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Guias e Dicas
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Diagnósticos e prescrições de enfermagem ao paciente crítico , Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA NURSING

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2013
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Compartilhado em 30/01/2013

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Baixe Diagnósticos e prescrições de enfermagem ao paciente crítico e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

MRE tera piaiintensiva ss ss ngisaia us fo mpis confraria Diagnósticos e prescrições de enfermagem no cuidado ao paciente crítico: relato de experiência Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de construção de instrumentos para registros dos diagnósticos e prescrições de enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva, Trata-se de um relato do experiência realizada em um hospilal de ensino da cidade de Salvador. Concluiu-se que apesar des obstáculos, os resultados no desenvolvimento de um cuidado profissional de enfermagem sistematizado, demonstraram à viabilidade da execução do Processo de Enfermagem com melhorias na qualidade da assistência e consequente valorização e autonomia da Enfermagem Descritores: processos de enfermagem, plancjamento de assistência ao paciente; cuidados de enfermagem, unidades de terapia intensiva This study aims to describe the experience of developing instruments to record nursing diagnoses and prescriptions in an Intensive Care Unit. This is an experience report conducter in a teaching hospital in Salvador. t was concluded that, despite the obstaces, results in the development of a systematic nursing professional care demonstrated the feasibilty of implementing the nursing process to improve the quality of care and consequent importance and autonomy of nursing Descriptors: nursing process, patient care planning, nursing care, intensive care units Este estudio tuvo como objetivo relatar la experiencia de construir los instrumentos para registrar los diagnósticos y prescripciones de enfermeria de una Uniciad de Cuidados Intensivos. Se Lrata de una experiencia realizada en un hospital universitario en Salvador, Bahía, Se conciuyó que a pesar de los obstáculos, los resultados en el desarrollo de una atención de enfermeria profesional sistemática demostraron la viabilidad de la aplicación del proceso Álvaro Pereira, 608 Revista Nursing, de enfermeria para mejorar la calidad de la atención y la consecuente importancia y la aulonomia de la enfermeria Descriptores: procesos de enfermria, planificación de atención al paciente, atención de enfermeria, unidardes de terapia intensiva Enfermeiro. Mestre e doutorando em Enfermagem pelo PPGEnf da Escola de enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Bolsista CAPES Professor Assistente do Curso de Enfermagem da UNIME — lauro de Freitas. Membro do Grupo de Trabalho em Sistematização da Assistência de Enfermagem (GTSAF) do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) Aldacy Gonçalves Ribeiro Enfermeira. Mestre em Enfermagem, Diretora Adjunta de Ensino e Pesquisa em Enfermagem do HGRS. Membro do GTSAF. Enfermeiro. Doutor em enfermagem, Docente do PPGFnf da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Líder do GECEN - Grupo de Fsturdos sobre o Cuidar em Enfermagem — EEUTBA, Colaborador do GISAE. Carina Martins da Silva Marinho Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Membro do GISAE ”— Rogério Ribeiro | Enfermeiro. Especialista em Terapia Intensiva Membro do GTSAE inzp Recebido: 19/07/2011 Aprovado: 08/08/2011 Introdução a enfermagem moderna, o uso do conhecimento científico trabalhado para- telamente com o conhe- cimento humanístico, se faz cada vez mais necessário, de modo que há uma exigência expressa da comunida- de, de uma prática do cuidar/cuidado individualizada c normalizada, como uma maneira de superar as limitações do modelo tradicional da ciência, o modelo biomédico, que se direciona por uma prática mecanicista e redu- cionista. Destarte, o lrabalho na enfer- magem deve envolver uma prática de cuidarícuidado planejada, sistemati- “ada, individualizadas e como defini- ções de metas a serem alcançadas e avaliação dos resultados, envolvendo escolhas nortcadas por princípios e normas escritas! Assim sendo, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) nesse contexto é importante por direcionar as atividades, oferecendo um atendimen- to individualizado e contínuo, capaz de subsidiar as avaliações da equipe multidisciplinar, identificando anteci- padamente os fatores que venham a contribuir para o desequilíbrio da pes- soa, família e comunidade, no tempo e no espaço, diante das necessidades não atendidas ou atendidas parcialmente. À Sistematização da Assistência de Enfermagem tem por finalidade pro- mover o trabalho técnico-científico do enfermeiro e sua equipe junto ao paciente, consolidando a necessidade cfetiva do enfermeiro na coordenação, planejamento, supervisão, execução e avaliação da assistência de enferma- gem, e dos demais membros da equipe de