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Guias e Dicas
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Educação Ambiental e saúde pública, Manuais, Projetos, Pesquisas de Química

O presente manual vai ajudar em perceber sobre os principais termos tratados na educação Ambiental

O que você vai aprender

  • Quais são algumas fontes de energia renováveis?
  • Quais são as cinco dimensões do modelo de sustentabilidade?
  • Como podemos reduzir a poluição ambiental?
  • Qual é a importância da conservação da biodiversidade?
  • Qual é a importância da gestão responsável da água e da energia?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020
Em oferta
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Compartilhado em 11/03/2020

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1: CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................ 11
1.1 Objectivos do manual .............................................................................................. 12
1.2 Estratégias metodológicas de abordagem de Educação Ambiental ........................ 12
1.2.1 Projectos sobre temas ligados à dinâmica do planeta e a natureza ................... 13
1.2.2 A imagem como agente transformador ............................................................ 13
1.2.3 Educação ambiental e o saber local .................................................................. 14
1.3 Estratégias de implementação da Educação Ambiental como Tema Transversal .. 14
CAPÍTULO 2: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................ 17
2.1 Trajectória da Educação Ambiental ........................................................................ 17
2.1.1 A Carta da Terra ............................................................................................... 19
2.1.2 Agenda 21 ......................................................................................................... 20
2.2 Conceito de Educação Ambiental ........................................................................... 21
2.3 As Categorias dos objectivos da Educação Ambiental ........................................... 23
2.4 Princípios básicos da Educação Ambiental ............................................................. 24
2.5 Formas de actuação da Educação Ambiental .......................................................... 26
2.5.1 Educação Ambiental formal ............................................................................. 26
2.5.2 Educação Ambiental Não-Formal .................................................................... 27
2.5.3 Educação Ambiental Informal .......................................................................... 27
2.5.4 Outras formas de actuação ................................................................................ 27
2.6 Educação Ambiental para a sustentabilidade .......................................................... 28
2.6.1 Características da Educação Ambiental para a Sustentabilidade ..................... 28
2.6.2 Desenvolvimento sustentável ........................................................................... 30
2.7 Importância da Educação Ambiental ...................................................................... 32
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ÍNDICE

