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Guias e Dicas
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Educação Nutricional para Adultos Diabéticos, Trabalhos de Nutrição

A nossa cartilha traz uma introdução ao diabetes mellitus, assim como orientações nutricionais e uma pirâmide alimentar específica para essa patologia.

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 05/03/2021

eduarda-oliveira-66
eduarda-oliveira-66 🇧🇷

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CARTILHA
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o Diabeteso Diabetes
EDUCAÇÃ O NUTRI CIONAL EM PROL DA AUTONOMIA ALIMEN TAR!
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CARTILHA

DescomplicandoDescomplicando

o Diabeteso Diabetes

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PROL DA AUTONOMIA ALIMENTAR!

Esta cartilha foi produzida pelos alunos do 6°

período do curso de nutrição da UNIFACISA.

Artur Soares da Cunha

Eduarda Giovana Oliveira e Silva

Jennifer Kerolayne Silva Figueirêdo

Luana Maiara Barros Santos

Thais de Lima Rocha

(Discentes do 6° período do curso de

nutrição - Unifacisa)

Orientadora:

Prof. Carolina Campelo

É uma síndrome crônica caracterizada pela alta

concentração persistente de açúcar (glicose) no

sangue, que é resultante do deficiência total ou parcial

na produção de insulina pelo pâncreas ou da

incapacidade de ação da insulina. Os tipos 1 e 2 são os

mais comuns, representando de 5-10% e de 90-95%

dos casos diagnosticados, respectivamente. Esses dois

tipos podem surgir em qualquer faixa etária, mas o

Tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes e o

Tipo 2 em adultos.

DM tipo 1: é autoimune, ou seja, os anticorpos

reconhecem o pâncreas como um corpo estranho

e destroem as células produtoras de insulina.

DM tipo 2: está relacionada a vários fatores,

incluindo obesidade, predisposição genética,

sedentarismo, pré-diabetes etc, que levam à

resistência a insulina.

1. O que é o Diabetes Mellitus

2. Tipos

DM gestacional: está ligada a redução na

ação da insulina durante a gravidez,

devido à mudanças no metabolismo da

gestante, ao estilo de vida e a

predisposição genética.

3. Fisiopatologia do Tipo 1 e 2

O Tpo 1 é originado por uma reação autoimune, na

qual autoanticorpos destroem as células beta do

pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Com

a deficiência absoluta da insulina, a glicose não

consegue mais entrar nas células e permanece na

corrente sanguínea, gerando a hiperglicemia. A

destruição das células beta é gradual e a velocidade

dessa progressão varia, sendo mais rápida em

crianças e jovens e mais lenta em adultos.

Pré-diabetes: é caracterizada pela alteração na

glicemia de jejum e na tolerância a glicose, mas

ainda não é um diagnóstico de diabetes. Se não

houver uma intervenção, pode evoluir para o Tipo

5. Complicações

Se não for controlada, o diabetes pode trazer grandes

riscos a saúde, como:

  • Cetoacidose (excesso de cetonas no sangue devido a

quebra de ácidos graxos)

  • Problemas na visão (retinopatia, glaucoma e agravo

da catarata)

  • Doenças renais
  • Alteração na circulação
  • Perda da sensibilidade nas extremidades dos

membros

  • Risco de amputação (pé diabético)

Além de: urinar frequentemente, perda de peso,

alteração na visão e infecções.

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A insulina é um hormônio anabólico essencial

principalmente para a regulação dos níveis de glicose

na corrente sanguínea, crescimento e diferenciação

celular. Esse hormônio é secretado pelas células beta

pancreáticas, modulado por neurotransmissores e

nutrientes sendo a concentração de glicose plasmática

derivada dos carboidratos ingeridos, a principal forma

de estímulo para sua secreção, fazendo com que a

glicose antes circulante na corrente sanguínea, entre

nas células para que possa ser transformada em

energia que será utilizada para funcionamento do

organismo.

Na patologia do Tipo 1 as células responsáveis para a

produção da insulina são destruídas por sistema

autoimune. Dessa forma, o corpo não produz insulina.

Já na patologia do Tipo 2 ocorre uma incapacidade de

resposta das células beta pancreáticas na produção

de insulina, caracterizando insulinorresistência.

