 1894,quando isolaram de periostite crônica da tíbia essa levedura denominou de Sacharomyces hominis.Somente em 1982,Nino deu ao fungo a denominaçao de Cryptococcus Neoformans.
Apresenta uma fase sexuada, na qual a reprodução ocorre após conjunção de duas cepas compatíveis, o que possibilita a grande diversidade genética.Nesse caso forma-se um pseudomicelio( que são hinfas longas com septos) que dá origem a bacilos(estruturas não septadas) e a bacidiosporos, de cuja germinação podem oroginar-se células leveduriformes.Nessas células ocorre a reproduçao assexuada, por meio de brotamento único ou duplo e raramente múltiplos.Essa fase leveduriforme é habitualmente encontrada na doença humana ou animal.Apresentam como estrutura esférica ou globosa, com 3 à 8 um de diâmetro, geralmente com uma cápsula espessa de material mucopolissacarídeo, cápsula essa relacionada a capacidade invasiva ou patogênica do fungo. A cápsula é composta por polímeros
de manose, xilose,ácido glicorânico e glucana , estes e outros açúcares podem ser responsáveis pelo aparecimento de anticorpos protetores em experimentação com
A associação com imunossupressão, ou seja, o caráter oportunista existe e esta relacionado ao comprometimento da imunidade celular, podendo acometer pacientes com linfomas, leucemias crônicas, diabetes, AIDS e etc. Nos casos de AIDS, é considerada a terceira ou quarta infecção oportunista, em freqüência e causa importante de morte. Há informações de que 6% a 10% dos pacientes com AIDS desenvolvem neurocriptococose. A raridade da criptococose em crianças com AIDS é outra faceta inexplicável dessa micose e vem reforçar a hipótese de que nos adultos o que ocorre é a reativação, e não a infecção primária. Entre os casos de AIDS nos EUA, 6% tem meningite criptococócica. Em São Paulo foram atendidos 72 casos novos de AIDS com meningite criptococócica. A mortalidade da doença é elevada, mesmo com o tratamento disponível, e, nos casos de cura são freqüentes as seqüelas neurológicas. Na AIDS a letalidade é maior. A recrudescência é grande nos co-infectados, após o tratamento, necessitando terapêutica de manutenção.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS – SINAIS E SINTOMAS
Ambas causam meningoencefalite, de evolução grave e fatal acompanhada ou não, de lesão pulmonar evidente, fungemia e focos secundários para a pele, ossos, rins, supra-renal, entre outros Dores no peito, dor de cabeça, tosse, febre, hemoptise, massa granulomatosa (nódulos únicos ou múltiplos nos raios-X), fraqueza, sudorese noturna, confusão mental e alteração na visão. Os sintomas característicos dessa enfermidade podem ser divididos em quatro principais síndromes, que podem estar associadas ou isoladas em um mesmo indivíduo: ✳ Síndrome respiratória: estão presentes estertores respiratórios corrimentos nasais (mucopurulento, seroso ou sanguinolento), dispnéia inspiratória e espirros. Esta síndrome ocorre mais freqüentemente em felinos domésticos, sendo observada nesses animais a formação de
massas firmes ou pólipos no tecido subcutâneo, especialmente na região nasal (“nariz de palhaço”), os cães podem apresentar tosse. ✳ Síndrome neurológica: o sistema nervoso central e os olhos são os mais afetados. Esta síndrome manifesta-se nos cães sob a forma de meningoencefalite, sendo que os sintomas dependem do local da lesão. Geralmente, observa-se depressão, desorientação, vocalização, diminuição da consciência, ataxia, andar em círculos, espasmos, parestesia, paraplegia, convulsões, anisocória, dilatação da pupila, diminuição da visão, cegueira, surdez e perda de olfato. ✳ Síndrome ocular: os sinais clínicos mais observados são uveíte anterior, coriorrenite granulomatosa, hemorragia da retina, edema papilar, neurite óptica, midríase, fotofobia, blefarospasmo, opacidade da córnea, edema inflamatório da íris e/ou hifema e cegueira. ✳ Síndrome cutânea: ocorre especialmente nos felinos, sendo que as lesões de pele encontram-se, principalmente, na cabeça e pescoço desses animais. Essas lesões correspondem a ulcerações, que podem ser no focinho, na língua, no palato, na gengiva, nos lábios e nas patas.
TRANSMISSÃO
A infecção natural ocorre por inalação de propágulos presentes no meio ambiente sobre a forma de leveduras desidratadas, de tamanhos reduzidos, ou sobre a forma de basiodosporos produzidos no ciclo sexuados, resistentes as condições ambientais, apontados como prováveis propágulos infectantes. No entanto até o momento a fase sexuada só foi produzida in vitro , seja por limitações do método usado, seja por evento errático, ainda não foi demonstrada em natureza. Microfococos relacionados a habitat de aves, morcegos, madeira em decomposição, poeira domiciliar, e outros animais, onde a concentração estável de matéria orgânica podem representar fontes ambientais potenciais para infecção. Distúrbios desses ambientes podem precipitar ou aumentar a dispersão aérea de propago infectante. Em pacientes imunodeprimidos (AIDS) o agente causador da doença foi encontrado apresentando um risco aumentado de adquirir criptococose. Até o momento não houve comprovação de surto ou epidemia por Cryptococose
computadorizada do crânio em pacientes com meningite criptococócica os achados são compatíveis com a normalidade ou a alterações inespecíficas como atrofia cortical e dilatação ventricular.
ESTATÍTICA DA DOENÇA
PRINCIPAIS INFECÇÕES FÚNGICAS EM TRANSPLANTE DE RIM
Há poucos estudos disponíveis envolvendo casuísticas significativas sobre a ocorrência de infecção fúngica invasiva em transplante renal, em 2001, descreveram 656 episódios de infecção fúngica em pacientes submetidos a transplante renal em vários centros médicos dos EUA, durante o período de 1994 a 1997. Nesse estudo, dentre outras micoses encontradas temos em destaque a criptococose (8,5%).
No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, foi realizado em estudo em, na qual foram descritos 82 episódios de infecção fúngica em pacientes submetidos a transplante renal. Nessa casuística, candidíase foi responsável por 39% dos casos, criptococose por 29,2%,
Considerando os achados das duas publicações anteriores, destacam-se como as principais micoses em transplante renal candidíase, criptococose, aspergilose, histoplasmose, zigomicose e paracoccidioidomicose.
TRATAMENTO
Até o momento, não existem medidas específicas, a não ser atividades sócio educativas com relação de risco de infecção. Como o fungo é encontrado no solo, frutos, leite de vaca, excretas etc. os cuidados gerais de higiene são importantes na profilaxia da doença, embora medidas especiais devam ser relacionadas a fim de evitar a proliferação de pombos (principal transmissor de doença), como diminuir o alimento, água e os abrigos, visando reduzir a sua população. Os locais com acúmulos de fezes devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança evitando a dispersão por aerossóis.
http://www.canalciencia.ipict.br
http://www.infoescola.com/doencas/criptococose
http://mgar.com.br/zoonoses
http://amecs.com.br