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Cultura do milho, Notas de estudo de Cultura

FDCULTURA DA SOJA

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 30/04/2012

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ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE INCONFIDENTES
DISCIPLINA: CULTURAS ANUAIS
PROFESSOR: PAULO ROBERTO CECCON
A CULTURA DO MILHO
Introdução
Atualmente, dentre os cereais cultivados no mundo, o milho coloca-se em terceiro lugar,
sendo superado apenas pelo trigo e arroz.
A importância desse cereal não se restringe ao fato de ser produzido em grande volume e
sobre imensa área cultivada, mas, também, pelo papel socioeconômico que representa. É usado
diretamente na alimentação humana e de animais domésticos, que em última análise chegam à
nossa mesa na forma de carne, ovos, leite, queijos, etc. Constitui matéria-prima básica para uma
série enorme de produtos industrializados, criando e movimentando grandes complexos industriais,
onde milhares de empregos são criados.
Os Estados Unidos da América do Norte são o maior produtor mundial de milho, com uma
produção de cerca de 240 milhões de toneladas. O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores,
importa milho quando ocorre valorização do dólar e dos insumos cotados por esta moeda.
O Brasil, apesar de ser um dos grandes produtores mundiais, apresenta um rendimento muito
baixo (3,3 t/ha) se comparado com rendimentos alcançados em outros países como o Canadá, Suíça,
Argentina, e França, superiores a 6.500 kg/ha. A produtividade média dos EUA é superior a
10/t/ha. A produção brasileira de 2003 foi de 43 milhões/t e área plantada de 12 milhões de ha.
O milho sendo uma planta relativamente rústica, no nosso meio, sofre uma diversificação
muito grande em seu grau de tecnificação. Encontramos culturas instaladas dentro dos mais
rigorosos preceitos técnicos até a cultura de fundo de quintal. É preciso conscientizar os produtores
que para produzi-la a custos baixos, necessidade de seguir à risca as recomendações técnicas
mais avançadas, para o que é indispensável a aquisição de máquinas, fertilizantes, defensivos,
sementes de boa qualidade, etc.
História
Em relação à história e origem do milho, dois pontos se envolvem num mistério, que até
hoje tem sido objeto de muita especulação por parte dos pesquisadores. Pode-se afirmar que o milho
é uma das plantas cultivadas mais antigas. Estudos arqueológicos fornecem elementos que
permitem afirmar que o milho já existia como cultura, ou seja, em estado de domesticação, há cerca
de 4.000 anos e apresentando as principais características morfológicas que o definem,
botanicamente na atualidade.
Quando Cristóvão Colombo descobriu a América, o milho constituiu-se, dentre os vegetais,
a base alimentícia dos indígenas que aqui viviam e era cultivado desde a Argentina até o Canadá.
Arqueologistas pesquisando na cidade do México descobriram grãos de pólen com cerca de 60.000
anos. Em escavações levadas a efeito na região sudeste do México, encontrou-se espigas de milho
primitivo, com cerca de 5.000 a 6.000 anos de idade. Na América do Sul, no Peru, os fósseis mais
antigos encontrados possuíam idade de 2.700 anos antes de nossa época.
Esses estudos permitem afirmar que o milho, provavelmente, teve origem no hemisfério
americano do norte. Existe outra corrente que sugere a região de origem do milho como sendo a
Ásia, mas os argumentos apresentados são menos convincentes.
Logo após a descoberta da América, o milho foi levado para Espanha, Portugal, França e
Itália, onde era a princípio cultivado em jardins mais como planta exótica e ornamental. Uma vez
reconhecido seu valor alimentar, passou a ser cultivado como planta econômica e difundiu-se para o
resto da Europa, para Ásia e Norte da África e hoje praticamente é cultivado no mundo todo, exceto
em regiões que apresentam limitações climáticas.
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ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE INCONFIDENTES

DISCIPLINA: CULTURAS ANUAIS

PROFESSOR: PAULO ROBERTO CECCON

A CULTURA DO MILHO

Introdução

Atualmente, dentre os cereais cultivados no mundo, o milho coloca-se em terceiro lugar, sendo superado apenas pelo trigo e arroz. A importância desse cereal não se restringe ao fato de ser produzido em grande volume e sobre imensa área cultivada, mas, também, pelo papel socioeconômico que representa. É usado diretamente na alimentação humana e de animais domésticos, que em última análise chegam à nossa mesa na forma de carne, ovos, leite, queijos, etc. Constitui matéria-prima básica para uma série enorme de produtos industrializados, criando e movimentando grandes complexos industriais, onde milhares de empregos são criados. Os Estados Unidos da América do Norte são o maior produtor mundial de milho, com uma produção de cerca de 240 milhões de toneladas. O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores, importa milho quando ocorre valorização do dólar e dos insumos cotados por esta moeda. O Brasil, apesar de ser um dos grandes produtores mundiais, apresenta um rendimento muito baixo (3,3 t/ha) se comparado com rendimentos alcançados em outros países como o Canadá, Suíça, Argentina, e França, superiores a 6.500 kg/ha. A produtividade média dos EUA é superior a 10/t/ha. A produção brasileira de 2003 foi de 43 milhões/t e área plantada de 12 milhões de ha. O milho sendo uma planta relativamente rústica, no nosso meio, sofre uma diversificação muito grande em seu grau de tecnificação. Encontramos culturas instaladas dentro dos mais rigorosos preceitos técnicos até a cultura de fundo de quintal. É preciso conscientizar os produtores que para produzi-la a custos baixos, há necessidade de seguir à risca as recomendações técnicas mais avançadas, para o que é indispensável a aquisição de máquinas, fertilizantes, defensivos, sementes de boa qualidade, etc.

