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CULTIVO DO MILHO
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
ISSN 1679- Dezembro, 2002 Sete Lagoas, MG
(^1) Eng. Agr., PhD, Embrapa Milho e Sorgo. Caixa Postal 151 CEP 35 701-970 Sete Lagoas, MG. E-mail: amcoelho@cnpms.embrapa.br
Além dos sintomas característicos de uma ou outra desordem que só se manifestam em casos graves, a identificação do estado nutricional da planta somente é possível pela análise química da mesma.
A utilização da análise foliar como critério diagnóstico baseia-se na premissa de existir uma relação bem definida entre o crescimento e a produção das culturas e o teor dos nutrientes em seus tecidos.
A diagnose foliar tem sido utilizada nas seguintes situações (Martinez et al., 1999): a) avaliação do estado nutricional da probabilidade de resposta às adubações; b) verificação do equilíbrio nutricional; c) constatação da ocorrência de deficiências ou toxidez de nutrientes; d) acompanhamento, avaliação e ajuste do programa de adubação;
e) ocorrência de salinidade em áreas irrigadas. A parte amostrada deve ser representativa da planta toda e o órgão de controle mais freqüentemente escolhido é a folha, pois a mesma é a sede do metabolismo e reflete bem, na sua composição, as mudanças na nutrição. A amostragem deve ser realizada em talhões homogêneos, em época apropriada, retirando-se folhas de posições definidas na planta. Para o milho, o terço basal da folha oposta e abaixo da primeira espiga (superior), excluída a nervura central, coletada por ocasião do aparecimento da inflorescência feminina (embonecamento) é comumente utilizada. Normalmente, recomenda-se a coleta de 30 folhas por hectare ou talhão homogêneo, quando 50 a 75% das plantas apresentam-se com inflorescência feminina. Não se deve coletar amostras das folhas quando, nas semanas antecedentes, fez-se
uso de adubação no solo ou foliar, aplicaram- se defensivos ou após períodos intensos de chuva. Recomenda-se esse estádio fisiológico pelos seguintes motivos: a) o estádio de desenvolvimento e a posição da folha são facilmente reconhecidos; b) a remoção de uma simples folha não afeta a produção; c) o efeito de diluição dos nutrientes nessa fase é mínimo, porque o potencial de crescimento e armazenamento dos órgãos vegetativos atingiu o ponto máximo; d) o requerimento de nutrientes é alto nessa fase.
O ideal é que as amostras cheguem ao laboratório ainda verdes, no mesmo dia da coleta, acondicionadas em sacos de plástico, identificadas e transportadas em caixas com gelo. Caso isso não seja possível, é aconselhável que as folhas sejam rapidamente lavadas com água corrente e enxaguadas com água filtrada ou destilada, acondicionadas em sacos de papel reforçados e postas para secar ao sol ou em estufa a 70o^ C. A identificação da amostra deve conter o seu número, cultura, localidade, data da coleta, nutrientes para analisar e endereço para resposta. É importante que o laboratório seja confiável e possua sistema de acompanhamento e controle de qualidade.
Os teores foliares de macro e micronutrientes considerados adequados para culturas produtivas de milho são apresentados na Tabela 1.
Os sintomas de deficiência podem constituir, no campo, elementos auxiliares na identificação da carência nutricional. No entanto, para a identificação da deficiência com base na sintomatologia, é necessário que o técnico tenha razoável experiência de campo, uma vez que deficiências, sintomas de doenças e distúrbios fisiológicos podem ser confundidos. A sintomatologia descrita e apresentada a seguir, em forma de chave, foi adaptada de Malavolta & Dantas (1987).
Com clorose Amarelecimento da ponta para a base em forma de “V”; secamento começando na ponta das folhas mais velhas e progredindo ao longo da nervura principal; necrose em seguida e dilaceramento; colmos finos (Figura 1) - Nitrogênio
Figura 1. Deficiência de nitrogênio
Tabela 1. Valores de referência dos teores foliares de nutrientes considerados adequados para a cultura do milho.
Amarelecimento das folhas novas logo que começam a se desenrolar, depois as pontas se curvam e mostram necrose, as folhas são amarelas e mostram faixas semelhantes às provocadas pela carência de ferro; as margens são necrosadas; o colmo é macio e se dobra (Figura 8) – Cobre
Clorose internerval das folhas mais novas (reticulado grosso de nervuras) e depois de todas elas, quando a deficiência for moderada; em casos mais severos, aparecem no tecido faixas longas e brancas e o tecido do meio da área clorótica pode morrer e desprender-se; Figura 7. Deficiência de boro colmos finos (Figura 10) –^ Manganês
Figura 8. Deficiência de cobre
Clorose internerval em toda a extensão da lâmina foliar, permanecendo verdes apenas as nervuras (reticulado finas de nervuras) (Figura 9) – Ferro
Figura 9. Deficiência de ferro
Figura 10. Deficiência de manganês
Sem clorose Folhas novas e recém-formadas com coloração amarelo-pálido ou verde suave. Ao contrário da deficiência de nitrogênio, os sintomas ocorrem nas folhas novas, indicando que os tecidos mais velhos não podem contribuir para o suprimento de enxofre para os tecidos novos, os quais são dependentes do nutriente absorvido pelas raízes (Figura 11) – Enxofre
Figura 11. Deficiência de enxofre
Comitê de Publicações
Presidente: Ivan Cruz Secretário-Executivo: Frederico Ozanan Machado Durães Membros: Silva, Carlos Roberto Casela, Fernando Tavares Fernandes e Antônio Carlos de Oliveira, Arnaldo Ferreira da Paulo Afonso Viana
Expediente Supervisor editorial: Revisão de texto: Dilermando Lúcio de Oliveira^ José Heitor Vasconcellos Editoração eletrôncia: Tânia Mara Assunção Barbosa
Comunicado Técnico, 45
Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Milho e Sorgo Caixa Postal 151 CEP 35701-970 Sete Lagoas, MG Fone: 0xx31 3779 1000 Fax: 0xx31 3779 1088 E-mail: sac@cnpms.embrapa.br
1ª edição 1ª impressão (2002) Tiragem: 200
Referências Bibliográficas
COELHO, A.M.; FRANÇA, G.E. de. Seja o doutor do seu milho: nutrição e adubacao. Informações Agronômicas , Piracicaba, n.71, set. 1995. Arquivo do Agrônomo, Piracicaba, n.2, p.1-9, set. 1995. Encarte.
MALAVOLTA, E.; DANTAS, J.P. Nutrição e adubação do milho. In: PATERNIANI, E.; VIEGAS, G.P. (Ed.) Melhoramento e produção do milho. 2ed. Campinas: Fundação Cargill,
MARTINEZ, H.E.P.; CARVALHO, J.G. de.; SOUZA, R.B. de. Diagnose foliar. In: RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ, V.V.H. (Ed .) Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais : 5 Aproximação. Viçosa: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. p.143-168.