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Trata sobre a inclusão, a importância da relação escola e família no processo de desenvolvimento do TEA.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
¹ Larissa Bruna Quemel Fonseca RESUMO Atualmente discutir educação inclusiva é promover mudança no nosso contexto social. A escola e a família são sistemas responsáveis em colaborar
atendimento das necessidades da escola e estimulando a autonomia das crianças com deficiência, podendo assim superar as dificuldades e colaborar no desenvolvimento das habilidades e competências desses alunos. A presente pesquisa teve como objetivo principal analisar as contribuições das intervenções e parcerias da escola e família escola no processo de desenvolvimento escolar e inclusão de crianças com autismo. E como objetivos específicos, investigar como a família e escola estão contribuindo com o processo de desenvolvimento escolar e inclusão de crianças autistas. Identificar as dificuldades da escola e da família frente ao desenvolvimento escolar e de inclusão de crianças autistas e constituir uma reflexão acerca dos desafios de promover inclusão por meio da parceria família e escola na educação das crianças autistas. Realizou-se um levantamento bibliográfico de autores como (AMAZONAS, DAMASCENO, TERTO & SILVA, 2003), (BOSA, 2006) (CUNHA, 2009), (KREPPNER, 1992, 2000 ), (SERRA, 2010), (POLONIA e DESSEN 2005; 2007 ) e outros. e documentos como o Decreto Nº 8.364/2014: Art. 4º. Os resultados mostraram de acordo com o levantamento de dados bibliográficos que a escola e a família precisam juntos lutarem e exercerem suas responsabilidades com alunos e filhos autistas, para que assim haja um maior desenvolvimento dos alunos com deficiência. Palavras-chaves: autismo; escola; família; inclusão
Discutir acerca do transtorno do espectro do autismo na atualidade é fundamental, pois muito se contribui nos estudos e a compreensão acerca do transtorno. Desta forma, dialogar com as temáticas sobre os autistas colabora em entender mais sobre o mundo, o cotidiano dessas pessoas e como a família e escola podem auxiliar nesses processos. Sabe-se que a família pode colaborar muito com o desenvolvimento escolar da criança autista, principalmente fornecendo aos profissionais da educação acerca do comportamento e da comunicação da criança autista. A partir disso se pensar em propostas pedagógicas que irão contribuir na formação e no desenvolvimento do aluno com autismo. A escola é um espaço social que juntamente com a família têm responsabilidade de educar e oportunizar os alunos com autismo a socialização e um possível desenvolvimento na escola e vida em sociedade. Diante disso, a pesquisa tem como um objetivo geral analisar as contribuições das intervenções e parcerias da família e a escola no processo de desenvolvimento escolar e inclusão de crianças com autismo. E como objetivos específicos, investigar como a família e escola estão contribuindo com o processo de desenvolvimento escolar e inclusão de crianças autistas. Identificar as dificuldades da escola e da família frente ao desenvolvimento escolar e de inclusão de crianças autistas e constituir uma reflexão acerca dos desafios de promover inclusão por meio da parceria família e escola na educação das crianças autistas. A parceria entre família e a escola é enfatizada na declaração de Salamanca que afirma que a parceria entre duas partes (escola e família) permite uma ativa participação na tomada de decisões e do planejamento da educação dos seus filhos. Para família a escola é um lugar privilegiado para o desenvolvimento global dos seus filhos (glat, 2003, apud serra,2010). O aluno autista pensa diferente e aprende diferente e apresenta uma realidade também
Cunha (2009) afirma que é essencial que escola e família tenham uma boa relação, que trabalhem da mesma forma estabelecendo uma parceria, harmonia para um melhor desenvolvimento da criança autista. Pois, mesmo que seja comum existirem em qualquer aluno posturas comportamentais diferentes em casa e na escola, possuindo o TEA, isto poderá trazer mais desafios. Conforme o autor, tornar-se muito difícil o aprendizado, quando a escola e a família não apresentam juntos uma forma de trabalhar, ocasionando uma postura diferenciada de uma das partes, mesmo que bem-intencionada, quanto às práticas educativas. Buscou-se apresentar os pontos positivos decorrentes da parceria entre escola e família demonstrando as vantagens desse processo de interação, contribuindo como intervenção ao considerar as dificuldades apresentadas pelos pais como exemplos o fato de que a angústia e o estresse dos pais podem afetar o desenvolvimento da criança e que essa questão pode ser amenizada quando a família conta com redes de apoio (BOSA, 2006, p. 51). A família é um núcleo importante da sociedade, pode ser reconhecida como um dos primeiros ambientes na qual ocorre a socialização do indivíduo ao considerada a principal mediadora de padrões, modelos e culturas (Amazonas, Damasceno, Terto & Silva, 2003; Kreppner, 1992, 2000). Assim como a escola também apresenta um papel fundamental no desenvolvimento escolar e inclusão de pessoas com autismo: A escola é uma instituição social com objetivos e metas determinadas, que emprega e reelabora os conhecimentos socialmente produzidos, com o intuito de promover a aprendizagem e efetivar o desenvolvimento das funções psicológicas superiores: memória seletiva, criatividade, associação de ideias,