7. Recomendações nutricionais

6. Insulina

Quando falamos em diabetes é natural que o primeiro

pensamento seja a restrição do açúcar, mas não é

bem assim. Na intervenção nutricional é importante

considerar a qualidade, além da quantidade, dos

nutrientes presentes nos alimentos. São derivados dos

alimentos que consumimos as calorias, que são fontes

devem ser usados o mínimo de gordura/óleos

possíveis mas preparações de alimentos, de forma que

sejam priorizados alimentos grelhados ou assados,

utilizar produtos lights e desnatados sempre que

possível.

Outros nutrientes como vitaminas, minerais apesar de

não fornecerem energia ao corpo, são extremamente

importantes para funções específicas e vitais das

células. As recomendações de consumo dessas em

pacientes acometidos pelo diabetes tipo 1 ou 2, são

semelhantes às recomendações para população no

geral. São fontes de vitaminas e minerais: frutas,

hortaliças, legumes, leites e derivados, carnes,

castanhas e nozes, cereais integrais como, milho, aveia.

Para os indivíduos que utilizam a insulinoterapia, a

insulina aplicada antes da refeição deverá ser baseada

no conteúdo de carboidratos das refeições. Dessa

forma, a contagem de carboidratos se torna uma boa

ferramenta. A quantidade de carboidrato não deve

variar dia a dia, se a quantidade de insulina for fixa.

Sendo assim, pesquisadores da Universidade de

Harvard introduziram o conceito de carga glicêmica,

que associa o índice glicêmico à quantidade de

carboidratos ingeridos A carga glicêmica apresenta

relevância fisiológica como um fator de risco impor-

tante para doença cardiovascular. Estudos

epidemiológicos indicam que a carga glicêmica está

associada positivamente com o diabetes tipo 2. A

utilização de dietas com baixos índices glicêmicos pode

servir como estratégia complementar no plano

alimentar para o diabético, principalmente em

períodos de hiperglicemias. Ter uma boa alimentação,

monitorar a glicemia, fazer exercícios e ter

acompanhamento regular são fatores crucias para

uma boa qualidade de vida.

8. Índice Glicêmico

Os alimentos com alto índice glicêmico (<55) : são

aqueles que se transformam de forma mais rápida

em glicose no organismo, são mais calóricos,

provocam picos de insulina e se estocam em forma

de gordura.

Os alimentos com baixo índice glicêmico (56-69) :

fazem esse processo de conversão e absorção do

carboidrato em glicose ser mais lenta e acabam

promovendo uma maior saciedade e acionam mais

lentamente a produção de insulina pelo pâncreas.

O valor do índice glicêmico indica qual é a velocidade

que os alimentos com carboidratos liberam a glicose

(açúcar) no sangue. Os valores do IG podem ser

classificados em três tipos:

1° Abacate

Rico em gorduras boas, como as monoinsaturadas e

poli-insaturadas, gorduras consideradas saudáveis e

que são recomendadas para o consumo de todos,

inclusive para as pessoas portadoras de Diabetes.

Outros alimentos gordurosos e saudáveis são as nozes,

castanhas e azeites. Esses alimentos fornecem uma

resistência maior a insulina no organismo, além de

prevenir uma série de doenças cardiovasculares.

2° Alimentos com farinha integral

Alimentos integrais, como o arroz integral, o pão e

massas elaboradas com farinha integral possuem

carboidratos complexos, que são digeridos pelo orga-

11. Indicações de alimentos

EVITAR PREFERIR

Pão

Macarrão

Massas

Doces

Fast food

Produtos

ultraprocessados

Raízes

Tubérculos

Produtos integrais

Frutas

Alimentos in natura

Refeições saudáveis

nismo de forma mais lenta, resultando uma liberação

reduzida de glicose no sangue. Além disso, esses

alimentos são ricos em fibras, um grande fator na

melhoria da ação da insulina!

3° Aveia

É um alimento rico em fibras solúveis, que reduzem a

velocidade de absorção de glicose no organismo,

evitando os picos dela no sangue. Ela também auxilia

na prevenção de diversas doenças e aumenta a

sensação de saciedade. (O ideal é consumir a aveia in

natura (em sua forma natural), sem esquentar ela, pois

durante esse processo ela perde alguns nutrientes

importantes.

