Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Curso de LaTex, Notas de aula de Análise de Sistemas de Engenharia

Curso de LaTex.

Tipologia: Notas de aula

2010

Compartilhado em 27/01/2010

ednaldo-miranda-6
ednaldo-miranda-6 🇧🇷

4

(1)

38 documentos

1 / 37

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA ESPECIAL DE TREINAMENTO
CIˆ
ENCIAS DA COMPUTAC¸ ˜
AO
Introduc¸˜
ao ao L
A
T
E
X 2ε
Lucas Wanner
Rafael Rueda
Vers˜ao 2.0
Florian´opolis, Outubro de 2003
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Curso de LaTex e outras Notas de aula em PDF para Análise de Sistemas de Engenharia, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA ESPECIAL DE TREINAMENTO

CIENCIAS DA COMPUTACˆ ¸ AO˜

Introduc¸˜ao ao LATEX 2ε

Lucas Wanner

Rafael Rueda

Vers˜ao 2.

Florian´opolis, Outubro de 2003

Pref´acio

TEX (Pronuncia-se “tek”) ´e um sistema de diagrama¸c˜ao de textos criado no final da d´ecada de 1970 por Donald Knuth. De acordo com o pr´oprio autor, “(TEX is) a typesetting system intended for the creation of beautiful books and specially for books that contain a lot of mathematics.” TEX oferece um grande controle sobre a estrutura do documento a ser editado e, justamente por isso, traz uma complexidade na edi¸c˜ao indesej´avel a maioria dos usu´arios comuns. LATEX ´e um conjunto de macros escritas para o TEX que permite a di- agrama¸c˜ao de textos na mais alta qualidade tipogr´afica, usando um layout profissional pr´e-definido. Foi elaborado em meados da d´ecada de 1980 por Laslie Lamport, e desde ent˜ao tornou-se muito popular na diagrama¸c˜ao de livros, artigos, journals e documentos cient´ıficos e matem´aticos em geral. Este manual, que ´e uma adapta¸c˜ao de The Not So Short Introduction to LATEX 2ε [1], ´e destinadoaqueles que desejam iniciar sua jornada pelo mundo do LATEX, procurando uma solu¸c˜ao de melhor qualidade visual, ou uma alter- nativa pr´atica e elegante aos editores WYSIWYG^1 ou mais especificamente ao MS-Worst. Por ser direcionado a iniciantes, este manual centralizar´a seus esfor¸cos nos conceitos b´asicos e em exemplos, n˜ao cobrindo t´opicos avan¸cados. Aqueles que desejarem aprofundar seus conhecimentos devem procurar os livros e manuais citados na bibliografia (a maioria deles est´a dispon´ıvel gratuitamente em formato eletrˆonico na web).

Cap´ıtulo 1 oferece uma compara¸c˜ao entre o sistema LATEX e os sistemas WYSIWYG, al´em de mostrar a estrutura b´asica de um documento LATEX 2ε^2 , explicando o processo de “compila¸c˜ao” deste tipo de docu- mento.

Cap´ıtulo 2 apresenta o restante dos conceitos necess´arios para editar um texto no mundo real.

Cap´ıtulo 3 mostra algumas caracter´ısticas especiais, como inclus˜ao de ima- gens e gera¸c˜ao de bibliografia, al´em de mostrar algumas dicas de como alterar o visual padr˜ao dos documentos LATEX

Cap´ıtulo 4 apresenta aspectos sobre o modo matem´atico do LATEX

Apˆendice A trata da instala¸c˜ao e configura¸c˜ao de um sistema LATEX em um PC rodando Windows. (^1) What You See Is What You Get, O que vocˆe vˆe na tela ´e o que ser´a impresso. (^2) LATEX 2ε ´e o nome da ´ultima atualiza¸c˜ao do sistema LATEX, atualmente mantido pelo grupo LATEX3.

