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Esta pesquisa discute alguns conceitos da educação, sua função, focalizando a era primitiva onde fala-se fala-se das caracteristicas da sociedade e da educação assim como o objectivo da mesma educação na era primitiva.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Universidade Save
A Educação na Era Primitiva
Amâncio Nelson Guibunda
Universidade Save Massinga 2020
1.1. Objectivos
Geral
Compreender a educação na era primitiva. Específicos
Descrever a educação na era primitiva. Caracterizar a educação na era primitiva. Indicar a função da educação na era primitiva.
1.2.Metodologia de trabalho
Quanto ao objectivo, a pesquisa em causa é do tipo descritivo. Pois busca descrever assuntos relacionados com a Educação na Era Primitiva.
A pesquisa tomou uma abordagem bibliográfica, pois para sua materialização recorreu-se à pesquisa bibliográfica que consistiu na selecção de obras que melhor abordam o tema, seguida de leitura crítica das mesmas e posterior compilação dos dados julgados pertinentes.
De salientar que as obras consultadas encontram-se listadas em bibliografia no final do trabalho.
2.Conceito da Educação
Existem muitos autores que abordam sobre a educação, como é o caso do BRANDÃO (1985), ele acredita na inexistência de um modelo para se educar, não existe uma única maneira. A educação ocorre a partir do momento em que se observa, entende, emita se aprende; este processo não acorre somente dentro de uma sala de aula onde existe o professor, formado para educar, isto é:
A educação é todo o conhecimento adquirido com a vivência em sociedade seja ela qual for. Sendo assim o acto educacional ocorre no chapa, em casa, na Igreja, na família e todos nós fazemos parte deste processo. Ninguém escapa a educação, em casa, na rua, na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar e para aprender e ensinar. Para saber, para fazer ou para viver todos os dias misturamos a vida com a educação. (BRANDÃO, 1985).
Olhando para os conceitos acima podemos concluir que a educação é um fenómeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, Institucionalizados ou não, sob várias modalidades. Identifica a prática pedagógica em seus variados modos de ocorrência. A educação se associa há processos de comunicação é interacção pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes, valores existentes no meio culturalmente organizados e com isso, ganham o patamar necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores.
2.1.Função da Educação
Na perspectiva de ARANHA (1996), a função primordial da educação consiste em levar o educando a atingir a maturidade e a liberdade ou em educar para a liberdade. Para esta educação deve contribuir em grande parte a autoridade, apesar de paradoxalmente ambos os termos parecerem antagónicos. Educar para a liberdade e em liberdade não exclui, antes torna necessária, a autoridade, indispensável para “fazer crescer” o educando em todas as dimensões, particularmente na liberdade.
A educação tem por objectivo a interacção social e cultural do indivíduo, essa mesma educação que irá contribuir com parte de nossos valores por toda vida. Enquanto à educação, esta pode ser tida como prática social que perpetua uma determinada realidade social ou que rompe com cenário social evidenciando suas contradições (ARANHA, 1996).
Imagem 1: Sociedade Primitiva
Fonte: http://falandosobreahistoriadaesducacao.blogspot.com/ Acessado no dia 07 de Marco de
4.A Educação na era primitiva
Nas comunidades primitivas não existiam escolas, a educação entre grupos primitivos ocorria de forma espontânea e integral, conforme afirma PALMA FILHO (Sd.), as crianças aprendiam por imitação ao observarem os maiores em suas actividades e incorporava tudo o que era possível receber e elaborar. Sua educação não estava confiada a ninguém e sim á vigilância difusa do ambiente, isto é:
Se a criança precisasse aprender a nadar, ela nadava; Se a criança quisesse aprender a pescar, ela pescava. Se a criança quisesse aprender a caçar, ela caçava.
Em suma o ensino se dava para a vida e através da vida. Nesse caso, elas não eram castigadas, cresciam com todos os seus defeitos, mas teriam que ser responsáveis em exercer seu papel em ajudar na comunidade, além de prestar muita atenção na forma que era regida a comunidade e como deveria se comportar em meio a ela, como era passado a gerações.
