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apostila de economia
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Capítulo 1: Conceitos Básicos: Economia e Ciência Econômica
Textualmente, Economia significa “A ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição e consumo de bens”. Por esta definição se percebe que as questões relativas ao assunto, possuíram uma gravidade não completamente registrada pela História em épocas passadas; possuem uma mística grandemente desconhecida na atualidade devido à grande velocidade das atividades e à interesses não tão divulgados; e provavelmente, possuirão um desconhecimento ainda maior no futuro, devido às alterações previsíveis, que indicam uma mudança significativa na Atividade Humana. Nota-se que o assunto “Economia” está totalmente associado à atividade humana e suas necessidades; assim ele se relaciona com todas as demais áreas ligadas ao Ser Humano; dentre as quais pode-se ressaltar: a História, a Sociologia, a Geografia, o Direito, os Métodos Quantitativos e a Política. Cada uma dessas áreas possui um relação biunívoca, correspondente, com a Economia, e todas elas tendem a interferir no processo econômico, visando seus próprios benefícios ou direitos. A atividade voltada para a área econômica sempre despertou a atenção dos povos, porém mais recentemente, com as grandes descobertas técnicas e científicas, é que ela ganhou a dimensão de ciência, fruto da alteração em procedimentos produtivos, devido às descobertas técnicas e científicas. Esta atividade busca a universalização das condições do bem-estar, através da aceleração do progresso material e do atendimento a todas as necessidades humanas. Assim, é perceptível o relacionamento desta área com as demais áreas do desenvolvimento humano. Busca-se, então, apresentar um conjunto de conceitos que poderão auxiliar na tentativa da solução dos problemas ligados às necessidades citadas. Algumas relações mais importantes podem ser identificadas com mais facilidade e conseqüentemente podem ser analisadas de uma melhor forma, porém percebe-se que a característica mais latente da Economia está na sua multiplicidade de atuação e de interferências, o que leva à necessidade de analisá-la em diferentes dimensões.
A Diversidade do Crescimento O crescimento humano possui múltiplas causas com resultados acelerados, que geram efeitos até incontroláveis em alguns casos. O crescimento diverso gera manipulações também diversas, que definem valores diferenciados para o atendimento das demandas, com o aparecimento da variável especulativa.
Inflação Inflação é definida como sendo uma alta persistente e generalizada dos preços da Economia. A alta de preços deve ser persistente para poder caracterizar a inflação. A alta de preços deve ser generalizada para também caracterizar a inflação.
Deflação
Deflação é a queda de preços da Economia. A queda não precisa ser persistente para caracterizar a deflação.
Quando se tem variações: inflação em um semestre; deflação no semestre seguinte; e assim por diante; não se pode caracterizar a situação como de Economia inflacionária.
1.2 Definição de Economia Economia é a Ciência Social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços utilizados para satisfazer as necessidades humanas. Ela também pode ser definida como uma Ciência quase exata cujas leis ou proposições não são passíveis de verificação ou de experimentação em laboratórios, gerando assim diversas discordâncias entre os economistas (os estudiosos do assunto).
1.3 Algumas Interferências e Dúvidas São indicadas a seguir algumas, mas não todas, possibilidades de interferências no estudo do assunto “Economia”:
Todas as interferências citadas, quando ocorrem em sentido contrário, geram também reações contrárias àquelas indicadas.
São citadas, a seguir algumas, mas não todas as dúvidas mais comuns do estudo do assunto “Economia”:
1.4 O Problema Econômico Fundamental Com estas informações se deduz que a Economia estuda a relação dos homens entre si e com a obtenção dos bens e serviços necessários à satisfação dos desejos e aspirações da própria Sociedade. Assim sendo os problemas econômicos apresentam sempre um aspecto muito forte de multiplicidade, gerado pelas características diversas das pessoas, dos bens e dos serviços. As necessidades Humanas são ilimitadas; isto porque o ser Humano, pela sua própria natureza, nunca está satisfeito com o que possui e sempre deseja mais. Por outro lado os
18 1 15 2 11 3 6 4 0 5
Em uma mesma base de tempo, se todos os recursos produtivos da empresa fossem utilizados somente para a produção do parafuso A, seriam obtidas 20 unidades. Caso se desejasse produzir uma unidade de B, recursos produtivos alocados na fabricação do parafuso A deveriam ser deslocados para a fabricação de B e haveria uma queda na fabricação de A para 18 unidades. Aumentos sucessivos da produção de B levariam a reduções conseqüentes da produção de A, até atingir-se um outro ponto-limite: caso todos os recursos produtivos da empresa fossem utilizados somente para a produção do parafuso B, seriam obtidas 5 unidades deste tipo de parafuso. O seguinte gráfico poderia ser montado para ilustrar as possibilidades de produção do estudo elaborado pelo Engenheiro de Produção, colocando-se no eixo das abscissas (horizontal) as produções de A e no eixo das ordenadas (vertical) as correspondentes produções de B.
