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Guias e Dicas
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Demostrações financeiras para concessao de credito, Manuais, Projetos, Pesquisas de Gestão de Recursos Humanos

Autor: Sergio Alfredo Macore / Helldriver rapper

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2015

Compartilhado em 08/11/2015

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4.3

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Índice
DECLARAÇÃO DO AUTOR............................................................................................... iv
APROVAÇÃO DO JÚRI........................................................................................................v
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................vi
AGRADECIMENTOS......................................................................................................... vii
LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................viii
CAPITULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................9
1.1.Introdução......................................................................................................................9
1.2.OBJECTIVOS.............................................................................................................10
1.2.1.Objectivo Geral.....................................................................................................10
1.2.2.Objectivos Específicos......................................................................................... 10
1.3.Justificativa..................................................................................................................10
1.4.Problema......................................................................................................................11
1.5.HIPOTESES................................................................................................................ 11
1.5.1.Hipótese Básica.....................................................................................................11
1.5.2.Hipóteses Secundárias.......................................................................................... 11
1.6.Metodologia.................................................................................................................11
CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................12
2.5.2.Caução de duplicatas............................................................................................ 15
2.5.3.Caução de cheques................................................................................................16
2.5.4.Os C’s do Crédito..................................................................................................18
2.5.5.Os C’s Tradicionais do Crédito.............................................................................18
2.5.6.Os C’s Modernos do Crédito................................................................................19
2.5.7.Os Três Novos C’s do Crédito.............................................................................. 19
2.6.as demonstrações financeiras e a concessão de crédito...............................................20
2.7.Estrutura das Demonstrações Financeiras...................................................................21
2.7.1.Relatório da Directoria......................................................................................... 21
2.7.2.Notas Explicativas................................................................................................ 22
2.7.3.Parecer dos Auditores...........................................................................................22
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Índice

DECLARAÇÃO DO AUTOR............................................................................................... iv

APROVAÇÃO DO JÚRI........................................................................................................ v

DEDICATÓRIA.....................................................................................................................vi

AGRADECIMENTOS......................................................................................................... vii

  • CAPITULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................................. LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................viii - 1.1.Introdução...................................................................................................................... - 1.2.OBJECTIVOS............................................................................................................. - 1.2.1.Objectivo Geral..................................................................................................... - 1.2.2.Objectivos Específicos......................................................................................... - 1.3.Justificativa.................................................................................................................. - 1.4.Problema...................................................................................................................... - 1.5.HIPOTESES................................................................................................................ - 1.5.1.Hipótese Básica..................................................................................................... - 1.5.2.Hipóteses Secundárias.......................................................................................... - 1.6.Metodologia.................................................................................................................
  • CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................ - 2.5.2.Caução de duplicatas............................................................................................ - 2.5.3.Caução de cheques................................................................................................ - 2.5.4.Os C’s do Crédito.................................................................................................. - 2.5.5.Os C’s Tradicionais do Crédito............................................................................. - 2.5.6.Os C’s Modernos do Crédito................................................................................ - 2.5.7.Os Três Novos C’s do Crédito..............................................................................
    • 2.6.as demonstrações financeiras e a concessão de crédito...............................................
    • 2.7.Estrutura das Demonstrações Financeiras................................................................... - 2.7.1.Relatório da Directoria......................................................................................... - 2.7.2.Notas Explicativas................................................................................................ - 2.7.3.Parecer dos Auditores........................................................................................... - 2.7.4.Demonstrações Financeiras..................................................................................
    • 2.8.Balanço Patrimonial.................................................................................................... - 2.8.2.Demonstração do Valor Adicionado..................................................................... - 2.8.3.Demonstração do Fluxo de Caixa.........................................................................
    • 2.9.A ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA.............................................................. - 2.9.1.Análise Horizontal................................................................................................ - 2.9.2.Análise Vertical..................................................................................................... - 2.9.3.Análise através de Índices Financeiros................................................................. - 2.9.4.Índices de Estrutura.............................................................................................. - 2.9.5.Participação de Capitais de Terceiros (Endividamento)....................................... - 2.9.6.Composição do Endividamento............................................................................ - 2.9.7.Imobilização do Património Líquido.................................................................... - 2.9.8.Imobilização dos Recursos não Correntes............................................................ - 2.9.9.Índices de Liquidez............................................................................................... - 2.9.10.Liquidez Geral.................................................................................................... - 2.9.11.Liquidez Corrente............................................................................................... - 2.9.12.Liquidez Seca.....................................................................................................
    • 2.10.Endividamento.......................................................................................................... - 2.10.1.Índices de Rentabilidade.....................................................................................
  • CAPITULO III: ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO.............................................. - 3.1.Quanto aos objectivos da pesquisa.............................................................................. - 3.2.Quanto aos procedimentos da pesquisa....................................................................... - 3.3.ANÁLISE DOS DADOS............................................................................................ - 3.3.1.Resultado da pesquisa de levantamento............................................................... - 3.3.2.Análise Comparativa das Demonstrações financeiras..........................................
  • CAPITULO IV: CONCLUSÃO........................................................................................... - 4.1.Conclusão.................................................................................................................... - REFERÊNCIAS................................................................................................................ - APÊNDICE....................................................................................................................... - ANEXOS...........................................................................................................................

