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A nossa cartilha traz uma introdução ao diabetes mellitus, assim como orientações nutricionais e uma pirâmide alimentar específica para essa patologia.
Tipologia: Trabalhos
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CARTILHA
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PROL DA AUTONOMIA ALIMENTAR!
Esta cartilha foi produzida pelos alunos do 6°
período do curso de nutrição da UNIFACISA.
Artur Soares da Cunha
Eduarda Giovana Oliveira e Silva
Jennifer Kerolayne Silva Figueirêdo
Luana Maiara Barros Santos
Thais de Lima Rocha
(Discentes do 6° período do curso de
nutrição - Unifacisa)
Orientadora:
Prof. Carolina Campelo
É uma síndrome crônica caracterizada pela alta
concentração persistente de açúcar (glicose) no
sangue, que é resultante do deficiência total ou parcial
na produção de insulina pelo pâncreas ou da
incapacidade de ação da insulina. Os tipos 1 e 2 são os
mais comuns, representando de 5-10% e de 90-95%
dos casos diagnosticados, respectivamente. Esses dois
tipos podem surgir em qualquer faixa etária, mas o
Tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes e o
Tipo 2 em adultos.
DM tipo 1: é autoimune, ou seja, os anticorpos
reconhecem o pâncreas como um corpo estranho
e destroem as células produtoras de insulina.
DM tipo 2: está relacionada a vários fatores,
incluindo obesidade, predisposição genética,
sedentarismo, pré-diabetes etc, que levam à
resistência a insulina.
DM gestacional: está ligada a redução na
ação da insulina durante a gravidez,
devido à mudanças no metabolismo da
gestante, ao estilo de vida e a
predisposição genética.
O Tpo 1 é originado por uma reação autoimune, na
qual autoanticorpos destroem as células beta do
pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Com
a deficiência absoluta da insulina, a glicose não
consegue mais entrar nas células e permanece na
corrente sanguínea, gerando a hiperglicemia. A
destruição das células beta é gradual e a velocidade
dessa progressão varia, sendo mais rápida em
crianças e jovens e mais lenta em adultos.
Pré-diabetes: é caracterizada pela alteração na
glicemia de jejum e na tolerância a glicose, mas
ainda não é um diagnóstico de diabetes. Se não
houver uma intervenção, pode evoluir para o Tipo
Se não for controlada, o diabetes pode trazer grandes
riscos a saúde, como:
quebra de ácidos graxos)
da catarata)
membros
Além de: urinar frequentemente, perda de peso,
alteração na visão e infecções.
X
T
D
E
A
A insulina é um hormônio anabólico essencial
principalmente para a regulação dos níveis de glicose
na corrente sanguínea, crescimento e diferenciação
celular. Esse hormônio é secretado pelas células beta
pancreáticas, modulado por neurotransmissores e
nutrientes sendo a concentração de glicose plasmática
derivada dos carboidratos ingeridos, a principal forma
de estímulo para sua secreção, fazendo com que a
glicose antes circulante na corrente sanguínea, entre
nas células para que possa ser transformada em
energia que será utilizada para funcionamento do
organismo.
Na patologia do Tipo 1 as células responsáveis para a
produção da insulina são destruídas por sistema
autoimune. Dessa forma, o corpo não produz insulina.
Já na patologia do Tipo 2 ocorre uma incapacidade de
resposta das células beta pancreáticas na produção
de insulina, caracterizando insulinorresistência.
Quando falamos em diabetes é natural que o primeiro
pensamento seja a restrição do açúcar, mas não é
bem assim. Na intervenção nutricional é importante
considerar a qualidade, além da quantidade, dos
nutrientes presentes nos alimentos. São derivados dos
alimentos que consumimos as calorias, que são fontes
devem ser usados o mínimo de gordura/óleos
possíveis mas preparações de alimentos, de forma que
sejam priorizados alimentos grelhados ou assados,
utilizar produtos lights e desnatados sempre que
possível.
