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Ebook SEBRAE EAD - Como desenvolver negócios inovadores?, Resumos de Inovação

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline/como-desenvolver-negocios-inovadores,80c0b8a6a28bb610VgnVCM1000004c00210aRCRD

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 08/12/2019

gustavo-kita-lopes-5
gustavo-kita-lopes-5 🇧🇷

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E-BOOK
Como desenvolver negócios inovadores
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Baixe Ebook SEBRAE EAD - Como desenvolver negócios inovadores? e outras Resumos em PDF para Inovação, somente na Docsity!

E-BOOK

Como desenvolver negócios inovadores

Olá,

Você sabe que para gerir com sucesso uma empresa e enfrentar o mercado e os desafios do dia a dia em- presarial, é preciso se preparar e, para isso, o Sebrae disponibiliza diversos produtos, canais e serviços para auxiliá-lo nessa jornada.

Em sua estratégia de Atendimento Remoto e com o objetivo de ampliar suas alternativas de acesso a con- teúdos e soluções educacionais, o Sebrae produziu e disponibiliza este e-book , mais um produto no formato de Educação a Distância (EAD).

A proposta de nossos e-books é apresentar os principais conteúdos sobre gestão de pequenas empresas como cursos em formato de livros digitais , isto é, materiais educacionais organizados para capacitar quem quer empreender e quem já possui empresa e deseja ampliar seus conhecimentos e melhorar sua prática à frente de seus negócios.

Com as soluções de Educação a Distância do Sebrae você tem a oportunidade de estudar off-line ou em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), disponível 24 horas por dia , que pode ser acessado a qualquer momento e de qualquer lugar que tenha conexão com a internet, sem necessidade de deslocamento.

Aproveite esta oportunidade de ampliar seus conhecimentos e bons negócios!

Equipe de EAD do Sebrae-SP

Apresentação

A inovação é um fator determinante para o sucesso de um empreendimento e, aliada ao empreendedorismo e à criatividade, promove o desenvolvimento de negócios. Uma das ferramentas utilizadas para o planeja- mento de inovações em diferentes setores de negócios é a matriz Canvas.

Neste e-book , você saberá o que é, afinal, a tão falada inovação e compreenderá qual é o papel dela para o sucesso do seu empreendimento. Também verá onde entra a criatividade, o empreendedorismo e o plane- jamento no desenvolvimento de negócios.

Além disso, aprenderá como utilizar a matriz Canvas, passo a passo. Assim, você analisará a fundo seu mo- delo de negócios – a partir daí, entenderá como seu negócio pode funcionar melhor e poderá estruturar sua modelagem e inovar!

Criatividade, inovação e empreendedorismo

Você já deve ter ouvido dizer que a inovação é a chave para obter bons resultados em seus negócios e que sem inovação a empresa não vai para frente. Neste capítulo, você tem a oportunidade de entender qual é o papel da criatividade, da inovação e do empreendedorismo no desenvolvimento de negócios.

Para começar, pense no significado de desenvolvimento de negócios inovadores.

  • Desenvolvimento é a passagem gradual de um estágio inferior a um estágio mais avançado.
  • Negócio é o empreendimento com capacidade de atender a uma demanda, com potencial de lucro para manter sua longevidade.
  • Inovar é ser diferente daquilo que já existe.

Juntando esses três conceitos, é possível compreender que o significado de desenvolver negócios inovado- res é alcançar a melhoria do empreendimento por meio da aplicação de novas ideias.

Que tal se aprofundar um pouco mais nesse assunto?

Desenvolvimento de negócios

O desenvolvimento é um processo natural, que faz parte da humanidade. A necessidade de desenvolvimento trouxe os maiores avanços da sociedade, tanto em termos tecnológicos quanto de conhecimento.

Portanto, é próprio do ser humano querer dar sempre um passo à frente, aprender, crescer e evoluir. E no mundo dos negócios não é diferente.

Crescer exige sair da zona de conforto, quebrar paradigmas, absorver novas ideias, abraçar oportunidades, o que, muitas vezes, gera insegurança. Mas é assim que o desenvolvimento acontece, é assim que empreen- dedores criativos superam temores e buscam novas ideias.

Por isso, considera-se que o desenvolvimento de negócios de sucesso é sustentado por três pilares: empre- endedorismo, criatividade e inovação.

Inovação

É importante focar nesse assunto, pois inovar é o motor da evolução, das mudanças e do desenvolvimento.