  • Pref´acio
  • 1 Introdu¸c˜ao
    • 1.1 LATEX versus WYSIWYG
    • 1.2 Arquivos de Entrada LATEX
      • 1.2.1 Espa¸cos
      • 1.2.2 Caracteres Especiais
      • 1.2.3 Comandos
      • 1.2.4 Coment´arios
    • 1.3 Estrutura dos Arquivos de Entrada
    • 1.4 Compila¸c˜ao
    • 1.5 Layout
      • 1.5.1 Classes de Documentos
      • 1.5.2 Estilos de P´agina
      • 1.5.3 Pacotes
    • 1.6 Arquivos
    • 1.7 Divis˜ao de Projetos
  • 2 Edi¸c˜ao de Texto
    • 2.1 Quebras de Linha e P´agina
    • 2.2 Caracteres Especiais e S´ımbolos
      • 2.2.1 Aspas
      • 2.2.2 Tra¸cos e H´ıfens
      • 2.2.3 Til (∼)
      • 2.2.4 Reticˆencias
    • 2.3 Edi¸c˜ao em Portuguˆes
      • 2.3.1 Acentos
    • 2.4 T´ıtulos, Cap´ıtulos e Se¸c˜oes
    • 2.5 Referˆencias Cruzadas
    • 2.6 Notas de Rodap´e
    • 2.7 Enfatiza¸c˜ao
    • 2.8 Ambientes
      • 2.8.1 Itemizar, Enumerar e Descri¸c˜ao
      • 2.8.2 Alinhamento
      • 2.8.3 Cita¸c˜oes e Versos
      • 2.8.4 Verbatim
      • 2.8.5 Tabular
    • 2.9 Corpos Flutuantes
  • 3 Especialidades e Costumiza¸c˜ao
    • 3.1 Gera¸c˜ao de Arquivos PDF
    • 3.2 Inclus˜ao de Imagens
    • 3.3 Bibliografia
    • 3.4 Fontes e Tamanhos
    • 3.5 Espa¸camento
    • 3.6 Layout de P´agina
  • 4 O modo matem´atico
    • 4.1 Fra¸c˜oes
    • 4.2 Binomiais
      • Limites e Transformadas 4.3 Somat´orios, Produt´orios, Co-Produt´orios, Integrais, Ra´ızes,
      • 4.3.1 Somat´orios
      • 4.3.2 Produt´orios e Co-Produt´orios
      • 4.3.3 Integrais
      • 4.3.4 Ra´ızes
      • 4.3.5 Limites
      • 4.3.6 Transformadas
    • 4.4 Delimitadores
    • 4.5 Equa¸c˜oes
    • 4.6 Matrizes
    • 4.7 Casos
    • 4.8 Alinhamento matem´atico
    • 4.9 Divis˜ao de equa¸c˜oes
    • 4.10 Construindo Grafos
    • 4.11 Teoremas
  • Apˆendice
  • A Instala¸c˜ao e Configura¸c˜ao do Sistema MiKTeX
    • A.1 Download e Instala¸c˜ao
    • A.2 Configura¸c˜ao
    • A.3 WinEdt
  • Referˆencias Bibliogr´aficas

Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜ao

1.1 LATEX versus WYSIWYG

Em um sistema WYSIWYG, como o MS-Worst ou o Corel Word Perfect, o autor define o layout do documento atrav´es de comandos interativos enquanto digita o texto na tela. O resultado final da formata¸c˜ao ´e visualizado durante todo o processo. O que ´e visto na tela ´e o que ser´a impresso. Os comandos para modificar o layout s˜ao bastante intuitivos de compreens˜ao f´acil. Por que algu´em iria querer algo diferente? Normalmente os documentos editados com WYSIWYG s˜ao verdadeiras obras de arte. V´arios tamanhos e faces de fontes diferentes, tamanhos de p´agina n˜ao-ortodoxos (“Se eu aumentar um pouco o tamanho da p´agina e diminuir o tamanho da fonte, esta se¸c˜ao vai caber em uma p´agina...”), e n˜ao raramente cores, muitas cores. Obviamente isto n˜ao ´e uma regra absoluta, mas neste tipo de editor, parece ser muito mais f´acil fazer a coisa errada. Mesmo aqueles poucos que tem um senso est´etico apurado s˜ao castigados pela (falta de) filosofia destes editores. Em LATEX, o autor n˜ao se preocupa com a formata¸c˜ao durante a digita¸c˜ao do texto. O importante ´e a estrutura l´ogica, e esta ´e talvez a grande for¸ca deste sistema, j´a que for¸ca o autor a criar documentos bem estruturados. Uma vez definidos os cap´ıtulos, se¸c˜oes, subse¸c˜oes, cita¸c˜oes, f´ormulas, bibli- ografia, etc., entra em cena o formatador, que escolhe, a partir de algumas diretivas, o melhor layout para o documento. O resultado final ´e um docu- mento com aparˆencia profissional e logicamente consistente. Para efeito de compara¸c˜ao, seguem algumas vantagens de LATEX sobre WYSIWYG (e o oposto) [1]. Vantagens:

  • A inclus˜ao de f´ormulas matem´aticas ´e suportada de maneira conveni- ente.
  • O usu´ario apenas tem de aprender alguns comandos f´aceis de entender que especificam a estrutura do documento. Quase nunca ´e necess´ario pensar no layout final do documento.
  • Estruturas complexas como notas de rodap´e, referˆencias, sum´arios e bibliografias s˜ao geradas facilmente.

1.2.4 Coment´arios

Todo o texto em uma linha inserido ap´os um % ´e ignorado pelo LATEX (incluindo a quebra de linha). Isto pode ser usado para inserir coment´arios em um texto que n˜ao aparecer˜ao na vers˜ao para impress˜ao.

1.3 Estrutura dos Arquivos de Entrada

Todo arquivo de entrada do LATEX inicia com um preˆambulo, que ´e cons- titu´ıdo por uma s´erie de comandos que especificam a formata¸c˜ao do do- cumento. Os preˆambulos do LATEX 2ε s˜ao iniciados por um comando que especifica o tipo de documento que ser´a criado:

\documentclass{...}

Al´em de diretivas para formata¸c˜ao, o preˆambulo tamb´em pode conter comandos para inclus˜ao de pacotes, que modificam a estrutura global do documento ou adicionam novos comandos:

\usepackage{...}

O fim do preˆambulo e in´ıcio do documento propriamente dito ´e marcado pelo comando:

\begin{document}

O corpo do documento ´e constitu´ıdo pelo texto e comandos LATEX para inclus˜ao de f´ormulas matem´aticas, cita¸c˜oes, tabelas, c´odigo de programa¸c˜ao, figuras, etc. O final do documento ´e marcado pelo comando:

\end{document}

Um arquivo de entrada m´ınimo de entrada pode ser:

\documentclass{article} % pre^ambulo \begin{document} I wanna see monkeys. % corpo do documento \end{document}

Agora um mais complicado:

\documentclass[a4paper,11pt]{article} % tipo de documento \author{Bart Simpson} % define o autor \title{Why I want to go to Brazil} % define o t´ıtulo \begin{document} \maketitle % produz o t´ıtulo \tableofcontents % insere o sum´ario \section{Wild Life} % inicia uma se¸c~ao I wanna see monkeys. \section{Carnival} % outra se¸c~ao I wanna see dancing monkeys. \end{document}

1.4 Compila¸c˜ao

Chegou a hora de compilar seu primeiro documento LATEX. Existem front-ends gr´aficos, como o WinEdt, com os quais ´e poss´ıvel compilar seu documento atrav´es de bot˜oes e itens de menu, mas o sistema LATEX em si ´e simplesmente um programa de linha de comando que produz um arquivo de visualiza¸c˜ao/impress˜ao a partir de um arquivo .tex de texto plano. Mas “Homens de verdade n˜ao clicam”[1, p. 9] , ent˜ao vamos executar o processo de compila¸c˜ao via linha de comando. A descri¸c˜ao deste processo assume que h´a uma distribui¸c˜ao do LATEX instalada e devidamente configurada em seu computador.

  1. Crie um arquivo de entrada em um editor de texto plano (Notepad, vi, emacs, etc), e salve-o com a extens˜ao .tex
  2. Atrav´es de uma linha de comando, execute

latex teste.tex

  1. O comando acima cria um arquivo teste.dvi, que cont´em o resul- tado final da formata¸c˜ao. E poss´´ ıvel visualizar este arquivo com uma ferramenta que lide com arquivos dvi, como o Yap(Windows) ou o xdvi(X11), ou convertˆe-lo para o formato PostScript para impress˜ao.

yap teste.dvi % para visualizar

dvips teste.dvi % para converter para .ps

1.5 Layout

1.5.1 Classes de Documentos

A primeira informa¸c˜ao inclu´ıda em um preˆambulo de documento LATEX ´e o tipo ou classe de documento a ser criado, que ´e especificado pelo comando \documentclass[parametro,parametro]{classe}. As classes (especifica- das entre chaves) do documento s˜ao fornecidas juntamente com a distribui¸c˜ao LATEX. As mais comuns s˜ao:

article para artigos em journals cient´ıficos, relat´orios curtos,...

report para relat´orios longos contendo v´arios cap´ıtulos, teses de doutorado,

...

book para livros.

slides para transparˆencias.

