Faculdade de Educação
Licenciatura em Ensino de Geografia
Contributo da fotografia no PEA de Geografia: Caso da Escola Secundária de
Chibuto (2020 – 2022)
Horta Elias Macuvele: 31200277
Xai-Xai, Novembro 2023
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Contribuição da Fotografia no Ensino de Geografia: Caso da Escola Secundária de Chibuto, Resumos de Direito Tributário
Uma pesquisa sobre o uso da fotografia como recurso didático no ensino de geografia, especificamente no contexto da escola secundária de chibuto. A pesquisa inclui uma revisão bibliográfica, observação de aulas, entrevista com o professor e alunos, e análise dos resultados. O objetivo principal é analisar a contribuição da fotografia no processo de ensino e aprendizagem de geografia na 10ª classe da escola.
Tipologia: Resumos
2024
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Faculdade de Educação Licenciatura em Ensino de Geografia Contributo da fotografia no PEA de Geografia: Caso da Escola Secundária de Chibuto (2020 – 2022) Horta Elias Macuvele: 31200277 Xai-Xai, Novembro 2023
Faculdade de Educação Licenciatura em Ensino de Geografia Contributo da fotografia no PEA de Geografia: Caso da Escola Secundária de Chibuto (2020 – 2022) A candidata O supervisor
Horta Elias Macuvele Calisto da Paz Hilário Xai-Xai, Novembro 2022 Monografia apresentada na Faculdade de Educação da Universidade Aberta UnIsced, como requisito parcial para obtenção do grau académico de Licenciada em Ensino de Geografia.
Agradecimentos Agradecer a Deus que proporciona saúde, forca, tempo e bem-estar nas minhas actividades quotidianos; vão ainda agradecimentos aos que de forma directa ou indirectamente colaboraram de diversas maneiras para o triunfo deste Monografia. iv
Dedicatória É com toda honra que dedico esta Monografia minha família, ao meu esposo José Levi Maxaila, as minhas filhas Marla e Zuraida. v
Lista de Abreviaturas e Acrónimos CP – Comunicação Pessoal ESCH – Escola Secundária de Chibuto ESG – Ensino Secundário Geral MINEDH – Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem PPG – Práticas Pedagógicas de Geografia SNE – Sistema Nacional de Educação UNISCED – Univesdade Aberta vii
Resumo Este trabalho tem como objectivo principal, analisar o contributo da fotografia como recurso didáctico na construção do conhecimento no processo de ensino – aprendizagem de Geografia, na Escola Secundária de Chibuto, sobretudo na 10ª classe. Como procedimentos metodológicos, fez-se um levantamento bibliográfico para constatar a exactidão do assunto em questão, observação das aulas ministradas pelo professor de Geografia; comparação das aulas com a utilização da fotografia e as aulas sem a utilização da fotografia; inquérito com os alunos e entrevista estruturada com o professor desta disciplina. Entretanto, na escola supracitada não foi detectada a utilização da fotografia nas aulas da Geografia, mas, no entanto, ao propor-se o uso desta prática didáctica ao professor, verificou-se que a utilização da fotografia como recurso didáctico permitiu a facilidade do trabalho docente na sala de aula, assim como também a aprendizagem dos conteúdos trabalhados durante as aulas. Portanto, os resultados desta pesquisa indicam que no processo de ensino e aprendizagem de Geografia é importante que se abordem os conteúdos escolares com a utilização das fotografias, pois através desse recurso é possível proporcionar momentos de prazer, instigação e criatividade, contribuindo assim para a construção do conhecimento e consequentemente a qualidade da educação. Palavras – chaves: Fotografia; recurso didáctico; ensino e aprendizagem de Geografia. viii
ÍNDICE
Declaração de Honra.................................................................................................................iii Agradecimentos.........................................................................................................................iv Dedicatória..................................................................................................................................v Lista de Gráficos........................................................................................................................vi Lista de Figuras..........................................................................................................................vi Lista de Abreviaturas e Acrónimos..........................................................................................vii Resumo....................................................................................................................................viii Abstract......................................................................................................................................ix CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 12 1.1.Contextualização................................................................................................................. 12 1.2.Problematização.................................................................................................................. 13 1.3.Objectivos........................................................................................................................... 14 1.3.1.Objectivo geral................................................................................................................. 14 1.3.2. Objectivos específicos.................................................................................................... 15 1.4.Hipóteses............................................................................................................................. 15 1.5. Justificativa........................................................................................................................ 