4° Carne vermelha magra

Rica em vitamina B12 e ferro, micronutrientes

importantes para o ser humano. Lembrando que os

diabéticos devem consumir apenas os cortes magros

da carne vermelha, pois os cortes mais gordos são

ricos em gorduras saturadas, mais prejudiciais a saúde.

Exemplos de cortes magros: Alcatra, Patinho e Lagarto.

5° Leite Desnatado

Possui menos gorduras que o leite integral e é idêntico

por ser também uma boa fonte de cálcio e proteínas.

preender que o carboidrato é um dos três principais

macronutrientes encontrados nos alimentos. Os outros

macronutrientes principais são proteínas, gordura e as

fibras. O carboidrato em sua forma mais simples é

conhecido como glicose e pode contribuir para o

aumento do açúcar no sangue.

O gerenciamento dietético dos carboidratos

consumidos é uma ferramenta usada para ajudar a

otimizar os níveis de açúcar no sangue. A contagem de

carboidratos é uma estratégia ou ferramenta de

planejamento para às refeições usadas no controle do

diabetes, principalmente do tipo 1, com a finalidade de

promover o controle da glicemia. A contagem de

carboidratos possibilita determinar a quantidade de

carboidratos que um alimento tem.

O conteúdo de carboidratos dos alimentos é listado no

painel de informações nutricionais como “carboidratos

totais”. Alguns rótulos de alimentos listarão tipos

específicos de carboidratos, como “fibra, açúcar ou

outro carboidrato”. A contagem de carboidratos pode

ser desenvolvida adicionando gramas de carboidratos

totais ou adicionando "unidades de carboidratos". Por

exemplo, uma unidade de carboidrato é simplesmente

15 g de carboidrato.

A contagem de carboidratos pode ser usada com ou

sem terapia com insulina. Com a terapia insulínica, a

contagem pode ser usada com uma dosagem de

insulina fixa ou mais flexível, as duas podem ser feitas

da mesma maneira, a única diferença é que nesta

ultima a quantidade de insulina varia de acordo com a

Pesar o alimento, em seguida consultar uma tabela

que indique a quantidade de carboidratos

presente neste alimento para uma determinada

porção e realizar a regra de três;

Aplicativos no qual se pode fazer a relação do tipo

de alimento e a porção que será consumida;

de carboidrato consumida. Ao manter o carboidrato

em um determinado nível, a glicose no sangue é capaz

de permanecer dentro do nível normal. A American

Diabetes Association recomenda começar com cerca

de 45-60 gramas de carboidratos (3-4 unidades de

carboidratos) em cada refeição, com potencial para

aumentar ou diminuir essa quantidade de acordo com

os ajustes necessários a individualidade e com base

nos resultados dos testes diários ou semanais

realizados para mensurar os níveis de glicose na

corrente sanguínea. Existem algumas opções que

podem ser utilizadas para fazer a contagem:

Ex.: peso do alimento que será consumido= 50g,

quantidade de carboidrato para este alimento indicada

pela tabela = 30g de carboidratos a cada 100g do

alimento.

100g - 30g de carb.

50g -? de carb.

50 x 30/ 100 = 15g de carb.

AGUIAR, et al. Manual de Nutrição: profissional da saúde.

Sociedade Brasileira de Diabetes, São Paulo, 2009.

Disponível em:

<https://www.diabetes.org.br/publico/materiais-para-

download>.

CARVALHO, et al. Cartilha Diabetes Mellitus - O que

preciso saber? O alimento como seu aliado. Bananeiras:

UFPB, 2020. Disponível em:

<https://www.crn6.org.br/ufpb-e-crn-6-lancam-cartilha-

sobre-diabetes-mellitus>.

EVERT, Alisson; FRANZ, Marion. Terapia de Nutrição

Médica para Diabetes Mellitus e Hipoglicemia de Origem

não Diabética. In: MAHAN, L. Kathleen; RAYMOND, Janice

L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2018. p. 586-618.

Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA).

Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center

(FoRC). Versão 7.1. São Paulo, 2020. Disponível em:

http://www.fcf.usp.br/tbca.

Referências

Ter uma alimentação saudável é a

base para uma boa qualidade de

vida! Consulte um nutricionista.