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E-book curto, 32 páginas, que dá um noção de como realizar um orçamento.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Dedicatória
Dedico esse e-book a todos Engenheiros, Arquitetos e técnicos que estão en- frentando esta crise econômica de cabeça erguida, levando a sério todos os man- damentos éticos e moral da nossa profissão.
Agradecimentos
Agradeço a Deus, minha família e aos membros da nossa equipe do blog Enge- nheiro de Custos que tornaram este projeto possível.
A todos os alunos e seguidores que acreditaram e acreditam neste projeto de compartilhar conteúdos práticos de Engenharia Civil possa encurtar seu tempo de aprendizado e ajudar na sua profissão a construir um futuro melhor.
Não posso deixar de citar também minha noiva, Leticia, que está comigo há mais de 3 anos, me apoiando em cada decisão, em cada momento bom ou ruim.
Obrigado!
Quer se tornar um Engenheiro de Orçamen-
tos?
Você já teve a sensação de achar complicado demais realizar orçamento de obras?
Acredito que muitos quando se deparam com a primeira planilha de orçamen- tos da vida, se sentem assim. E realizar orçamento de obras pode ser bem sim- ples, mas não quer dizer que ser simples é ser fácil.
Olhando no meu próprio passado, quando tive a oportunidade do primeiro contato, tive a mesma sensação. Não foi um amor à primeira vista, mas com o tempo formamos uma boa relação de “ganha–ganha”.
Quando se aprende a realizar os mais diversos tipos de orçamento de obras, a sensação é incrível e dificilmente você vai querer parar por aí.
Logo nesse primeiro e-book, você aprenderá o quão simples pode ser orçar uma obra. Mas primeiro, você pode estar em dúvida, porque é tão importante me especializar nessa área?
A reposta poderia ser longa e contar com no mínimo 7 motivos importantes, mas vou focar em apenas um.
Vou citar um único e valioso motivo. "Ela é a sua principal porta de entrada para o mercado de trabalho.." Mas porque Gustavo? Simples! Já vou explicar. Se o destino natural de um recém-formado geralmente é o escritório, motivo pelo qual ainda não se tem experiência em campo suficiente para assumir uma obra.
Logo, se você não souber nada sobre orçar, planejar ou qualquer tema impor- tante de uma rotina de escritório, sua chance de conseguir uma vaga cairá drasti- camente. Seja em uma construtora de pequeno, médio ou de grande porte.
E acredite, com esse conteúdo ficará fácil entender e conhecer um ponto de partida para todos os tipos de obras. Ter esse conhecimento pode fazer toda dife- rença entre atuar ou não atuar na área.
O que vai aprender neste livro
O verdadeiro objetivo é treinar os alunos para situações de maiores dificulda- des e preparar para sentir confortável, já que no momento que for designado para este serviço, estará calejado e resolverá facilmente.
Você vai entender a diferença entre orçamento e orçamentação, como eles são realizado nas empresas e as principais etapas de um bom orçamento de obras.
E também aprender como realizar um orçamento de obras da mesma maneira que venho utilizando nos últimos 12 anos. Você se tornará um Engenheiro prepa- rado para atuar na área de custos.
Vamos ao aprendizado, então.
ei o blog Engenheiro de Custos.
Outro aspecto importante é a leitura e interpretação dos projetos, mas falarei mais sobre esse conceito daqui a pouco.
Voltando aos serviços, quanto mais informações detalhadas, com projetos bem definidos, maiores as chances de o valor estar próximo da realidade, porém nun- ca será exato.
“Sim, orçar é um trabalho de previsão e em alguns casos podemos conside- rar um verdadeiro jogo de adivinhações”. Nunca será possível acertar com precisão, mas podemos chegar a um preço de venda o qual beneficie tanto as empresas quanto os contratantes.
Portanto, realizar todos os passos anteriores com qualidade é fundamental para atingir o sucesso do orçamento e consequentemente da empresa. Atingindo resultados com margens de erro aceitáveis tanto para mais quanto para menos.
E acredite, errar para mais nem sempre é vantagem para a construtora. A lon- go prazo pode-se pagar um preço muito alto por falta de credibilidade, caso o cliente descubra e acredite que o erro foi feito de má-fé.
Em todos os casos, sempre trabalhe com respeito e integridade com o contra- tante/cliente.