A criança enquanto era ensinada, sua mãe a deixava para amadurecer, enquanto era introduzido um ideal pedagógico de grande relevância para a sobrevivência da comunidade e a de si, a qual esse seria que nada poderia ser superior aos interesses e necessidades da tribo. As crianças tinham sua função na comunidade e não lhes era dado tratamento inferior. (PALMA FILHO, Sd.).
Contudo, com as divisões de classes, a educação começava a sofrer lentamente transformações. Assim o processo educativo que era homogéneo para todos, começou a ser desigual, devido à desigualdade
A educação dos jovens, nesta fase, torna-se o instrumento central para a sobrevivência do grupo e a actividade fundamental para realizar a transmissão e o desenvolvimento da cultura. No filhote dos animais superiores já existe uma disposição para acolher esta transmissão, fixada biologicamente e marcada pelo jogo-imitação. (PALMA FILHO, Sd.).
Todos os filhotes brincam com os adultos e nessa relação se realiza um adestramento, se aprendem técnicas de defesa e de ataque, de controlo do território, de ritualização dos instintos. Isso ocorre – e num nível enormemente mais complexo – também com o homem primitivo, que através da imitação, ensina ou aprende o uso das armas, a caça e a colheita, o uso da linguagem, o culto dos mortos, as técnicas de transformação e domínio do meio ambiente. (PALMA FILHO, Sd.).
Tudo indica que a proposta da educação não é de hoje. Por educação entendemos dois tipos distintos, porém com propósitos e ideais semelhantes: Temos a educação familiar e a educação social. Por educação familiar podemos nos referir a um simples ato de corrigir uma acção perigosa da criança na qual ela possa vir a se machucar. Por educação social, podemos nos referir as escolas e formações que as pessoas recebem em conjunto com outras do seu meio social, onde se visa o desenvolvimento humano dentro de uma sociedade composta por regras e normas (PILETTI, 1990).
Antigamente, podemos dizer que a educação primitiva era propiciada sem que se conhecesse, critérios ou métodos reconhecidos como princípios educacionais. Antigamente, a educação acontecia por meio da imitação – inconsciente e consciente das coisas. (PILETTI, 1990).
Com o renascimento surge o princípio da renovação das culturas gregas. Essa nova fase propõe uma nova educação, cujos moldes se opõem ao ideal escolástico e promova o ideal de uma nova vida. O foco no estudo dos clássicos se torna um marco importante. (PALMA FILHO, Sd.).
Uma das características da modernidade esta no fato da reforma cristã, na qual se tem a luta – principalmente de Lutero – pela libertação da educação dos poderes da igreja. Em contra partida, os católicos reagem com a Companhia de Jesus, método educacional que visa principalmente à formação de novos líderes. (PILETTI, 1990).
Outra perspectiva que temos importante durante a modernidade se dá mais perto de seu fim com Rousseau e ideia de uma educação naturalista que vai ser influência em Pestalozzi. Rousseau desenvolve sua visão pedagógica na obra Emilio. (PILETTI, 1990).
Podemos observar que desde antiguidade até a era moderna, podendo – e devendo é claro – se estender até os dias de hoje, a visão que o projecto educacional tem é a formação do individuo para que o mesmo aplique seus conhecimentos no dia-a-dia, seja eles copiados ou ensinados. (PILETTI, 1990).
A Grécia é o berço de nossa civilização, logo se justifica que comecemos nossas reflexões, considerando a contribuição dos gregos na área da Educação, mais especificamente, no âmbito dos ideais de formação humana (PALMA FILHO, Sd.).
O mundo grego foi pródigo em tendências educacionais, mas os ensinamentos de Sócrates, Platão e Aristóteles prevaleceram, sem dúvida, sobre os demais pensadores daquela época. Duas cidades-estado rivalizavam-se: Esparta e Atenas. Elas representavam dois paradigmas de organização social, duas concepções de educação. Esparta, uma sociedade guerreira, glorificava, sobretudo, os heróis guerreiros (PALMA FILHO, Sd.).
Defendia uma educação totalitária, uma educação militar e cívica repressiva, em que todos os interesses eram sacrificados à razão do Estado. Atenas, uma cidade-estado democrática, nos moldes daquela época, usava o processo educativo como um meio para que o indivíduo alcançasse o conhecimento da verdade, do belo e do bem (PALMA FILHO, Sd.).
