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Cultivo do milho, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

CULTIVO DO MILHO

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 11/11/2009

marcelo-agua-nova-da-rocha-12
marcelo-agua-nova-da-rocha-12 🇧🇷

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Comunicado
Técnico
45
ISSN 1679-0162
Dezembro, 2002
Sete Lagoas, MG
CULTIVO DO MILHO
Diagnose Foliar do Estado
Nutricional da Planta
Antônio Marcos Coelho1
Gonçalo Evangelista de França
Gilson Villaça Exel Pitta
Vera Maria Carvalho Alves
1 Eng. Agr., PhD, Embrapa Milho e Sorgo. Caixa Postal 151 CEP 35 701-970 Sete Lagoas, MG.
E-mail: amcoelho@cnpms.embrapa.br
Análise de Plantas
Além dos sintomas característicos de uma ou
outra desordem que só se manifestam em
casos graves, a identificação do estado
nutricional da planta somente é possível pela
análise química da mesma.
A utilização da análise foliar como critério
diagnóstico baseia-se na premissa de existir
uma relação bem definida entre o crescimento
e a produção das culturas e o teor dos
nutrientes em seus tecidos.
A diagnose foliar tem sido utilizada nas
seguintes situações (Martinez et al., 1999): a)
avaliação do estado nutricional da
probabilidade de resposta às adubações; b)
verificação do equilíbrio nutricional; c)
constatação da ocorrência de deficiências ou
toxidez de nutrientes; d) acompanhamento,
avaliação e ajuste do programa de adubação;
e) ocorrência de salinidade em áreas irrigadas.
A parte amostrada deve ser representativa da
planta toda e o órgão de controle mais
freqüentemente escolhido é a folha, pois a
mesma é a sede do metabolismo e reflete
bem, na sua composição, as mudanças na
nutrição. A amostragem deve ser realizada em
talhões homogêneos, em época apropriada,
retirando-se folhas de posições definidas na
planta. Para o milho, o terço basal da folha
oposta e abaixo da primeira espiga (superior),
excluída a nervura central, coletada por
ocasião do aparecimento da inflorescência
feminina (embonecamento) é comumente
utilizada. Normalmente, recomenda-se a
coleta de 30 folhas por hectare ou talhão
homogêneo, quando 50 a 75% das plantas
apresentam-se com inflorescência feminina.
Não se deve coletar amostras das folhas
quando, nas semanas antecedentes, fez-se
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Comunicado

Técnico

ISSN 1679- Dezembro, 2002 Sete Lagoas, MG

CULTIVO DO MILHO

Diagnose Foliar do Estado

Nutricional da Planta

Antônio Marcos Coelho^1

Gonçalo Evangelista de França

Gilson Villaça Exel Pitta

Vera Maria Carvalho Alves

(^1) Eng. Agr., PhD, Embrapa Milho e Sorgo. Caixa Postal 151 CEP 35 701-970 Sete Lagoas, MG. E-mail: amcoelho@cnpms.embrapa.br

Análise de Plantas

Além dos sintomas característicos de uma ou outra desordem que só se manifestam em casos graves, a identificação do estado nutricional da planta somente é possível pela análise química da mesma.

A utilização da análise foliar como critério diagnóstico baseia-se na premissa de existir uma relação bem definida entre o crescimento e a produção das culturas e o teor dos nutrientes em seus tecidos.

A diagnose foliar tem sido utilizada nas seguintes situações (Martinez et al., 1999): a) avaliação do estado nutricional da probabilidade de resposta às adubações; b) verificação do equilíbrio nutricional; c) constatação da ocorrência de deficiências ou toxidez de nutrientes; d) acompanhamento, avaliação e ajuste do programa de adubação;

e) ocorrência de salinidade em áreas irrigadas. A parte amostrada deve ser representativa da planta toda e o órgão de controle mais freqüentemente escolhido é a folha, pois a mesma é a sede do metabolismo e reflete bem, na sua composição, as mudanças na nutrição. A amostragem deve ser realizada em talhões homogêneos, em época apropriada, retirando-se folhas de posições definidas na planta. Para o milho, o terço basal da folha oposta e abaixo da primeira espiga (superior), excluída a nervura central, coletada por ocasião do aparecimento da inflorescência feminina (embonecamento) é comumente utilizada. Normalmente, recomenda-se a coleta de 30 folhas por hectare ou talhão homogêneo, quando 50 a 75% das plantas apresentam-se com inflorescência feminina. Não se deve coletar amostras das folhas quando, nas semanas antecedentes, fez-se

uso de adubação no solo ou foliar, aplicaram- se defensivos ou após períodos intensos de chuva. Recomenda-se esse estádio fisiológico pelos seguintes motivos: a) o estádio de desenvolvimento e a posição da folha são facilmente reconhecidos; b) a remoção de uma simples folha não afeta a produção; c) o efeito de diluição dos nutrientes nessa fase é mínimo, porque o potencial de crescimento e armazenamento dos órgãos vegetativos atingiu o ponto máximo; d) o requerimento de nutrientes é alto nessa fase.