Inovação pode ser um novo produto, processo ou modelo de negócios. Também pode ser considerada ino- vação a melhoria de produtos e processos já existentes.

Ao produzir uma melhoria do modo de pensar, agir ou produzir coisas, a inovação é chamada de incremental.

Quando transforma a maneira de pessoas pensarem, agirem ou produzirem, a inovação é radical ou disrup- tiva. Muitas vezes, uma inovação desse tipo surge a partir de um conjunto de inovações incrementais.

Um exemplo de inovação radical é a evolução do telefone celular, que foi criado para facilitar a comunicação remota. As formas e as funções dos aparelhos evoluíram até chegar ao smartphone , que vai muito além do telefone e, graças às suas funções de acesso à internet, transformou comportamentos no mundo todo. Hoje, as pessoas buscam nesse aparelho um novo tipo de interação e de resposta.

Um exemplo de inovação incremental é o computador, que saiu das grandes corporações e governos para as casas dos consumidores. Com o computador doméstico, aconteceu uma série de outras inovações incremen- tais: novos equipamentos, novos sistemas, novos tamanhos, novas utilidades. Tudo com impacto positivo na sociedade.

Você sabe como esses conceitos de inovação também podem ser inseridos no seu dia a dia?

Empreendedores da vida real

Glauce Pereira é química e tem um projeto empreendedor, o How-To Lab , uma plataforma de tecnologia em química, que explica métodos usados em laboratório. Normas internacionais utilizam textos escritos para fazer isso, mas Glauce resolveu ensinar com vídeos! Para ela, inovar na maneira de transmitir co- nhecimentos químicos é fundamental para se manter no mercado brasileiro, que é vasto. E mais: Glauce acredita que essa nova forma, a padronização em vídeos, também vai levar seu projeto para mercados fora do país.

Ondas de inovação

Inovações incrementais e radicais fazem parte da história da humanidade, pois o desenvolvimento da socie- dade é marcado por ondas de inovação. Essas ondas são desencadeadas por um evento ou um conjunto de eventos, que provocam o surgimento de novas necessidades e, consequentemente, de novos inventos. É uma espiral de desenvolvimento que não para de acomodar novos processos.

Portanto, a inovação faz parte do processo da civilização e acontece em ondas de desenvolvimento, que coincidem com os grandes momentos do progresso da ciência e das tecnologias. Ao longo do tempo, a hu- manidade viveu algumas ondas:

  • Final do século XVIII – primeira onda: associada às descobertas sobre energia hidráulica, à mecanização e ao uso do ferro.
  • Meados do século XIX segunda onda: associada às descobertas sobre energia a vapor, às estradas de ferro e ao ciclo do aço.
  • Início do século XX – terceira onda: associada à eletricidade, à química e ao motor a combustão.
  • Meados do século XX – quarta onda: associada à petroquímica, à aeronáutica e à eletrônica.
  • Final do século XX – quinta onda: associada às redes digitais, às novas mídias e ao software.

Na inovação linear reversa é diferente. Nesse processo, uma linha de produção já existente é alterada para criar um novo produto. Um exemplo é o lançamento de um novo carro, em que se idealiza o produto deseja- do a partir de pesquisas de tendências e, então, toda a engenharia é adaptada para a produção dele.

Na inovação aberta (em inglês, open innovation ), a ideia é alterada com a contribuição de consumidores ou desenvolvedores que ajudam na concepção e na validação do produto, ou seja, um novo modelo ou concei- to é construído a partir de um processo colaborativo. Um exemplo conhecido é o do Fiat Mio, que inseriu a inovação aberta na concepção de carros.

Em 2009, a Fiat lançou no Brasil o Fiat Mio, um portal criado para apontar e discutir tendências do mercado automobilístico e receber sugestões dos clientes. A empresa recebeu mais de 17 mil sugestões de consumi- dores, que ajudaram os designers a idealizar o Fiat Concept Car III. O projeto aberto com a colaboração dos usuários resultou no carro do futuro.

Apesar de ele não ter sido produzido, as sugestões recebidas constituíram um banco de ideias adotadas no desenvolvimento dos modelos Idea, Linea e Novo Uno.

Mas, se você pensa que a inovação só pode ser aplicada a produtos, está enganado. Você já ouviu falar em economia compartilhada ou colaborativa?

