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Ebook com tudo que você precisa saber sobre segurança do trabalho em obra.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Antes de assentar o primeiro tijolo, você precisa ter certeza de que tudo foi devidamente projetado, orçado e planejado para orientar a execução da obra e evitar maiores surpresas durante a construção do empreendimento, certo?
Acontece que tão importante quanto elaborar ferramentas de gestão como planejamentos financeiros e cronogramas é atestar que o canteiro de obras funcione da forma mais segura possível e garanta a integridade física de todo trabalhador que nele for atuar.
De acordo com a última atualização do Anuário Estatístico da Previdência Social, entre 2007 e 2013 foram registrados cinco milhões de acidentes de trabalho no Brasil. Os dados também mostraram que a construção civil é o quinto setor econômico com o maior número de acidentes e o segundo mais letal aos trabalhadores.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Contricon), esses números alarmantes são resultado da falta de treinamento e do uso de equipamentos de proteção nas obras. Isso pode ser somado ainda ao fato de que a maioria das atividades que fazem parte do dia a dia de uma obra apresentam características um tanto arriscadas, como trabalho em altura e contato com equipamentos e produtos químicos que exigem o dobro de atenção na sua utilização.
Em meio a esse cenário, a boa notícia é que ações preventivas de segurança podem contribuir bastante para amenizar os riscos e reduzir estatísticas desfavoráveis como essas, das quais sua construtora não precisa - e nem deve! - participar.
Para isso, a segurança também precisa ter seu próprio planejamento para cada obra e estar presente em todas as etapas da construção.
Neste e-book feito em parceria entre o Sienge e o Construct, você vai encontrar seis dicas que podem começar a ser aplicadas já no plano de ação do seu próximo projeto.
Boa leitura!
Sendo assim, é fundamental fazer levantamentos e avaliações das atividades que serão desenvolvidas em seus canteiros de obras para se certificar que os trabalhadores estejam operando em condições seguras. Para isso, você pode pedir opinião especializada – a um técnico de segurança do trabalho, por exemplo - e ainda pesquisar sobre os equipamentos que outras construtoras estão utilizando.
Conheça alguns dos principais EPIs e EPCs aplicados na construção civil no quadro abaixo:
CAPACETE: protege a cabeça de impactos causados pela queda de objetos elevados.
ÓCULOS DE SEGURANÇA: protege contra a entrada de partículas nos olhos durante a utilização de serras e lixadeiras, por exemplo. PROTETOR AUDITIVO: ameniza a exposição ao ruído que pode danificar a audição ao longo do tempo. MÁSCARA: protege contra a poeira gerada pelo corte de madeira e cerâmicas como tijolos e telhas, além de evitar o contato das vias respiratórias com produtos químicos, como tintas. LUVAS: disponíveis em diversos materiais para finalidades específicas, elas fornecem proteção em trabalhos com risco de cortes e evitam o contato direto das mãos com materiais como cimento e argamassa. CALÇADO DE SEGURANÇA: protege os pés de perfurações (ao pisar em pregos, por exemplo) e quedas de objetos e evita que o trabalhador seja vítima de escorregões. CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA: principal equipamento de proteção utilizado em trabalhos em altura, possui pontos de conexão a outros elementos de segurança e é capaz de reter uma pessoa em caso de queda.
TAPUMES: anteparo geralmente de madeira que limita o local da execução da obra para proteger quem está do lado de fora. CHUVEIROS LAVA-OLHOS: ajuda o trabalhador a fazer limpeza imediata dos olhos no caso de contato com materiais da obra. PLATAFORMAS: instaladas entre os pavimentos, evitam que objetos caiam diretamente no solo e atinjam algum trabalhador. CONES, CAVALETES, BIOMBOS, FITAS, CORRENTES, TELAS E REDES ISOLADORAS: sinalizam áreas restritas e alertam sobre o trânsito e uso de máquinas e equipamentos, por exemplo. EXTINTORES DE INCÊNDIO: combatem focos de chamas e evitam incêndios conforme o tipo de material gerador do fogo.