História

Em relação à história e origem do milho, dois pontos se envolvem num mistério, que até hoje tem sido objeto de muita especulação por parte dos pesquisadores. Pode-se afirmar que o milho é uma das plantas cultivadas mais antigas. Estudos arqueológicos fornecem elementos que permitem afirmar que o milho já existia como cultura, ou seja, em estado de domesticação, há cerca de 4.000 anos e já apresentando as principais características morfológicas que o definem, botanicamente na atualidade. Quando Cristóvão Colombo descobriu a América, o milho constituiu-se, dentre os vegetais, a base alimentícia dos indígenas que aqui viviam e era cultivado desde a Argentina até o Canadá. Arqueologistas pesquisando na cidade do México descobriram grãos de pólen com cerca de 60. anos. Em escavações levadas a efeito na região sudeste do México, encontrou-se espigas de milho primitivo, com cerca de 5.000 a 6.000 anos de idade. Na América do Sul, no Peru, os fósseis mais antigos encontrados possuíam idade de 2.700 anos antes de nossa época. Esses estudos permitem afirmar que o milho, provavelmente, teve origem no hemisfério americano do norte. Existe outra corrente que sugere a região de origem do milho como sendo a Ásia, mas os argumentos apresentados são menos convincentes. Logo após a descoberta da América, o milho foi levado para Espanha, Portugal, França e Itália, onde era a princípio cultivado em jardins mais como planta exótica e ornamental. Uma vez reconhecido seu valor alimentar, passou a ser cultivado como planta econômica e difundiu-se para o resto da Europa, para Ásia e Norte da África e hoje praticamente é cultivado no mundo todo, exceto em regiões que apresentam limitações climáticas.

Muitas teorias existem procurando explicar a origem do milho e esse assunto tem empolgado muitos pesquisadores que se dedicam profundamente nesse estudo. Alguns sugerem que o milho originou-se do teosinto, ou mesmo dos ancestrais dessa planta que é um parente próximo do milho. Outros sugerem que se originou de um milho primitivo tunicado, mas, por outro lado, ignora-se a origem desse milho primitivo.

Botânica

Dentro da classificação botânica, o milho pertence à ordem Gramineae, família Graminaceae, subfamília Panicoideae, tribu Maydeae, gênero Zea, espécie Zea may. O Gênero Zea é considerado monotípico e constituído por uma única espécie, ou seja, Zea mays L.

Descrição da Planta

Semente: A semente lançada ao solo, havendo condições favoráveis de unidade e temperatura, germina após 5 ou 6 dias. A semente do milho é um tipo especial de fruto, botanicamente classificado como cariopse. Apresenta basicamente três partes: o pericarpo, endosperma e o embrião. O pericarpo é a camada mais externa, fina resistente, constituindo a parede externa da semente. O endosperma é a parte mais volumosa da semente, é envolvida pelo pericarpo e constituída de substâncias de reserva principalmente o amido e outros carboidratos. A parte mais externa do endosperma e em contato com o pericarpo denomina-se camada de aleurona, rica em proteínas e enzimas, que desempenham papel importante no processo de germinação. O embrião encontra-se ao lado do endosperma e parcialmente envolvido por file. O embrião nada mais é do que a planta em miniatura, pois já possui primórdios de todos os órgãos da planta desenvolvida.

Sistema radicular: No início da germinação, a parte do embrião correspondente à radícula desenvolve-se em uma raiz, rompendo as camadas externas da semente, aprofunda-se no solo, em sentido vertical. Logo em seguida surgem as raízes secundárias que se ramificam intensamente e a raiz primária se desintegra. Posteriormente, há o aparecimento das raízes adventícias que partindo dos primeiros nós do colmo orientam-se no sentido de atingir o solo. Essas quando chegam a alcançar o solo, ramificam intensamente contribuindo par melhor fixação da planta. As raízes secundárias e adventícias intensamente ramificadas num sistema radicular denominado fasciculado, esse sistema raramente penetram mais que 40 cm no solo e plenamente desenvolvido atinge um raio de cerca de 50 cm em torno da planta.

