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Cuidando da mulher na 3ª idade
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Caro colega
.1 Diante da importância da instrumentalização do enfermeiro para
cuidar da mulher na 3ª idade, nesta Unidade de Estudo, vamos falar sobre o
envelhecimento da mulher, os sinais e sintomas do climatério e os cuidados
de enfermagem. Vamos lá.
O envelhecer é uma experiência de mudança em diversas áreas. Uma etapa da vida, caracterizada pela progressiva redefinição da identidade social, assim como a passagem da infância para adolescência e desta para a vida adulta.
Em se tratando de envelhecimento e a busca da qualidade de vida, a cultura ocidental tem sido bastante ineficaz no sentido de incluir e integrar os seus idosos, que em sua maioria, não possuem a clareza do que fazer nesta fase da vida após um grande período “produtivo”. Diferentemente do povo oriental, principalmente os japoneses, que prestam uma total atenção ao idoso, oferecendo atividades físicas, sociais além do acompanhamento direto de sua saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa de vida ao nascer de 1980 a 2001 da população brasileira, passa de 62,7 anos para 68,9 anos, sendo 72,9 anos para as mulheres e 65,1 anos para os homens. Estes dados levam o Brasil a ocupar, segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, através de sua Divisão de População, a 108ª posição no ranking das nações das quais foram estimadas as expectativas de vida ao nascer. Atualmente, esse ranking é liderado pelo Japão com 81,5 anos.
O Dr. Khaled Omar Mohamad El Tassa escreve didaticamente sobre a importância da saúde e a qualidade de vida na terceira idade. Clique aqui para conhecer o texto completo.
Você pode se perguntar por que ler um artigo que fala de qualidade de vida na terceira idade, quando falamos nesta Unidade de Estudo – A Saúde da Mulher na Terceira Idade.
É preciso que tenhamos conhecimento da importância das atividades físicas na vida do idoso para que, durante o nosso atendimento, possamos reforçar nossas ações nessas atividades voltadas à saúde física e mental da mulher na terceira idade.
Os Avanços na Atenção à saúde da Mulher na Terceira Idade
Como vimos anteriormente na Unidade de Estudo 1 - em que falamos das políticas públicas - uma década após a criação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) em 1984, o MS, preocupado com a saúde da mulher na terceira idade, lança o Programa de Assistência ao Climatério (1994). Este programa tem como objetivo universalizar os procedimentos nos diversos níveis de atendimento contemplando os indicadores de saúde, além de fornecer aos profissionais orientações simplificadas para atendimento à mulher nesta fase tão importante de sua vida.
Em julho de 1995, o Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso que foi elaborado em consonância à Lei 8.842/94, regulamentada em julho de 1996, dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. Essa legislação tem como objetivo fundamental garantir a saúde do idoso com a finalidade de que ele possa atingir o máximo de tempo de vida ativa na comunidade e na família, com o maior grau possível de independência funcional e autonomia.
Embora saibamos que o PAISM se refira à prevenção primária com o intuito de recuperar a saúde feminina, percebemos um distanciamento entre o preconizado pelas políticas públicas e o utilizado de fato pelas mulheres nesta faixa etária.
Em se tratando de prevenção e melhoria da qualidade de vida, convivemos com mulheres da terceira idade, tanto no âmbito familiar, quanto no hospitalar e de trabalho e nos deparamos com queixas de sinais e sintomas,
Nos dias atuais, uma boa parte da população de mulheres vem buscando novas práticas diagnósticas e terapêuticas que possam lhes proporcionar uma melhora no quadro dos sinais e sintomas apresentados na idade climatérica.
Antes de discutirmos os sinais e sintomas deste ciclo de vida, é preciso recordar o significado da palavra climatério que é confundido com menopausa.
A palavra climatério deriva do grego klimakter que significa degrau de uma escala, sendo usado comumente como sinônimo de menopausa. Existe, porém, uma diferença básica entre essas duas palavras. A menopausa denota somente a parada das menstruações comprovada por uma amenorréia espontânea durante um período de 12 meses consecutivos, ou seja, os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona, findando a fase reprodutiva. O climatério é um processo fisiológico amplo de transformações no âmbito físico, social, espiritual e emocional, portanto, um evento universal.
Nós enfermeiros devemos ter em mente que é preciso falar durante a consulta de ginecologia que não há relação entre a menarca e a menopausa, e nem tão pouco existe relação entre a idade familiar da menopausa, geralmente ocorrida entre os 45 e 55 anos de idade, podendo ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema orgânico.
Entendendo a Fase do Ciclo Ovariano
A mulher nasce com cerca de 2 milhões de folículos embrionários, que se reduzirão quantitativamente ao longo da vida. Durante a infância, os ovários não produzem hormônios femininos chamados estrogênios, sua produção inicia com a menarca que ocorre em média aos 12 anos de idade. Neste período, o corpo da adolescente passa por transformações onde os folículos amadurecem mensalmente.
Na fase adulta, a menacme é o período de vida da mulher entre a menarca e a menopausa. Nesse período, milhares de folículos maduros se preparam para serem fertilizados. Os ovários se revestem de uma importância fundamental na saúde da mulher e são responsáveis por liberar o óvulo
mensalmente por mais ou menos quarenta anos, período chamado de vida reprodutiva, por produzir os hormônios da feminilidade e da beleza feminina dando forma ao seu corpo. No final desta fase, inicia-se o declínio da função ovariana e da produção dos hormônios, dando início ao climatério.