Feito isso, é fundamental verificar se os equipamentos de proteção individuais e coletivos fornecidos estão sendo realmente utilizados. Afinal, não basta apenas entregá-los às equipes se as pessoas ainda não estiverem conscientizadas da importância do seu uso, concorda?
Um trabalhador pode deixar de utilizar um dispositivo de proteção por diversos motivos: não ter consciência do real risco que sua atividade representa, achar incômodo e até pela falta de hábito. Sendo assim, sua construtora precisa avaliar se está agindo da forma certa para incentivar o uso. Para ajudar a contornar essas situações, algumas dicas interessantes que a construtora pode colocar em prática são:
Uma boa comunicação na segurança do trabalho é chave para ajudar a prevenir doenças e acidentes relacionados às atividades de uma empresa. Para empresas de construção civil, onde boa parte dos trabalhadores desenvolvem atividades fisicamente intensas e atuam em locais propensos a acidentes, como os canteiros de obras, a atenção ao tema segurança do trabalho costuma ser enfatizada. Provavelmente na sua empresa existe uma comissão permanente ou um departamento exclusivamente dedicado a garantir que todas as normas de segurança sejam cumpridas, que os funcionários sejam treinados para evitar acidentes, que a assistência médica saiba agir quando coisas ruins acontecem. Mas será que sua empresa dá a devida atenção ao papel específico da comunicação em todo esse processo?
Frequentemente, como gestores, negligenciamos o tema comunicação. Assumimos que sabemos nos comunicar bem o suficiente, já que fazemos isso o tempo todo e sem precisar pensar muito a respeito. Acreditamos que
nossos líderes, pares e liderados compreendem bem nossas mensagens e comunicam-se bem uns com os outros. Deixamos de fazer um planejamento de comunicação orientando cada objetivo de negócio ou cada processo. Deixar de planejar a comunicação é um grave erro! Sem planejamento, não se estabelecem critérios de sucesso e não se identificam oportunidades de ganho de eficiência, não se identificam os pontos que podem funcionar melhor ou pior dependendo do tipo e da qualidade da comunicação. Quando deixamos de planejar a comunicação na segurança do trabalho, o custo de uma falha ou da falta de comunicação pode ser um grave acidente ou até mesmo a morte de uma pessoa.
Sobre o tema de comunicação na segurança do trabalho, há um artigo interessante, da australiana Angelica Vecchio-Sadus, especialista saúde e segurança corporativa. Angelica fala sobre como uma comunicação efetiva contribui para o fortalecimento de uma cultura que prima pela segurança do trabalho.
A autora destaca que precisamos unir prática e teoria das normas de segurança para que as precauções sejam eficazes, e ter esses objetivos previstos em seu plano de comunicação é o que faz a diferença. Veja alguns exemplos de como conseguir isso.
Treinamentos são as melhores ferramentas para cobrir qualquer lacuna de conhecimento que grupos e áreas de alto risco tenham. Assim, a percepção de risco é ajustada. Programas de treinamento pró-ativos funcionam bem para estimular atitudes positivas e construtivas para saúde e segurança do local de trabalho, mantendo sempre em mente as necessidades específicas da sua equipe.
Para envolver toda a equipe no processo de melhorias, campanhas para estimular a comunicação de incidentes e acidentes também são importantes, pois muitos trabalhadores ainda têm receio de denunciar condições e situações irregulares por medo de serem recriminados.
Como há muitas informações sobre saúde e segurança no trabalho que devem ser repassadas, torná-las facilmente acessíveis e compreensíveis é um dos passos principais. Vídeos e até um website para fornecer e centralizar todos os documentos referentes a este setor na sua empresa podem ser bons recursos para disponibilizar essas informações. Vale apenas lembrar que o site deve ser divulgado internamente, pois precisa de visibilidade para cumprir seu objetivo.
