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Curso de fotografia digital online
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Compartilhado em 31/07/2019
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Não perca as partes importantes!
Techimage
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O objetivo deste capítulo é ensinar como melhorar a composição utilizando os princípios de composição. Com isto se espera que o aluno consiga fazer fotos em que o motivo apareça de forma objetiva na foto. Espera-se também que suas fotos fiquem mais criativas e que elas passem para o leitor a emoção do momento fotografado
Fotografar a vida é traduzir a emoção de uma cena ou acontecimento numa imagem. Escolher os momentos que traduzem esta emoção é a principal tarefa do fotógrafo. Para fazer uma boa foto é preciso primeiro descobrir o que causou a emoção. Isolar este motivo é um trabalho, a princípio, difícil e que parece chato, mas é importante. Ele se torna natural à medida que se percebe o benefício que traz. Toda atividade animal ou humana possui um instante que sintetiza todo ritual ou acontecimento. Num casamento, por exemplo, o ato que sintetiza a cerimônia é o beijo dos noivos ou a troca das alianças. Um fotógrafo de casamento que não registra este momento está fadado ao fracasso. No mundo animal, as fotos mais impressionantes são aquelas que mostram o dia-a-dia do animal. Não há nada mais enfadonho do que ver um álbum de fotografia com 36 fotos de pessoas posando. Procure fotografar as pessoas em atividade. No mirante, fotografe os amigos olhando a paisagem. Quando estiverem atravessando o rio, resista à frase "olha para cá" e os fotografe atravessando realmente o rio. Isto não significa que não possam haver fotos de gente posando; apenas que estas fotos devem se restringir a poucas fotos dentro do conjunto. A foto deve levar o leitor a ver e a sentir aquilo que o fotógrafo viu e sentiu. É importante lembrar que as fotos mais impressionantes são as mais limpas. Em uma foto limpa, a idéia ou emoção percebida pelo fotógrafo é transmitida sem ruídos que poderiam distrair o leitor da imagem. Sujeiras como cadeiras e objetos que não colaborem para descrever o que o fotógrafo quer mostrar devem ser eliminadas. O ângulo, a forma como distribuímos os elementos em uma foto ou o tipo de luz podem ajudar a enfatizar a idéia que temos. Compor a foto é como escrever um texto, as idéias devem ser fluídas. O olhar do "leitor" deve sempre passar pelo motivo principal, da mesma forma que num texto a idéia do autor deve estar sempre clara. Princípios de composição facilitam a "montagem" da foto e garantem sucesso sem dar espaço ao acaso. Isto não significa reduzir arte em fórmulas matemáticas. Apenas que é importante, principalmente no começo, organizar suas idéias de forma simples e racional.
Enquadramentos que remetem a sensações e emoções sempre engrandecem nossas fotos. As sensações de frio e fome nesta foto são claras.
Esta é a mais polêmica das ferramentas de composição. A forma que olhamos é condicionada pela forma que aprendemos a ler. Assim, se houver uma pessoa andando na foto, a impressão pode ser diferente se ela estiver indo para a direita ou para a esquerda. Se a pessoa ou animal estiver olhando para a esquerda, o leitor encara o personagem como se fosse ter um diálogo com ele. Se, ao contrário, estiver olhando para a direita (→), o leitor se identifica com ele e procura na foto o que estava sendo observado pelo personagem. As fotos desta página causam sensações diferentes. Na foto de cima a primeira parte a ser vista é o sorriso e os olhos da criança, na foto de baixo vemos primeiro o cabelo e depois o rosto, quase que escondido.
Diagonais são linhas que cortam a foto de um canto ao seu oposto. Elas podem ser formadas por cercas, ruas, rios, caminhos, beira de mar, etc. Elas capturam o olhar do "leitor", obrigando-o a seguir a linha formada com os olhos. Diagonais fazem com que caminhemos pela foto.