Economia compartilhada

A economia compartilhada é um movimento novo, que responde a algumas dores da sociedade que ainda estavam sem resposta. Por isso, ela é algo interessante do ponto de vista da inovação de modelo de negócios.

Exemplos desse modelo são a venda de produtos usados e o compartilhamento de carros, bicicletas e mo- radia. Várias startups ficaram muito famosas porque se tornaram bilionárias com esse tipo de negócio, for- mando o chamado clube do bilhão – 17 empresas, entre as quais eBay, Uber, Airbnb, que revolucionaram a forma de fazer negócios a partir da possibilidade de compartilhar.

Benefícios da inovação

Resumidamente, pode-se dizer que a inovação é uma vantagem para as empresas e novos negócios porque:

  • gera vantagens competitivas e agrega valor ao produto ou à empresa.
  • diferencia mercados cada vez mais competitivos.
  • explora novos horizontes, novas receitas e novas parcerias.
  • gera empreendedorismo de alto impacto, emprego e renda.

Mas há muitos outros benefícios, que você conhecerá nos próximos capítulos!

O ciclo de aceleração do empreendedorismo fica muito claro quando se analisa a história da Fairchild e do Vale do Silício. Trata-se de uma inovação com perspectiva de crescimento e potencial para gerar impactos no mundo.

O que é o ciclo de aceleração

Esse ciclo é formado por:

1. Sonho: novos empreendedores com desejo de crescimento. 2. Crescimento do negócio em escala: acesso a clientes. 3. Comprometimento: empreendedores bem-sucedidos e qualidade de vida local. 4. Reinvestimento: angels , capital de risco, inspiração e orientação.

Os pesquisadores se demitiram e fundaram, na mesma região, uma fábrica de circuitos e chips eletrôni- cos, a Fairchild Semicondutores. Em 12 anos, o que começou apenas como uma empresa de tecnologia gerou 31 novos empreendimentos, os chamados spin-offs. Ainda na década de 1960, esse conjunto de empresas já faturava mais de US$ 20 milhões por ano.

Hoje, a região é conhecida como Vale do Silício e emprega cerca de 800 mil pessoas na área de tecnologia. Sete em cada dez empresas têm ligação direta ou indireta com a Fairchild.

Veja, na história do Vale do Silício, como o ciclo de aceleração do empreendedorismo aconteceu:

1. O primeiro ponto foi um grande sonho , que levou os oito empreendedores a persistirem na ideia de desenvolver algo novo. 2. Em seguida, veio a perspectiva de crescimento em escala, para atender a uma quantidade muito gran- de de clientes de todas as partes do mundo. 3. A terceira etapa foi o comprometimento : embora fosse um negócio global, os pesquisadores se preo- cuparam com o desenvolvimento local e geraram emprego, renda e melhorias para o seu entorno. 4. Isso significou reinvestir dinheiro e conhecimento no ecossistema que originou a criação e o sucesso do empreendimento, o quarto ponto.

No Vale do Silício, várias empresas nasceram da expansão da Fairchild, cresceram, se diferenciaram, recebe- ram investimento e formaram um forte arranjo produtivo local. O impacto foi tão grande que mudou a voca- ção de toda aquela região da Califórnia. Hoje, o Vale do Silício é um polo mundial de referência em inovações científicas e tecnológicas.

A história da Fairchild e do Vale do Silício teve a participação de inventores, cientistas brilhantes, que criaram um semicondutor que se tornou um componente de tudo que faz parte da tecnologia digital. Porém, o mais importante são os desdobramentos que surgiram dessa empresa, ou seja, as novas organizações que foram criadas a partir dela, tanto complementares quanto concorrentes, e que contribuíram para criar um ecos- sistema de inovação, pujança econômica e geração de emprego e de renda. Enfim, o ciclo virtuoso formado pelos desdobramentos que trouxeram novos desenvolvimentos e inovações.

Para acontecer todo esse desenvolvimento, é preciso haver financiamento. Já uma maneira de gerar inova- ções, é a hélice tríplice.

Hélice tríplice

Você sabe qual é o maior apoiador de negócios inovadores no Brasil? A universidade! Em geral, é na univer- sidade que surgem as pesquisas, as incubadoras e outras iniciativas que geram novos conhecimentos, novas tecnologias e inovação.

O governo tem papel de fomentar. Ele pode fazer isso criando linhas de financiamento, programas de apoio (como a Fapesp, que tem todas as linhas de apoio à pesquisa) e bolsas para pesquisadores que atuam em empresa.