APROVAÇÃO DO JÚRI

Este trabalho foi aprovado com a classificação de__________________Valores no

dia_______de____________________de 2015 por nós, membros do júri examinador da

Faculdade de contabilidade e gestão da Universidade pedagógica – Nampula.

_______________________________________

(Presidente do Júri)

_________________________________________

(Arguente)

________________________________________

(Supervisor)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha mãe e meu irmão, por acreditarem na minha capacidade

profissional e me dar todo o apoio emocional para o desenvolvimento e conclusão deste curso.

LISTA DE ABREVIATURAS

DF ------------------------------------------------Demonstrações Financeiras

DC ------------------------------------------------Demonstrações Contabilísticas

CC-------------------------------------------------Concessão de Credito

DR-------------------------------------------------Demonstrações de Resultado

1.2.1.Objectivo Geral.

■ Conhecer as formas de créditos solicitadas pelas empresas bem como tratar dos preceitos gerais da

análise de crédito de empresas através das demonstrações financeiras, destacando e trabalhando fórmulas que levantem informações sobre capacidade de pagamento, endividamento, imobilização e capacidade de geração futura de lucro.

1.2.2.Objectivos Específicos

■ Identificar os riscos nas situações de empréstimo através de equações que utilizam dados do Balanço

Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.

■ Apresentar soluções para tomada de decisão no momento da solicitação do crédito, por meio da

análise de índices financeiros, proporcionando condições para analisar situações de empréstimos;

■ Seleccionar indicadores de análise de balanço para concessão de crédito e

ressaltar a importância de cada indicador.

■ Identificar a relevância da análise dos indicadores para a concessão de crédito

na opinião de analistas de crédito.

■ Avaliar a capacidade de pagamento em um exemplo prático. Analisando as

demonstrações contabilísticos e comparando os resultados dos índices

financeiros e de duas empresas S/As de capital aberto do mesmo ramo de

actividade.

1.3.Justificativa

Este estudo é imprescindível, uma vez que, possibilitará ao gerente da instituição financeira ou ao encarregado da carteira de crédito, tomar decisões com maior rapidez e que minimizem os riscos das operações financeiras, pois as decisões em operações de tomada de recursos são sempre delicadas, seja para a parte dos executivos ou pela parte dos gerentes de instituições financeiras que tomarão a decisão de deferir, modificar ou indeferir a solicitação dos recursos.

Em condições limites poderá significar o fracasso ou o sucesso de uma instituição financeira. O ato de decidir é a mais importante função do gerente, pois este é o responsável por garantir a agilidade, continuidade, qualidade e a segurança dos activos que administra. Através de uma orientação geral que envolve o processo decisório de crédito, todos aqueles que estejam a ele ligados, directa ou indirectamente, devem buscar informações adequadas para uma avaliação do potencial de crédito do cliente, no caso do gerente que deferirá ou não a solicitação e no caso da empresa tomadora, o administrador financeiro.

Geralmente, ao solicitar um empréstimo, seja em qualquer instituição financeira, há um tempo relativamente longo até sua decisão. Tal fato ocorre principalmente, em virtude de cadastros mal elaborados e análises superficiais por parte das instituições financeiras, desconhecendo ou não dando a devida importância ao Balanço Patrimonial e as Demonstrações Contabilísticas da empresa solicitante.

Sendo assim, é fundamental um estudo em análise de crédito de pessoas jurídicas; pois, trará benefícios a ambas as partes, no processo decisório, e garantirá uma melhor obtenção de recursos possíveis, de acordo com seus demonstrativos contabilísticos.