No canteiro de obras, onde os riscos são mais presentes e existe um foco
para prevenção, a comunicação deve ser ainda mais intensiva. O uso de placas e instruções de segurança ajudam a alertar os trabalhadores sobre os cuidados necessários para prevenção de acidentes. É cada vez mais comum que os trabalhadores estejam com seus smartphones, na obra, por exemplo, e seu uso em geral é positivo, mas pode haver riscos, especialmente quando o uso não é profissional e planejado, mas para aqueles momentos de lazer, quando chegam piadas do grupo de amigos ou mensagens da família. Para evitar que trabalhadores atendam a ligações pessoais ou se distraiam com mensagens instantâneas, canteiros de obras no Distrito Federal criaram o “cantinho do WhatsApp”, sempre em uma área livre de riscos e onde os trabalhadores podem ficar mais relaxados.
Hoje temos uma grande variedade de publicações sobre questões de saúde e segurança no trabalho, desde simples folhetos instrutivos sobre temas específicos, como cartilhas de dicas de segurança, até outras fontes de informação para relatórios mais detalhados, livros, entre outros. Em caso de problemas de linguagem, posters com ilustrações e símbolos podem simplificar e esclarecer certas mensagens. Para destacá-los, você pode colocar em paineis exclusivos para esse tipo de comunicação!
O modo como você se comunica com seus funcionários faz toda a diferença para que eles acreditem na sua mensagem. A regra aqui é dar feedbacks objetivos. O ideal é que você não utilize uma linguagem ambígua e subjetiva,
Você já foi apresentado a uma das principais Normas Regulamentadoras aplicadas à construção civil, a NR 6, que dispõe sobre o fornecimento e uso de EPIs adequados ao risco de cada atividade, mas existem diversas outras que devem ser observadas pelo setor e sua construtora precisa ficar atenta.
As NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho e formuladas para garantir condições saudáveis e seguras ao trabalhador, devem ser cumpridas por todas as empresas e órgãos privados e públicos que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ao ser constatado o não cumprimento dessas normas por meio de fiscalizações, a construtora fica sujeita a penalidades, como multas.
#1 NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT): a construtora deve manter tais serviços para promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
#2 NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO): exige a elaboração e implementação do programa com o objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores.
#3 NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA): estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do programa, visando levantar e controlar os riscos existentes no ambiente de trabalho.
#4 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE: estabelece condições mínimas para garantir a segurança de operários que trabalhem direta ou indiretamente com serviços de eletricidade.
#5 NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS: normas de segurança para operação de máquinas transportadoras.
É melhor prevenir do que remediar, certo? Quando se fala em máquinas e equipamentos, então, os custos com manutenções preventivas são significativamente menores se comparados aos gastos com reparos corretivos e emergenciais.
Mas essa não é a única vantagem de se realizar revisões preventivas no maquinário utilizado pela construtora. Outro benefício extremamente importante está relacionado à segurança dos operadores, uma vez que poderão utilizar todos os recursos oferecidos pelos equipamentos sem se preocuparem em sofrer acidentes pelo seu mau funcionamento.
Manutenções preventivas são as reparações – como lubrificações, calibrações e aferições - feitas com a intenção de reduzir a probabilidade de falha de uma máquina ou equipamento. São intervenções devidamente programadas para acontecer antes da data provável do aparecimento de uma falha, visando evitá-la.
Por isso, vale a pena elaborar um planejamento de manutenções preventivas de todas as máquinas e todos os equipamentos que fazem parte do patrimônio da construtora para mantê-los sempre em perfeito estado de funcionamento. Esse cronograma pode ser feito com base em recomendações do fabricante ou no histórico de uso, por exemplo.
Pense nas betoneiras utilizadas para misturar concreto e demais materiais na execução de uma obra. As descargas elétricas estão entre as principais causas de acidente envolvendo essas máquinas, por isso, os cabos devem estar sempre em bom estado para evitar que qualquer parte desencapada gere choques – muitas vezes tão intensos que acabam até custando a vida do trabalhador.
Furadeiras, serras e lixadeiras também são exemplos de ferramentas de uso constante nas obras e, por esse motivo, precisam estar com suas manutenções sempre em dia.
O disco de uma serra pode subitamente se desprender do seu eixo durante o uso por ter afrouxado com o tempo e ainda não ter passado pela manutenção necessária. Isso pode gerar desde ferimentos superficiais até lesões mais sérias que perigam, inclusive, afastar o operário do trabalho temporariamente.