Parte aérea da planta: Na planta de milho, recém germinada, quando apresenta cerca de 15 cm de altura, o caule já se encontra completamente formado, possuindo todas as folhas, os primórdios da inflorescência feminina que se constituirá na espiga, localizada na axila das folhas e também primórdios da inflorescência masculina (flecha ou pendão), situada no ápice do caule. Desse ponto em diante, o crescimento da planta é resultante do aumento das células em número e volume. A parte aérea da planta atinge a altura em torno de 2 metros, podendo variar em função da variedade ou híbrido, condições climáticas, fertilidade do solo, etc.. É constituída pelo colmo que é ereto, via de regra, não ramificado, apresentando nós e inter nós também denominados meritalos, de natureza esponjosa, relativamente ricos em açúcares o que lhes confere sabor adocicado. As folhas dispõem-se alternadamente e inserem-se nos nós. São constituídas de uma bainha invaginante, pilosa de cor verde clara e limbo verde escuro, estreito e de forma lanceolada, possuindo bordos serrilhados com uma nervura central vigorosa e em forma de canaleta. Entre a bainha e o limbo existe a lígula que é estreita e de natureza membranosa.

normalmente é uma época do ano bastante chuvosa. Sabe-se que durante o período de florescimento, que ocorre entre 55 e 70 dias após a semeadura, é a fase em que as plantas de milho mais necessitam de calor e umidade no solo. Portanto a semeadura de outubro é a que mais convém e a que oferece mais segurança no sentido do solo possuir umidade suficiente, no período de maior necessidade das plantas. Um dos pontos básicos para o sucesso econômico de uma cultura de milho é a aquisição, por parte dos agricultores, de sementes de "boa qualidade". Se há um ponto em que o produtor não deve procurar economizar é na aquisição de boas sementes, pois de nada adiantará gastos elevados com um bom preparo de solo, adubação, cultivos, etc. se o material semeado não tiver condições de lhe proporcionar uma cultura altamente produtiva. Do gasto total, desde o preparo de solo até a colheita, a aquisição de boas sementes não ultrapassa, via de regra, 4 a 5% desses gastos. Quando os técnicos insistem, junto aos produtores, no sentido de empregar sementes selecionadas de híbridos ou variedades, há razões diversas para justificar essa insistência:

  • a produção é maior, cerca de 25 a 30% mais que as variedades antigamente cultivadas ou qualquer outra semente sem origem determinada, ou seja, sementes retiradas do próprio paiol.;
  • os híbridos possuem maior resistência às condições desfavoráveis, principalmente falta de chuvas;
  • possuem sistema radicular mais vigoroso, possibilitando maior exploração do solo na absorção de nutrientes, maior resistência ao acamamento, doenças, etc;
  • possuem grande uniformidade tanto no que se refere ao tamanho das plantas como a altura de inserção das espigas, o que vem facilitar a colheita, principalmente mecanizada;
  • os híbridos permitem a obtenção de grãos uniformes, tanto na cor como na consistência, apresentando-se comercialmente mais vantajosos;

O Sistema De Plantio Direto

Plantio direto é um sistema de semeadura, no qual a semente é colocada diretamente no solo revolvido, usando-se plantadoras especiais. É aberto somente um pequeno sulco, de profundidade e largura suficientes para garantir um boa cobertura e contato da semente com o solo. O extermínio de ervas daninhas, antes e depois do plantio, é feito com herbicidas. O sistema de plantio direto consiste numa sequência de três operações fundamentais: colher e esparramar os restos de cultura, pulverizar herbicidas e plantar com equipamentos especiais. Suas limitações residem no manejo adequado de herbicidas e de ervas daninhas, além da exigência de assistência técnica especializada. É o sistema ideal para controle da erosão, em razão da manutenção dos restos vegetais na superfície e da mínima movimentação do solo.

Requisitos Básicos

Para instalação do sistema de plantio direto, a nível de propriedade, são requisitos que cada produto rural deverá obedecer:

 Qualificação do agricultor, exigindo o conhecimento e domínio de todas as fases do sistema.  O gerenciamento e a mão-de-obra da fazenda devem ser treinados.  Boa drenagem dos solos úmidos, com lençol freático alto, os quais, sem isso, são inaptos.  Eliminação, antes da implantação do sistema, da compactação do solo ou de camadas adensadas que afetam o rendimento das culturas.  A superfície do terreno deve estar nivelada. Os solos cheios de sulcos ou valetas de erosão devem ser preparados antes de implantar o sistema.  A correção da acidez do solo deve ser feita antes de iniciar o plantio direto.

 Os níveis de fertilidade devem se situar na faixa média ou alta. Correções de teor de fósforo são necessárias antes de iniciar o sistema, quando o resultado da análise do solo indicar níveis baixos.  Os restos culturais, existentes na superfície, devem cobrir, pelo menos, 50% do solo, ou 6 t/ha de matéria seca para essa cobertura.  Jamais pensar em queimar os restos de cultura.  Uso de picador e do distribuidor de palha nas colhedeiras, antes do plantio. Se a palha ficar enleirada, impedirá a utilização do plantio direto.  Eliminação de ervas daninhas pequenas, pois, além de serem de difícil controle, afetam o crescimento e o rendimento das lavouras.  Não haver alta infestação de ervas daninhas muito agressivas, para não aumentar os custos com herbicidas.  As ervas deverão ser identificadas e receber um controle específico antes do plantio direto.