O hormônio feminino chamado estrogênio é responsável pela auto- imagem da mulher em relação a si própria com o mundo. Na prática diária, muitas são as queixas ouvidas pelos profissionais de saúde durante as consultas ou nos grupos da terceira idade. Dentre elas podemos apontar: a perda da libido, a dificuldade de excitação, dificuldade da lubrificação vaginal no momento da relação sexual, transformando um momento íntimo de prazer em algo desagradável e doloroso.
Nesta fase, a mulher precisa de muito apoio por parte dos familiares e profissionais para aceitar este novo ciclo da sua vida.
Outra alteração importante na saúde da mulher pela falta de estrogênio é a irritabilidade e a depressão. O estrogênio está associado a sentimentos de auto-estima e a falta dele pode causar depressão em graus variados.
Após a menopausa, grande parte das mulheres passa por perdas de cálcio nos ossos, causando a osteoporose que pode ser responsável por fraturas. Estudos recentes têm associado à falta de estrogênio a ocorrência do Mal de Alzheimer com perda total da memória.
A incidência de manifestações no climatério varia de mulher para mulher e somente 25% desta população necessita fazer tratamento de reposição hormonal.
RELACIONAMENTO AFETIVO SEXUAL NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
Devido às grandes desigualdades sociais e regionais presentes na sociedade brasileira, a velhice pode significar vivências totalmente diferenciadas que vão da plenitude à decadência, da satisfação e prazer à
de profundas mudanças e requer certo conhecimento para enfrentar este período de grande adaptação. Não só as mulheres como também os companheiros precisam estar ajustados emocionalmente para enfrentar este período com naturalidade.
O cuidado à mulher nesta fase consiste em dois itens fundamentais: o primeiro é a orientação e discussão, junto com a cliente, sobre as mudanças físicas e emocionais que ocorrem. Há conjecturas sobre a importância do momento em que a mulher compreende o que lhe está acontecendo, seu nível de ansiedade diminui, melhorando sua qualidade de vida, e o segundo é de orientações básicas para conviver melhor nesta fase.
Para a assistência integral e de qualidade, faz-se necessário que uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiro, geriatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo e nutricionista atuem conjuntamente no atendimento a essas mulheres, devendo ser considerado que elas não trazem somente uma “queixa”. É preciso conhecer um pouco de sua história de vida conhecendo um pouco do seu contexto social.
Dentro da prática assistencial do enfermeiro, Candella (1995) destaca a consulta de enfermagem como uma estratégia para identificar as necessidades básicas afetadas de sua cliente e, a partir das informações coletadas, planejar e implementar medidas de enfermagem visando a promoção da saúde, proteção, recuperação ou reabilitação das mulheres climatéricas, incluindo nesta assistência os familiares que convivem com ela, o que facilitaria o
trabalho da equipe na busca da recuperação do equilíbrio biopsicossocial..
Os Principais Sinais e Sintomas do Climatério
O climatério apresenta, em razão das modificações hormonais e metabólicas, as alterações que podem ser classificadas como precoces, de médio prazo e tardias. Para melhor visualização foi realizado um quadro dos principais sinais e sintomas.
ALTERAÇÕES Nesta fase, ocorrem distúrbios neuro-
PRECOCES endócrinos que podem coincidir com a crise de identidade, caracterizando- se como baixa auto-estima, insegurança, medo e rejeição.
Ondas de calor (fogachos) Sudoreses e calafrios Cefaléias Tonturas Parestesia e palpitações Depressão Insônia Fadiga Letargia Irritabilidade Perda da memória Alterações do ciclo menstrual
Nesta fase são acrescidas as queixas físicas e objetivas que se caracterizam por fenômenos atróficos, produzidos pela deficiência de ação hormonal.
Pele e Mucosas
Ressecamento ou prurido Fragilidade da pele Perda da elasticidade e flexibilidade Cabelos secos e de fácil queda Boca seca Alterações na voz
Vulva e Vagina Dispareunia Prurido e secura vaginal Aumento do pH vaginal Redução da lubrificação das glândulas de Bartholin
Bexiga e Uretra Polaciúria Aumento e urgência urinária Incontinência de esforço Prolapso vesical e uretral
Útero e Assoalho Pélvico Prolapso útero-vaginal
angústias com o objetivo maior da recuperação da saúde e prevenção de doenças.
Então, bom trabalho a todos!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Afinal, serve para quem. Disponível em: http://www.terra.com.br/istoe/1757/medicina/1757_afinal_serve_para_que.htm. Acesso em: 22 ago. 2008. CANDELLA, C. L. M. et all. Assistência à mulher no climatério. Revista Escola de Enfermagem da USP. v. 29, n.1, abril. 1995. p. 47 - 58. GURGEL, A. H. et all. Relacionamento afetivo sexual da mulher menopausa. Revista Baiana de Enfermagem , v. 9, p. 93 -111, abril. 1996. Número Temático SAÚDE e qualidade de vida na terceira idade. Disponível em: <www.redadultosmayores.com.ar/buscador/files/SALUD032.pdf> - Acesso em: 22 ago. 2008. ZAMPIERI, M. F. M. et all. Enfermagem na Atenção primária à Saúde da Mulher – textos Fundamentais – Série Atenção Primária à Saúde – v. 2. Florianópolis: UFSC/NFR, 2005.