Pôr o motivo no centro do visor nem sempre é a melhor solução. O princípio dos terços ajuda a distribuir os motivos no visor da câmera. O visor é dividido em terços, tanto na horizontal quanto na vertical e o motivo é concentrado dentro das linhas de terço. O horizonte desta foto foi colocado para 1 terço inferior da foto poque o chão não está muito interessante. Nesta foto o céu está mais interessante.
Em fotos onde o tamanho do motivo não é de conhecimento evidente, mantenha, sempre que possível, uma referência ao lado. No caso de objetos pequenos, esta referência pode ser um anel discreto. Evite usar canetas, canivetes e réguas, exceto se estiver fazendo uma foto para uso científico na qual não haja a menor preocupação com a estética. Na foto da esquerda que está sem referência o leitor não sabe o tamanho real do motivo fotografado, quando colocamos uma referência o leitor sabe o tamanho real do motivo. Monumentos construidos ou naturais também devem receber uma pessoa como escala, se não houver outras referências por perto. Quando estiver fotografando uma paisagem, mantenha uma pequena réstia de céu no topo da foto. Com ela, a foto fica melhor situada.
Uma foto vertical enfatiza a profundidade de uma paisagem ou objeto. Ela também destaca a altura dos motivos. É indicada para fotografar prédios, pessoas sozinhas, ou quando se quer dar a idéia de que algum caminho vai muito longe. Uma foto horizontal enfatiza a vastidão de um lugar. É indicada para paisagens amplas, grupos de pessoas ou ainda quando se deseja pôr uma pessoa junto da paisagem. Em um grupo de pessoas, a foto na horizontal elimina elementos distantes que poderiam aparecer no topo ou na base da imagem. Paisagens em horizontal ganham mais amplidão.
Sempre que possível, encha o quadro da câmera com o motivo fotografado. Se o motivo no visor não aparece claro, na foto ele também não aparecerá. Encher o quadro faz com que apenas o que é importante tome conta do enquadramento.
Objetos fotografados de cima dão a impressão de serem frágeis; objetos fotografados de baixo parecem imponentes, e se os fotografamos a meia altura, parecem ter dimensões equilibradas, sem dar maior ênfase a outros aspectos. De baixo: o motivo parace grande e imponente.
De meia altura: näo alteramos as proporções. De cima: o motivo parece pequeno ou fragilizado.
Profundidade de campo é o nome que se dá a faixa que fica em foco numa fotografia. É possível aumentar ou diminuir a profundidade de campo aumentando ou diminuindo a faixa nítida da fotografia.A foto com uma grande área nítida dizemos que tem grande profundidade de campo e vice-versa. Muitas vezes, objetos atrás de nosso motivo principal distraem a atenção. Para que não prejudiquem a foto, é possível tira-los de foco. Na foto da esquerda temos uma profundidade pequena. Na direita temos uma grande profundidade de campo.
A luz branca não existe; na verdade ela é composta por partes iguais de todas as cores do arco-íris. Um objeto é amarelo porque ele absorve todas as outras cores e reflete apenas o amarelo. Desta forma, quando fotografamos, devemos deixar de ver a luz simplesmente como mais forte ou mais fraca, e sim como uma fonte de cores. Ao longo do dia, a atmosfera terrestre, a poeira e as nuvens filtram a luz do sol, desbalanceando a distribuição de cores. As lâmpadas também são desequilibradas. Lâmpadas incandescentes, ou de tungstênio, são amareladas. Lâmpadas fluorescentes deixam as fotografias esverdeadas. Este efeito é mais perceptível na fotografia do que a olho nu. Nossos olhos conseguem compensar pequenas diferenças no balanço da luz, de forma a que percebamos como branca uma parede iluminada por uma luz amarelada, como a luz de tungstênio. O filme convencional e digital não possuem esta compensação. Ele registra aquilo que vê e também o que o olho humano não vê. Freqüências de luz que estão fora do alcance visual humano são registradas pelos filmes, causando mudança nas cores ou a veladura da imagem. Assim, a luz branca é a melhor para fotografar, porque ela garante que todas as cores de nosso motivo serão reproduzidas de forma fiel, ou seja, como as vemos. A luz pode ser classificada em natural (a luz do sol), e artificial, das lâmpadas, flashes, fogueiras, etc.