15 1.6. Delimitação do tema.......................................................................................................... 16 CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 17 2.1 Conceptualização................................................................................................................ 17 2.2 A fotografia como recurso didáctico no ensino de Geografia............................................ 19 2.2.1 O estereótipo da imagem fotográfica no ensino de Geografia......................................... 22 2.2.3. A fotografia e o ensino de Geografia.............................................................................. 23 2.2.6. A importância da fotografia no ensino de Geografia...................................................... 25 CAPÍTULO III – METODOLOGIA........................................................................................ 27 3.1. Tipo de pesquisa................................................................................................................ 27 3.1.1. Quanto à abordagem....................................................................................................... 27 x
3.1.2. Quanto aos procedimentos técnicos................................................................................ 28 3.1.3. Quanto aos objectivos..................................................................................................... 29 3.2. Técnicas de recolha de dados............................................................................................. 29 3.3. População e amostra.......................................................................................................... 30 3.4.Método de análise de dados................................................................................................ 31 CAPÍTULO IV - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................... 32 4.2. Localização geográfica da área estudo.............................................................................. 32 ................................................................................................................................................... 32 4.2.Uso da fotografia como recurso no PEA de Geografia da 10ª classe na escola Secundária de Chibuto................................................................................................................................. 33 4.3.Recursos didácticos usados no PEA de Geografia de 10ª classe na Escola Secundaria de Chibuto...................................................................................................................................... 34 4.4. Contribuição da fotografia no PEA de Geografia da 10 classe na Escola Secundaria de Chibuto...................................................................................................................................... 36 CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES.................................................................. 39 5.1. Conclusões......................................................................................................................... 39 5.2. Sugestões............................................................................................................................ 40 6.Referências bibliográficas...................................................................................................... 41 xi
A escola precisa se ajustar a essa realidade em constante mutação para proporcionar oportunidades de construção de conhecimento mais eficazes e inspiradoras, que atendam às necessidades de uma educação do século XXI. Para a construção do conhecimento, é crucial estabelecer uma conexão significativa entre o aprendiz e o objecto do conhecimento. Nesse contexto, os professores desempenham um papel fundamental como mediadores da aprendizagem. As abordagens tradicionais de ensino, que se concentram exclusivamente no quadro negro ou verde e no livro didáctico, já não são adequadas para as demandas da educação contemporânea. Nesta perspectiva, o título desta monografia é “O Contributo da Fotografia no Processo de Ensino e Aprendizagem de Geografia: o caso da 10ª classe na Escola Secundária de Chibuto”. A utilização da fotografia nas aulas de Geografia demonstrou ser fundamental para promover um ensino mais eficaz, afastando-se das abordagens tradicionais que se baseiam na memorização e na repetição de conteúdos, na esperança de que os alunos despertem um interesse genuíno pela disciplina e desenvolvam uma compreensão mais integrada com a realidade que os rodeia. Concordando com a abordagem de Barbieri (2006), que argumenta que a fotografia tem o poder de deixar uma impressão duradoura nos alunos e, ao mesmo tempo, permite que eles desenvolvam esquemas de pensamento que os capacitam a discernir a essência captada em cada imagem, independente da sua origem geográfica. 1.2.Problematização Actualmente, um dos principais desafios enfrentados no ensino de Geografia, no que diz respeito à melhoria de sua qualidade, envolve a pesquisa contínua e o desenvolvimento constante de diversos recursos educacionais. Esses recursos visam não apenas despertar o interesse dos alunos, mas também aprimorar as habilidades dos professores, resultando em aperfeiçoamentos no processo de ensino e aprendizagem. É importante reconhecer que o livro didáctico, em muitos casos, não consegue reflectir com precisão a realidade geográfica vivenciada pelos alunos. Portanto, é crucial evitar a dependência exclusiva desse material no processo de ensino. É fundamental a implementação de metodologias que não apenas melhorem a compreensão do conteúdo, mas também 13