Lista de Tabelas

  • INTRODUÇÃO
  • CAPÍTULO 1: CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................................
    • 1.1 Objectivos do manual
    • 1.2 Estratégias metodológicas de abordagem de Educação Ambiental
      • 1.2.1 Projectos sobre temas ligados à dinâmica do planeta e a natureza
      • 1.2.2 A imagem como agente transformador
      • 1.2.3 Educação ambiental e o saber local
    • 1.3 Estratégias de implementação da Educação Ambiental como Tema Transversal
  • CAPÍTULO 2: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
    • 2.1 Trajectória da Educação Ambiental
      • 2.1.1 A Carta da Terra
      • 2.1.2 Agenda
    • 2.2 Conceito de Educação Ambiental
    • 2.3 As Categorias dos objectivos da Educação Ambiental
    • 2.4 Princípios básicos da Educação Ambiental
    • 2.5 Formas de actuação da Educação Ambiental
      • 2.5.1 Educação Ambiental formal
      • 2.5.2 Educação Ambiental Não-Formal
      • 2.5.3 Educação Ambiental Informal
      • 2.5.4 Outras formas de actuação
    • 2.6 Educação Ambiental para a sustentabilidade
      • 2.6.1 Características da Educação Ambiental para a Sustentabilidade
      • 2.6.2 Desenvolvimento sustentável
    • 2.7 Importância da Educação Ambiental
    • 2.8 Conclusão
    • 2.9 Bibliografia..............................................................................................................
  • CAPÍTULO 3: ÁGUA
    • 3.1. Distribuição da água no Planeta Terra
    • 3.2. Ciclo de água e sua importância
    • 3.3. Água em Moçambique e na região da África Austral
    • 3.4 A Qualidade da água
      • 3.4.1. A água potável
      • 3.4.2. A água poluída
      • 3.4.3. A água contaminada
    • 3.4. Doenças Causadas por Consumo de água não Tratada
    • 3.5. Medidas de prevenção das doenças causadas pelo consumo de água não tratada
    • 3.6. Formas de Tratamento de água
    • 3.7 Desperdício e escassez de água para o consumo.....................................................
    • 3.8. Importância da preservação da água
    • 3.9 Medidas de uso sustentável da água........................................................................
    • 3.10 A água para o consumo nas zonas protegidas
    • 3.11 Conclusão
    • 3.13 Bibliografia............................................................................................................
  • CAPÍTULO 4: AR E CLIMA
    • 4.1 Características gerais:
    • 4.2 Constituição do ar atmosférico
    • 4.3 Actividades humanas e a poluição do ar
      • 4.3.1. Tipos de poluentes do ar
      • 4.3.2 Fontes de poluição do ar
      • 4.3.3 Tipos de poluentes antropogénicos...................................................................
    • 4.4. Poluição do ar nos grandes centros urbanos...........................................................
    • 4.5. Chuva ácida
      • 4.5.1. Efeitos da chuva ácida para o Homem e para o meio ambiente
    • 4.6. O Efeito estufa
    • 4.7. Aquecimento global
      • 4.7.1. Consequências do aquecimento global
      • 4.7.2. Poluição do ar e as alterações climáticas
      • 4.7.2. Mudanças climáticas do passado
    • 4.8 Bibliografia..............................................................................................................
  • CAPÍTULO 5: ENERGIA
    • 5.1. Fontes de energias
      • 5.1.1 Fonte primária de energia
      • 5.1.2. Fonte secundária de energia
    • 5.2. Fontes renováveis e não renováveis de energia
    • 5.3. Formas de energia
      • 5.3.1. A energia cinéticas...........................................................................................
      • 5.3.2. A energia potencial
    • 5.4. Conversão de calor em energia eléctrica
    • 5.5. Energia e desenvolvimento sustentável..................................................................
      • 5.5.1. Fontes de energia renováveis
      • 5.5.2. Biomassa
      • 5.5.3. Energia eólica
      • 5.5.4. Energia hídrica
      • 5.5.5. Energia solar
    • 5.6. O Sol como fonte principal de energia:
    • 5.7. Bibliográfica
  • CAPÍTULO 6: PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
    • 6.1. Uso de agroquímicos na produção de alimentos
    • 6.2. Tipos de agroquímicos
      • 6.2.1 Fertilizante ou adubos químicos
      • 6.2.2 Produtos fitossanitários ou agrotóxicos
      • 6.2.3. Danos ao meio ambiente e risco de intoxicação alimentar
    • 6.3. Agricultura ecológica e seu impacto ambiental
    • 6.4 Impacto da agricultura ecológica
    • 6.5. Problemas da distribuição assimétrica de alimentos: Subnutrição e Obesidade
      • 6.5.1. Produtos ou alimentos orgânicos
      • 6.5.2. Formas sustentáveis de conservação de alimentos
    • 6.6 Bibliografia............................................................................................................
  • CAPÍTULO 7 : BIODIVERSIDADE
    • 7.1 Conceitos de biodiversidade e habitat
    • 7.2. Importância da conservação da Biodiversidade
      • 7.2.1. Valor utilitário da biodiversidade
      • 7.2.2. Valor não-utilitário
      • 7.2.3. Serviços de biodiversidade
    • 7.3 Causas da destruição da biodiversidade
      • 7.3.1. Destruição do habitat
      • 7.3.2. Desenvolvimento urbano e turismo
  • CAPÍTULO 8: RESÍDUOS SÓLIDO
    • 8.1. Classificação de resíduos ou lixo
    • 8.1.1 Resíduos domésticos.......................................................................................
    • 8.1.2 Resíduos sólidos urbanos................................................................................
    • 8.1.3 Resíduos industriais
    • 8.1.4 Resíduos hospitalares
    • 8.1.5 Resíduos nucleares
  • 8.2. Tratamento de resíduos
    • 8.2.1. Resíduos orgânicos
    • 8.2.2. Resíduos inorgânicos
    • 8.2.3. Resíduos tóxicos
    • 8.2.3 Resíduos altamente tóxicos
  • 8.3. Prevenção e redução de resíduos
    • 8.3.1. Compostagem
  • 8.5 Limpeza e recolha de resíduos sólidos
    • 8.5.1. Aterros sanitários
    • 8.5.2. Incineração.....................................................................................................