Outros nutrientes como vitaminas, minerais apesar de
não fornecerem energia ao corpo, são extremamente
importantes para funções específicas e vitais das
células. As recomendações de consumo dessas em
pacientes acometidos pelo diabetes tipo 1 ou 2, são
semelhantes às recomendações para população no
geral. São fontes de vitaminas e minerais: frutas,
hortaliças, legumes, leites e derivados, carnes,
castanhas e nozes, cereais integrais como, milho, aveia.
Para os indivíduos que utilizam a insulinoterapia, a
insulina aplicada antes da refeição deverá ser baseada
no conteúdo de carboidratos das refeições. Dessa
forma, a contagem de carboidratos se torna uma boa
ferramenta. A quantidade de carboidrato não deve
variar dia a dia, se a quantidade de insulina for fixa.
Sendo assim, pesquisadores da Universidade de
Harvard introduziram o conceito de carga glicêmica,
que associa o índice glicêmico à quantidade de
carboidratos ingeridos A carga glicêmica apresenta
relevância fisiológica como um fator de risco impor-
tante para doença cardiovascular. Estudos
epidemiológicos indicam que a carga glicêmica está
associada positivamente com o diabetes tipo 2. A
utilização de dietas com baixos índices glicêmicos pode
servir como estratégia complementar no plano
alimentar para o diabético, principalmente em
períodos de hiperglicemias. Ter uma boa alimentação,
monitorar a glicemia, fazer exercícios e ter
acompanhamento regular são fatores crucias para
uma boa qualidade de vida.
Os alimentos com alto índice glicêmico (<55) : são
aqueles que se transformam de forma mais rápida
em glicose no organismo, são mais calóricos,
provocam picos de insulina e se estocam em forma
de gordura.
Os alimentos com baixo índice glicêmico (56-69) :
fazem esse processo de conversão e absorção do
carboidrato em glicose ser mais lenta e acabam
promovendo uma maior saciedade e acionam mais
lentamente a produção de insulina pelo pâncreas.
O valor do índice glicêmico indica qual é a velocidade
que os alimentos com carboidratos liberam a glicose
(açúcar) no sangue. Os valores do IG podem ser
classificados em três tipos:
1° Abacate
Rico em gorduras boas, como as monoinsaturadas e
poli-insaturadas, gorduras consideradas saudáveis e
que são recomendadas para o consumo de todos,
inclusive para as pessoas portadoras de Diabetes.
Outros alimentos gordurosos e saudáveis são as nozes,
castanhas e azeites. Esses alimentos fornecem uma
resistência maior a insulina no organismo, além de
prevenir uma série de doenças cardiovasculares.
2° Alimentos com farinha integral
Alimentos integrais, como o arroz integral, o pão e
massas elaboradas com farinha integral possuem
carboidratos complexos, que são digeridos pelo orga-
Pão
Macarrão
Massas
Doces
Fast food
Produtos
ultraprocessados
Raízes
Tubérculos
Produtos integrais
Frutas
Alimentos in natura
Refeições saudáveis
nismo de forma mais lenta, resultando uma liberação
reduzida de glicose no sangue. Além disso, esses
alimentos são ricos em fibras, um grande fator na
melhoria da ação da insulina!
3° Aveia
É um alimento rico em fibras solúveis, que reduzem a
velocidade de absorção de glicose no organismo,
evitando os picos dela no sangue. Ela também auxilia
na prevenção de diversas doenças e aumenta a
sensação de saciedade. (O ideal é consumir a aveia in
natura (em sua forma natural), sem esquentar ela, pois
durante esse processo ela perde alguns nutrientes
importantes.
4° Carne vermelha magra
Rica em vitamina B12 e ferro, micronutrientes
importantes para o ser humano. Lembrando que os
diabéticos devem consumir apenas os cortes magros
da carne vermelha, pois os cortes mais gordos são
ricos em gorduras saturadas, mais prejudiciais a saúde.