1.5.3 Pacotes

Areas espec´^ ´ ıficas de editora¸c˜ao, como inclus˜ao de gr´aficos, texto colorido, hyperlinks ou c´odigo fonte n˜ao tem suporte nativo no LATEX. Para incluir estas especialidades, ´e necess´ario o uso de pacotes, que s˜ao expans˜oes do LATEX b´asico. Pacotes s˜ao ativados com o comando:

\usepackage[opcoes]{pacote}

Muitos pacotes s˜ao fornecidos com a distribui¸c˜ao b´asica, e outros s˜ao disponibilizados separadamente. Instru¸c˜oes a respeito da instala¸c˜ao de novos pacotes em seu sistema podem ser obtidas em [2]. Alguns dos pacotes mais comuns s˜ao:

inputenc Permite a especifica¸c˜ao da codifica¸c˜ao de entrada, como ASCII, ANSI-Windows, ISO Latin-1, Apple Macintosh, Next, ou uma definida pelo usu´ario. Este pacote ´e especialmente ´util para documentos em portuguˆes, j´a que permite o processamento de caracteres acentuados.

fontenc Especifica a codifica¸c˜ao de fonte a ser usada.

ifthen Permite comandos da forma if-then-else.

babel Modifica os strings pr´e-definidos^2 e as regras de hifeniza¸c˜ao de acordo com a localidade de entrada.

1.6 Arquivos

O LATEX trabalha com uma grande quantidade de arquivos com extens˜oes diversas, que podem facilmente assustar um iniciante. Algumas das extens˜oes mais encontradas est˜ao listadas a seguir.

.tex Arquivo fonte TEX ou LATEX, que pode ser compilado com o comando latex.

.ltx Alternativa `a extens˜ao anterior .tex, somente para LATEX.

.sty Pacote de macros, pode ser usado com o comando usepackage.

.cls Arquivos de classe, definem a aparˆencia final do documento. Podem ser usados com o comando documentclass Os seguintes arquivos s˜ao gerados no processamento de um arquivo fonte.

.dvi Device Independent File ou Arquivo Independente de Dispositivo. Prin- cipal formato de distribui¸c˜ao de documentos LATEX.

.log Log do que ocorreu na ´ultima compila¸c˜ao

.toc Guarda os t´ıtulos de se¸c˜oes. E usado na pr´´ oxima compila¸c˜ao para gerar o sum´ario. (^2) Sum´ario, Lista de Figuras, Data,...

.lof Semelhante ao .toc, armazena t´ıtulos de tabelas.

.lot O mesmo, para figuras.

.aux Usado para transportar informa¸c˜oes como referˆencias cruzadas de uma compila¸c˜ao para outra.

.idx Arquivo de ´ındice.

.ind Arquivo de ´ındice processado, pronto para inclus˜ao na pr´oxima com- pila¸c˜ao.

1.7 Divis˜ao de Projetos

Ao trabalhar com projetos grandes, pode ser ´util dividir o documento em v´arias partes. H´a dois comandos em LATEX para juntar as partes: \include{file} insere uma quebra de p´agina e o arquivo de com nome file.tex no documento. \input{file} simplesmente insere o arquivo file.tex no documento.

2.2.3 Til (∼)

O til ´e muito usado em endere¸cos da internet. Pode-se usar ~, mas o resultado (˜) pode n˜ao ser o esperado:

http://www.rico.edu/~{}bush http://www.rico.edu/˜bush

http://www.inteligente.edu/$\sim$democrata http://www.inteligente.edu/∼democrata

2.2.4 Reticˆencias

Em uma m´aquina de escrever, pontos e v´ırgulas ocupam o mesmo espa¸co que letras, o que n˜ao acontece em editora¸c˜ao, onde estes caracteres ocupam muito pouco espa¸co. Sendo assim, n˜ao ´e poss´ıvel inserir reticˆencias simples- mente digitando trˆes pontos. H´a um comando especial para isto (\ldots).

N~ao assim... mas assim: N˜ao assim... mas assim: Jo~ao, Maria, Jos´e, \ldots Jo˜ao, Maria, Jos´e,...

