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Os impactos da construção civil ao meio ambiente são enormes, estando além da geração de resíduos sólidos. Por isso, a presença do termo construção sustentável torna-se cada vez mais frequente. Discutiremos os problemas decorrentes dos resíduos sólidos gerados pela construção civil, apontando os principais obstáculos para a gestão desses materiais. Estabelecida as dificuldades no processo de gerenciamento dos resíduos sólidos, trataremos também dos diversos outros impactos socioambientais [...]
Tipologia: Trabalhos
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Produção Acadêmica Única, apresentada no curso de Engenharia civil da Faculdade AGES como um dos pré- requisitos para a obtenção da nota parcial das disciplinas: Cálculo II (Jorge Araújo); Sociologia (José Marcelo); Física Básica (Irlan Portela); Materiais de construção I (Aline Silva); Desenho técnico (Elso Moisinho); No II período, sob a orientação do professor Cristiano Santiago.
**Engenharia e meio ambiente: impactos socioambientais da construção civil *** Antonia Carine Pereira Menezes Introdução A construção civil apresenta-se como uma das principais atividades contribuintes para o desenvolvimento econômico do Brasil. No entanto, a agilidade das inovações tecnológicas e o alargamento estabilizado do campo das edificações oferece um expressivo percentual de resíduos sólidos gerados nos espaços urbanos, cooperando para a ampliação de impactos sobre a natureza e à sociedade. Além disso, a toxidade dos materiais de construção, o uso energético elevado e a alta emissão de carbono (CO 2 ) são outros fatores que somam os problemas da construção civil. Tais problemas são um desafio ao planeta, por ser a indústria da construção uma das mais geradoras de impactos socioambientais. Ponto de partida do pensamento de Torgal, a evidência nos obstáculos decorrentes da insustentabilidade do comportamento da humanidade e as principais ações a serem tomadas para a diminuição dos impactos causados pelo ser humano ao meio ambiente são temas discutidos em “ A sustentabilidade dos materiais de construção ”. Os procedimentos de construções e demolições de edifícios são responsáveis por ampla parte da geração de resíduos sólidos lançados ao meio ambiente, podendo causar graves impactos no meio físico, biótico ou socioeconômico. A ausência de profissionais específicos na área de gestão de resíduos em empreendimentos de construção civil ou a ocorrência de tais empresas não estarem enquadradas na Resolução nº 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) dificultam a redução e resolução desse problema. Os impactos da construção civil ao meio ambiente são enormes, estando além da geração de resíduos sólidos. Compostos e materiais tóxicos lançados à natureza, o aumento da emissão de carbono e o uso elevado de energia são alguns dos diversos problemas decorrentes dessa atividade. Mediante este descompasso, sendo a construção civil responsável por inúmeros impactos ao meio ambiente e à sociedade, é eleva a preocupação em torno da busca por tecnologias que reduzam desperdícios e por ações ou mecanismos sustentáveis de produção para a preservação do meio ambiente. Por isso, a presença do termo construção sustentável torna-se cada vez mais frequente na engenharia civil.
profissionais exclusivos ressalta a importância da capacitação técnica dos gestores públicos e privados para ajustar de forma correta a disposição final dos resíduos da construção civil. A deposição inadequada do RCD compromete a paisagem do local; o tráfego de pedestres e de veículos; provoca o assoreamento de rios, córregos e lagos; o entupimento da drenagem urbana, acarretando em enchentes; além de servirem de pretexto para o depósito irregular de outros resíduos não inertes, propiciando o aparecimento e a multiplicação de vetores de doenças, arriscando a saúde da população vizinha. (CABRAL e MOREIRA, 2011, p.17) A ausência no reaproveitamento dos resíduos de construções civis e seus respectivos processos construtivos ocasiona a deposição desses materiais em aterros sanitários, sobrecarregando-os e esgotando suas áreas, além de possuir a capacidade de provocar problemas sérios de saúde à população circunvizinha ou de gerar graves impactos ao meio ambiente. São múltiplas as consequências ambientais, sociais e econômicas envolvidas no processo de gestão dos materiais descartados na construção e demolição de obras, envolvendo desde o comprometimento da paisagem do local a riscos para a saúde da população. A geração de resíduos sólidos e líquidos em todas as fases do ciclo de vida de um edifício residencial ocasiona a poluição do solo, sobrecarregando os aterros sanitários e, também, a poluição das águas pela emissão de efluentes líquidos. Atribui-se às perdas e desperdícios, grande parte da responsabilidade pelo elevado volume de resíduos descartados na fase de construção. (DEGANI e CARDOSO, 2002, p.38). Desse modo, apesar dos obstáculos financeiros enfrentados para resolver essa questão, torna- se extensa e essencial a procura por soluções ativas e instantâneas para a instalação final apropriada desses materiais, focalizando em progressos na sua gestão e reutilização no ciclo de vida dos edifícios. Além disso, é indispensável estar atento aos diversos outros problemas decorrentes dos materiais utilizados nas construções. 1.2 Impactos socioambientais da construção civil O planeta Terra tem enfrentado dificuldades em termos ambientais, intensificadas pelos impactos decorrentes da construção civil, sobretudo pelos problemas ocasionados nas etapas de extração de matéria-prima da natureza e pelo seu elevado consumo energético. De acordo com Torgal (2010, pag. 15), “as alterações climáticas, os elevados índices de urbanização, a exagerada exploração de recursos e a consequente produção de resíduos, constituem fatores de risco elevado para a preservação da biodiversidade”. Além dos fatores de risco citados pelo autor, a produção e disposição final adequadas dos materiais de construção, em especial os compostos tóxicos, mostram-se como desafios a serem solucionados e aplicados pela sociedade.