O ideal é que as amostras cheguem ao laboratório ainda verdes, no mesmo dia da coleta, acondicionadas em sacos de plástico, identificadas e transportadas em caixas com gelo. Caso isso não seja possível, é aconselhável que as folhas sejam rapidamente lavadas com água corrente e enxaguadas com água filtrada ou destilada, acondicionadas em sacos de papel reforçados e postas para secar ao sol ou em estufa a 70o^ C. A identificação da amostra deve conter o seu número, cultura, localidade, data da coleta, nutrientes para analisar e endereço para resposta. É importante que o laboratório seja confiável e possua sistema de acompanhamento e controle de qualidade.

Os teores foliares de macro e micronutrientes considerados adequados para culturas produtivas de milho são apresentados na Tabela 1.

Sintomas de Deficiência

Os sintomas de deficiência podem constituir, no campo, elementos auxiliares na identificação da carência nutricional. No entanto, para a identificação da deficiência com base na sintomatologia, é necessário que o técnico tenha razoável experiência de campo, uma vez que deficiências, sintomas de doenças e distúrbios fisiológicos podem ser confundidos. A sintomatologia descrita e apresentada a seguir, em forma de chave, foi adaptada de Malavolta & Dantas (1987).

Sintomas Iniciais na Parte Inferior da Planta

Com clorose Amarelecimento da ponta para a base em forma de “V”; secamento começando na ponta das folhas mais velhas e progredindo ao longo da nervura principal; necrose em seguida e dilaceramento; colmos finos (Figura 1) - Nitrogênio

Figura 1. Deficiência de nitrogênio

Tabela 1. Valores de referência dos teores foliares de nutrientes considerados adequados para a cultura do milho.

Amarelecimento das folhas novas logo que começam a se desenrolar, depois as pontas se curvam e mostram necrose, as folhas são amarelas e mostram faixas semelhantes às provocadas pela carência de ferro; as margens são necrosadas; o colmo é macio e se dobra (Figura 8) – Cobre

Clorose internerval das folhas mais novas (reticulado grosso de nervuras) e depois de todas elas, quando a deficiência for moderada; em casos mais severos, aparecem no tecido faixas longas e brancas e o tecido do meio da área clorótica pode morrer e desprender-se; Figura 7. Deficiência de boro colmos finos (Figura 10) –^ Manganês

Figura 8. Deficiência de cobre

Clorose internerval em toda a extensão da lâmina foliar, permanecendo verdes apenas as nervuras (reticulado finas de nervuras) (Figura 9) – Ferro

Figura 9. Deficiência de ferro

Figura 10. Deficiência de manganês

Sem clorose Folhas novas e recém-formadas com coloração amarelo-pálido ou verde suave. Ao contrário da deficiência de nitrogênio, os sintomas ocorrem nas folhas novas, indicando que os tecidos mais velhos não podem contribuir para o suprimento de enxofre para os tecidos novos, os quais são dependentes do nutriente absorvido pelas raízes (Figura 11) – Enxofre

Figura 11. Deficiência de enxofre

Comitê de Publicações

Presidente: Ivan Cruz Secretário-Executivo: Frederico Ozanan Machado Durães Membros: Silva, Carlos Roberto Casela, Fernando Tavares Fernandes e Antônio Carlos de Oliveira, Arnaldo Ferreira da Paulo Afonso Viana

Expediente Supervisor editorial: Revisão de texto: Dilermando Lúcio de Oliveira^ José Heitor Vasconcellos Editoração eletrôncia: Tânia Mara Assunção Barbosa

Comunicado Técnico, 45

Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Milho e Sorgo Caixa Postal 151 CEP 35701-970 Sete Lagoas, MG Fone: 0xx31 3779 1000 Fax: 0xx31 3779 1088 E-mail: sac@cnpms.embrapa.br

1ª edição 1ª impressão (2002) Tiragem: 200

Referências Bibliográficas

COELHO, A.M.; FRANÇA, G.E. de. Seja o doutor do seu milho: nutrição e adubacao. Informações Agronômicas , Piracicaba, n.71, set. 1995. Arquivo do Agrônomo, Piracicaba, n.2, p.1-9, set. 1995. Encarte.

MALAVOLTA, E.; DANTAS, J.P. Nutrição e adubação do milho. In: PATERNIANI, E.; VIEGAS, G.P. (Ed.) Melhoramento e produção do milho. 2ed. Campinas: Fundação Cargill,

  1. v.2. p.541-593.

MARTINEZ, H.E.P.; CARVALHO, J.G. de.; SOUZA, R.B. de. Diagnose foliar. In: RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ, V.V.H. (Ed .) Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais : 5 Aproximação. Viçosa: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. p.143-168.