Portanto, estão envolvidos, basicamente, o conhecimento e a pesquisa; a atividade empresarial tradi - cional de geração de lucro e transformação de descobertas em produtos vendáveis; e o fomento por parte do governo.

Porto Digital do Recife

Um bom exemplo nacional de atuação da hélice tríplice é o Polo Tecnológico de Recife, conhecido como Porto Digital. Construído em uma área degradada, ele reuniu empresas de tecnologia da informação e economia criativa, promovendo a revitalização da área urbana em que foi instalado. Já ganhou vários reconhecimentos nacionais e internacionais e está na liderança dos polos tecnológicos brasileiros. A ex- pectativa é que o Porto Digital seja o principal polo da economia criativa brasileira.

Conhecendo o ciclo de aceleração e a hélice tríplice, você pôde perceber que o protagonista do negócio é o empreendedor, pois sem a vontade dele nada acontece. Mas só vontade não basta. Nesse caminho, em que nem tudo são flores, existem algumas fases.

Fases do empreendedor

A maioria das pessoas vive fases distintas antes de conseguir exercer plenamente o papel de empreendedor.

A primeira fase, chamada de “EUrico”, é o momento da empolgação. O futuro promissor e as grandes ideias de negócio saltam aos olhos, e a pessoa tende a achar que entendeu tudo e que nada vai dar errado.

Mas ser empreendedor envolve riscos e muitos desafios. Depois de enxergar a realidade e ver que o caminho não é tão florido, vêm o desânimo e as dúvidas sobre a própria capacidade. Essa é a etapa da incerteza , cha- mada de “morrEU”. A maioria dos empreendedores passou, passa ou passará pelo momento em que pensa em desistir.

É aí que importantes características empreendedoras, como a persistência, fazem diferença. Para ressurgir das incertezas, o empreendedor precisa lançar mão de ferramentas que o auxiliem a ir em frente, recriando soluções. Nesse momento, surge o “EUgênio”, o eu que percebe que é possível superar as dificuldades de empreender.

Dica

Com planejamento, você aprende a enfrentar os problemas e a encontrar soluções de forma rápida e objetiva, poupando tempo e recursos físicos e financeiros.

As empresas .com são muito dinâmicas e não têm uma estrutura tão formal como os outros tipos de empresa. Por isso, elas exigem agilidade na tomada de decisão, o que é facilitado pela matriz Canvas porque ela con- centra tudo em um único plano – ao contrário do plano de negócios, que é um documento escrito no qual é preciso fazer uma etapa por vez.

Um dos motivos que permitem à matriz Canvas dar mais agilidade ao empreendedor é o seu aspecto visual: um quadro que pode ser colocado na parede de maneira que sejam vistos, ao mesmo tempo, todos os aspec- tos-chave do modelo de negócios. Essa visão mais ampla oferece mais possibilidades de insights para tomada de decisão e permite visualizar com clareza o que está sendo alterado.

Mesmo com o declínio das empresas .com, a matriz continuou sendo utilizada e ainda é de grande valia para qualquer empreendedor, porque ela permite entender melhor o negócio, a proposta de valor, a entrega para o cliente, os parceiros-chave, os recursos-chave e as fontes de receita, na medida em que se vê tudo isso junto, de uma vez só.

Com o surgimento dessa nova matriz, muitas pessoas acreditaram que essa ferramenta acabaria com a necessidade do plano de negócios. Mas, para outras pessoas, essa hipótese era absurda, pois a matriz não abordava todas as questões essenciais a um negócio. Hoje, os especialistas acreditam que as duas ferramentas, matriz Canvas e plano de negócios, são complementares.

Como diria Steve Blank, “planejamento vem antes do plano”, ou seja, antes de fazer o plano de negócios, você deve utilizar a modelagem de negócios como instrumento de validação. Assim, você se aproxima da eficácia, pois a modelagem mostra claramente se o que está sendo realizado, de fato, se aproxima do desejo do mercado.

Steve Blank.

Empreendedores da vida real

Quando iniciou seu empreendimento, Glauce Pereira achou o plano de negócios muito extenso e detalhado. Parecia que ela gastaria muito tempo pensando em coisas que não existiam na prática. Então, a matriz Canvas ajudou-a a visualizar o negócio como um todo, antes de analisar as partes que precisavam ser trabalhadas.