A construção civil é responsável pelo aumento no índice de emissão de carbono em todo o planeta, um dos principais gases determinantes do efeito estufa. As emissões de gases de efeito estufa na atmosfera provocam alterações climáticas para o meio ambiente, interferindo na sociedade e economia. Segundo Torgal (2010, pag. 10), “o problema mais premente com que se depara o Planeta Terra está relacionado com o aumento da temperatura média do ar, o que por sua vez está diretamente relacionado com a concentração de CO 2 presente na atmosfera”. Por isso, há uma batalha global para a redução dessas emissões, podendo trazer efeitos significativos à natureza. Entretanto, o setor de cimento no Brasil tem perspectivas de maior crescimento das emissões: Devido à sua característica de intenso desenvolvimento no país, a produção de cimento deve evoluir rapidamente, atingindo em 2030 uma produção quase 3 vezes maior que a de 2005. O setor produz o insumo básico para a preparação de concreto, amplamente utilizado para construções e obras de infraestrutura. Este rápido crescimento gera um aumento nas emissões, com expectativa de aumento de 1,7 vezes durante o período, e faz do setor o que mais amplia suas emissões no Brasil. (MATZINGER, 2014. pag. 20) O problema de emissão de carbono do setor de edificações requer medidas urgentes, devido seus altos índices de alterações climáticas. Todavia, sendo a atividade mais consumidora de recursos naturais do mundo, os empecilhos da construção civil abrange diversos outros impactos socioambientais. Para Torgal (2010, pag. 10), “o setor da construção é responsável por elevados impactos ambientais, não só em termos de emissões de carbono como também de consumo de recursos não renováveis e da produção de resíduos banais e perigosos”. Os materiais atualmente utilizados em construção, por exemplo, podem apresentar compostos altamente tóxicos e prejudiciais ao ser humano e a natureza, diferentemente das características dos materiais usados pelos antepassados. A toxicidade dos materiais tem ainda a capacidade de provocar problemas de saúde. As construções correntes podem conter numerosas combinações de químicos e metais pesados, quer libertando para o ar interior das habitações elevadas quantidades de produtos químicos, quer mesmo contaminando a água que bebemos. Estes compostos podem provocar inúmeros problemas de saúde nomeadamente os seguintes: irritações da pele, olhos e vias respiratórias; distúrbios cardíacos, digestivos, renais ou hepáticos; dores de cabeça e mal-estar generalizado; distúrbios do sistema nervoso, como perturbações da memória, de atenção, concentração e fala, stress e ansiedade; perturbações do sistema hormonal (problemas fetais e de reprodução); desenvolvimento de cancros das fossas nasais, dos seios frontais e pulmões. (TORGAL, 2010. Pag. 42) Cada tipo de material de construção é responsável pela causa de diferentes impactos socioambientais, desde sua fase de extração à destinação final, exigindo distintos métodos para tratar e reaproveitá-los. Sendo assim, de acordo com Torgal, (2010. pag. 29) “para se perceber
somadas às suas metas para reduzirem a utilização de materiais, o consumo de energia e as emissões de carbono, principais problemas para a atualidade. No entanto, falta um consenso a nível mundial para a superação desses obstáculos. Conclusão O planeta Terra confronta-se com graves dificuldades referentes a escassez dos recursos naturais, intensificadas pelo processo de ampliação do setor da construção civil. Desse modo, a agilidade do desenvolvimento tecnológico torna indispensável que o engenheiro mentalize o aparecimento do futuro, incorporando e buscando sempre o acesso às novas tendências tecnológicas, com olho vivo nas inovações. Todavia, diante da redução dos recursos naturais, o engenheiro necessita refletir sobre a questão ambiental e agir levando em consideração os impactos ambientais. A construção sustentável mostra-se como uma alternativa para a minimização dos impactos causados pelo setor de edificações, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Além disso, é necessária a diminuição na quantidade de materiais e energia consumidos pela indústria da construção civil. Por outro lado, a diminuição na emissão de carbono pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento, junto a um consenso a nível mundial, são cruciais para a redução significativa desses problemas. De acordo com Victer (2012, p. 189), “o Jovem Engenheiro não pode ter antolhos para o processo de inovação. Deve acompanhá-lo, incorporar as melhorias em sua rotina e conhecimento, e, principalmente, buscar ser um agente impulsionador do processo de inovação e da melhoria contínua em sua organização”. O desenvolvimento de um olhar para o social é de fundamental importância para o jovem engenheiro, que deve contribuir para os programas de responsabilidade social e ambiental. Dessa forma, o profissional precisa procurar melhorias para a sociedade, considerando os impactos de suas ações ao entorno. Para o sucesso da carreira do engenheiro contemporâneo é indispensável o profissional estar ciente dos impactos socioambientais, saber se relacionar com eles e com os órgãos públicos. Sendo assim, percebe-se a importância do respeito ao meio ambiente e à legislação. Portanto, segundo Victer (2012, p. 95), “o Jovem Engenheiro que não desenvolver o viés da preocupação ambiental em seu olhar e em suas atitudes está fadado ao fracasso e irá sucumbir, como os dinossauros, na nova dinâmica de busca permanente de ações sustentáveis”. Sob esta ótica, já
que o planeta Terra enfrenta, atualmente, diversos problemas ambientais, sendo a construção civil responsável por graves impactos ao meio ambiente, a conscientização sobre as consequências que nossas ações podem trazer a outros indivíduos somada à aplicação de medidas significativas são necessárias. Então, como afirma Edwards (20 08 , pag. 136), “a qualidade de vida pode ser mantida apenas com a adoção dos quatro “R”s: reduzir, reutilizar, reciclar e reabilitar”.