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O presente manual vai ajudar em perceber sobre os principais termos tratados na educação Ambiental
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 11/03/2020
4.8
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Lista de Tabelas
O capítulo VII, é relativo a biodiversidade, salienta a importância da preservação dos recursos faunísticos e florestais, alertando sobre as consequências do uso não sustentável dos recursos naturais.
O capítulo VIII, sobre os resíduos sólidos, aborda as diferentes formas de tratamento de resíduos sólidos e as consequências da má gestão dos mesmos para o homem e o meio ambiente.
António Armindo Rúben Monjane & Ana Romão Wamir Da Conceição
Nas últimas décadas, vêm se intensificando a preocupação inerente à temática ambiental, concomitantemente, as iniciativas dos vários sectores da sociedade para o desenvolvimento de actividades e projectos no intuito de educar as comunidades, procurando sensibilizá-las para as questões ambientais e mobilizá-las para a modificação de atitudes nocivas e a apropriação de posturas benéficas ao equilíbrio ambiental.
Os mídias tem se encarregado muitas vezes de forma genérica e noticiosa, de divulgar, grandes catástrofes ambientais, naturais ou provocadas pela actividade do homem. Actualmente são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Nos encontros, debates e grandes conferências realizadas para a discussão deste assunto é consensual a necessidade da mudança de mentalidade na busca de novos valores e de uma nova ética para reger as relações sociais, cabendo à educação um papel fundamental nesse processo.
A Educação Ambiental (EA) nasce da sensibilidade de aliar conhecimento científico, tecnológico, artístico e cultural, com uma nova consciência de valores de respeito aos seres humanos e aos recursos naturais, com perspectivas de ajudar a formar uma mentalidade impulsionadora da construção de um novo paradigma emancipador.
Neste contexto, a Educação Ambiental (EA) pelo seu carácter humanista, holístico interdisciplinar e participativo, contribui muito na renovação do processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o
centrais do processo de ensino-aprendizagem, para elaboração de propostas educacionais. Neste sentido, o sector de educação assume um papel de relevo na formação do cidadão, do amanhã. Para a abordagem dos temas transversais, propõe-se o uso de um conjunto de estratégias nas quais as metodologias participativas desempenham um papel de grande relevo.
1.2.1 Projectos sobre temas ligados à dinâmica do planeta e a natureza
Temas ligados à dinâmica do planeta e a natureza como é o caso de “Catástrofes naturais, aquecimento global, mudanças climáticas”, são discutidos nas várias esferas da sociedade, merecendo grande destaque nos mídias e estudos académicos. São temas que devem ser discutidos fervorosamente em todas as áreas do saber quer em forma de teatros, exposições, poemas, excursões, palestras e exemplos práticos relacionados com cada disciplina, quer nas diferentes formas de educação de formal e a não formal.
1.2.2 A imagem como agente transformador
O uso da fotografia ou imagem como estratégia comunicativa para favorecer os trabalhos de Educação Ambiental ganha consistência por associar arte à mídias, ou seja, o conteúdo artístico a um suporte que pode ser amplamente veiculado, uma mídia que é parte das estratégias de comunicação de massa estabelecidas na sociedade que apreende atenção e admiração ao mesmo tempo.
Aliar a fotografia à Educação Ambiental é tornar notável a necessidade da preservação ambiental; é a criação de uma política de comunicação através da apreciação estética que visa despertar a necessidade de manter vivo o que ali estará representado através de uma imagem.
1.2.3 Educação ambiental e o saber local
Narrar e ouvir narrativas sobre saber local constitui uma forma particular de perceber o mundo, que faz uso específico de certa estrutura cognitiva. Percepção é a peça - chave para analisar os diferentes posicionamentos que a questão ambiental suscita. É também um dos constituintes básicos das representações sociais, motivo pelo qual interessa o estudo deste tema para a Educação Ambiental.
Analisando o potencial narrativo de eco jornalistas e educadores ambientais, sugerimos o aproveitamento do tipo de pensamento propiciado pela narrativa para construir estratégias educativo-ambientais mais integradoras.
1.3 Estratégias de Implementação da Educação Ambiental Como Tema Transversal
A Educação Ambiental como tema transversal pode ser implementada através de acções concretas tais como:
realização de excursão com vista a aliar a teoria e a prática;
realização de palestras sobre aspectos ambientais (questões em discussão nos mídias);
elaboração de materiais de divulgação e propaganda de aspectos ambientais;
campanhas de plantios de árvores, em locais em risco de erosão;
promoção de acções de plantio de árvores para fins energéticos nas zonas rurais;
criação de jardins botânicos de plantas para fins medicinas;
promoção de concursos entre unidades orgânicas sobre a poupanças de energia e uso sustentável da águas;
argumentos de pontos de vista opostos.
propostas diferentes de soluções.
apresentação de fatos e ideias.
Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a ser submetido a um determinado público.
Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação à dada questão.
Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados.
Reflexão: o oposto de chuva de ideias. É fixado um tempo aos estudantes para que se sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema ambiental específico.
Usado para encorajar o desenvolvimento de ideias em resposta a um problema num intervalo de 10 a 15 min.
Permite o envolvimento e a participação activa de todos estudantes.
Mídias: orientar os estudantes a usar os diferentes meios de comunicação (jornais, dos programas de rádio e Tv).
Os estudantes podem obter informações de sua escolha e levá- las para outros grupos dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado.
Forma efectiva de aprendizagem e acção social.
Projecto: orientar os estudantes a planificar, executar, avaliar e redireccionar um projecto sobre um tema específico.