1.4.Problema

■ Pode-se extrair índices e/ou indicadores financeiros, através de análise de balanços de empresas que

procuram recursos para capital de giro, ou capitais para investimentos, que forneçam meios para a tomada de decisão rápida e segura por parte dos gerentes de instituições financeiras?

1.5.HIPOTESES

1.5.1.Hipótese Básica

■ Por meio das demonstrações contabilísticas da empresa o gerente da instituição financeira poderá ter

mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo.

1.5.2.Hipóteses Secundárias

H1: Com a análise de indicadores e índices poder-se-á fazer com baixa margem de risco, operações de créditos para empresas.

H2: A análise das demonstrações apenas mostra a posição estática da empresa em determinado tempo, o que não garante o mesmo desempenho no futuro.

H3: É, também, válido ter conhecimento dos empréstimos que a empresa saldou, ou não, com as instituições financeiras com as quais fez operações, além de analisar indicadores pormenorizadamente.

1.6.Metodologia

Foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, uma vez que a análise se apresentará num modo geral, e não especificamente para um determinado ramo de actividade, ou seja, o que será usado para a análise contabilístico e financeira poderá ser aplicado em qualquer tipo de empresa; porém deve-se levar em conta seu segmento, pois os índices podem proporcionar interpretações diferenciadas em função do ramo de actividade.

próximos períodos; porém, o valor da operação deve considerar os juros correntes, no caso da relação entre a empresa e seus fornecedores, diz respeito à possibilidade de ser financiada, ou seja; comprar a prazo.

Numa visão macroeconómica, o crédito cumpre importante papel económico e social, pois possibilita às empresas aumentarem seu nível de actividade, estimula o consumo, influenciando assim a demanda, ajuda as pessoas a obterem moradia, facilita a efectivação de projectos para os quais as empresas não disponham de recursos suficientes. Por outro lado, o crédito pode tornar empresas e pessoa físicas altamente endividadas, como pode ser forte componente de um processo inflacionário.

2.2.Conceito de risco

Risco significa incerteza, imponderável, imprevisível, e isto situa-se necessariamente no futuro. Assim, embora a análise de crédito deva lidar com eventos passados do tomador de empréstimos, as decisões de crédito devem considerar primordialmente o futuro desse mesmo tomador.

O risco sempre estará presente em qualquer empréstimo Não há empréstimo sem risco. Porém, o risco deve ser razoável e compatível ao negócio da instituição financeira e à sua receita mínima almejada.

A incerteza quanto ao futuro torna a análise de crédito, e por consequência o risco, extremamente desafiador e exige capacitação técnica específica, tornando-a mais que certamente dependente do elemento humano, não podendo jamais ser substituída por qualquer meio cibernético, melhor dizendo; não existem modelos matemáticos que eliminem o risco, será sempre indispensável o parecer do comité de crédito.

2.3.Factores de risco.

Os factores identificados como responsáveis pelas perdas bancárias em concessões de créditos, usualmente são divididos em duas partes: internos e externos.

A fraca qualidade no processo de análise de crédito (factor interno) e o agravamento da situação macroeconómica (factor externo), podem resultar na escassez de tomadores saudáveis. Essa situação tende a influenciar na maior concentração de empréstimos com tomadores de alto risco, o que pode resultar na diminuição da receita e da lucratividade.

Factores internos independem da economia e estão relacionados com as características de uma empresa.

Os factores internos são decorrência de:

■ Profissionais desqualificados;

■ Controlo de Política de crédito;

■ Volatilidade das taxas de juros;

■ Taxa de inflação;

■ Carácter dos tomadores;

■ Taxa de desemprego.

■ Riscos inadequados;

■ Ausência de modelos estatísticos;

■ Concentração de empréstimos em tomadores de alto risco.

Factores externos estão directamente ligados a situação económica, os quais determinam o nível de actividade económica e de taxa de juros. Os factores externos são decorrência de:

2.4.Garantias

A finalidade da garantia é evitar que factores imprevisíveis, ocorridos após a concessão do crédito, impossibilitem a liquidação do empréstimo, por mais que a parte tomadora seja idónea com suas obrigações, sempre haverá o risco, seja por factores climáticos, cambiais, política fiscal, morte do principal dirigente da empresa, incêndio, entre outras causas.