enfermagem (técnicos c auxiliares de enfermagem), na execução e documen- tação organizada do cuidado prestado?, Ressalta-se que para desenvolver uma prática assistencial ulilizando-se da SAE, é imprescindível compreender o paciente como uma pessoa que age, reage c interage de maneiras distintas, à medida que sua condição particular de vida muda, ao longo do ciclo vital ou numa condição de adversidade - doen- ça. Ao interagir com seres humanos, nenhuma ação instrumental, por mais aperfeiçoada que seja, pode estar dos- vinculada dos aspectos humanísticos e das necessidades espirituais que lhes são inerentes”. No âmbito da terapia intensiva, por se caracterizar como uma unidade de cuidados especializados ao paciente criticamente enfermo e que necessita de cuidados intensivos por parte de uma equipe multidisciplinar, a enfer- magem assume um papel relevante no contexto dessa equipe, considerando à sua característica peculiar, de presença ininterrupta, junto ao paciente durante as 24 horas, no ambiente da unidade de terapia intensiva (UTI) e serem, os profissionais de enfermagem, os que empreendem a maior parcela dos cui- dados ao pacientes. ASAE é uma possibilidade de imple- mentação do Processo de Enfermagem, enquanto referencial metodológico, permitindo a organização do cuidado profissional de enfermagem na pers- pectiva de um processo complexo do cuidar/cuidado e a autonomia do enfermeiro*, O Processo de Enfermagem definido como o trabalho da equipe de enfer- magem, visa o alcance da satisfação das necessidades de saúde da pessoa, família ou comunidade, implicando no reconhecimento de uma situação e consequentemente na geração de um planejamento, intervenção e ava- liação de resultados*. O Processo de Enfermagem é constituído de cinco etapas coleta de dados (ou histórico de enfermagem), diagnóstico de enfermagem, plancja- mento de enfermagem, implementa- interrclacionadas: ção c avaliação de enfermagem”, Há uma tendência no contexto da enfermagem moderna, em estabelecer como tripé da prática do cuidado profis- sional de enfermagem, os diagnósticos, as prescrições e os resultados alcança- dos. Uma convergência que caminha para a utilização cada vez mais disse- minada, de taxonomias de enfermagem, que visam organizar os fenômenos com BIREME À & E ia >» / (e) 22 NOV 20 os quais lidamos profissionalmente?. O termo diagnóstico de enfermagem surgiu na literatura na década de 50 e, até os anos 70, foi aplicado muito raramente? Todavia, atualmente, a partir dos trabalhos desenvolvidos pela North American Nursing Diagnosis Association INANDA), hoje denominada NANDA Internacional (NANDA-D!º e pelo Conselho Internacional de Enfermagem Revista Nursing, 2011; 14 (162): 608-613 609 tendo-se sempre em mente o sujeito desse cuidado - o ser humano, com vis- tas a integralidade!S, E, para que a prescrição seja efetiva e eficaz, deve-se considerar o dina- mismo do processo saúde-doença que o paciente está vivenciando. Ao ser estabelecida a prescrição, o enfermeiro deverá estar atento aos seus resultados, invetigando e reinvestigando as respos- tas do paciente aos cuidados implemen- tados, haja vista que, cada pessoa pode responder de maneira diferente a uma mesma prescrição, daí a necessidade imperativa de haver um monitorado cuidadosamente. A prescrição deve ser redigida na forma de um objetivo operacional, usando-se o verbo no infinitivo, que possa traduzir o cuidado a ser imple- mentado. O enfermeiro deve ter em mente que está prescrevendo, na maioria das vezes, para outro mem- bro da equipe que irá executá-la, assim sendo, deverá ser claro, objeti- vo, detalhado, usar linguagem acessí- vel e expressar a ação que responda a situação de cuidado a ser imple- mentado!8-19. Além de completos e bem redigidos, os cuidados prescritos devem causarem impacto na assistên- cia prestada e despertar o interesse da equipe de enfermagem por lê-los, e por realizá-los!9. Objetivo Relatar a experiência de implantação das etapas da processo de enfermagem: diagnóstico e prescrição de enferma- gem numa Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital de Ensino a partir dos instrumentos para registro dos diagnós- ticos e prescrições de enfermagem no cuidado ao paciente crítico. Metodologia Trata-se de um relato de experiência realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI de um hospital de ensino da cidade de Salvador — Bahia, no período de abril a outubro de 2010. A unidade dispõe de 22 leitos que atendem a pacientes adul- tos, de várias especialidades, porém, com uma maior predominância de pacientes em pós-operatório neurológico. Relato de experiência O Grupo de Trabalho em Sistematização da Assistência de Enfermagem (GTSAE) está ligado a Diretoria de Enfermagem, Pesquisa e Ensino do referido Hospital, e tem desenvolvido atividades de edu- cação continuada, de ciclo de palestras, discussões e com promoção desenvolvimentos dos instrumentos para documentação do Processo de Enfermagem, tendo à UTI adulto, como unidade piloto. A escolha da UTI adul- to como unidade piloto se deu, por ser considerada como uma unidade carac- terizada como um ambiente fechado, Revista