Vantagens

A adaptação do sistema de plantio direto implica em uma série de vantagens para o agricultor e para o solo, tais como:

 Maiores rendimentos em anos secos, devido à maior retenção de água no solo.  Necessidade de menor volume de chuvas para iniciar o plantio.  Economia de combustível em até 70% em relação ao sistema convencional.  Aumenta a vida útil das máquinas, pela menor utilização e trabalho mais leves.  Aumenta a disponibilidade de nutrientes do solo, devido ao aumento da matéria orgânica e menor oscilação térmica no solo.  É o sistema mais eficiente no controle de erosão, reduzindo em até 80% as perdas de solo e água, em relação ao convencional.

O êxito ou fracasso do sistema de plantio direto depende, não somente daqueles requisitos básicos, mas também da capacidade prévia do produtor, que deve ter um bom conhecimento de manejo de ervas daninhas com uso de herbicidas e adotar rotação em pequenas áreas, para melhor dominá-lo. É importante ter em mente que este sistema não deve ser visto com prática de recuperação de solos erodidos, compactados ou degradados ou, ainda, infestados de ervas daninhas. Por outro lado, não é um sistema adaptável a qualquer situação. Em regimes de outono inverno seco, onde se torna difícil uma segunda cultura para produzir boa cobertura morta, o sistema pode ser inviável pelo maior gasto de herbicida, na cultura de verão. Outras práticas de manejo, que não o convencional, podem ser utilizadas, garantindo produções mais econômicas com um bom controle de erosão.

Calagem, Gessagem e Adubação

Conforme os resultados da análise da terra enviada pelo produtor, juntamente com outras informações sobre a gleba onde será cultivado o milho, o Técnico recomendará a adubação mais adequada e aplicação de corretivos se for necessário. Calagem: O milho desenvolve-se bem em solos cujo pH esteja compreendido entre 5,5 e 6,5. Existe outro tipo de acidez determinada por altos teores de Alumínio trocável no solo denominada acidez nociva ou tóxica, esta de grande importância, sendo causa de baixas produtividades, em muitas culturas de milho. O alumínio quando aparece livre no solo acima de certos limites, é um elemento tóxico às plantas.

Apesar destes benefícios, a aplicação errônea de gesso, pode fazer com que o magnésio e o potássio sejam arrastados para fora do alcance das raízes, empobrecendo e desequilibrando o solo. Assim, para a aplicação do gesso, devemos adotar os seguintes cuidados:

 Amostrar o solo de acordo com o método anteriormente descrito.  Aplicar o gesso junto com a calagem, fazendo a incorporação com a aração e gradagem.  Só aplicar o gesso quando o teor de cálcio, trocável nas camadas subsuperficiais, for igual ou menor que 0,3 meq/100cm^3 e/ou os níveis de alumínio trocável forem iguais ou maiores que 0, meq/100cm^3 e/ou a saturação de alumínio ( m% ) da CTC efetiva for igual ou maior a 30%.

A dose de gesso deve ser baseada na dose de calcário recomendada. Se a calagem for estimada pelo método de elevação da saturação de bases (V%), acrescentar, além do calcário, 25% do CaO levado por este através do CaO do gesso agrícola. O gesso agrícola é um subproduto da indústria de fertilizantes, decorrente da fabricação de superfosfato triplo e fosfato de amônio ( MAP e DAP ) e apresenta as seguintes características:

CARACTERÍSTICAS PERCENTAGEM Umidade livre CaO S P 205 S 102 F R 203

Adubação

A adubação deve ser sempre recomendada, mediante os resultados da análise química do solo, do tipo de uso a ser dado à cultura (silagem ou grãos), nível de produtividade desejado e preço do milho em relação ao preço do fertilizante. Na adubação de plantio deve-se fornecer uma parte (1/3) de nitrogênio, todo o fósforo, todo ou parte do potássio e todo zinco. O enxofre pode ser fornecido na adubação de plantio ou com a adubação de cobertura. A recomendação básica de adubação de plantio, para uma produção de 4.000 a 6.000 kg/ha, em função dos resultados da análise de solo, pode ser obtida na tabela a seguir:

ADUBAÇÃO MINERAL ( Kg/Ha) TEOR DE P NO SOLO

TEOR DE K NO SOLO

BAIXO MÉDIO ALTO

Baixo Médio Alto

A adubação em cobertura deve ser realizada aos 25 dias após a emergência das plantas, aplicando-se de 40 a 70 kg/ha de acordo com a produtividade e fertilidade do solo. Tanto a adubação de plantio quanto a de cobertura deve levar em conta a produtividade esperada e os resultados da análise de solo.