Exemplos de cortes magros: Alcatra, Patinho e Lagarto.
5° Leite Desnatado
Possui menos gorduras que o leite integral e é idêntico
por ser também uma boa fonte de cálcio e proteínas.
preender que o carboidrato é um dos três principais
macronutrientes encontrados nos alimentos. Os outros
macronutrientes principais são proteínas, gordura e as
fibras. O carboidrato em sua forma mais simples é
conhecido como glicose e pode contribuir para o
aumento do açúcar no sangue.
O gerenciamento dietético dos carboidratos
consumidos é uma ferramenta usada para ajudar a
otimizar os níveis de açúcar no sangue. A contagem de
carboidratos é uma estratégia ou ferramenta de
planejamento para às refeições usadas no controle do
diabetes, principalmente do tipo 1, com a finalidade de
promover o controle da glicemia. A contagem de
carboidratos possibilita determinar a quantidade de
carboidratos que um alimento tem.
O conteúdo de carboidratos dos alimentos é listado no
painel de informações nutricionais como “carboidratos
totais”. Alguns rótulos de alimentos listarão tipos
específicos de carboidratos, como “fibra, açúcar ou
outro carboidrato”. A contagem de carboidratos pode
ser desenvolvida adicionando gramas de carboidratos
totais ou adicionando "unidades de carboidratos". Por
exemplo, uma unidade de carboidrato é simplesmente
15 g de carboidrato.
A contagem de carboidratos pode ser usada com ou
sem terapia com insulina. Com a terapia insulínica, a
contagem pode ser usada com uma dosagem de
insulina fixa ou mais flexível, as duas podem ser feitas
da mesma maneira, a única diferença é que nesta
ultima a quantidade de insulina varia de acordo com a
Pesar o alimento, em seguida consultar uma tabela
que indique a quantidade de carboidratos
presente neste alimento para uma determinada
porção e realizar a regra de três;
Aplicativos no qual se pode fazer a relação do tipo
de alimento e a porção que será consumida;
de carboidrato consumida. Ao manter o carboidrato
em um determinado nível, a glicose no sangue é capaz
de permanecer dentro do nível normal. A American
Diabetes Association recomenda começar com cerca
de 45-60 gramas de carboidratos (3-4 unidades de
carboidratos) em cada refeição, com potencial para
aumentar ou diminuir essa quantidade de acordo com
os ajustes necessários a individualidade e com base
nos resultados dos testes diários ou semanais
realizados para mensurar os níveis de glicose na
corrente sanguínea. Existem algumas opções que
podem ser utilizadas para fazer a contagem:
Ex.: peso do alimento que será consumido= 50g,
quantidade de carboidrato para este alimento indicada
pela tabela = 30g de carboidratos a cada 100g do
alimento.
100g - 30g de carb.
50g -? de carb.
50 x 30/ 100 = 15g de carb.
AGUIAR, et al. Manual de Nutrição: profissional da saúde.
Sociedade Brasileira de Diabetes, São Paulo, 2009.
Disponível em:
<https://www.diabetes.org.br/publico/materiais-para-
download>.
CARVALHO, et al. Cartilha Diabetes Mellitus - O que
preciso saber? O alimento como seu aliado. Bananeiras:
UFPB, 2020. Disponível em:
<https://www.crn6.org.br/ufpb-e-crn-6-lancam-cartilha-
sobre-diabetes-mellitus>.
EVERT, Alisson; FRANZ, Marion. Terapia de Nutrição
Médica para Diabetes Mellitus e Hipoglicemia de Origem
não Diabética. In: MAHAN, L. Kathleen; RAYMOND, Janice
L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018. p. 586-618.
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA).
Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center
(FoRC). Versão 7.1. São Paulo, 2020. Disponível em:
Ter uma alimentação saudável é a
base para uma boa qualidade de
vida! Consulte um nutricionista.