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Desenho de perspectiva para arquitetura
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
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Gianpietro Sanzi Eliane Soares Quadros
1ª Edição
www.editoraerica.com.br
3
Conhecimento é o legado maior. É o que recebemos e compartilhamos. Agradeço a todos aqueles que, durante a minha trajetória, me oportunizaram receber e também compartilhar conhecimentos. Primeiro, aos meus pais e familiares; depois, aos colegas, aos amigos e, por fim, aos meus alunos. Todos possibilitaram trocas, com os quais aprendi e sigo aprendendo.
Gianpietro Sanzi
Agradeço aos meus pais por acreditarem que a cultura e a educação mudam o mundo. Sou grata por nunca me permitirem desistir ou procurar caminhos mais fáceis, já que o conhecimento é uma dádiva que adquirimos e ninguém pode roubá-lo de nós.
Agradeço igualmente aos meus alunos, que me inspiraram e transformaram minha vida.
Eliane Soares Quadros
4 Desenho de Perspectiva
Gianpietro Sanzi
Graduado em Arquitetura e Urbanismo, mestre em Administração e Negócios - com ênfase em Marketing, tem MBA em Comunicação e é especialista em Projeto de Produto - Desenho Industrial. Fez cursos de extensão na área de Informática para Arquitetura, na Universitá Degli Studi di Roma.
Autor do livro Projetando com Arqui3D e coautor de Apresentação de Projetos para Arquitetos e Designers, ambos desta editora.
Docente na graduação e pós-graduação em Design, Arquitetura e Engenharia, em cursos de de- senho técnico e projeto espacial, especialmente com o auxílio de softwares gráficos, teoria do design e design de interiores comerciais. Atua também como profissional liberal, principalmente nas áreas de Programação Visual e Arquitetura de interiores, especialmente para o varejo e serviços.
Eliane Soares Quadros
Graduada em Arquitetura e Urbanismo e no Curso Superior de Formação de Professores de Disciplinas Especializadas do Ensino Médio - Desenho Técnico e Projetos. Fez vários cursos com- plementares nas áreas de educação e tecnologia.
Docente em escolas técnicas nas áreas de Construção Civil e Design de Interiores desde 1982, onde foi coordenadora do curso até 2012. Atua na área de construção civil como profissional liberal.
7
A Perspectiva é uma disciplina facilmente simplificável. Nesta obra, o propósito foi simplificar o que para a maioria dos profissionais da área é considerado um tabu. Com uma abordagem prática, esta obra apresenta, por meio de exemplos e exercícios cuidadosamente elaborados, o passo a passo das etapas de construção de diversos tipos de perspectiva. Com a forma de “estudo dirigido”, você terá, com a reprodução desses exemplos, uma melhor apreensão do assunto.
No primeiro capítulo, além de um apanhado histórico, você compreenderá porque exis- tem várias maneiras de desenhar perspectivas de maneiras diferentes e o que varia nos sistemas de projeção para originar esses desenhos. Os dois capítulos que seguem tratam das perspectivas cavaleira e isométrica, que são direcionadas às engenharias e ao desenho técnico. Duas técnicas práticas, fáceis de desenhar e de interpretar.
O capítulo de número quatro é um glossário ilustrado, que possibilita a apropriação de termos específicos usados em perspectiva linear exata. Ele introduz a perspectiva cônica que se caracteriza pela identificação do desenho da mesma maneira que se comporta a visão humana. O quinto, o sexto e o sétimo capítulos são métodos de perspectiva deste tipo de projeção e são usados, em grande parte, para que qualquer pessoa entenda o que está sendo projetado, mesmo sem conheci- mentos de projetos ou desenho técnico, apenas olhando o desenho da perspectiva.
No último capítulo são introduzidas maneiras de como representar graficamente a projeção de sombras com iluminação natural e artificial sobre um objeto já desenhado em perspectiva. Isso deixará seu projeto ainda mais atraente!
Tem que ser simples assim! O objetivo deste livro é desmistificar o desenho de perspectiva e facilitar a apropriação do espaço pela visão tridimensional, deixando qualquer pessoa cujo conheci- mento em desenho seja mínimo apta a traçar uma perspectiva, compreender o que vê espacialmente e, a partir do que aprendeu nesta obra, desenhar mais e melhor.
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Conceitos Básicos
Este capítulo tem o objetivo de definir os conceitos básicos pertinentes aos sistemas de projeções, bem como classificar e subdividir os sistemas de projeção e os tipos de perspectiva.
Fundamenta o conceito de perspectiva e apresenta um pequeno apanhado histórico da evolução deste traçado gráfico.
A perspectiva existe a partir da visão do ser humano. Embora nossa visão perceba a tridimen- sionalidade do mundo que nos cerca, transformá-la em perspectivas não é tão imediato quanto se possa pensar.
Na Antiguidade não se fazia valoração de tridimensionalidade, mas da importância do ente representado. Os objetos e pessoas eram desenhados conforme sua importância social. A arte apresentava frontalismo e possuía um traçado bastante simplificado. Não havia senso de distribuição e de equilíbrio, a maioria das pinturas apresentava uma aparência achatada.