Capítulo 2: Como é realizado o orçamento nas
construtoras
Aqui temos duas vertentes, os das grandes e pequenas empresas. E em cada uma delas, existe uma peculiaridade.
Nas grandes empresas, temos departamentos dedicados a realizar orçamentos com uma equipe treinada e bem estruturada. Elas geralmente utilizam softwares ERP, integrando todas as áreas da construtora, armazenando históricos de últi- mas compras com informações valiosas. Saber essas informações e adotar parâ- metros de obras recentes pode economizar um bom tempo em cotação de preços.
Já nas pequenas empresas, geralmente o proprietário realiza os próprios or- çamentos com base em sua experiência. Quando se realiza obras do mesmo tipo na mesma região, esses orçamentos tendem a estar corretos e próximos da reali- dade.
Mas, apesar de presenciar esse tipo de orçamento com sucesso, não aconselho que se utilize como parâmetro. Uma única alteração no memorial descritivo sem a devida atenção do proprietário pode haver consequências graves. Um único erro pode comprometer todo o trabalho e histórico de sucesso da empresa.
Outra péssima prática é a distância entre o orçamentista e o engenheiro de campo. Infelizmente já presenciei discussões intermináveis sobre quem errou:
A obra ou o orçamento? A obra que foi mal executada, ou o orçamento com quantitativos e preços fora da realidade, impossibilitando o lucro. Geralmente, vejo a obra sendo idolatrada em casos de sucesso e o orçamento sendo crucificado em casos de fracasso.
Talvez, por uma velha cultura impregnada de que a obra gera dinheiro e o es- critório gera somente despesas. O que está longe de ser uma verdade.
“Só existe obra porque existiu orçamento" – acabei de inventar essa. Enfim, tirando meu péssimo gosto para brincar, o conceito aqui é o mais im- portante que você precisa entender. Caso contrário não existiria obra e nem “di-
Capítulo 3: As principais etapas de um bom
orçamento de obras
Tudo o que vimos até agora é sobre o processo de orçamentação, no qual ire- mos obter ao final, nossa planilha de preço de venda da obra. E, para falar sobre orçamentação você precisa entender as principais etapas desse processo:
(^) Requisitos ou estudo das condicionantes; (^) Composição de custos; Fechamento do orçamento. Para iniciar um orçamento, vamos utilizar todo o tipo de requisitos que pode- rá ser levantando através de projetos, memorial descritivo ou visita técnica. E a partir desse ponto começamos a quantificar os serviços.
Não esquecendo, que saber em detalhes como executa um serviço pode ajudar bastante nesse processo. Isso é facilmente resolvido com experiência, livros, cur- sos sobre como executar os serviços, blogs, vídeos, visitas em obras, etc.
Logo, já que iniciamos a quantificação, ler e interpretar os projetos se torna essencial para seguir com o quantitativo. Afinal, um trabalho depende exclusiva- mente do outro. E, para fechar essa etapa realizamos as cotações de insumos e pesquisas sobre custos de mão de obras, empreitada ou própria.
Enfim, levantamos os custos indiretos, aplicamos os impostos e a margem de lucro desejada. Obtendo finalmente o preço de venda da obra.
Simples assim!
3.1 Requisitos ou estudo das condicionantes
Para começarmos o orçamento, precisamos de algumas informações. Qual o tipo de obra? Como está o local da obra? Precisa ser realizado algum tipo de serviço de ter-
raplanagem? ou está pronta para iniciar? Acesso? É complicado? Trânsito? Dis- tancia para possíveis fretes?
Tem água e luz disponível, vou conseguir realizar ligações provisórias ou terei de utilizar outros meios? E por aí vai, análise do solo, tipo de fundação, alvenaria, revestimento, instalações…
Para obter esses requisitos, verificamos com o cliente, retiramos do projeto executivo (arquitetura, estrutura, instalações, paisagismo, impermeabilização, etc.) e também através do memorial descritivo da obra.
E observando a rotina de pequenas e medias empresas, em inúmeras vezes você não tem acesso aos projetos executivos para realizar o orçamento.
Sim, infelizmente essa é a realidade de muitas construtoras. Pensando nisso e tentando minimizar esse problema eu criei um método com anos de aprendizado para ensinar essas estimativas.
O verdadeiro objetivo é treinar os alunos para situações de maiores dificulda- des e preparar para sentir confortável, já que no momento que obtiver todos os projetos, estará calejado e resolverá facilmente.