  • 8.6 Bibliografia............................................................................................................
  • Ambiental e Económico. -------------------------------------------------------------------------- Figura 1: Modelo de desenvolvimento sustentável baseado nas três vertentes Social,
  • económica, social e cultural: ---------------------------- ---------------------------------------- Figura 2: Modelo das cinco dimensões da sustentabilidade: ecológica, espacial,
  • Figura 3: Distribuição da água no planeta-------- --------------------------------------------
  • Figura 4: Diagrama de barras da distribuição da água na terra ----------------------------
  • Figura 5: Ciclo da água --------------------------------------------------------------------------
  • Figura 6: Precipitação média anual no Planeta -----------------------------------------------
  • Figura 7: Representação esquemática de estação de tratamento de água------------------
  • Figura 8: Fontes de abastecimento de água nas comunidades ------------------------------
  • Figura 9: Um rio poluído por diversos materiais ---------------------------------------------
  • Figura 10: Principais fontes de poluição do ar 1,2,3 -----------------------------------------
  • secundários. --------------------------------------------------------------------------------------- Figura 11: Principais fontes de poluição atmosféricas e formação de poluentes
  • Figura 12: Efeitos da poluição em Pequim-China – 2008---------------------------------
  • Figura 13: Formação de chuvas ácidas-------------------------------------------------------
  • Figura 14: 1Efeito da chuva ácida na floresta ----------------------------------------------
  • Figura 15: Efeito estufa --------------------------------------------------------------------------
  • Figura 16: A, B: Derretimento das colotas polares ------------------------------------------
  • Figura 17. Diferentes fontes não-renováveis de energia ------------------------------------
  • Figura 18-A:. Diferentes fontes renováveis de energia -------------------------------------
  • Figura 18-B: Diferentes fontes renováveis de energia----------------------------------------
  • dos combustíveis fósseis-------------------------------------------------------------------------- Figura 20: Esquema dos processos que ocorrem na produção de energia eléctrica a partir
  • -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Figura 21: Exemplos de Fontes de Biomassa líquida: Cana-de-açúcar, Coqueiro, Rícino -
  • Figura 22: Produção de Biogás------------------------------------------------------------------
  • Figura 23: Turbinas eólicas ---------------------------------------------------------------------
  • Figura 24: Barragem de Cahora Bassa e Motores da energia das ondas do mar ---------
  • Figura 25: Motores de energia das ondas do mar --------------------------------------------
  • Figura 26: Barragem dos Pequenos Libombos – Maputo -----------------------------------
  • Figura 27: Albufeira de Cahora Bassa ---------------------------------------------------------
  • Figura 28: Painel solar -------------------------------------------------------------------------
  • Figura 29: Aquecedor solar de água ----------------------------------------------------------
  • Figura 30-A: Colectores parabólicos ---------------------------------------------------------
  • Figura 30-B: Vários helióstatos a reflectirem a luz para a torre central ------------------
  • Azul e da classe IV Pouco ou muito pouco tóxicos faixa Verde--------------------------- Figura 31: Embalagens vazias de agrotóxicos da Classe III Mediamente tóxicos faixa
  • Altamente tóxicos - Faixa Amarela ----------------------------------------------------------- Figura 32: Agrotóxicos Classe I - Extremamente tóxicos - Faixa vermelha e Classe II-
  • Figura 33: Hortícolas que facilmente podem ser contaminados por agrotóxicos -----
  • Figura 34:Frutas que acumulam agrotóxicos------------------------------------------------
  • Figura: 35: Casa construída com base em estacas de Mopane –Massingir --------------
  • Figura 36: Búfalos em ambientação após a chegada ao parque --------------------------
  • Beira------------------------------------------------------------------------------------------------ Figura 37: Área do mangal destruída e produtos (lenha e estacas) do mangal – Cidade da
  • Figura 38: Esquema de classificação de Resíduos segundo a origem -------------------
  • Figura 39: Campanha de limpeza num Bairro-----------------------------------------------
  • Figura 40: Símbolo internacional da reciclagem -------------------------------------------
  • Figura 41: Representação esquemática das vantagens da reciclagem de resíduos -----
  • Figura 42: Recolha Selectiva do lixo ---------------------------------------------------------
  • Figura 43: Deposição de Resíduos numa área não preparada -----------------------------
  • --------------------------------------------------------------------------------------------------------- Tabela 1. Algumas estratégias de implementação do temas transversais na sala de aulas--
  • Tabela 2: Distribuição percentual médio dos principais gases -----------------------------
  • Tabela 3: Principais poluentes do ar e suas fontes -------------------------------------------
  • Tabela 4: Principais poluentes atmosféricos --------------------------------------------------
  • Tabela 5: Energia ambiente e desenvolvimento ---------------------------------------------
  • em Moçambique (2002-2006) ------------------------------------------------------------------ Tabela 6: Principais produtos pesqueiros capturados na pesca industrial e semi-industrial
  • Tabela 7: Estimativas da Pesca Artesanal (2003-2006) ------------------------------------
  • Tabela 8: Alguns serviços providenciados pela biodiversidade --------------------------
  • Tabela 9: Variação da fauna bravia no Parque Nacional de Gorongosa -----------------

