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DIETA CETOGÊNICA NO TRATAMENTO DE EPILEPSIA REFRATÁRIA final (2), Notas de estudo de Nutrição

dieta cetogênica no tratamento de epilepsia

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 02/11/2016

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DIETA CETOGÊNICA NO TRATAMENTO DE EPILEPSIA
REFRATÁRIA
Elicio Sidrack Sabino de Araújo¹; Luiz Felipe Silva de Oliveira²; João Victor Batista
Cabral³.
¹Estudante do Curso de nutrição – FAINTVISA; E-mail: elicio177@gmail.com
³Docente/pesquisador do Depto de ..... – sigla da Faculdade. E-mail:
Introdução: A dieta cetogênica, utilizada inicialmente na década de vinte, vem atualmente
reconquistando importância no tratamento da epilepsia refratária, chamada assim por
apresentarem falta de resposta ao tratamento com dois ou mais medicamentos antiepilépticos
para conseguir o controle das crises, utilizando uma dieta com alto índice de lipídeos, baixo
carboidratos e níveis normoprotéicos. O seu uso é adotado na prática clínica pela diminuição
significativa nas crises de ataques epiléticos. Trata-se de uma opção terapêutica quando o
tratamento medicamentoso não surte efeito e não há possibilidade de correções cirúrgicas. É
uma alternativa principalmente utilizada em crianças e adolescentes. Objetivo: Descrever os
benefícios da dieta cetogênica e seus possíveis efeitos colaterais em crianças e adolescentes
com epilepsia refratária. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada
por meio de busca e análise de artigos científicos, nas bases de dados Scielo, Lilacs e Google
acadêmico entre os anos de 2004-2016, através das palavras-chaves Dieta cetogênica,
epilepsia refratária, tratamento dietoterápico da epilepsia. Resultados: A dieta cetogênica
tem como características ser hipocalórica, hipoglicídica, normoprotéica e hiperlipídica e isso
implica na necessidade da suplementação com polivitamínico e sais minerais. Diretamente
está relacionada com diminuição drástica do consumo de glicose no organismo, e
principalmente no cérebro, ofertando corpos cetônicos como fonte energética secundária, que
seriam responsáveis por inibir a hiperexcitabilidade neuronal. Entretanto, sabe-se pouco do
mecanismo de ação da cetogênese na diminuição do quadro decorrente da epilepsia. A
alteração do consumo de substratos energéticos e direcionamento de rotas não usuais para a
síntese de ATP promove mudanças na excitabilidade neuronal, como o aumento da síntese de
neurotransmissores. Existem, porém, efeitos colaterais da dieta cetogênica, sendo a
hipoglicemia o mais importante. O paciente pode apresentar náuseas, fraqueza, sudorese,
vertigem e letargia. Conclusão: De acordo com a descrição literária, o tratamento
dietoterápico mostra-se eficaz na maioria dos adeptos e há relatos de que alguns pacientes
obtêm redução entre 50% a 100% dos ataques convulsivos. Efeitos adversos também são
relatados, porém não acarretaram em alta complexidade e são de fácil reversão. Apesar de a
dieta ser restrita, verificou-se que o desenvolvimento ósseo, muscular e metabólico em
crianças e adolescentes foi satisfatório, quando comparado antes da inserção da dieta
cetogênica. Ressalta-se que a dieta deve ser introduzida e gerenciada por equipe
multidisciplinar, formada por nutricionistas, médicos e enfermeiros.

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DIETA CETOGÊNICA NO TRATAMENTO DE EPILEPSIA

REFRATÁRIA

Elicio Sidrack Sabino de Araújo ¹; Luiz Felipe Silva de Oliveira ² ; João Victor Batista

Cabral ³.

¹Estudante do Curso de nutrição – FAINTVISA; E-mail: elicio177@gmail.com ³Docente/pesquisador do Depto de ..... – sigla da Faculdade. E-mail:

Introdução: A dieta cetogênica, utilizada inicialmente na década de vinte, vem atualmente reconquistando importância no tratamento da epilepsia refratária, chamada assim por apresentarem falta de resposta ao tratamento com dois ou mais medicamentos antiepilépticos para conseguir o controle das crises, utilizando uma dieta com alto índice de lipídeos, baixo carboidratos e níveis normoprotéicos. O seu uso é adotado na prática clínica pela diminuição significativa nas crises de ataques epiléticos. Trata-se de uma opção terapêutica quando o tratamento medicamentoso não surte efeito e não há possibilidade de correções cirúrgicas. É uma alternativa principalmente utilizada em crianças e adolescentes. Objetivo: Descrever os benefícios da dieta cetogênica e seus possíveis efeitos colaterais em crianças e adolescentes com epilepsia refratária. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por meio de busca e análise de artigos científicos, nas bases de dados Scielo, Lilacs e Google acadêmico entre os anos de 2004-2016, através das palavras-chaves Dieta cetogênica, epilepsia refratária, tratamento dietoterápico da epilepsia. Resultados: A dieta cetogênica tem como características ser hipocalórica, hipoglicídica, normoprotéica e hiperlipídica e isso implica na necessidade da suplementação com polivitamínico e sais minerais. Diretamente está relacionada com diminuição drástica do consumo de glicose no organismo, e principalmente no cérebro, ofertando corpos cetônicos como fonte energética secundária, que seriam responsáveis por inibir a hiperexcitabilidade neuronal. Entretanto, sabe-se pouco do mecanismo de ação da cetogênese na diminuição do quadro decorrente da epilepsia. A alteração do consumo de substratos energéticos e direcionamento de rotas não usuais para a síntese de ATP promove mudanças na excitabilidade neuronal, como o aumento da síntese de neurotransmissores. Existem, porém, efeitos colaterais da dieta cetogênica, sendo a hipoglicemia o mais importante. O paciente pode apresentar náuseas, fraqueza, sudorese, vertigem e letargia. Conclusão: De acordo com a descrição literária, o tratamento dietoterápico mostra-se eficaz na maioria dos adeptos e há relatos de que alguns pacientes obtêm redução entre 50% a 100% dos ataques convulsivos. Efeitos adversos também são relatados, porém não acarretaram em alta complexidade e são de fácil reversão. Apesar de a dieta ser restrita, verificou-se que o desenvolvimento ósseo, muscular e metabólico em crianças e adolescentes foi satisfatório, quando comparado antes da inserção da dieta cetogênica. Ressalta-se que a dieta deve ser introduzida e gerenciada por equipe multidisciplinar, formada por nutricionistas, médicos e enfermeiros.