Figura 1.1: Gráfico do exemplo 1.
No gráfico, os pontos de produção são unidos por uma curva (a CPP) no pressuposto de que a fabricação possa ser contínua (ou seja, possam produzir-se quantidades fracionadas dos parafusos, tais como 2 1/4; 31/2; etc.).
Algumas constatações podem ser obtidas da análise do gráfico da CPP da empresa:
Tudo o que foi apresentado a respeito de empresa hipotética acima, poderia ser aplicado a uma Sociedade em que apenas dois tipos de bens pudessem ser produzidos e para a qual a quantidade de fatores de produção e o nível tecnológico fossem dados (constantes). Desse modo a CPP ilustra o problema da escassez: os recursos produtivos são limitados e não
podem atender à produção de todos os bens e serviços necessários para satisfazer as aspirações humanas. A Sociedade, para obter mais do item A, precisaria sacrificar a produção do item B e vice-versa. A quantidade perdida do item A pela Sociedade para aumentar a produção do item B é denominada de custo de oportunidade (ou de transformação) No exemplo 1.1 a quantidade do item A que a empresa (ou a Sociedade) deve abandonar para obter uma unidade adicional do item B é crescente, conforme indicado na tabela 1.2:
Tabela 1.2 Custos de oportunidades do exemplo 1. Parafuso “A” Parafuso “B” Unidade Adicional de B Perda de A (Custo de Oportunidade) 20 0 - 18 1 1ª 2 (20 – 18) 15 2 2ª 3 (18 – 15) 11 3 3ª 4 (15 – 11) 6 4 4ª 5 (11 – 6) 0 5 5ª 6 (6 – 0)
O fato do custo de oportunidade ser crescente faz com que a CPP tenha sua concavidade (curvatura) voltada para baixo ou para a origem.
B Figura 1.2: Concavidade da CPP com custo de oportunidade crescente
Por exemplo, se a perda de A, para se obter uma unidade adicional de B, fosse sempre
igual (constante), tal como mostrado na tabela a seguir, a CPP teria forma de uma reta. Tabela 1.3 Dados do Exemplo 1.1 com suposição de variação constante Parafuso “A” Parafuso “B” 20 0 16 1 12 2 8 3 4 4 0 5 B
mercado de trabalho (excluindo-se, por exemplo, os estudantes e donas de casa), obtém-se a População Economicamente Ativa (PEA). A PEA é constituída por empregados e desempregados. A parcela da PEA que está empregada é denominada População Ocupada. O quociente entre a parcela desempregada da PEA e o seu total é denominado de Taxa de desemprego da Economia.
O fator de produção Capital corresponde ao conjunto dos edifícios, máquinas, equipamentos e instalações que a Sociedade dispõe para efetuar a produção. Este conjunto é denominado de Estoque de Capital da Economia. Quanto mais bens de capital dispuser a economia, mais produtiva ela será (ou seja, mais bens e serviços poderá produzir). É importante observar que o conceito de Capital como fator de produção é um pouco diferente da palavra Capital usada na linguagem comum, quando é utilizada para designar uma quantia em dinheiro (ou outro ativo financeiro) que determinada pessoa possui para iniciar ou já existente em um determinado negócio.
1.7 Sistema Econômico Sistema Econômico é a forma como a Sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas que são as atividades de: produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. Tendo em vista que as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos são limitados, qualquer sistema econômico terá que enfrentar três problemas básicos: a) o que produzir – ou seja, a Sociedade tem que fazer uma escolha, dentro do leque de possibilidades de produção que tenha, de quais os produtos e respectivas quantidades serão fabricadas; b) como produzir - a Sociedade terá que escolher também quais os recursos produtivos que serão utilizados para a fabricação dos produtos escolhidos, dado o nível tecnológico nela existente; e como esses recursos são escassos, é sempre conveniente que sejam utilizados da forma mais eficiente para que o custo de produção seja o menor possível; e c) para quem produzir – a Sociedade terá também que decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção, ou seja, se todos participarão igualmente desses resultados ou, em caso contrário, quais dos membros serão os mais ou menos beneficiados. A maneira como esses problemas serão resolvidos numa Economia Capitalista de mercado, que é a forma de sistema econômico predominante no mundo contemporâneo, será apresentada a seguir.
