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Um estudo sobre o desenvolvimento de iogurte salgado com adição de rúcula, incluindo análises microbiológicas, físico-químicas e avaliação sensorial. O objetivo era verificar se o produto atendia aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos na legislação brasileira. Os resultados indicaram que o iogurte de rúcula apresentou valores microbiológicos e físico-químicos adequados, mas não teve boa aceitação sensorial por não-treinados.
Tipologia: Notas de estudo
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Desenvolvimento de iogurte com adição de rúcula e estudo microbiológico, sensorial e físico-químico. Discentes: Gilson Gomes de Oliveira Docente: Karlla de Paula Prado Ribeiro
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um iogurte salgado com adição de rúcula, analisando as características microbiológicas e físico-química em comparação aos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ’s) vigentes na legislação brasileira, e avaliar sua aceitação sensorial. Foram realizadas análises de contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes, microrganismos aeróbios psicrotrófilos, Salmonella, Staphylococcus, Contagem de Fungos filamentosos e Leveduras, além dos requisitos físico-químicos (acidez titulavél, pH e sólidos solúveis) das amostras produzidas. Os resultados obtidos indicaram que o iogurte de rúcula apresentou valores microbiológicos e físico-químicos que atenderam aos regulamentos da legislação brasileira. Quanto ao teste de aceitação com relação aos atributos sensoriais, não demonstraram boa aceitação pelos provadores não-treinados.
Introdução O iogurte tornou-se conhecido na Europa no ano de 1952, em meados do século XVI, trazido da Ásia para o Império otomano. A etimologia da denominação iogurte é de origem turca, proveniente da palavra yoghurma , que significa engrossar. Na Albânia, é conhecido como Chutly-Yougurth ; na Macedônia e Bulgária e na Síria e Afeganistão, como kechia. (FERREIRA, Célia Lúcia de Luces Fortes) Nos dias atuais, este alimento esta presente no dia a dia de muitos consumidores sendo um produto de fácil aceitação, baixo custo, pratico e que agrega valores nutritivos e funcionais ao organismo. É um produto amplamente recomendado pelas suas características sensoriais, probióticas e nutricionais, pois, além de ser elaborado com leite contendo alto teor de sólidos, cultura lática e açúcar, pode ainda, ser enriquecido com leite em pó, proteínas, vitaminas e minerais, e ser produzido com baixo teor ou isento de gordura. Pesquisas indicam que consumidores têm procurado por uma alimentação mais saudável e de qualidade, isto têm sido evidenciado por um significativo aumento na demanda por alimentos nutritivos e seguros. (Oliveira, 2008). Outra de suas propriedades benéficas é proporcionar ao organismo uma melhor assimilação de determinados componentes do leite, como lactose e proteína. (FERREIRA, Célia Lúcia de Luces Fortes A legislação brasileira define o iogurte como “o produto obtido pela fermentação lática através da ação do Lactobacillus delbrueckii, subsp. bulgaricus e Streptococcus termophilus sobre o leite integral, desnatado ou padronizado” (BRASIL, 2007). A Instrução Normativa nº 46 de 24/10/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelece como padrão de identidade e qualidade para o iogurte o teor de ácido lático (g de ácido lático/100g) de 0,6 a 1,5 e valores de pH de 3,6 a 4,5. E os padrões microbiológicos para iogurte estabelecido pela ANVISA – RDC nº12 de 02/01/2001 é de até são 10 NMP de coliforme a 45ºC. A fabricação de iogurtes no Brasil cresceu de maneira considerável, registrando um alto consumo, especialmente devido ao apelo de alimento funcional que o mesmo tem recebido. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), foram produzidos 27,5 bilhões de litros de leite em 2008, um aumento de 5,5% na comparação com o ano anterior. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite, os líderes são índia, China e Rússia. A produção de iogurte cresceu 18% em 2008 na comparação com 2005, quando foram produzidos 1,3 milhão de quilos do produto. A preocupação com relação à alimentação vem mudando muito nas últimas décadas (Oliveira, 2008). Porém, a fabricação de iogurte salgado com o uso de hortaliças ainda é escassa. A finalidade de agregar valores nutricionais a um produto novo pode ser atribuído as técnicas sensoriais que aprimoram as características fundamentais deste alimento, de forma que atenda às expectativas do consumidor. Segundo Gonzalez af et al (2006), a rúcula é uma hortaliça folhosa originária da região Mediterrânea, muito popular nas regiões de colonização italiana no Brasil. Rica em potássio, enxofre, ferro e vitaminas A e C, é apreciada pelo sabor picante e cheiro agradável e acentuado. Apresenta todos componentes importantes na manutenção de ossos saudáveis. Para além de todos estes elementos fantásticos, tem ainda a vantagem de ser muito baixo o teor calórico. É uma planta tônica, estomáquica, diurética e antiescorbútica. O aumento do consumo desta hortaliça tem sido observado em sua forma minimamente processada, ou seja, com as folhas já lavadas, higienizadas e prontas para o consumo. Considerando o alto valor protéico do iogurte com o aporte de micronutrientes (vitaminas e minerais) da rúcula foram estabelecidas para o estudo deste projeto as participações calóricas desta categoria de alimentos destinados prioritariamente, a adultos que buscam uma alimentação rápida, mas ao mesmo tempo saudável. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um iogurte salgado com adição de rúcula, avaliar suas características microbiológica, físico-química e sua aceitabilidade sensorial.