Semeadura

A semeadura compreende diversas operações e normas técnicas que devem ser adotados pelos produtores. Pode-se mesmo afirmar que a semeadura, feita corretamente, é uma das operações que maior implicação tem na produção a ser obtida. Mesmo que o solo seja muito bem preparado, conservado, fertilizado, produções medíocres serão obtidas se a semeadura não for feita corretamente. Espaçamento, quantidade de semente e modo de semear, são os três aspectos mais importantes da operação de semeadura e para os quais o produtor deve voltar toda a sua atenção e procurar executá-los da melhor maneira possível, para que prejuízos futuros não ocorram. A profundidade de plantio varia de acordo com a textura do solo, geralmente de 4 a 8 cm. O espaçamento adotado deve ser o de 0,7m a 0,8m entre os sulcos e as semeadeiras reguladas para deixar cair de 6 a 7 sementes por metro do sulco, quando se tem uma semente com 90% para mais de germinação. Essa recomendação relativa à quantidade de sementes por metro de sulco é dada no sentido de se obter, no final do ciclo da cultura, cinco plantas produtivas por metro, que é a população ideal de plantas por unidade de área, ou seja, 50.000 plantas por ha ou cerca de 120.000 plantas por alqueire paulista. O espaçamento e a população de plantas pode variar de acordo com o porte do híbrido.

Clima e Solo

O milho é uma planta que exige, durante o seu ciclo vegetativo, calor e umidade suficientes para produzir satisfatoriamente, proporcionando rendimentos compensadores. Pelo grande número de variedades existentes e o aprimoramento dos métodos de melhoramentos através da Genética, criando novas variedades e híbridos, esse cereal encontra possibilidade de cultivo em uma larga faixa do globo com grandes variações climáticas, apesar de sua origem tropical. Quanto à latitude, encontramos o milho sendo cultivado desde 58º N no Canadá e União Soviética, até 40º S na Argentina. No que se refere à altitude, é produzido desde altitudes negativas, ou seja, abaixo do nível do mar, na região do mar Cáspio até altitudes de 3.600 metros nos Andes Peruanos. Para as zonas temperadas, que possuem verão curto com dias longos, existem variedades precoces que em apenas 3 meses após semeadas, podem ser colhidas. Para as regiões equatoriais úmidas o ciclo da planta poderá atingir 10 meses ou mais. Nas regiões subtropicais ou tropicais, como ocorre no Planalto Central do Brasil, cultiva-se normalmente variedades ou híbridos de ciclo intermediário, ou seja, 140 dias. A temperatura é fator limitante para a cultura do milho, existindo trabalhos demonstrando que, em regiões onde a temperatura média diária no verão é abaixo de 19,5ºC ou a temperatura média da noite cai abaixo de 12,8ºC, o milho não tem condições de produzir. Quanto à capacidade de germinar e iniciar o desenvolvimento vegetativo, poucas linhagens conseguem germinar satisfatoriamente em temperaturas abaixo de 10ºC. O período de florescimento e maturação é acelerado em temperaturas médias diárias de 26º C e retardado abaixo de 15,5ºC. Quanto ao regime pluviométrico, regiões onde a precipitação varia de 250 mm até 5.000mm anuais possibilitam a instalação da cultura de milho. Admite-se que o mínimo de 200 mm de precipitação, durante o verão, é indispensável para a produção sem irrigação. O clima mais favorável à cultura é aquele que apresenta verões quentes e úmidos durante o ciclo vegetativo, acompanhado de invernos secos o que vem a facilitar a colheita e o armazenamento. No Brasil, com exceção de algumas regiões da Bacia Amazônica, do Nordeste e extremo Sul, não há limitação climática para a produção do milho.

Os cultivos devem ser iniciados logo que as ervas daninhas nasçam, tendo o cuidado de não deixá-las desenvolver. Elas concorrerão com as plantinhas de milho em água e nutrientes e se crescerem demais se torna difícil o seu controle, sem causar danos à cultura de milho, que está também iniciando o crescimento. Normalmente, dependendo da infestação de ervas daninhas no terreno, dois ou três cultivos são suficientes para manter a cultura no limpo até os 34 ou 40 dias.. Nesse primeiro período de desenvolvimento das plantas, a cultura não pode sofrer concorrência do "mato", o que é muito prejudicial à produção. Passada essa fase, via de regra, o mato não tem mais condições de concorrer com as plantas de milho devido ao seu rápido desenvolvimento e consequente sombreamento do solo, criando condições desfavoráveis para as ervas daninhas. Atualmente, é mais econômico o uso de herbicidas na cultura de milho As dosagens, regulagens corretas de aplicadores, tipos de ervas daninhas a serem combatidas, o tamanho e idade dessas ervas, tipo de solo e condições climáticas são os principais fatores a serem considerados para que uma aplicação de herbicida seja correta.