A garantia é considerada pelo Banco Central, como uma das regras de boa técnica bancária, e estabelece que os bancos comerciais, na realização de operações de crédito, exijam uma garantia adequada ao crédito.

Para as instituições financeiras, as melhores garantias são aquelas que possuem maior liquidez, ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito independem de sentença judicial, mesmo assim os gerentes de instituições financeiras nunca deve considerar a concessão de um empréstimo exclusivamente em função da garantia. Em toda concessão de crédito, o gerente deverá ter a convicção de que não será necessário utilizar a garantia para liquidar o empréstimo. A decisão de conceder crédito deve ser baseada na capacidade de reembolso do cliente e não sobre as garantias, ou seja, dar preferência à liquidez sobre a segurança. A formalização da garantia é requisito essencial para que apresente validade, sirva de provas e seja eficaz contra terceiros.

Portanto as garantias devem ser formais e registadas em cartório.

2.5.Tipos de garantias

2.5.1.Aval

O aval é uma garantia oferecida por um terceiro, que por este ato se torna devedor solidário do devedor principal. A relação que se estabelece entre o avalista e o avalizado é pessoal, directa e intransferível. Diz-se

É uma garantia muito utilizada pelo mercado bancário, já que possibilita a diminuição do risco de crédito por meio da vinculação de duplicatas seleccionadas ao empréstimo solicitado. Essa forma de garantia é uma espécie de penhor e, como tal, constitui-se uma garantia real, na prática observa-se que as duplicatas representam uma das mais eficazes garantias sobre concessões de crédito, principalmente quando observados os seguintes cuidados, evitar concentração de sacados, procurando obter do cliente duplicatas com maior diversificação, verificar se as duplicatas são sacadas contra empresas idóneas, procurar conhecer os sacados e evitar usar duplicatas contra sacados que sejam de movimentação financeira ruim; verificar se os prazos de vencimento das duplicatas é compatível com o prazo de vencimento da operação e procurar receber ou dar preferência às duplicatas devidamente endossadas (assinadas pelo sacado) por quem tenha suficientes poderes.

2.5.3.Caução de cheques

O contrato de empréstimo pode ter como forma de garantia a vinculação de cheques, o prazo para a apresentação de cheques, para o pagamento, é de 30 dias a partir de sua emissão, quando for emitido na praça (cidade) onde deve ser pago, e de 60 dias quando emitido em outra praça.

O prazo de prescrição do cheque (perda do direito de cobrar judicialmente) é de seis meses a contar do final do prazo de apresentação.

Alguns cuidados que devem ser tomados na caução de cheques: evitar concentração de emitentes; verificar se os cheques são emitidos por pessoas idóneas, verificar a quantidade e o valor dos cheques emitidos/devolvidos; se a data de vencimento dos cheques é compatível com o prazo de vencimento do crédito e verificar se o valor dos cheques que o cliente está descontando é compatível com o seu histórico de faturamento.

A análise de crédito é um processo que exige ampla habilidade do analista em observar

informações inerentes ao universo do cliente, com vistas à tomada de decisões relativas ao

crédito. Tais decisões devem estar rescaldadas em elementos de convicção consistentes. Mesmo

utilizando o feeling e bom senso, características importantes do analista, durante a análise é

necessário um retrato da situação real da empresa, visto em suas demonstrações contabilístico e

indicadores de desempenho delas extraídas e outras informações que norteiam a decisão de

crédito.

Segundo Schrickel (2000, p.27):

A análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações incompletas. Esta habilidade depende da capacidade de analisar logicamente situações, não raro, complexas, e chegar a uma conclusão clara, prática e factível de ser implementada.

A análise de crédito é um instrumento essencial para um bom resultado de uma decisão de

crédito. A análise de crédito proporciona uma visão geral da empresa demandante, fornecendo de

forma clara e objectiva o seu desempenho económico-financeiro. O levantamento da situação da

empresa é feito com base na análise de suas demonstrações financeiras, do grupo e sector em que

faz parte e também de aspectos políticos e económicos.

Segundo Matarazzo (2003, p. 17):

O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando.

Blatt (1999, p. 38) apresenta os seis pilares da concessão de crédito:

■ Informação creditícia: Indica que as decisões de crédito são embaçadas nas informações

colectadas, as quais devem ser de fontes confiáveis e íntegras.

