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Animais Ovíparos e Anexos Embrionários
Tipologia: Resumos
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Animais ovíparos são aqueles que procriam através de ovos, exemplos clássicos são as aves e os répteis. Como a sua gestação ocorre fora do corpo da mãe, todos os nutrientes que o embrião precisa para o seu desenvolvimento devem estar presentes dentro do ovo. Assim sendo, o tipo de célula germinativa produzida pela fêmea é um óvulo telolécito. Estes, também chamados de ovos megalécitos, possuem grande quantidade de vitelo. A fim de aprofundar um pouco no universo da embriologia que ocorre sem a presença de um útero materno, focaremos esse texto na reprodução da galinha ( Gallus gallus domesticus ). O ovo é formado basicamente por três componentes: gema, clara e casca. A gema corresponde ao óvulo/ovo telolécito e equivale ao óvulo microscópico dos mamíferos. A clara, também chamada de albúmen, é secretada pelo trato reprodutivo. A gema é formada nos ovários e segue em direção a cloaca pelo oviduto. À medida que a gema passa pelo oviduto, a clara vai sendo produzida e envolve a gema. No final do trajeto do ovo em formação até a cloaca, ocorre a produção da casca, que fornece proteção e minerais para o desenvolvimento do embrião. A casca é composta de carboneto de cálcio e previne a entrada de microrganismos. A cor da casca pode ser variar de branca a marrom, sendo que essa característica não altera em nada a qualidade, sabor ou mesmo o seu valor nutricional. A câmara de ar, normalmente localizada na parte mais larga do ovo, é formada pelo espaço entre as membranas interna e externa da casca. Esse espaço é preenchido por ar logo após a postura do ovo, em consequência da formação de vácuo provocado pelo gradiente de temperatura do corpo da ave ( 40 °C) e o meio ambiente. A fertilização do ovo ocorre no oviduto antes da secreção do albúmen (clara de ovo) e, consequentemente, antes da formação da casca. Uma vez fertilizado, a clivagem ocorre apenas em uma região específica e superficial da gema, chamada de blastodisco. Assim sendo, a clivagem em aves e répteis é dita meroblástica e discoidal.
No blastodisco, forma-se a linha primitiva que servirá de porta de entrada para migração de células do epiblasto que darão origem aos outros folhetos embrionários (endoderma e mesoderma). No mesoderma surgem a notocorda e os somitos. Assim como nos mamíferos, a notocorda tem papel na indução da formação do tubo neural. Como pode-se perceber o desenvolvimento inicial do embrião propriamente dito é bastante similar entre aves, répteis e mamíferos. Apesar dessas três classes desenvolverem córion, alantoide, saco vitelino e âmnio como anexos embrionários, existe algumas diferenças de importância de alguns anexos entre espécies placentárias e espécies que procriam por meio de incubação de ovos.
Saco Vitelino O saco vitelino é o anexo embrionário formado por uma dupla membrana, sendo a porção interna formada por endoderma e a externa por mesoderma. Nos animais ovíparos, todo o vitelo que o saco vitelino armazenará é originário do ovo telolécito da mãe. Ao longo do desenvolvimento do embrião dentro do ovo, células embrionárias proliferam envolvendo a gema e originando, dessa forma, o saco vitelínico. À medida que o embrião de réptil ou ave vai crescendo o saco vitelino vai reduzindo, uma vez que o vitelo armazenado em seu interior é utilizado para nutrir o novo ser que se desenvolve dentro do ovo. O saco vitelino vai reduzindo até ser incorporado ao feto no momento da eclosão do ovo. Lembre-se que o saco vitelino é ligado com o intestino do embrião. Em mamíferos, o saco vitelino tem pouca importância nutricional, visto que a nutrição do embrião será feita pela mãe via placenta. Dessa forma, em ruminantes e suínos o saco vitelino degenera precocemente durante a gestação. Em equinos e carnívoros, o saco vitelino desempenha um papel a mais, que é de compor uma placenta inicial e transitória do tipo coriovitelina e também de ajudar a formar o cordão umbilical. Entretanto, tanto em aves, répteis e mamíferos, é no saco vitelínico que ocorre a produção das primeiras células sanguíneas do embrião e a formação dos primeiros vasos do sistema circulatório.
Córion O córion é uma membrana que envolve o embrião e todos os demais anexos embrionários, sendo formado externamente por ectoderma e internamente por mesoderma. É o anexo embrionário mais externo ao corpo do embrião. Nos ovos de répteis e nos de aves,
do córion, resultando no âmnio de camada interna ectodérmica e camada externa mesodérmica. O âmnio armazena o líquido amniótico que é produzido inicialmente pelos amnioblastos e, posteriormente, por células dos sistemas, respiratório e digestório, além da própria urina embrionária e fetal. Nos mamíferos, há participação também da circulação materna e da atividade de células uterinas. Dessa forma, o líquido amniótico é constituído de água, restos celulares, ferro, amônia, ácido úrico, bilirrubina, enzimas, secreções do trato respiratório, da cavidade bucal, do trato digestório, da circulação materna útero/ placentária e placas amnióticas. O volume do líquido amniótico varia conforme a espécie: Cadela: 8 a 30 mL; Gata: 8 a 30 mL; Égua: 3 a7 L; Porca: 40 a 150 mL; Vaca: 3 a 5 L.
Entre as funções do âmnio estão: hidratação do feto e, dessa forma, proteção contra desidratação, manutenção da umidade, manutenção da temperatura, impedimento do colabamento e aderências entre o feto e as membranas, proteção contra choques mecânicos, favorecer os movimentos do embrião, desenvolvimento dos sistemas digestório, respiratório, urinário e muscular, dilatação do colo uterino na hora do parto em mamíferos. Após o nascimento, em mamíferos, a vesícula amniótica é eliminada no parto, juntamente com a placenta. Nos casos de répteis e aves, ao final do desenvolvimento, todo o líquido da cavidade amniótica foi absorvido pelo animal.
Assim sendo, para o desenvolvimento embrionário são necessárias algumas estruturas que não farão parte do embrião propriamente dito. Essas estruturas são os anexos embrionários, que além do saco vitelino, âmnio, alantoide e córion, já descritos, inclui ainda a placenta e o cordão umbilical. A placenta, por ser formada pela união de anexos embrionários fetais mais os tecidos maternos, pode ser considerada como um órgão e não como um anexo embrionário, dependendo da referência utilizada. Ela ocorre apenas nos mamíferos e é formada pela união
do córion e alantoide do embrião mais o endométrio materno. É a placenta que permite a fixação do embrião na parede do útero, nela ocorre as trocas gasosas entre o feto e o sangue materno, permitindo a passagem de nutrientes para o embrião e promovendo a retirada de excretas. O cordão umbilical é o seguimento de vasos sanguíneos que conecta o embrião à placenta. Em ruminantes e suínos, é o alantoide que origina o cordão umbilical. Cavalo, cão e gato possuem o saco vitelino contribuindo, junto com o alantoide, na formação do cordão umbilical. Na maioria das espécies existe uma veia e duas artérias passando pelo cordão umbilical, porém, em ruminantes e carnívoros há duas veias que se fundem próximo ao feto.