M étodos de controle químico (herbicidas)

Herbicidas De Pré-Plantio (PP)

A aplicação se verifica antes do plantio da cultura. É, geralmente, realizado com o objetivo de reduzir a população inicial de plantas daninhas, de modo a facilitar o preparo do solo, para a obtenção de cobertura morta ou, ainda, dirigindo o controle para determinas espécies que, efetivamente, poderão causar problema futuro.

Herbicidas De Pré-Plantio Com Incorporação ao Solo (PPI)

A aplicação se verifica antes do plantio. Porém, em função de diversos fatores, relacionados com algumas características peculiares aos herbicidas, tais como volatilização, fotodecomposição e seletividade, são incorporados ao solo, em época e profundidade variáveis, de acordo com as especificações técnicas de uso de cada produto. Os herbicidas aplicados com incorporação ao solo, como Pendimethalin, Trifuralin, Butylate, EPTC, Vernolate, possuem, como característica comum, maior eficiência no controle de latifoliadas, além do que, Butylate, EPTC e Vernolate , possuem também, por tempo limitado, satisfatória ação sobre ciperáceas (Tiririca), gramíneas perenes (grama seda), convolvuláceas (corda de viola), apresentando um controle eficaz (80 a 95%).

Herbicidas De Pré-Emergência (PRÉ)

A aplicação se verifica logo após o plantio, antes da emergência da cultura e/ou das plantas daninhas. De modo geral, o desempenho desses herbicidas encontra-se relacionado com a aplicação na época exata, em solo bem preparado e com boas condições de umidade. Dentre os herbicidas, alguns apresentam maior eficiência no controle de gramíneas, outros possuem maior eficiência no controle de latifoliadas, além daqueles que atuam sobre diversas gramíneas e latifoliadas.

Herbicidas De Pós-Emergência (PÓS) A aplicação se verifica após a emergência da cultura e/ou das plantas daninhas. No caso de herbicidas seletivos, é realizada em cobertura total sobre a cultura e as plantas daninhas. No caso de herbicidas de ação total ou não seletiva, é realizada em jato dirigido às plantas daninhas ou, se for o caso, sobre o solo, de modo a obter o máximo de contato com elas, ou distribuição na superfície do solo e nenhum contato coma cultura. Em ambos os casos, devem ser seguidas rigorosamente as especificações técnicas de uso de cada herbicida, tais como estágio de desenvolvimento das diferentes espécies de plantas daninhas, dose utilizada, tipo de solo, além de outras observações particulares de uso de cada produto.

Dentre os herbicidas aplicados em pós-emergência e, de acordo com as quantidades preconizadas, alguns possuem ação total, outros apresentam-se específicos para o controle de gramíneas ou, então, para o controle de latifoliadas. Com relação à planta daninha, muito frequentemente, têm sido utilizados os termos " pós- emergência precoce ou inicial " e " pós-emergência tardia ", para designar a aplicação pós- emergente, em função do seu tamanho ou estágio de desenvolvimento, por ocasião da época ideal de aplicação do herbicida. Por pós-emergência precoce ou inicial, entende-se que a aplicação deva ser realizada quando as gramíneas apresentarem até o segundo perfilho e/ou as latifoliadas com até a terceira folha verdadeira, enquanto que, na pós-emergência tardia, a aplicação é realizada quando as plantas daninhas apresentarem fase de desenvolvimento mais adiantada, mas deve ser aplicado cedo, a partir dos primeiros 15 dias da lavoura ou, no máximo, até 30 dias e prolongar-se até 45 dias. Antes de qualquer passo, o agricultor deve procurar o herbicida menos tóxico, mais econômico e que resolva o problema do controle. Uma informação básica que deve ser obtida é a identificação das plantas daninhas existentes na área. Com essa informação, deve-se procurar um herbicida que controle as plantas daninhas presentes e não afete a cultura.

Simazine E pós- emergência precoce

anuais.

2,4 D amina

MCPA

Bi Hedonal BR

1,0 a 2,0 Pré- emergência e pós- emergência

Latifoliadas anuais.

 Aplicação nas entrelinhas após o milho atingir 25 cm pelo menos, sem atingir as folhas baixeiras.

2,4 D Amina DMA 806 BR

2,5 a 3,5 Pré- emergência

 Não aplicar em solos arenosos.

2,4 D Amina DMA 806 BR

0,5 a 1,5 Pós- emergência Dirigida.

Latifoliadas anuais.

 Aplicação nas entrelinhas, sem atingir as folhas baixeiras do milho.  Altura mínima do milho: 40 cm.

Atrazine

Óleo

Primore 5,0 a 7,0 Pós- emergência Inicial

Gramíneas e latifoliadas anuais. Paraquat Gramoxone 200

1,5 a 3,0 Pós- emergência Dirigida

Gramíneas e latifoliadas anuais.

 Aplicar nas entrelinhas sem atingir as folhas baixeiras do milho

OBS.: As dosagens acima variam com o tipo de solo, grau de infestação das plantas daninhas e condições clima.