motivem os alunos a buscar suas próprias fontes de estudo. Isso possibilita uma maior conexão entre o conhecimento teórico e a realidade cotidiana dos estudantes. Entretanto, as possibilidades oferecidas pela fotografia no contexto do ensino de Geografia, especialmente no que diz respeito à leitura visual, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da percepção dos alunos em relação aos espaços retratados. A utilização da fotografia como recurso didáctico pode tornar as aulas mais dinâmicas e agradáveis, uma vez que, ao interpretar as imagens fotográficas, os alunos se envolvem activamente na leitura e valorizam sua própria compreensão. Essa leitura visual está intrinsecamente ligada à realidade, à história e ao conhecimento de mundo de cada aluno, o que, por sua vez, facilita a compreensão da realidade, dos conteúdos geográficos e das teorias apresentadas nos livros didácticos usados em sala de aula. Embora a fotografia represente uma tentativa de unificação e superação da fragmentação e compartimentação do conhecimento, e possa desempenhar um papel significativo no ensino de Geografia, contribuindo para sua relevância, observou-se que na Escola Secundária de Chibuto, sua utilização é geralmente limitada a uma mera ilustração de textos escritos nos livros didácticos. Em outras palavras, a fotografia é pouco explorada como recurso didáctico nessa escola, perdendo a oportunidade de enriquecer significativamente o processo de ensino e aprendizagem. Essa situação continua a favorecer a predominância das aulas expositivas e monótonas, nas quais os alunos são passivos espectadores, sem oportunidade para pensar, avaliar ou expressar suas próprias ideias e conhecimentos sobre os tópicos abordados. Em outras palavras, a participação activa dos alunos na construção do conhecimento está ausente, o que resulta na perda de relevância da disciplina de Geografia, levando-a a ser relegada a um segundo plano por parte dos educandos. Diante desse cenário, surge a seguinte indagação: Em que medida a utilização da fotografia como recurso didáctico na Escola Secundária de Chibuto contribui para a construção do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem de Geografia da 10 Classe? 14
Notavelmente, apesar da presença ubíqua de imagens fotográficas em nosso cotidiano, constatamos que, na escola mencionada, sua utilização nas aulas de Geografia era praticamente inexistente. Um outro motivo que influenciou a escolha deste tema está relacionado ao meu interesse pessoal. Desde o início do meu curso, já tinha a perspectiva de realizar o meu trabalho de conclusão de curso nessa área específica. À medida que estudei a disciplina “Didáctica de Geografia,” percebi que me identificava com os desafios das estratégias metodológicas, uma vez que estas desempenham um papel crucial no sucesso ou insucesso das aulas. Durante o processo de ensino, observei que poucos professores introduziam abordagens inovadoras na sala de aula, o que resultava em aulas monótonas e desinteressantes para os alunos. Em termos sociais, a relevância do tema, está intimamente relacionado com a nossa futura actuação como professores de Geografia. Frequentemente, deparamos com desafios no que diz respeito ao uso de materiais didácticos. Além disso, temos o objectivo de aprimorar o processo de ensino e aprendizagem de Geografia. Acreditamos que a busca por aprimoramento e conhecimento de novos recursos didácticos, tem o potencial de gerar benefícios significativos na sala de aula, possibilitando uma participação mais activa dos alunos. Não menos relevante, esta pesquisa adquire significância em diversos âmbitos, incluindo o social, académico e pessoal. Como estudantes do curso de Geografia, buscamos demonstrar o papel fundamental da fotografia na perspectiva sócio construtivista do conhecimento, na qual o aluno se torna o protagonista de seu próprio processo de aprendizagem. No contexto profissional, a relevância desta pesquisa se manifesta ao promover a motivação dos professores, especialmente aqueles que leccionam Geografia, a utilizar a fotografia como uma ferramenta eficaz para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Através da integração desses recursos visuais, é possível proporcionar aos estudantes um amplo conjunto de conhecimentos significativos relacionados ao conteúdo, contribuindo para a bem-sucedida implementação de todas as actividades curriculares. Para a comunidade académica, a importância do tema reside na expectativa de que os resultados deste estudo possam servir como uma valiosa fonte de referência e aprendizado para outros estudantes, bem como para indivíduos interessados em aprofundar seu entendimento no campo do ensino. 16
1.6. Delimitação do tema A selecção da Escola Secundária de Chibuto localizada na província de Gaza, como cenário desta pesquisa decorre do facto de ter sido o local onde conduzi meu Estágio Pedagógico em Geografia e onde identificamos a problemática em questão. Para definir a linha do tempo desta pesquisa, estabelecemos o ano de 2020 e o ano 2022, por sua vez, representa o marco temporal mais recente a partir do qual pretendemos analisar o impacto da fotografia no processo de ensino e aprendizagem, com um foco especial no ensino de Geografia. CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA Neste capítulo, embarcamos em uma exploração teórica abrangente das diversas fontes literárias que discutem a aplicação da fotografia como um valioso recurso didáctico no contexto do processo de ensino e aprendizagem de Geografia. O propósito é aprofundar nossa compreensão dos temas em discussão no âmbito desta pesquisa, estabelecendo uma base sólida de conhecimento a respeito dessa abordagem educacional. Assim, nesta seção, nos aprofundaremos na exploração e discussão dos conceitos