Nursing, 201%: 14 167% sort: 611 com demanda organizada, permitindo um melhor acompanhamento do pro- cesso. Além do apoio da coordenação da UTI, das enfermeiras e técnicos de enfermagem da assistência, contou-se também com o apoio de profissionais que tinham uma inserção estratégi- ca dentro da equipe de enfermagem, como as residentes de enfermagem A metodologia se constitui de trê etapas, a saber: Primeira Etapa: A partir da cons tituição do GTSAE deu- desenvolvimento das atividades, com se início ao ciclos de palestras e discussões sobre o cuidado profissional de enfermagem, as teorias de enfermagem, semiologia e semiotécnica, diagnósticos e prescri- ções de enfermagem. Segunda Etapa: Os membros do GTSAE passaram a desenvolver reu- niões e discussões direcionadas ao d documentação das etapas do Processo nvolvimento dos impressos para à de Enfermagem, inicialmente foram desenvolvidos os impressos do históri- co de enfermagem, evolução de enfer- magem é controlesfbalanço hídrico Na sequência, foram incrementados os impressos para O registro dos diag- nósticos e prescrição de enfermagem. À medida que eram desenvolvidos os impressos, estes eram encaminhados para avaliação por parte dos enfermei- ros da assistência, sendo apreciadas as considerações destes, pelos membros do GTSAE. tões, muitas foram acata Dentre as críticas e suges- outras não. Terceira Etapa: Os impressos foram validados pelos enfermeiros da assis- tência. E finalmente passaram a fazer parte da dinâmica do serviço da UTI. Conforme a metodologia adotada, a elaboração dos impressos para o histórico e evolução de enfermagem, foi baseada numa estrutura que se constituiu de itens relacionados à iden- tificação do paciente, a coleta de infor- mações orientada pelas técnicas de anamnese e exame físico, procurando responder aos problemas de saúde/ 612 Revista Nursing, ( doença, direcionados pelos padrões de necessidades humanas básicas (NHB): psicobiológicas, psicossociais e psico- espirituais. Os impressos para o registro dos diagnósticos e prescrições de enferma- gem, objeto de discussão deste relato de experiência, teve a sua elaboração direcionada pelos seguintes passos: O impresso para documentação dos diagnósticos de enfermagem (DE) foi desenvolvido de forma a manter à estrutura da coleta de dados: padrões de necessidades humanas básicas (NHB): psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. "Q enfermeiro que realizou a avaliação do paciente é o responsável por estabelecer os diagnósticos de enfermagem e prescrever os cuidados” Foi adotada pelo GTSAE, Taxonomia da NANDA-I. A partir de uma análise detalhada dos 201 DE proposto na última edição das defi- nições e classificações da NANDA 2009-2011!3. foram selecionados 24 destes, considerados pelos enfermeiros da assistência, como os mais presentes nos pacientes internados na UTI. Estes foram distribuídos, levando-se em con- ão a sua relação com as NHB. sideraç Foram deixadas algumas lacunas, para à inclusão de outros diagnósticos não contemplados. O impresso é usado por um período de três dias, em seguida, com a per manência do paciente, é aberta nova folha. A cada dia, a partir da avaliação e julgamento clínico realizado pelo AE terapia intensiva csssesse mes sinos oem entes en comem enfermeiro, é identificado à presença ou não do DE, conforme a legenda: P — presente, ME - melhorado, | - inaltera- do, R$ - resolvido. As informações que corroborar essa avaliação encontram-se registradas no impresso de evolução, Ditecionado por estes diagnósticos, que tem uma correspondente nume- ração, foi desenvolvido o impresso para prescrição de enfermagem. De tal maneira, que para cada DE há uma pres- crição correlata, podendo uma mesma prescrição responler à mais de um DE. O impresso para prescrição de enfer- magem foi assim organizado: uma pri- meira coluna com os números corres pondentes aos DE identificados; em ão de enfermagem; numa terceira coluna, apresentam- seguida a prescri se os verbos no infinitivo, que indi- cam a ação a ser desenvolvida para cada prescrição. Optou-se pelo uso do mnemônico FAOSE proposto por Wanda Horta!? que traduz os verbos Fazer, Ajudar, Observar, Supervisionar e Encaminhar. Na quarta coluna, apre- sentam-se os horários para a execução de cada prescrição, de forma que deve- rá ser checado pelo profissional que a executou. Há também um espaço para à assinatura do profissienal enfermeiro e técnico de enfermagem que executou as prescrições em cada turno (manhã, tarde e serviço noturno) e a assinatura de quem realizou o aprazamento das prescrições, seguindo da data e hora O enfermeiro que realizou a avaliação do paciente é o responsável por estabe- lecer os diagnósticos de enfermagem e prescrever os cuidados. Como já foi destacado, durante o desenvolvimento dos instrumentos foram realizadas reuniões com os mem- bros do GTSAE para apresentar e dis- cutir as opiniões sobre o andamento da prática. Com o intuito de detectar as dificuldades e na tentativa de solu- cioná-las, algumas foram identificadas, quais foram: adequação à rotina da UTI; tempo d para definir os diagnóstico de enfer- sponível do enfermeiro