O capítulo VII, é relativo a biodiversidade, salienta a importância da preservação dos recursos faunísticos e florestais, alertando sobre as consequências do uso não sustentável dos recursos naturais.

O capítulo VIII, sobre os resíduos sólidos, aborda as diferentes formas de tratamento de resíduos sólidos e as consequências da má gestão dos mesmos para o homem e o meio ambiente.

CAPITULO 1: CONTEXTUALIZAÇÃO

António Armindo Rúben Monjane & Ana Romão Wamir Da Conceição

Nas últimas décadas, vêm se intensificando a preocupação inerente à temática ambiental, concomitantemente, as iniciativas dos vários sectores da sociedade para o desenvolvimento de actividades e projectos no intuito de educar as comunidades, procurando sensibilizá-las para as questões ambientais e mobilizá-las para a modificação de atitudes nocivas e a apropriação de posturas benéficas ao equilíbrio ambiental.

Os mídias tem se encarregado muitas vezes de forma genérica e noticiosa, de divulgar, grandes catástrofes ambientais, naturais ou provocadas pela actividade do homem. Actualmente são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.

Nos encontros, debates e grandes conferências realizadas para a discussão deste assunto é consensual a necessidade da mudança de mentalidade na busca de novos valores e de uma nova ética para reger as relações sociais, cabendo à educação um papel fundamental nesse processo.

A Educação Ambiental (EA) nasce da sensibilidade de aliar conhecimento científico, tecnológico, artístico e cultural, com uma nova consciência de valores de respeito aos seres humanos e aos recursos naturais, com perspectivas de ajudar a formar uma mentalidade impulsionadora da construção de um novo paradigma emancipador.

Neste contexto, a Educação Ambiental (EA) pelo seu carácter humanista, holístico interdisciplinar e participativo, contribui muito na renovação do processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o

centrais do processo de ensino-aprendizagem, para elaboração de propostas educacionais. Neste sentido, o sector de educação assume um papel de relevo na formação do cidadão, do amanhã. Para a abordagem dos temas transversais, propõe-se o uso de um conjunto de estratégias nas quais as metodologias participativas desempenham um papel de grande relevo.

1.2.1 Projectos sobre temas ligados à dinâmica do planeta e a natureza

Temas ligados à dinâmica do planeta e a natureza como é o caso de “Catástrofes naturais, aquecimento global, mudanças climáticas”, são discutidos nas várias esferas da sociedade, merecendo grande destaque nos mídias e estudos académicos. São temas que devem ser discutidos fervorosamente em todas as áreas do saber quer em forma de teatros, exposições, poemas, excursões, palestras e exemplos práticos relacionados com cada disciplina, quer nas diferentes formas de educação de formal e a não formal.