Realização de tarefas com objectivos a serem alcançados a longo ou curto prazo, com envolvimento da comunidade.
A execução do próprio trabalho, permite ao estudante podem diagnosticar falhas e propor soluções.
Exploração do ambiente local (excursão): prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximo para estudos, observações, etc.
Para compreensão dos processos ambientais a sua volta.
Permite grande participação de pessoas envolvidas e vivência de situações concretas.
Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP, 1998
Ana Romão Wamir da Conceição & Ana Paula Luciano Camuendo
2.1 Trajectória da Educação Ambiental A preocupação da comunidade internacional com os limites do desenvolvimento do planeta, data da década de 60, quando começaram as calamidades ambientais a dominar as notícias e as discussões sobre os riscos da degradação do meio ambiente se tornaram mais frequentes. A evolução dos problemas ambientais fez com que diferentes povos com diferentes culturas tivessem presente nas suas vidas a preocupação com o ambiente o que conduziu a realização de importantes eventos mundiais que marcaram a trajectória da Educação Ambiental nas últimas décadas, das quais privilegia-se o destaque de algumas das mais relevantes.
A primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento organizada pela ONU, realizou-se em 1972 em Estocolmo na Suécia, onde participaram 114 países, e teve como objectivo chamar a atenção dos governos para a adopção de novas políticas ambientais, entre elas um “Programa de Educação Ambiental”, visando educar o cidadão para a compreensão e o combate à crise ambiental no mundo. Reconheceu ainda internacionalmente que a protecção ambiental estava fortemente inter-relacionada com o desenvolvimento económico e a prosperidade no mundo. A Educação Ambiental Passa a ser vista como uma importante ferramenta na construção de um futuro “sustentável”.
A Conferência de Estocolmo marcou, a nível internacional, a necessidade de políticas ambientais, reconhecendo a Educação Ambiental como uma necessidade para a solução dos problemas ambientais. Nesse encontro também foram propostas orientações para a capacitação de professores e o desenvolvimento de novos métodos e recursos institucionais para a implementação da Educação Ambiental nos diversos países. A partir
A Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu ainda outra reunião importante, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, Brasil, onde participaram 170 países, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida. Esta conferência ficou também conhecida como Conferência de “Cúpula da Terra ou eco Rio 92”. Dela saíram alguns documentos importantes como a Agenda 21 e a Carta da Terra, também chamada de Declaração do Rio, e a Agenda 21. E definiram-se alguns objectivos para promover uma exploração racional e equilibrada do meio ambiente em todo o Mundo. De facto, a Cimeira significou o despertar definitivo das nações para as questões ambientais.
A Cimeira aprovou diversas convenções, de entre as quais destacam-se a convenção da diversidade biológica e a do aquecimento global da terra. A primeira obriga os Estados a proceder a um inventário das espécies de plantas e de animais selvagens que se encontram em perigo de extinção no seu território, e a segunda exige que as nações reduzam a emissão de Dióxido de carbono, Metano e outros gases que sejam responsáveis pelo buraco na camada de ozono da atmosfera.
2.1.1 A Carta da Terra
O ponto central da Carta da Terra é a constatação de que os países ricos poluem mais o planeta e, portanto, devem ajudar as nações pobres com tecnologias não-poluidoras e avanços científicos que as conduzam a um desenvolvimento mais rápido e menos predatório. A carta reconhece que os Estados têm o direito soberano sobre os recursos naturais de seus territórios, têm a responsabilidade de garantir que sua exploração não cause danos ao meio ambiente de outros países. E também, tem a incumbência de indemnizar as vítimas de poluição e outros danos ambientais por eles provocados. Todos os governos e pessoas devem cooperar na erradicação da pobreza, mas os países desenvolvidos têm responsabilidades maiores: são os que mais consomem e os que detêm as tecnologias necessárias para o desenvolvimento dos países pobres.
2.1.2 Agenda 21
O que é Agenda 21?
A Agenda 21 é o plano de acção das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável no Século XXI, aprovado na conferência do Rio de Janeiro de 1992. No Capítulo 28 da Agenda 21 apela-se às autoridades locais de cada país para que desenvolvam um processo consultivo e consensual com as suas populações, sob a forma de uma versão local da Agenda 21 para as suas comunidades - Agenda 21 Local / Acção Local 21.
Quais são os objectivos da Agenda 21?
O objectivo da Agenda 21 é traçar estratégias para implantar os princípios da Carta da Terra. Dos seus 40 capítulos, oito tratam de questões económicas e sociais; 14, da conservação e gestão dos recursos naturais; sete descrevem o papel dos grupos sociais; e 11 tratam das políticas para garantir a qualidade de vida das próximas gerações. Foram inúmeras as divergências entre as delegações oficiais, e, a conferência não conseguiu estabelecer a fonte de recursos para financiar a implantação das políticas aprovadas.
Neste âmbito em 1993, é criada uma Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CDS), constituída de 53 países, para fiscalizar o cumprimento da Agenda 21.
Apesar do conteúdo das várias declarações produzidas nos encontros acima citados ter recebido muitas críticas, devem ser reconhecidos os avanços introduzidos e que estão contidos nos pressupostos pedagógicos que nortearam estas declarações.
No ano de 2002 aconteceu um outro evento, importante a conferencia “Rio + 10”, na África do Sul, na cidade de Joanesburgo, contou com a participação de 190 países onde foi feito um balanço das acções sócio-ambientais realizadas na última década, após a Rio-