fundamentais relacionados à fotografia, ao processo de ensino-aprendizagem, ao ensino de Geografia e aos recursos didácticos. Para enriquecer nossas reflexões, recorreremos às perspectivas de diversos autores, examinando suas contribuições para a compreensão dessas áreas. Além disso, abordaremos as áreas de concordância e discordância entre diferentes atores envolvidos nesse contexto, apresentando nossa própria perspectiva sobre o tema. 2.1 Conceptualização a) Fotografia De acordo com Matsuka (2008, p.20), a fotografia, cuja etimologia deriva do grego (photos, luz, e grafos, gravação), é definida como “a arte de escrever com luz”. Esse conceito vai muito além da simples captura de imagens; a fotografia desempenha um papel fundamental como um instrumento de suporte às ciências e exerce uma influência significativa na transformação da nossa maneira de olhar e perceber o mundo que nos rodeia. Ela transcende a mera documentação visual, tornando-se uma poderosa ferramenta na construção do conhecimento e na evolução da nossa compreensão da realidade. 17
Ao examinarmos as reflexões dos autores mencionados anteriormente, podemos discernir que o processo de ensino-aprendizagem possui como objectivo central a formação e o aprimoramento da capacidade do ser humano de raciocinar, argumentar e discutir sobre os fenómenos que o cercam, utilizando como alicerce tanto a experiência quanto os conhecimentos científicos. No entanto, é interessante notar uma distinção entre os dois conceitos apresentados: o primeiro tende a enfocar mais directamente a aquisição de conhecimento científico por meio da educação e da instrução, enquanto o segundo considera o processo de ensino-aprendizagem como uma transformação do comportamento do indivíduo, promovida por meio da experiência adquirida ao longo do tempo. Ambas as perspectivas, entretanto, convergem para a ideia de que o processo educacional tem o poder de moldar e aprimorar a capacidade do aprendiz de interagir eficazmente com o mundo que o cerca, se valendo de saberes científicos e experiências práticas. 2.2 A fotografia como recurso didáctico no ensino de Geografia Dentro deste subcapítulo dedicado à revisão da literatura, empreendemos uma análise minuciosa da fotografia como um recurso didáctico de destaque no contexto do ensino de Geografia, em estreita ligação com o cumprimento de nosso primeiro objectivo específico: a descrição abrangente da fotografia como uma ferramenta educativa fundamental no ensino de Geografia. Dessa forma, à medida que nos dedicamos a essa tarefa de descrição, imergimos no universo da fotografia como elemento pedagógico e procedemos à sua qualificação, promovendo uma avaliação criteriosa do seu valor e das contribuições que pode oferecer ao ensino de Geografia. Sob essa perspectiva, este subcapítulo visa aprofundar nossa compreensão da fotografia enquanto recurso didáctico, permitindo-nos formular juízos ponderados e embasados sobre seu impacto e eficácia no processo de ensino e aprendizagem dessa disciplina. A fotografia, em sua essência, desempenha a função de registrar imagens que, frequentemente, são concebidas como reproduções fiéis da realidade. Entretanto, é fundamental reconhecer que devemos interpretar essas imagens não apenas como meras cópias do mundo, mas como representações minuciosas da vida, capturadas através de uma 19
estrutura linguística própria que segue uma lógica específica da linguagem visual (Ferraz, 2001). Nessa perspectiva, uma vez que a sociedade contemporânea valoriza e prioriza cada vez mais o poder das imagens, torna-se imperativo desenvolver a capacidade de observar e compreender essas representações visuais. Somente ao dominar a arte de decifrar as imagens, poderemos desvelar seus significados subjacentes, identificar sua lógica intrínseca e perceber a unidade que permeia sua narrativa visual. É, portanto, um desafio imprescindível para a compreensão do mundo moderno, onde a comunicação visual desempenha um papel cada vez mais proeminente (Idem). Acrescentando Aumont (1993), afirma que: A imagem fotográfica, como traço do real, sucintos fenómenos de crença inéditos até o momento de sua invenção. Onde não somente acreditamos na foto, na realidade do que a foto representa, mas esta última produz uma verdadeira relação sobre o objecto representado. A foto do fotógrafo implica encenação significativa que tem de ser descodificada pelo espectador de modo cognitivo; mas a foto do espectador acrescenta a essa primeira relação uma relação plenamente subjectiva, em que cada espectador se investirá de forma singular ao apropriar- se de certos momentos da foto que serão, para eles, como pequeno pedaço destacados do real (p. 130). Ao abordar as descrições apresentadas anteriormente, não temos a intenção de suscitar o debate sobre se uma imagem fotográfica representa fielmente a realidade, já que essa questão é frequentemente objecto de diversas controvérsias de acordo com diferentes perspectivas. Em vez disso, nosso foco recai sobre como a imagem fotográfica pode ser considerada um elemento de influência e intervenção no âmbito dos estudos geográficos, bem como sobre a forma como cada indivíduo se apropria de elementos do seu cotidiano ao analisar uma imagem fotográfica. Benjamin (1994), em jeito de questão traz-nos o seguinte: “ o analfabeto do futuro não será quem não sabe escrever, e sim quem não sabe fotografar, mas um fotógrafo que não sabe ler as suas próprias imagens não é pior que um analfabeto? ” (p.35). Saber fotografar e ler as imagens, é o que o mesmo autor delimita como necessário pela importância de estarmos preparados para essa linguagem, em interacção com o alfabeto, com a linguagem verbal, de maneira a permitir a mútuas trocas de entendimento e compreensão (Idem). 20