1.2.2 A imagem como agente transformador

O uso da fotografia ou imagem como estratégia comunicativa para favorecer os trabalhos de Educação Ambiental ganha consistência por associar arte à mídias, ou seja, o conteúdo artístico a um suporte que pode ser amplamente veiculado, uma mídia que é parte das estratégias de comunicação de massa estabelecidas na sociedade que apreende atenção e admiração ao mesmo tempo.

Aliar a fotografia à Educação Ambiental é tornar notável a necessidade da preservação ambiental; é a criação de uma política de comunicação através da apreciação estética que visa despertar a necessidade de manter vivo o que ali estará representado através de uma imagem.

1.2.3 Educação ambiental e o saber local

Narrar e ouvir narrativas sobre saber local constitui uma forma particular de perceber o mundo, que faz uso específico de certa estrutura cognitiva. Percepção é a peça - chave para analisar os diferentes posicionamentos que a questão ambiental suscita. É também um dos constituintes básicos das representações sociais, motivo pelo qual interessa o estudo deste tema para a Educação Ambiental.

Analisando o potencial narrativo de eco jornalistas e educadores ambientais, sugerimos o aproveitamento do tipo de pensamento propiciado pela narrativa para construir estratégias educativo-ambientais mais integradoras.

1.3 Estratégias de Implementação da Educação Ambiental Como Tema Transversal

A Educação Ambiental como tema transversal pode ser implementada através de acções concretas tais como:

 realização de excursão com vista a aliar a teoria e a prática;

 realização de palestras sobre aspectos ambientais (questões em discussão nos mídias);

 elaboração de materiais de divulgação e propaganda de aspectos ambientais;

 campanhas de plantios de árvores, em locais em risco de erosão;

 promoção de acções de plantio de árvores para fins energéticos nas zonas rurais;

 criação de jardins botânicos de plantas para fins medicinas;

 promoção de concursos entre unidades orgânicas sobre a poupanças de energia e uso sustentável da águas;

argumentos de pontos de vista opostos.

propostas diferentes de soluções.

apresentação de fatos e ideias.

Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a ser submetido a um determinado público.

Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação à dada questão.

Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados.

Reflexão: o oposto de chuva de ideias. É fixado um tempo aos estudantes para que se sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema ambiental específico.

Usado para encorajar o desenvolvimento de ideias em resposta a um problema num intervalo de 10 a 15 min.

Permite o envolvimento e a participação activa de todos estudantes.

Mídias: orientar os estudantes a usar os diferentes meios de comunicação (jornais, dos programas de rádio e Tv).

Os estudantes podem obter informações de sua escolha e levá- las para outros grupos dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado.

Forma efectiva de aprendizagem e acção social.

Projecto: orientar os estudantes a planificar, executar, avaliar e redireccionar um projecto sobre um tema específico.

Realização de tarefas com objectivos a serem alcançados a longo ou curto prazo, com envolvimento da comunidade.

A execução do próprio trabalho, permite ao estudante podem diagnosticar falhas e propor soluções.

Exploração do ambiente local (excursão): prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximo para estudos, observações, etc.

Para compreensão dos processos ambientais a sua volta.

Permite grande participação de pessoas envolvidas e vivência de situações concretas.

Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP, 1998

CAPITULO 2: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Ana Romão Wamir da Conceição & Ana Paula Luciano Camuendo

2.1 Trajectória da Educação Ambiental A preocupação da comunidade internacional com os limites do desenvolvimento do planeta, data da década de 60, quando começaram as calamidades ambientais a dominar as notícias e as discussões sobre os riscos da degradação do meio ambiente se tornaram mais frequentes. A evolução dos problemas ambientais fez com que diferentes povos com diferentes culturas tivessem presente nas suas vidas a preocupação com o ambiente o que conduziu a realização de importantes eventos mundiais que marcaram a trajectória da Educação Ambiental nas últimas décadas, das quais privilegia-se o destaque de algumas das mais relevantes.

A primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento organizada pela ONU, realizou-se em 1972 em Estocolmo na Suécia, onde participaram 114 países, e teve como objectivo chamar a atenção dos governos para a adopção de novas políticas ambientais, entre elas um “Programa de Educação Ambiental”, visando educar o cidadão para a compreensão e o combate à crise ambiental no mundo. Reconheceu ainda internacionalmente que a protecção ambiental estava fortemente inter-relacionada com o desenvolvimento económico e a prosperidade no mundo. A Educação Ambiental Passa a ser vista como uma importante ferramenta na construção de um futuro “sustentável”.

A Conferência de Estocolmo marcou, a nível internacional, a necessidade de políticas ambientais, reconhecendo a Educação Ambiental como uma necessidade para a solução dos problemas ambientais. Nesse encontro também foram propostas orientações para a capacitação de professores e o desenvolvimento de novos métodos e recursos institucionais para a implementação da Educação Ambiental nos diversos países. A partir

A Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu ainda outra reunião importante, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, Brasil, onde participaram 170 países, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida. Esta conferência ficou também conhecida como Conferência de “Cúpula da Terra ou eco Rio 92”. Dela saíram alguns documentos importantes como a Agenda 21 e a Carta da Terra, também chamada de Declaração do Rio, e a Agenda 21. E definiram-se alguns objectivos para promover uma exploração racional e equilibrada do meio ambiente em todo o Mundo. De facto, a Cimeira significou o despertar definitivo das nações para as questões ambientais.

A Cimeira aprovou diversas convenções, de entre as quais destacam-se a convenção da diversidade biológica e a do aquecimento global da terra. A primeira obriga os Estados a proceder a um inventário das espécies de plantas e de animais selvagens que se encontram em perigo de extinção no seu território, e a segunda exige que as nações reduzam a emissão de Dióxido de carbono, Metano e outros gases que sejam responsáveis pelo buraco na camada de ozono da atmosfera.

2.1.1 A Carta da Terra

O ponto central da Carta da Terra é a constatação de que os países ricos poluem mais o planeta e, portanto, devem ajudar as nações pobres com tecnologias não-poluidoras e avanços científicos que as conduzam a um desenvolvimento mais rápido e menos predatório. A carta reconhece que os Estados têm o direito soberano sobre os recursos naturais de seus territórios, têm a responsabilidade de garantir que sua exploração não cause danos ao meio ambiente de outros países. E também, tem a incumbência de indemnizar as vítimas de poluição e outros danos ambientais por eles provocados. Todos os governos e pessoas devem cooperar na erradicação da pobreza, mas os países desenvolvidos têm responsabilidades maiores: são os que mais consomem e os que detêm as tecnologias necessárias para o desenvolvimento dos países pobres.

2.1.2 Agenda 21

O que é Agenda 21?

A Agenda 21 é o plano de acção das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável no Século XXI, aprovado na conferência do Rio de Janeiro de 1992. No Capítulo 28 da Agenda 21 apela-se às autoridades locais de cada país para que desenvolvam um processo consultivo e consensual com as suas populações, sob a forma de uma versão local da Agenda 21 para as suas comunidades - Agenda 21 Local / Acção Local 21.

Quais são os objectivos da Agenda 21?

O objectivo da Agenda 21 é traçar estratégias para implantar os princípios da Carta da Terra. Dos seus 40 capítulos, oito tratam de questões económicas e sociais; 14, da conservação e gestão dos recursos naturais; sete descrevem o papel dos grupos sociais; e 11 tratam das políticas para garantir a qualidade de vida das próximas gerações. Foram inúmeras as divergências entre as delegações oficiais, e, a conferência não conseguiu estabelecer a fonte de recursos para financiar a implantação das políticas aprovadas.

Neste âmbito em 1993, é criada uma Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CDS), constituída de 53 países, para fiscalizar o cumprimento da Agenda 21.

Apesar do conteúdo das várias declarações produzidas nos encontros acima citados ter recebido muitas críticas, devem ser reconhecidos os avanços introduzidos e que estão contidos nos pressupostos pedagógicos que nortearam estas declarações.

No ano de 2002 aconteceu um outro evento, importante a conferencia “Rio + 10”, na África do Sul, na cidade de Joanesburgo, contou com a participação de 190 países onde foi feito um balanço das acções sócio-ambientais realizadas na última década, após a Rio-