organização e sequência de conhecimentos, dentre outras (OLIVEIRA, 2000 apud DESSEN; POLONIA, 2007, p. 26). Segundo o Decreto Nº 8.364/2014: Art. 4º É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar o direito da pessoa com transtorno do espectro autista à educação, em sistema educacional inclusivo, garantida a transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior. Portanto, entende-se a partir dos estudos acima que há uma necessidade de aproximação entre a família e a escola no processo de desenvolvimento escolar de alunos autistas. Porém, a relação entre estes sistemas é vista de diferentes maneiras. Por exemplo, segundo Oliveira (2002) compreende-se que primeiramente à escola deve apresentar apoio educacional e informativo às famílias, Polonia e Dessen (2005; 2007) destacam que o papel da escola é oferecer apoio social à família, o que influenciaria indiretamente sobre o desenvolvimento do filho ou aluno. A família também tem um papel importante no processo educacional das crianças com autismo. Entender esse papel da família é necessário para que se possa compreender a parceria com a escola e juntos saberem lidar com os desafios de educar uma pessoa com autismo. A família tem a responsabilidade de transmitir informações e ideias, participar de decisões, tratar de colaborar sobre as dificuldades e habilidades de seus filhos aos educadores, propor estratégias, técnicas que possam juntamente com a escola preparar propostas pedagógicas que atendam as necessidades específicas destes alunos, para que assim possam efetivar o processo de ensino e aprendizagem, especialmente propor um contexto escolar inclusivo desses alunos com deficiência. Compreender os específicos papéis nas relações entre escola e família é de extrema importância, pois esses espaços educacionais muitas das vezes apresentam dificuldades em promover desenvolvimento da pessoa com deficiência. Conforme, Santos (2015) afirma que a escola se queixa das famílias verem a instituição como único lugar responsável para educar os seus filhos. Do outro lado, pais se queixam que as escolas não escutam suas opiniões, suas experiências, possibilidades e necessidades da família.
A pesquisa mostra que a parceria ou relação família e escola no processo de desenvolvimento do aluno autista se torna crucial, quando trabalham em conjunto em prol da mudança na qualidade de vida e na inserção social deste aluno. Sabemos que tratar de autismo hoje em dia é desafiador, pois esse mundo é vasto e muito desconhecido, mas é preciso aos poucos conhecê-lo ao descontruir ideias, valores e preconceitos construídos ao logo da história. É preciso conhecer para incluir de fato. A inclusão faz parte e é necessária quando queremos resultados no que diz respeito ao desenvolvimento e aprendizagem significativa do aluno com autismo. A família e a escola são sistemas responsáveis em promover inclusão. Cada sistema apresenta sua responsabilidade distinta e que os tornam único. Sabe-se que inclusão oferecida por estes sistemas é fundamental na vida de pessoas com deficiência ou não. E quando percebemos a presença do trabalho em conjunto desses sistemas que são base em prol da vida das pessoas com autismo é possível ver desenvolvimento pessoal, crítico e social dessas pessoas. Coisas estas que sozinhos nem sempre são capazes de realizar. Ou seja, essa relação, união de ambos os sistemas promove mudança significativa no mundo dos autistas. Com conclusões, vale ressaltar que pais e educadores que somos, temos que ter cada vez mais responsabilidades e compromisso real com educação inclusiva e desenvolvimento das pessoas com autismo. Precisamos juntos com dedicação e carinho conhecer, valorizar e realmente incluir essas pessoas cheias de ideias, histórias e conhecimento para compartilhar conosco.
CUNHA, E. Autismo e Inclusão – Psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak editora, 2009. DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 17, n. 36,
OLIVEIRA, L. de C. F. Escola e família numa rede de (des) encontros: um estudo das representações de pais e professores. São Paulo, SP: Ed e Livraria Universitária, 2002. SERRA, Dayse. Autismo, Família e Inclusão. Polêmica, Revista Eletrônica , v. 9, nº 1, p. 40-56, jan./mar. 2010.