Afinal, se sem o projeto você deu conta, com os projetos vai ser “moleza”. O curso é um verdadeiro sucesso, com quase mil alunos no momento em que escrevo. Enfim, voltando para o e-book.
Para aprofundar nesse estudo das condicionantes você precisa entender os 3 passos importantes desse processo.
3.1.1 Leitura e interpretação do edital
O edital é o documento que define as regras para participação em licitações, no caso de obras ele define as regras do projeto. E para ler e interpretar um edital é fácil, geralmente começa com as definições de data e horário de entrega dos envelopes (Proposta e Habilitação).
3.1.3 Visita Técnica
Uma visita técnica sempre é bem-vinda antes de realizar qualquer tipo de obra. Logo, torna-se uma boa prática para evitar surpresas na hora de executar o contrato.
Assim, podemos listar alguns dos itens mais importantes para levantar na visi- ta e aproveitar ao máximo desse dia dedicado exclusivamente a essa tarefa, va- mos ver juntos:
(^) Registrar o local e os pontos chaves, através de fotos para mais tarde con- sultar em caso de dúvida; Analisar o estado das vias de acesso a futura obra; (^) Verificar o acesso de equipamentos, materiais e disponibilidade de mão de obra daquela região; Tire o máximo de informações importantes para a elaboração do orçamento de obras. Muitas empresas com receio de esquecimento dos profissionais forne- cem modelos de levantamento com perguntas padronizadas. Assim, diminui o esquecimento e melhora o processo de levantamento de dados.
3.2 Composição de custos
Agora ficou fácil continuar o orçamento de obras. Com todos os requisitos em mãos é hora de identificar e quantificar os serviços.
Apesar de simples, essa etapa precisa ser realizada com muita cautela, um pe- queno erro no quantitativo de um serviço pode colocar todo o trabalho a perder.
Feito o quantitativo, vamos para o custo direto. Que é simplesmente inserir os preços unitários dos serviços levantados. Considera-se como custo direto todos os ônus realizados diretamente em campo.
Geralmente cada empresa possui suas próprias bases de dados com composi- ção de custos. Ou, se não possuem, deveriam. Levantar suas próprias base de composição é uma vantagem competitiva absurda com quem não tem ideia de quanto custa 1 m²de um determinado serviço.
As composições de custos demonstram nossos gastos por unidade de serviço.
E, em cada serviço, seus respectivos insumos necessários para execução.
Depois dos custos diretos, devemos levantar os custos indiretos. E, por sinal correspondem ao oposto do direto, é todo custo que não é assimilado com os serviços de campo, mas que são necessários para que eles sejam executados.
Devemos nessa etapa, levantar os custos de escritório, celular, automóvel, en- genheiro, mestre de obras, etc.
Começamos então a cotação de todos os insumos da composição, direto e indi- reto. Com todos os custos em mãos, podemos utilizar o departamento de supri- mentos para ajudar nesse procedimento.
Para finalizar a composição de custos, é necessário inserir os valores dos en- cargos sociais trabalhistas. Essa porcentagem vai depender muito de cada cons- trutora e sua região, geralmente fica entre 105 a 135%. E, significa se a hora ho- mem de um carpinteiro é, por exemplo:
R$ 5,00/h – custo direto, para o empregador o custo no mínimo sairá por R$ 10,25/h, utilizando um encargo de 105%.
Sim, acredito que agora você entenda quando seu diretor chega na obra e vê aquele monte de funcionários parado, o desespero que bate não é à toa.
Essa alta porcentagem é resultado dos inúmeros impostos que incidem sobre a hora-homem e aos direitos dos trabalhadores (férias, décimo terceiro, aviso prévio, etc.).
3.3 Fechamento do Orçamento
Para finalizar nosso orçamento detalhado com todas as etapas, restou apenas inserir a lucratividade desejada e os impostos. Esses valores são bem variados, principalmente lucro, que irá depender de cada empresa.
Desde a necessidade de ganhar uma obra até o risco embutido na proposta. E, para realizar essa última etapa, utilizamos o BDI, que será aplicado sobre o custo direto da obra. Esse fator irá representar na planilha o custo indireto, lucro e im- posto.
Existe uma fórmula bem simples para o BDI. Assunto pelo qual renderia outro guia completo. A definição mais simples de BDI é Benefícios (lucro) + Despesas