O naturalismo grego e romano suavizou as formas, porém o traçado com representação tri- dimensional ainda não era alcançado.
10 Desenho de Perspectiva
Com o advento da Renascença, o pensamento humano passou por grandes transformações. As descobertas de Nicolau Copérnico desencadearam uma ruptura com a maneira anterior de que se viam Deus, o homem e o mundo. As grandes viagens marítimas e a ampliação do conhecimento fizeram o mundo intelectual fervilhar de novas possibilidades.
O pintor florentino Giotto é o primeiro a romper com o modo simbólico e altamente esti- lizado do gótico. Ele passou a utilizar empiricamente o desenho de perspectiva em suas pinturas, com base nos estudos do arquiteto Filippo Brunelleschi. A compulsão pelo conhecimento enri- queceu este período, e os artistas da época se transformaram em astrônomos, médicos, inventores, arquitetos e matemáticos. Como consequência, em 1511, o arquiteto Leon Baptista Alberti publicou o primeiro tratado de desenho de perspectiva, intitulado “Della Pictura”; a ele se sucedem vários outros, entre os quais, os de Leonardo da Vinci, que são os precursores do estudo da perspectiva como conhecemos.
Figura 1.1 - Diagrama do experimento de Brunelleschi com perspectiva linear.
Figura 1.2 - Pintura renascentista de Giorgio Vasari.
Wikimedia Commons/
Amphicoelias
Wikimedia Commons/
Giorgio Vasari
12 Desenho de Perspectiva
Para compreender a projeção cônica, observe a Figura 1.4.
Figura 1.4 - Sistema de projeção cônica.
Você percebeu que as projetantes convergem para o centro de projeção, formando uma su- perfície que se assemelha a um cone? Isto acontece porque o centro de projeção está a uma distância finita em relação ao plano de projeção. Este sistema de projeção dá origem às projeções cônicas.
Um exemplo de projeção cônica é a luz de uma vela que intercepta um objeto e produz sua sombra na parede, observe a Figura 1.5.
Figura 1.5 - Projeção cônica - Exemplo.
Conceitos Básicos 13
Imagine o mesmo objeto da Figura 1.4, porém com o centro de projeção a uma distância in- finita em relação ao plano de projeção , na Figura 1.6.
Figura 1.6 - Projeção cilíndrica.
Você reparou que as linhas projetantes agora estão paralelas entre si? Este sistema de projeção dá origem à projeção cilíndrica.
Um exemplo de projeção cilíndrica é a luz do sol tocando um objeto e produzindo sua sombra, veja na Figura 1.7.
Figura 1.7 - Projeção cilíndrica - Exemplo.
Conceitos Básicos 15
O desenho arquitetônico é um desenho técnico e tem origem no sistema de projeção cilíndrico. Com base na projeção ortogonal, você pode desenhar as vistas de um objeto, conforme ilustrado na Figura 1.9.
Figura 1.9 - Projeções ortogonais.
Amplie seus conhecimentos
Escala (Esc): ao desenhar, é muito rara a possibilidade de se representar um objeto na escala natural (1:1); por este motivo, foram normatizadas reduções e ampliações, respei - tando a proporcionalidade entre as medidas reais. Conforme a ABNT (1999), e scala é a relação entre as medidas lineares do desenho e as medidas reais do objeto.
Quadro 1.2 - Escalas Escala natural 1: Escala de ampliação x: x > 1 Escala de redução 1:x
O desenho técnico é representado em pro- porção, que é denominada escala.
16 Desenho de Perspectiva
Tomando como base o sistema de projeção cilíndrico, você pode desenhar uma perspectiva cujas retas projetantes são paralelas entre si, ou seja, produzirá uma perspectiva paralela, conforme a Figura 1.10.
Figura 1.10 - Perspectiva paralela.
Quando o sistema de projeção usado for o cônico, as retas projetantes serão convergentes ao centro de projeção e darão origem a uma perspectiva muito semelhante à forma como você enxerga. Esta perspectiva pode ser uma linear exata , veja na Figura 1.11.
Figura 1.11 - Perspectiva linear exata.
18 Desenho de Perspectiva
» Desenhe primeiro os contornos principais e por último os detalhes. Sempre do geral para o particular. » Crie interesse visual e movimento, para isso evite centralizar o desenho no campo da folha e dividir este campo em partes iguais. » Lembre que o sentido de leitura é da esquerda para a direita e de cima para baixo, e que uma concentração de desenhos no canto inferior esquerdo da folha, conduz a uma leitura de maior estabilidade e assentamento. » Para atrair o olhar para algum ponto de seu desenho, destaque usando contrastes.
Figura 1.13 - Exemplos de comnposição.
Este capítulo introduziu a base conceitual do processo de desenho de perspectiva, referenciou a importância da Renascença para a evolução humana e científica, que também deu origem ao estudo de perspectiva, ensinou a reconhecer os sistemas de projeção, bem como os diversos tipos perspectiva.
Conceitos Básicos 19
Agora é com você!
Figura 1.
Figura 1.
slctwrk/Shutterstock.com
Alchena/Shutterstock.com