2.3 Edi¸c˜ao em Portuguˆes

Para a edi¸c˜ao em l´ınguas diferentes do inglˆes, o LATEX precisa ser confi- gurado em duas ´areas:

  1. Todos os textos gerados automaticamente^1 precisam ser adequados `a l´ıngua de edi¸c˜ao. Isto ´e conseguido atrav´es do pacote Babel.
  2. As regras de hifeniza¸c˜ao precisam ficar de acordo com a nova l´ıngua. Esta parte ´e mais dif´ıcil de configurar, j´a que a configura¸c˜ao depende da distribui¸c˜ao utilizada. O Apˆendice A apresenta um breve guia para configurar as regas de hifeniza¸c˜ao no MiKTeX. Mais informa¸c˜oes sobre configura¸c˜oes espec´ıficas de sistema podem ser obtidas em [2].

Caso o sistema j´a esteja devidamente configurado, ´e poss´ıvel acionar o pacote Babel incluindo a seguinte linha no preˆambulo. \usepackage[lingua]{babel}^2

2.3.1 Acentos

O TEX original suportava somente os 128 caracteres do c´odigo ASCII ori- ginal e a acentua¸c˜ao era conseguida atrav´es da sobreposi¸c˜ao de caracteres. Por exemplo, \’o produzia ´o. Este tipo de constru¸c˜ao ainda ´e v´alido, mas a partir do lan¸camento do LATEX 2ε, v´arias codifica¸c˜oes de caracteres s˜ao supor- tadas atrav´es do pacote inputenc, tornando poss´ıvel a inser¸c˜ao de caracteres acentuados diretamente no texto. Este pacote pode ser usado incluindo no preˆambulo a linha:

(^1) Nomes de Se¸c˜oes, Sum´ario, Bibliografia, etc. (^2) No caso do Portuguˆes Brasileiro, lingua deve ser substitu´ıda por brazil

\usepackage[codificacao]{inputenc} Ao usar o pacote inputenc deve-se levar em conta que ´e poss´ıvel que outras pessoas n˜ao consigam ler seus arquivos de entrada, por usarem uma codifica¸c˜ao diferente. Por exemplo, ¨a ´e codificado como 132 em um PC, mas em alguns sistemas UNIX usando ISO-LATIN 1 ´e codificado como 228. A tabela a seguir apresenta algumas codifica¸c˜oes que podem ser utilizadas no parˆametro codificacao do inputenc.

Sistema Operacional codifica¸c˜ao Mac applemac Unix latin Windows ansinew OS/2 cp

Outro problema da acentua¸c˜ao ´e que internamente, caracteres acentua- dos ainda ser˜ao produzidos atrav´es de combina¸c˜oes entre caracteres, j´a que a codifica¸c˜ao de fonte default do LATEX somente suporta o c´odigo ASCII de 7 bits. A conseq¨uˆencia disso ´e que palavras acentuadas n˜ao podem ser hife- nizadas, o que pode causar problemas est´eticos no documento. Isto pode ser contornado com o uso de outra codifica¸c˜ao de fonte, com o pacote fontenc. A codifica¸c˜ao EC tem aparˆencia idˆentica `a Computer Modern (a codi- fica¸c˜ao original do TEX), mas tem suporte nativo para a maioria das l´ınguas latinas, possibilitando a hifeniza¸c˜ao de palavras acentuadas. Esta pode ser usada usando o pacote fontenc com o parˆametro T1: \usepackage[T1]{fontenc}

2.4 T´ıtulos, Cap´ıtulos e Se¸c˜oes

Para facilitar a compreens˜ao do leitor, um texto deve ser dividido em cap´ıtulos, se¸c˜oes e subse¸c˜oes. O LATEX suporta esta divis˜ao atrav´es de co- mandos que tomam como parˆametro o t´ıtulo da se¸c˜ao. As seguintes divis˜oes est˜ao dispon´ıveis na classe article: \section{...} \subsection{...} \subsubsection{...} \paragraph{...} \subparagraph{...} Dois comandos adicionais s˜ao suportados pelas classe book e report: \part{...} \chapter{...} O espa¸camento entre se¸c˜oes, a numera¸c˜ao e o tamanho da fonte ser˜ao ajustados automaticamente, de acordo com a classe do documento. Existe ainda o comando \appendix, que n˜ao tem argumentos, e muda a numera¸c˜ao dos cap´ıtulos (ou se¸c˜oes, na classe article) para letras. O LATEX cria o sum´ario tomando o nome das se¸c˜oes e o n´umero das p´aginas gerados na ´ultima compila¸c˜ao. O comando \tableofcontents insere o sum´ario gerado no documento. Para gerar um sum´ario correto, ´e necess´ario compilar o documento 2 ou 3 vezes.