O MILHO COMO FORRAGEIRA

O milho, alimento energético por excelência, é o cereal mais usado na alimentação animal, quer na forma de volumoso quer como componente Importante na produção de rações. Como forrageira, é utilizado sob as mais diferentes formas: silagem, grãos, picada verde, rolão, etc.

Silagem do Milho A silagem é uma técnica conhecida pela humanidade desde 1000 - 1500 a.C. e temos relatos que a situam, desde o inicio do século (1913), no Brasil Mas, foi nas décadas de 60 e 70 que a atividade ganhou grande impulso graças à extensão rural. Em nosso meio, o milho é responsável por quase toda a silagem produzida. Isto se deve a alguns fatores, tais como: a) Bom valor nutritivo do alimento conservado. b) operação totalmente mecanizada. c) possibilidade obtenção de grande quantidade de alimento. d) baixo custo das máquinas e instalações (se comparadas com a fenação). e) domínio das operações envolvidas no processo. f) o alto rendimento da cultura e da qualidade da forragem armazenada, sem a necessidade de aditivos para estimular a fermentação.

Além desses fatores, devemos citar, em defesa do processo de silagem, o agravante de que, independente do manejo adotado, sempre teremos períodos de escassez e períodos de abundância de alimento, que se refletem diretamente na produção de leite e peso do rebanho e, ainda, na diminuição da capacidade de suporte das pastagens pois, afinal, o animal exige uma quantidade constante de alimento. O processo de silagem, nesta hora, evita o estrangulamento na alimentação do animal, fornecendo ao rebanho uma planta com suas qualidades de verão (bom desenvolvimento e qualidade nutritiva), no inverno, onde a mesma não estaria em condições ideais para gerar uma boa alimentação. Porém, nem toda produção justifica o custo do processo de silagem. Por exemplo, uma produção de 2000 kg de grãos por hectare ou 18 toneladas de massa verde por hectare, torna o processo inviável economicamente. Para que a silagem seja viável, alguns pontos devem ser observados - trabalhar com boas sementes, tratos culturais adequados, stand ideal, - para que se obtenha uma maior produtividade, consequentemente, diminuição no custo do processo. Nos locais onde a pecuária de leite é bastante evoluída, já se faz silagem de grãos úmidos ou rolão úmido (espiga e grãos), e este tipo de silagem aumenta consideravelmente a energia e a massa ensilada.

Cuidados no Processo de Silagem A composição básica, em peso, do milho é a seguinte: 50% de espigas, 38% colmo e 12% de folhas. A partir deste dado, evidenciamos que, para que uma silagem seja feita com boa qualidade, devemos escolher uma área onde os pés estejam bem espigados, pois são as espigas que conferem o valor nutritivo ao material. A bem da verdade, devemos ser rigorosos na busca de qualidade em todas as etapas, que constituem o processo de silagem, a fim de evitar perdas a todo o custo. O corte, o transporte, enchimento, compactação, vedação e uso, devem ser cuidadosamente executados, pois, qualquer falha acarretará, certamente, em perdas. Uma atenção especial deve ser dada ao corte ou fragmentação do milho, ou seja, a fato de passarmos o pé de milho nas "picadeiras", é de primordial importância na silagem, pois, a compactação da massa ensilada, que proporciona a alta densidade (maior peso por volume

Tecnicamente, podemos iniciar a colheita após sua maturação fisiológica (em tomo de 30% de umidade), momento este de formação da "camada preta", visualizada na extremidade do grão, no ponto de inserção da espiga. A partir desse momento, o grão não recebe mais acúmulo de matéria, somente perda de umidade. Na prática, com essa umidade, a colhera torna-se difícil, principalmente se for mecânica. Abaixo de 25% de umidade, conseguimos bom desempenho, com poucas perdas. Por outro lado, se colhermos com muito pouca umidade, abaixo de 18°A, também ocorrerá aumento nas perdas, principalmente pelo estado da lavoura. É importante observamos que o grão úmido não pode ser armazenado. A umidade recomendada para o armazenamento é de 12 a 13%

Pragas e Doenças

O milho também é atacado por diversas pragas que podem ocasionar prejuízos à produção. Quanto ao problema de doenças, as variedades e híbridos recomendados, foram selecionados visando também resistência às doenças. Um dos principais fatores responsáveis pelo baixo rendimento obtido na cultura de milho no nosso meio é a ausência de controle de pragas. Dentre as causas da não adoção dessa prática, pela grande maioria dos produtores, pode-se citar:

  • O milho sendo uma cultura extremamente difundida, sofre uma variação muito grande no grau de tecnificação, de acordo com regiões, grau de instrução e poder aquisitivo dos produtores, tamanho das culturas e principalmente com a finalidade da produção;
  • O produto, via de regra, apresenta uma grande oscilação de preço, com baixas acentuadas durante a safra, concorrendo para que os produtores sintam-se inseguros no sentido de investir maior soma com a cultura;
  • Dificuldade de aplicação de inseticidas, devido ao rápido desenvolvimento das plantas, atingindo porte que torna difícil o tratamento com aplicadores manuais ou mesmo mecanizados, que convencionalmente, são utilizados em outras culturas de porte menos elevado;
  • Falta de demonstração da viabilidade econômica e vantagens que o tratamento contra as pragas proporciona sobre o rendimento da cultura;
  • Falta de conhecimento, por parte dos produtores, sobre as principais pragas da cultura e os prejuízos que acarretam;
  • Falta de um esquema de tratamentos, como os existentes em outras culturas, que venha a servir de orientação aos produtores fornecendo-lhes, também, condições para calcular o custo dos inseticidas e das aplicações. Esse aspecto, talvez, seja um dos importantes, pois, havendo possibilidade de se fazer essa previsão de gastos, os mesmos poderão ser ajustados com maior segurança dentro dos limites econômicos que a cultura permite.

Medidas que devem ser adotadas

  • Colheita em época certa, seguida de destruição dos restos culturais e entorno dos mesmos;
  • Preparo do solo bem executado e na época adequada;
  • Manutenção da cultura e das áreas adjacentes no limpo, ou seja, isentas de ervas daninhas e outros tipos de vegetação que, normalmente, servem de hospedeiros das pragas.
  • Rotação de culturas é uma medida importante não só sob o aspecto de controle cultural das pragas, mas também sob o ponto de vista de fertilidade e conservação do solo. Quanto ao controle biológico, algumas pragas têm inimigos naturais, que, geralmente também, são insetos, mas, o controle por essa via é praticamente desprezível. O controle biológico, geralmente ocorre por parasitismo mas não pode ser considerado um fator importante. Mais importante são os predadores, especialmente os pássaros.

Principais pragas do solo

Formigas: causam grandes prejuízos, principalmente, quando as plantas ainda são pequenas. As formigas devem ser combatidas antes da aração e se necessário, far-se-á um repasse depois do solo estar preparado, antes da semeadura. Deve-se usar iscas formicidas, pós secos, termonebilização

Cupins: são insetos subterrâneos e atacam as raízes das plantas e podem ocasionalmente causar sérios danos à cultura. Seu combate é feito através de aplicação de inseticidas aplicados no sulco da semeadura.

Percevejo Castanho: vive sob o solo e ataca as raízes. O seu controle é feito da mesma maneira que dos cupins;

Lagarta Rosca: uma lagarta de hábitos noturnos. Durante o dia ela fica escondida debaixo da terra e à noite sai, atacando o colo das plantas no início do crescimento. Seu combate é feito com inseticidas, aplicados em pulverização;

Lagarta Elasmo: Esta lagarta ataca as plantas no início do crescimento, na parte da planta próxima ou logo abaixo do solo. Ela constrói galerias no interior do colmo, prejudicando grandemente o desenvolvimento das plantas, produzindo o sintoma de “coração morto” Seu combate é feito através de inseticidas. As aplicações podem ser feitas tanto em polvilhamento como em pulverização, procurando sempre atingir o colo das plantas.

Principais pragas da parte aérea

Lagarta dos Milharais ou lagarta-do-cartucho: ataca as folhas e posteriormente introduz-se no cartucho, alimentando-se das folhas, atrasando o crescimento das plantas, causando prejuízos consideráveis. É considerada como uma das pragas que mais prejuízos causam à cultura;

Lagarta dos Capinzais ou curuquerê-do-milho: alimenta-se das folhas e tem grande voracidade, destruindo todas as folhas, deixando somente o colmo e causando grandes danos à cultura, são facilmente reconhecidas porque se locomovem como se estivessem medindo palmos.;

Essas duas lagartas são combatidas com inseticidas em pó ou líquido. Para a lagarta dos milharais (lagarta do cartucho) deve-se preferir a forma líquida e dirigir o jato do pulverizador para o interior do cartucho das plantas. Lagarta das Espigas: ataca as espigas desde o início da formação dos grãos e durante a fase do estado leitoso, podendo também atacar as folhas. Além de destruir em parte as espigas, deixa orifícios na palha, por onde penetram fungos e outros micro-organismos e água de chuva, concorrendo assim para a deterioração da espiga. Seu controle é difícil, pois a lagarta aloja-se dentro da espiga e fica muito bem protegida Pulgão: o milho ainda é atacado por pulgões que além de sugarem as plantas, são transmissores de doenças viróticas. Seu controle é feito com inseticidas fosforados;

Pragas no armazém

O milho quando armazenado, quer seja em grão ou em palha, é atacado por diversas pragas que podem facilmente comprometer a qualidade do produto, bem como provocar grande perda de peso. As duas principais pragas do milho armazenado são: carunchos e traças. O controle dessas pragas deve ser feito com expurgo, que consiste na aplicação de Gastoxim (fosfeto de alumínio), na dosagem de 3 comprimidos por m^3 , sob lona plástica de pvc, em terreiro cimentado ou chão batido,