1.8 Fluxos Econômicos numa Economia de Mercado. Mercados de Fatores e de Bens Numa versão simplificada do funcionamento de uma Economia de Mercado, há que se distinguir dois agentes econômicos fundamentais: as Unidades Produtivas ou Empresas e as Unidades Consumidoras ou Proprietários dos Fatores de Produção (ou famílias ). As unidades produtivas, são as unidades produtoras de bens e/ou serviços. Numa Economia de Mercado, tal produção é efetuada por pessoas jurídicas denominadas empresas , utilizando os fatores de produção (recursos naturais, trabalho e capital) que são cedidos a elas, pelos proprietários dos mesmos em troca de uma remuneração, que é denominada renda. Os proprietários dos fatores de produção (os capitalistas que detêm a propriedade do capital, os assalariados e demais trabalhadores que possuem o fator de produção trabalho e
as pessoas que são donas dos recursos) utilizam a renda originária da cessão de seu uso para as empresas comprar os bens e serviços que estas produzem e que satisfaçam às suas necessidades. O valor total destas compras é denominado dispêndio. A empresa é um agente econômico distinto do capitalista, seu proprietário, que faz parte das famílias (aos proprietários de empresas individuais e os profissionais liberais participam simultaneamente dos dois grupos: enquanto unidades produtoras são considerados integrantes do agente econômico empresas e, enquanto proprietários de fatores de produção, são considerados integrantes do agente econômico famílias). O diagrama a seguir resume o que foi exposto:
Figura 1.4 Relação entre Unidades de Produção e Unidades Consumidoras
A renda , a remuneração paga pelas empresas pelo uso dos fatores de produção, é
classificada pelos economistas em quatro grandes categorias:
observar que o lucro das empresas, mesmo que não distribuído , é considerado renda dos sócios ou acionistas da empresa, pois, em última análise, pertence a eles (mesmo os lucros não-distribuídos pelas empresas pertencem a seus sócios e acionistas; se a empresa, por exemplo, vier a se extinguir, a importância correspondente a estes lucro será paga a eles);
A distribuição do benefícios resultantes da produção (para quem produzir) dependerá da quantidade de cada fator de produção utilizado e da contribuição de cada um deles para a efetivação da produção, ou seja, de sua produtividade. Assim, por exemplo, países em que o trabalho não-qualificado seja abundante e o capital seja escasso, tendem a pagar salários bastante baixos, embora os juros e os lucros sejam mais elevados. Os trabalhadores qualificados, por sua vez, por serem menos abundantes e mais produtivos, tendem a receber remunerações mais altas. A decisão de, quais produtos deverão ser produzidos pela economia é tomada em
conjunto pelas unidades consumidoras (que constituirão a demanda de bens e serviços) e pelas unidades produtoras (que farão a oferta de bens e serviços). O mecanismo de equilíbrio entre essas duas forças se dá no mercado, onde são determinados os preços e quantidades transacionadas dos diversos bens e serviços. A resposta à questão de como produzir, será dada pela concorrência entre os produtores, que deverão adotar a combinação de fatores de produção que proporcione o menor custo de produção.
1.9 Micro e Macroeconomia
Observa-se que o volume de água no reservatório é uma variável-estoque contínua. A cada momento do tempo, o nível do reservatório se altera em função da vazão de água da torneira no interregno entre eles. A variável-estoque, portanto, é influenciada pelo valor da variável-fluxo. Em Economia, há também vários exemplos de inter-relação entre essas variáveis. O caso da dívida externa de um País é um deles. Trata-se de uma variável-estoque (é medida numa determinada data) e seu valor é influenciado pelos fluxos dos empréstimos e amortizações dos mesmos (que são medidos em intervalos de tempo). Outro exemplo é a relação entre a produção de bens de capital (investimento) e o estoque de bens de capital de um País.
Bibliografia