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DROGAS
CARDIOVASCULARES
Versão Original: Neal J. Thomas, M.D. Pediatric Critical Care Medicine PennState Children’s Hospital Mohan R. Mysore, M.D. Pediatric Critical Care Medicine Children’s Hospital, Omaha Versão Portuguesa: Maria Alfaro, MD João Rosa, MD Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos Hospital Distrital Faro, Portugal
GLOSSÁRIO
- (^) Inotrópicos: agentes que melhoram a contractilidade miocárdica e melhoram o volume de ejecção
- (^) Pressores: agentes que aumentam a resistência vascular sistémica e a pressão arterial
- (^) Cronotrópico: aumenta a frequência cardíaca
- (^) Lusotrópico: melhora o relaxamento durante a diástole e diminui a pressão telediastólica nos ventrículos (melhora a função diastólica)
DROGAS
CARDIOVASCULARES
- (^) Do ponto de vista da UCIP podem dividir-
se em 2 grupos principais
- (^) Medicações usadas na paragem cardíaca
- (^) Medicações cardíacas administradas em infusão contínua
- (^) Muitos dos fármacos usados na paragem
cardíaca podem ser também usados em
infusão contínua
DROGAS
CARDIOVASCULARES
- (^) As acções principais da maior parte dos
fármacos cardiovasculares serão
determinadas pelos seus efeitos
adrenérgicos que podem ser:
- (^) alfa-adrenérgicos
- (^) beta-adrenérgicos
- (^) dopaminérgicos
MEDICAÇÕES BETA-
ADRENÉRGICAS
- (^) Podem dividir-se em
- (^) Efeitos Beta 1 -adrenérgicos
- (^) Efeitos cardíacos directos
- (^) Inotropismo (aumento da contractilidade cardíaca)
- (^) Cronotropismo (aumento da frequência cardíaca)
- (^) Efeitos Beta 2 -adrenérgicos
- (^) Vasodilatação
- (^) Broncodilatação
FÁRMACOS CARDÍACOS EM
PERFUSÃO CONTÍNUA
- (^) Epinefrina
- (^) Norepinefrina
- (^) Dopamina
- (^) Dobutamina
- (^) Milrinona / Amrinona
- (^) Nitroprussiato de Sódio
- (^) Nitroglicerina
- (^) Isoproterenol
EPINEFRINA
- (^) As acções são dose-dependente (mcg/kg/min)
- (^) 0,02-0,08 = principalmente estimulação beta 1 e beta 2
- (^) Aumento do débito cardíaco
- (^) Vasodilatação ligeira
- (^) 0,1-2,0 = mistura beta 1 e alfa 1
- (^) Aumento do débito cardíaco
- (^) Aumento da RVS = vasoconstrição
- (^) >2,0 = principalmente alfa
- (^) Aumento da RVS e pode diminuir o débito cardíaco por aumento da pós-carga
EPINEFRINA
- (^) Os efeitos secundários incluem
- (^) Ansiedade, tremores e palpitações
- (^) Taquicardia e taquiarritmias
- (^) Aumento das necessidades de oxigénio do miocárdio e potencial causador de isquémia
- (^) Diminuição da circulação esplâncnica e hepática (elevação da AST e ALT)
- (^) Efeitos anti-insulínicos: acidose láctica, hiperglicémia
NOREPINEFRINA
- (^) No geral a norepinefrina difere da
epinefrina porque, nas doses em que é
usada na prática clínica, a vasoconstrição
supera qualquer aumento do débito cardíaco
- (^) i.e. a norepinefrina geralmente aumenta a tensão arterial e a resistência vascular sistémica, sem aumentar o débito cardíaco
NOREPINEFRINA
- (^) Efeitos colaterais
- (^) Similares aos da Epinefrina
- (^) Pode comprometer a perfusão das extremidades e pode ser necessária a associação com um vasodilatador como a Dobutamina ou o Nitroprussiato de Sódio
- (^) Tem efeitos mais marcados na circulação esplâncnica e no consumo de oxigénio pelo miocárdio
DOPAMINA
- (^) Melhora a perfusão renal em doses de 2-
mcg/kg/min
- (^) Melhora o Débito Cardíaco no choque
cardiogénico ou distributivo, ligeiro a
moderado, em doses de 5-10 mcg/kg/min
- (^) Útil na estabilização pós-reanimação em
pacientes com hipotensão (associada a
fluidos) em doses de 10-20 mcg/kg/min
DOBUTAMINA
- (^) É uma catecolamina sintética com efeito
inotrópico (aumenta o volume de ejecção) e
vasodilatador periférico (reduz a pós-carga)
- (^) Tem efeito cronotrópico positivo (aumenta
a frequência cardíaca)
- (^) Tem algum efeito lusotrópico
- (^) Globalmente melhora o débito cardíaco pela
actividade beta-agonista
DOBUTAMINA
- (^) È usada em estados de baixo débito cardíaco e insuficiência cardíaca congestiva, tais como miocardite, miocardiopatia, enfarte do miocárdio
- (^) Se a TA é adequada, pode ser combinada com fármacos que reduzem a pós-carga (nitroprussiato e IECA)
- (^) Pode ser usada em conjunto com Epi/Norepi no choque profundo para melhorar o débito cardíaco e promover alguma vasodilatação periférica
MILRINONA/AMRINONA
- (^) Pertencem a uma nova classe de agentes: as bipiridinas
- (^) A actividade não é mediada por receptores e baseia-se na inibição selectiva da Fosfodiesterase tipo III, resultando na acumulação de AMPc no miocárdio
- (^) O AMPc aumenta a força de contracção, a frequência e a extensão do relaxamento do miocárdio
- (^) Efeitos inotrópico, vasodilatador e lusotrópico