2.8 Ambientes

Ambientes s˜ao utilizados atrav´es de um par

\begin{ambiente} % conteudo \end{ambiente}

Os principais ambientes s˜ao explicados nas subse¸c˜oes seguintes.

2.8.1 Itemizar, Enumerar e Descri¸c˜ao

O ambiente itemize pode ser utilizado para listas, enumerate para listas numeradas e description para descri¸c˜oes:

\begin{enumerate} \item Voc^e pode misturar os ambientes de lista como desejar \begin{itemize} \item Mas pode come¸car a ficar meio bobo. \item[-] Com um h´ıfen. \end{itemize} \item Portanto lembre-se \begin{description} \item[Coisas idiotas] n~ao v~ao ficar interessantes s´o por estarem em uma lista. \item[Coisas Inteligentes] podem ser muito bem apresentadas em uma lista \end{description} \end{enumerate}

  1. Vocˆe pode misturar os ambientes de lista como desejar
    • Mas pode come¸car a ficar meio bobo.
      • Com um h´ıfen.
  2. Portanto lembre-se

Coisas idiotas n˜ao v˜ao ficar interessantes s´o por estarem em uma lista. Coisas inteligentes podem ser muito bem apresentadas em uma lista.

2.8.2 Alinhamento

Os ambientes flushleft e flushright alinham o texto a esquerda ea direita, respectivamente. O center centraliza o texto. Nestes ambientes, o LATEX n˜ao tenta fazer todas as linhas do mesmo tamanho:

\begin{flushleft} Este texto est´a\ alinhado `a esquerda. O \LaTeX{} n~ao est´a tentando fazer as linhas do mesmo tamanho. \end{flushleft}

Este texto est´a alinhado `a esquerda. O LATEX n˜ao est´a tentando fazer as linhas do mesmo tamanho.

\begin{flushright} Este texto est´a\ alinhado `a direita. O \LaTeX{} n~ao est´a tentando fazer as linhas do mesmo tamanho. \end{flushright}

Este texto est´a alinhado `a direita. O LATEX n˜ao est´a tentando fazer as linhas do mesmo tamanho.

\begin{center} No centro \ da Terra. \end{center}

No centro da Terra.

2.8.3 Cita¸c˜oes e Versos

O ambiente quote ´e ´util para cita¸c˜oes, frases importantes ou exemplos:

Uma regra para o comprimento de linha em tipografia ´e \begin{quote} Na m´edia, nenhuma linha deve ter mais de 66 caracteres \end{quote} ´E por isso que as p´aginas do \LaTeX{} tem margens t~ao grandes e

por que eles usam v´arias colunas em jornais.

Uma regra para o comprimento de linha em tipografia ´e

Na m´edia, nenhuma linha deve ter mais de 66 caracteres

E por isso que as p´´ aginas do LATEX tem margens t˜ao grandes e por que eles usam v´arias colunas em jornais. Para poemas, onde a quebra de linhas ´e importante, existe o ambiente verse:

\begin{verse} Rosas s~ao verdes, \ Violetas s~ao azuis. \ Feliz Dia das Bruxas, \ Querida Professora. \ \end{verse}

Rosas s˜ao verdes, Violetas s˜ao azuis. Feliz Dia das Bruxas, Querida Professora.

O separador de colunas pode ser alterado atrav´es de um @{}, onde o valor entre chaves ser´a o novo separador.

\begin{tabular}{@{} l @{}} \hline sem espa¸co entre colunas\ \hline \end{tabular}

sem espa¸co entre colunas Atrav´es do comando \multicolumn{n}{alinhamento}{conteudo} pode- se escrever atrav´es de duas ou mais colunas:

\begin{tabular}{|c|c|c|} \hline Ano & \multicolumn{2}{|c|}{´Indice Acad^emico} \ \cline{2-3} & I.A. & I.A.A \ \hline 2001 & 10.0 & 9.99 \ \hline 2002 & 9.99 & 9.98 \ \hline \end{tabular}

Ano ´Indice Acadˆemico I.A. I.A.A 2001 10.0 9. 2002 9.99 9. O ambiente tabular n˜ao permite tabelas em v´arias p´aginas, o que pode ser obtido com os ambientes supertabular e longtabular. Para exemplos de uso destes ambientes, al´em de outros exemplos de tabelas, consulte [3].

