Diagnóstico da esquistossomose, Notas de estudo de Parasitologia

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Diagnóstico da

esquistossomose

Como a esquistossomose em suas

diversas formas clínicas se

assemelha a muitas outras

doenças, o

diagnóstico de certeza só é feito

por meio de exames laboratoriais

Pesquisa de ovos de S. mansoni nas

fezes

*Técnica de Kato Katz

*Técnica de sedimentação espontânea, ou de Lutz, também conhecida por Hoff man, Pons e Janer (HPJ)

*Técnica da eclosão dos miracídios

*ELISA de captura

Outros métodos diretos

*Biópsia retal

*Outras biópsias: exemplo: pulmão, medula espinhal, pele, testículos, ovário, cérebro, pólipos intestinais

Métodos indiretos Baseados em mecanismos imunológicos, envolvendo reação de antígenoanticorpo e que têm aplicação quase sempre em inquéritos epidemiológicos, acompanhados ou não de exames de fezes. ***** pouco usados nos serviços de rotina devido à complexidade da execução e a exigência de equipamentos sofsticados

São utilizados para diagnóstico da esquistossomose: ensaio imuno enzimático (ELISA), imunofluorescência (IF), reação peri-ovular (RPOV)

Reação periovular

A incubação dos ovos de S. mansoni com soro de paciente com esquistossomose provoca reação de precipitação hialina ao redor da casca de formação globular ou alongada. *Trabalhoso positividade é maior em doentes crônicos que em agudos e desaparece em torno de oito meses após a cura da infecção.

Intradermorreação

Muito usada em inquéritos epidemiológicos, não sendo recomendado seu uso atualmente. A reação positiva não informa sobre a atividade da doença. Os indivíduos curados mantêm a reação positiva por tempo indefnido. O teste positivo não autoriza o tratamento da esquistossomose

Diagnóstico por Imagem

Ultrassonografa do abdômen Desenvolvido a duas décadas Usado no diagnóstico de diagnóstico da forma hepatoesplênica da esquistossomose mansônica há 10 anos. O aspecto do fígado nas formas graves mostra-se característico da fibrose de Symmers, encontrada na esquistossomose apresentando maior sensibilidade do que uma biópsia hepática percutânea. *mostra o tamanho do fígado e do baço e sobre o calibre dos vasos portais.

Ressonância magnética

Exame radiológico de grande importância

no diagnóstico da mielopatia

esquistossomótica.

Eco-doppler-cardiografa

Exame de escolha na avaliação da

hipertensão pulmonar esquistossomótica.

Tratamentos

Tratamento medicamentoso das formas crônicas Praziquantel : Foi introduzido, em 1996, na rotina do PCE e atualmente é o único medicamento utilizado. Apresenta:

1. efeitos adversos, manifestação de toxidade e ef cácia terapêutica semelhantes;
2. mesma facilidade de apresentação; 3. custo significativamente mais baixo.

Tratamento da esquistossomose aguda Nos pacientes com esquistossomose aguda grave, o tratamento deve ser iniciado com a prednisona (1mg/kg de peso/dia). O paciente recebe o esquistossomicida (oxamniquina ou praziquantel) 24 a 48 horas depois. Na semana seguinte, a dose de corticosteroides é reduzida para 0,5 mg/kg de peso/dia e para 0,25 mg/kg de peso na terceira semana. O uso associado de prednisona aumenta a efcácia terapêutica da oxamniquina, reduz o tempo de internação e a duração dos sinais e sintomas da doença. Com a associação praziquantel-corticoide, ao contrário, há diminuição da efcácia terapêutica. Nos casos de falha, o tratamento deverá ser repetido com o mesmo esquistossomicida (após a interrupção do corticoide) a partir de um mês após o primeiro tratamento