MATERIAL E MÉTODOS
Produção do Iogurte de rúcula: O produto integral foi produzido no Laboratório de Tecnologia de Alimentos do Centro Universitário de Várzea-Grande (UNIVAG), assim como o processo de preparo da rúcula utilizada na formulação. A proporção de rúcula picada adicionada foi de 15%, seguido de uma homogeneização e incubação de 6 horas para o processo de fermentação desejado. Análises microbiológicas. Foi realizada a homogeneização do iogurte de rúcula com uma alíquota de 25g da amostra e 225 mL de água Peptonada 0,1% (p/v) e a partir dela foram preparadas diluições em até 10-4^ para a inoculação nos diferentes meios de cultura utilizados. Quantificação de coliformes a 37°C e 45°C: Os coliformes a 37ºC foram quantificados utilizando-se a técnica do número mais provável (NMP). Foi realizado com a inoculação com a retirada de 1 mL das diluições adequadas da amostra em quatro séries de três tubos, contendo tubos de Durham e o meio de cultura caldo lauril sulfato triptose (LST); os tubos foram incubados em estufa a 37ºC por 48 horas. Os coliformes a 45ºC foram
Os resultados das análises de pH, sólidos solúveis e acidez estão representados na Tabela 1. Tabela 1 - Valores médios das análises físico-químicas do iogurte de rúcula pH 4, Sólidos Solúveis 7, Acidez titulável 90,
Os resultados obtidos indicaram que o produto apresentou valores de pH e acidez dentro daqueles regulamentados pela legislação. Não existem na literatura parâmetros de sólidos solúveis para iogurte de rúcula. Os resultados das análises microbiológicas estão representados na Tabela 2. Tabela 2 – Análises microbiológicas do iogurte de rúcula
As análises microbiológicas indicaram que, todas as amostras atenderam aos padrões da legislação para Salmonella e Coliforme a 37 e 45ºC. Os resultados dos ensaios de aceitação para os atributos sensoriais apresentaram escores médios entre 5,0 e 6,0, que equivale aos termos hedônicos “gostei ligeiramente” e “nem gostei/nem desgostei”, indicando uma baixa aceitação do produto (Gráfico 1).
Gráfico 1 – Médias das notas do teste de aceitação para os atributos sensoriais
Análises Legislação Amostra Coliforme a 37ºC (NMP/g) < 0, Coliforme a 45ºC (NMP/g) 10 < 0, Salmonella ssp Ausente Ausente Fungos filamentos e leveduras (UFC/g)
3,0x 10^1 Staphylococcus aureus. Ausente
Esc
ala^
Hed
ônic
a
SABOR AROMA TEXTURA APARÊNCIA
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
5,75758 5,
6, 6,
Box plot dos atributos sensoriais do iogurte salgado com adição de pedaços de rúcula
A maioria dos provadores (83%) participantes das análises são consumidores habituais de iogurte, isto é, consomem iogurte pelo menos uma vez por semana. Quanto à intenção de compra do produto avaliado, menos de 50% comprariam o iogurte de rúcula.
Referência ASSOCIATION OF OFFICIAL AGRICULTURAL CHEMISTS. Official methods of the Association of the Agricultural Chemists. Washington, 15th, Ed. 1990, 2v.
ASSOCIATION OF OFFICIAL AGRICULTURAL CHEMISTS. Official methods of the Association of the Agricultural Chemists. Washington, 15th, Ed. 1990, 2v.
Resolução – RDC nº12 , de 2 de janeiro de 2001. Disponível <htpp://www.anvisa.gov.br/legis/resolucoes/>.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Resolução nº46, de 24 de outubro de 2007, dos padrões de identidade e qualidade (PIQ) de leites fermentados. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 out, 2007. Seção 1, p.5.
FILHO, Waldemar Gastoni Venturini, Bebidas Não Alcoólicas, Ciência e Tecnologia , sp, blucher , vol. 2 , 2010.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos Químicos e Físicos para Análise de Alimentos , 3 ed., São Paulo, 1985. v.1, p.125 e 181. MEILGOARD, M.; CIVILLE, G. V.; CARR, B. R. Sensory evalution tecniques. 2 ed. Florida. USA: CRC Press, 1991. 354p.
OLIVEIRA, K. A. M; RIBEIRO, L.S; OLIVEIRA, G.V; Desenvolvimento de formulação de iogurte de araticum e estudo da aceitação sensorial. Alim. Nutr., Araraquara, v. 19, n.3, p. 277 – 281, jul/ set, 2008.
QUEIJOS DO BRASIL. Como Fabricar Iogurte Natural. http://www.queijosnobrasil.com.br/fabricar-iogurte-natural-tradicional-ou-classico.html. SILVA, N. et al. Manual de métodos de análises microbiológicas de alimentos. São Paulo: Varela. 1997.
SILVA, Neusely da; AMSTALDEN, Valéria Christina: Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos; Varela,SP, 1997.