2.9 Corpos Flutuantes

Corpos flutuantes s˜ao figuras ou tabelas, posicionadas de maneira a oti- mizar a ocupa¸c˜ao das p´aginas. Estes elementos n˜ao podem conter quebras de p´agina, e s˜ao inseridos pelo LATEX em uma fila de coloca¸c˜ao. De acordo com alguns parˆametros especificados pelo usu´ario (veja Tab. 2.1), os corpos flutuantes s˜ao posicionados no documento. Para evitar que os corpos flutu- antes tornem-se uma grande fonte de frustra¸c˜ao (o LATEX nunca os posiciona onde vocˆe deseja), ´e importante entender um pouco do mecanismo interno de posicionamento de floats. Os corpos flutuantes s˜ao ambientes, e podem ser iniciados, por exemplo, da seguinte forma:

\begin{table}[!htb]

ou

\begin{figure}[hp]

O primeiro exemplo inicia uma tabela, que ser´a posicionada onde ocorreu no texto (h) mesmo que isto prejudique a est´etica do documento (!). Se n˜ao for poss´ıvel posicionar a tabela neste ponto, ela ser´a colocada no topo (t) ou na parte inferior (b) de uma p´agina. O segundo exemplo inicia uma figura que ser´a posicionada neste ponto (h) ou em uma p´agina especial somente com tabelas e figuras. Se nenhum parˆametro de posicionamento ´e fornecido, ´e utilizado o padr˜ao tbp. O LATEX posiciona todo float que encontra de acordo com o parˆametro de posicionamento fornecido. Se um corpo flutuante n˜ao puder ser colocado na p´agina atual, ele ´e inserido em uma fila de figuras ou de tabelas. Quando uma nova p´agina ´e iniciada, o primeiro float ´e tratado como se tivesse ocorrido neste ponto do texto: o LATEX tenta outra vez posicion´a-lo de acordo com seu parˆametro (exceto ‘h’, que n˜ao ´e mais poss´ıvel). Qualquer novo float que ocorra ´e colocado em sua respectiva fila. A ordem de ocorrˆencia dos corpos flutuantes ´e mantida estritamente, por isso uma figura que n˜ao pode ser posicionada “atrasa” a coloca¸c˜ao de todas as figuras seguintes.Portanto:

Se o LATEX n˜ao est´a posicionando os floats como vocˆe deseja, ´e prov´avel que exista um float trancando uma das filas.

Mesmo sendo poss´ıvel dar ao LATEX uma ´unica possibilidade de posicio- namento, isso causa problemas. Se o float n˜ao pode ser posicionado no lugar especificado, ele fica preso, bloqueando todos os corpos flutuantes seguintes. Em particular, nunca deve-se usar a op¸c˜ao [h], que nas ´ultimas vers˜oes do LATEX ´e substitu´ıda automaticamente por [ht]. Sob algumas circunstˆancias, pode-se usar o comando \clearpage, que ordena que todas as figuras e ta- belas nas filas sejam posicionadas, e inicia uma nova p´agina. Dentro dos ambientes table e figure, a fun¸c˜ao \caption{texto} espe- cifica o r´otulo do float. Para incluir listas de corpos flutuantes no documento, usa-se as fun¸c˜oes \listoftables e \listoffigures. Como no sum´ario, ´e preciso compilar o documento trˆes vezes para que estas listas sejam inseridas corretamente.

Tabela 2.1: Parˆametros de Posicionamento. Parˆametro Permiss˜ao para posicionar o corpo flutuante... h no lugar onde ocorreu no texto. Funciona normalmente para tabelas pequenas t no topo de uma p´agina b na parte inferior de uma p´agina p em uma p´agina especial contendo somente corpos flutuantes ! sem considerar a maioria dos parˆametrosa^ que poderiam impedir este corpo de ser posicionado. aComo o n´umero m´aximo de corpos flutuantes por p´agina.