Sócrates inventou o método pedagógico do diálogo, envolvendo a ironia e a maiêutica. Desse modo, distanciava-se tanto de Esparta, onde a educação atendia aos interesses do Estado, quanto
dos sofistas, com a sua educação voltada apenas para o sucesso individual (PALMA FILHO, Sd.).
Sócrates foi pioneiro em reconhecer, como fim da educação, o valor da personalidade humana, não a individual subjectiva, mas a de carácter universal. Em Roma, vamos encontrar muitos pontos de convergência e de divergência com o ideal educacional dos gregos. De acordo com LUZURIAGA (1983), a cultura e a educação romanas destacavam-se pelo apego aos seguintes princípios:
Necessidade do estudo individual, psicológico do aluno. Consideração da vida familiar, sobretudo, do pai no exercício da educação. Humanos: valorização da acção, da vontade, sobre a reflexão e a contemplação. Políticos: acentuação do poder, do afã de domínio, de império. Sociais: afirmação do individual e da vida familiar, ante ou junto ao Estado. Culturais: falta de filosofia, de investigação desinteressada, mas, em compensação, criação das normas jurídicas, do direito. Educacionais: acentuação do poder volitivo do hábito e do exercício, como atitude realista, ante a intelectual e idealista grega.
Não obstante a existência desses princípios, em época mais avançada, a criação do primeiro sistema de educação estatal, estendia a educação para fora de Roma aos confins do Império.
Marco Fábio Quintiliano foi o maior pedagogo romano. A sua pedagogia reconhecia a importância do estudo psicológico do aluno, por isso enfatizava o valor humanístico e espiritual da educação, atribuindo requinte ao ensino das letras e reconhecendo o valor do educador.
De acordo com LUZURIAGA (1983, p.68), Quintiliano fez o primeiro estudo de carácter psicológico, de que se tem notícia, sobre a figura do educador. Até hoje, muitos dos princípios educativos defendidos por Quintiliano permanecem válidos.
4.1.Características da educação na era primitiva
Aprendizagem por imitação dos gestos dos adultos nas actividades diárias e nas cerimónias dos rituais; As crianças aprendem para a vida e por meio da vida;
5.Conclusão
Conclui-se que na era primitiva não existiam escolas, a educação entre grupos primitivos ocorria de forma espontânea e integral, ou seja, as crianças aprendiam por imitação ao observarem os maiores em suas actividades e incorporava tudo o que era possível receber e elaborar. Sua educação não estava confiada a ninguém e sim á vigilância difusa do ambiente.
Conforme descreveu-se, se a criança precisasse aprender a nadar, ela nadava; se quisesse aprender a pescar, ela pescava, ou seja, o ensino se dava para a vida e através da vida. Nesse caso, elas não eram castigadas, mas teriam que ser responsáveis em exercer seu papel em ajudar na comunidade, além de prestar muita atenção na forma que era regida a comunidade e como deveria se comportar em meio a ela, como era passado a gerações.
A criança enquanto era ensinada, sua mãe a deixava para amadurecer, enquanto era introduzido um ideal pedagógico de grande relevância para a sobrevivência da comunidade e a de si, a qual esse seria que nada poderia ser superior aos interesses e necessidades da tribo. As crianças tinham sua função na comunidade e não lhes era dado tratamento inferior.
Em resumo a aprendizagem era prática por imitação dos gestos dos adultos nas actividades diárias e nas cerimónias dos rituais, onde as crianças aprendiam para a vida e por meio da vida. O homem primitivo vivenciou uma educação prática, levando em consideração suas necessidades de sobrevivência “alimentação, vestuário e abrigo”, procurando ajustar a criança ao seu ambiente físico e social, através da aquisição das experiências.
6.Referências Bibliográficas
ARANHA; Maria Lúcia Arruda. Filosofia da Educação 2ª ed.São Paulo: moderna, (1996).
BRANDAO.C.R, O que é educação , São Paulo, Brasil, (1985).
LUZURIAGA, Lorenzo. História da educação e da Pedagogia****. São Paulo: Cia Editora Nacional, (1983).
MANFRED. A. Z. História do Mundo. O Mundo Antigo - A Idade Média (Sd.).
PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História da Educação – Editora Ática: São Paulo, (1990).
PALMA FILHO João Cardoso. A Educação através dos tempos (Sd).