Pela manhã, não é necessário que o sol apareça no horizonte para enxergarmos. Na verdade, muito antes do sol nascer já é possível ver. A luz que chega até nós é refletida nas altas camadas da atmosfera. Como a atmosfera é azul, a luz que chega até nós também é azul. Qualquer coisa fotografada a esta hora parecerá azulada Conforme o sol desponta no horizonte, os raios de luz atingem a terra de forma rasante, atravessando grande quantidade de atmosfera próxima à superfície. Esta atmosfera próxima a superfície é carregada de poeira, que filtra a luz, gerando os amarelos e laranjas típicos do pôr e do nascer do sol. Quanto mais poluído o dia, mais amarelada será essa luz. O ângulo rasante da luz do nascer e do pôr-do-sol na alta atmosfera causa uma reflexão das luzes de alta freqüência, como o azul, que são mandadas de volta para o espaço. Este é o motivo pelo qual o nascer e o pôr do sol sempre têm um pouco de amarelo, mesmo no meio do oceano onde não há poluição. Conforme o sol sobe no horizonte, a quantidade de poeira que os raios vão atravessar diminui. Cerca de duas horas após o nascer do sol, a luz chega mais pura e todas as cores são bem reproduzidas. Cerca de uma hora e meia antes do sol atingir seu ápice, o balanço de cores continua bom, mas começam a formar sombras verticais, que mascaram feições importantes.
Uma pessoa pode aparecer na fotografia com seus olhos cobertos por sombra profunda. Pessoas de chapéu terão seu rosto escondido. Esta situação vai acontecer até por volta de duas horas após o ápice do sol, quando ele volta a baixar no horizonte. A luz continuará boa até cerca de duas horas antes do pôr do sol, quando voltará a ficar amareloalaranjada. A luz que ilumina as sombras é aquela refletida no azul do céu. Dias encobertos com grossas camadas de nuvens ou em locais com sombra provocam fotos azuladas. O efeito é o mesmo de horários antes do nascer do sol. A - Antes do Sol nascer, a luz bate na alta atmosfera e reflete para baixo a cor azulada. B - Quando o Sol nasce, a luz do Sol entra razante na atmosfera sendo filtrada pela poeira. Note como é grande sua viagem pela atmosfera. A atmosfera tem muita poeira, o que deixa a luz amarelada. C - A luz, a medida que o dia avança, corta a atmosfera de forma que passa a ser pequena a sua influência. Nesta hora a luz passa a ser branca. D - Luz ao meio dia sofre a menor influência das partículas presentes na atmosfera, sendo uma luz branca. O problema são as sobras. O horário bom para fotografar vai depender da latitude e da época do ano. Próximo ao Equador, o sol não muda muito sua trajetória no céu, de modo que não há diferença entre o bom e o mau horário para fotografar no inverno e no verão. No inverno, em regiões mais ao sul ou norte do Equador, o sol não sobe muito no horizonte, e assim as sombras do meio dia não existem. Nestas regiões distantes do Equador, no verão, o sol leva mais tempo para se pôr e nascer, de modo que o período com luz amarelada também aumenta.
Na foto acima, realizada a sombra, temos um tom azulado acrescentado aos motivos. Foto realizada após o pôr do sol, sendo marcante a coloração azulada.
Dependendo da fonte artificial, a cor da luz pode variar. A seguir, apresentamos uma tabela com a cor da luz em cada situação e o tipo de filtro de correção aconselhado para cada situação. O amarelo das lâmpadas incandescentes e dicróicas normalmente é agradável para fotografar ambientes onde seja desejável um clima de aconchego, como uma sala de estar numa casa de campo. A cor amarelada gerada na foto acima se deve a iluminação por luz de tungstênio. A luz verde das lâmpadas fluorescentes já não é nada agradável e dificilmente combina com qualquer ambiente. As lâmpadas de flash produzem uma luz branca que teria aparência bastante natural, não fosse pelas sombras marcadas que normalmente projetam. Com a utilização do flash, não se nota alteração de cor pela luz.