■ Histórico de Pagamento: Neste pilar é analisado o histórico de pagamento do cliente em

relação a outros fornecedores. Uma vez que o cliente possui uma boa conduta de

pagamento com os credores actuais aumenta a probabilidade de ser um bom pagador

futuro.

■ Identificação do Cliente: Neste pilar deve-se conhecer o cliente e a sua rede de

relacionamento.

Quanto ao primeiro “C” do Crédito, Carácter , baseia-se ao risco moral. Indica a intenção do

tomador em honrar ou não o compromisso que foi assumido junto à instituição financeira. A

tendência é que as pessoas (físicas ou jurídicas) tendem a ser honestas principalmente quando os

negócios em que actuam estão prosperando. Porém, neste quesito é avaliado o compromisso do

tomador em pagar suas dívidas em tempos de crise. Segundo Blatt (1999, p.43), “ a Pergunta-

chave do “carácter”: a pessoa ou empresa tem reputação de honestidade a ponto de fazer esforço

para pagar suas obrigações?”

Quanto ao segundo “C” do Crédito, Capacidade , segundo os autores que tratam desse assunto,

avaliar a capacidade do tomador de crédito é muito subjectivo e por isso é difícil de mensurar. A

capacidade avalia a habilidade gerencial do cliente, ou seja, no caso de empresas avalia a

habilidade administrativa de seus dirigentes em lidar com as constantes mudanças do cenário

económico em que faz parte.

2.5.6.Os C’s Modernos do Crédito

Segundo Blatt (1999), ainda existem mais três “C’s” que podem ser avaliados no processo

decisório de crédito gerando mais informações no processo da análise. O primeiro é

Consistência , que indica a escolha do alvo de mercado, estando directamente ligada a política do

credor, da conjuntura económica, etc. O segundo é a Comunicação , que se refere à agilidade na

obtenção e análise das informações necessárias ao processo de concessão crédito. E por último o

Controlo , que trata basicamente do gerenciamento do crédito que foi concedido. Supervisionar

constantemente a situação do cliente para evitar problemas futuros.

2.5.7.Os Três Novos C’s do Crédito

Ainda segundo Blatt (1999), existem os três novos C’s do crédito que estão adequados à

realidade actual. O primeiro é Concorrência, em que o credor irá avaliar se o tomador é

competitivo no mercado em que actua. O segundo é Custos , onde será analisado se o cliente

possui uma gestão de custos de qualidade. E o terceiro Caixa. Neste quesito é verificado se o

cliente gera caixa.

2.6.as demonstrações financeiras e a concessão de crédito

Várias razões levam a analisar as demonstrações financeiras das empresas, uma delas é a

verificação da capacidade de manutenção e aquisição de créditos junto a instituições financeiras.

Segundo Assaf Neto (2010, p.40):

Os intermediários financeiros, basicamente bancos comerciais e de investimento, constituem-se tradicionalmente no principal usuário da análise de balanços... Os interesses dos bancos, em geral, incluem o conhecimento da posição de curto e longo prazo da empresa.

Mesmo que a operação de crédito se verifique em curto prazo, o relacionamento entre bancos e clientes é geralmente visto também no longo prazo em razão das possibilidades de renovações do empréstimo, do interesse em manter determinada empresa como cliente etc. Desta forma, além dos aspectos tradicionais da análise de balanços em curto prazo, o grau de endividamento, solvência, rentabilidade, entre outros, assume também grande importância no processo de avaliação.

A análise das demonstrações financeiras engloba um conjunto de^ instrumentos e métodos que

permitem diagnosticar a situação financeira de uma empresa e também prever seu desempenho

futuro, tornado então uma ferramenta essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de

qual será o limite máximo de empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente.

Ainda segundo José Pereira da Silva (2000, p. 164):

[...] diversas metodologias podem ser utilizadas visando à análise de risco do cliente e de sua capacidade de pagamento: análise horizontal e vertical, Índices financeiros convencionados, como os relacionados à lucratividade, à estrutura e à liquidez, Índices-padrões, fluxos de caixa e fluxos de recursos, investimento operacional em giro, capital de giro e capital permanente líquido e modelos quantitativos.

Cabe ressaltar que não somente a análise das demonstrações financeiras faz parte da análise de

crédito. Há outros factores que são importantes, como a análise do sector específico, entrevista e

visita de crédito e negócios, proposta de negócio, porém não é o principal foco do tema desta

pesquisa.