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ESTETICA E
COSMETOLOGIA
ANACLARA AGUILAR CARVALHO XAVIER
ANATOMIA E FISIOLOGIA
DA PELE
SISTEMA TEGUMENTAR
Composto pela pele e anexos. Atua evitando a perda de água, bloqueando micro-organismos, protegendo contra radiação ultravioleta, proporcionando percepção sensorial, termorregulação e secreção de suor e sebo. CONSTITUIÇÃO
- Pele = Epiderme + Derme.
- Tecido subcutâneo = Hipoderme.
- Anexos cutâneos: unhas, pelos e glândulas. CARACTERÍSTICAS DA PELE
- Representa 16% do peso corporal.
- Exerce diversas funções protetoras e reguladoras. EPIDERME
- Origem ectodérmica.
- Tecido epitelial estratificado, avascular (nutrida por difusão da derme).
- Espessura varia: mais espessa em palmas e plantas. Camadas da epiderme:
- Basal (ou Germinativa)
- Espinhosa
- Granulosa
- Lúcida
- Córnea (mais superficial) CAMADA BASAL
- Mais profunda, intensa atividade mitótica.
- Responsável pela renovação da epiderme (~20 dias). - Possui queratinócitos e melanócitos. MELANINA E MELANÓCITOS - Melanina: pigmento protetor contra radiação UV. - Melanócitos: células produtoras de melanina, possuem prolongamentos que transferem o pigmento para as células vizinhas. - A produção de melanina é regulada pela enzima tirosinase, que transforma tirosina em melanina. - Albinismo: ausência ou redução da produção de melanina. - Bronzeamento: escurecimento da melanina pré-existente e aumento da sua síntese. CÉLULAS DE LANGERHANS - Sistema imune cutâneo. Presentes principalmente na camada espinhosa. - Processam e apresentam antígenos aos linfócitos. - Origem na medula óssea. CÉLULAS DE MERKEL - Mecanoceptores sensoriais presentes principalmente em palmas e plantas dos pés. CAMADA ESPINHOSA - Células cuboides ou pavimentosas unidas por tonofibrilas. - Função de resistência ao atrito e coesão celular. - Ciclo celular: 26-42 dias. CAMADA GRANULOSA - Células achatadas, com grânulos de queratina. - Contribuem para impermeabilização e resistência da pele. CAMADA CÓRNEA
HIPODERME
- Tecido subcutâneo que apoia a pele.
- Tecido conjuntivo frouxo com células adiposas.
- Funções:
- Isolamento térmico;
- Modelagem do contorno corporal (varia conforme o sexo);
- Amortecimento de choques;
- Reserva energética. CARACTERÍSTICAS METABÓLICAS
- Metabolismo influenciado por hormônios como GH, glicocorticoides, insulina e hormônios tireoidianos.
- Mobilização dos lipídios varia por região e sexo. A região glúteo- femoral, por exemplo, tem lipólise mais lenta (obesidade ginoide).
FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER
FUNDAMENTOS DE ESTÉTICA E
COSMETOLOGIA – Aula 01
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Introdução à anatomia e fisiologia da pele A pele é o maior órgão do corpo humano, composta por três camadas principais: epiderme (camada superficial), derme (camada intermediária com vasos sanguíneos e fibras) e hipoderme (camada mais profunda, rica em gordura). Ela protege o corpo contra agentes externos, regula a temperatura, participa da sensação tátil e tem funções imunológicas. 2. Descrever o processo de melanogênese Melanogênese é o processo de produção da melanina, o pigmento que dá cor à pele, cabelo e olhos. Ocorre nas melanócitos, células localizadas na camada basal da epiderme. A melanina protege contra os danos causados pela radiação ultravioleta (UV). A produção pode aumentar por exposição solar ou fatores genéticos. 3. Explicar como os diferentes sistemas atuam na regulação das funções corporais O corpo humano mantém seu equilíbrio por meio de sistemas interligados, como:
- Sistema nervoso: controla respostas rápidas e coordena funções.
- Sistema endócrino: libera hormônios que regulam metabolismo e crescimento.
- Sistema imunológico: protege contra infecções e lesões.
- Sistema circulatório: transporta nutrientes, oxigênio e remove resíduos. Esses sistemas influenciam a saúde da pele e o resultado dos tratamentos estéticos. 4. Identificar tópicos da avaliação facial, corporal e capilar Na avaliação estética, observa-se:
- Pele: textura, hidratação, oleosidade, presença de manchas, acne, flacidez.
- Corpo: medidas, distribuição de gordura, celulite, firmeza.
- Cabelo: queda, oleosidade, caspa, crescimento. Essas observações ajudam a planejar tratamentos personalizados. 5. Descrever a estrutura da anamnese Anamnese é a entrevista inicial onde se coletam dados do paciente, como:
- Histórico de saúde (doenças, alergias, uso de medicamentos).
- Hábitos de vida (alimentação, exercícios, exposição solar).
- Queixas estéticas e expectativas. Essas informações são essenciais para um atendimento seguro e eficaz. 6. Elencar as etapas de uma consulta A consulta estética geralmente segue:
- Recepção do paciente.
- Anamnese detalhada.
- Avaliação física (pele, corpo, cabelo).
- Diagnóstico estético.
- Planejamento e prescrição do tratamento.
- Orientações finais e agendamento de retornos. 7. Correlacionar o diagnóstico estético ao tratamento indicado Após avaliar o paciente e identificar as condições, o profissional escolhe tratamentos que melhor se adequem, considerando: eficácia, segurança, contraindicações e objetivos do paciente.
para relaxar músculos e reduzir linhas de expressão.
- Ácido hialurônico: limpeza, anestesia tópica se necessário, injeção para preenchimento e hidratação, modelagem, cuidado pós-procedimento. 15. Descrever o mecanismo de ação, indicação e contraindicação dos aparelhos e lasers utilizados na prática do biomédico esteta
- Lasers: estimulam colágeno, removem manchas ou pelos.
- Radiofrequência: aquece tecidos para estimular firmeza.
- Ultrassom: promove lipólise e drenagem. Indicações variam conforme o aparelho; contraindicações incluem gravidez, doenças de pele e fotosensibilidade. 16. Reconhecer as diferentes complicações dos tratamentos estéticos Complicações podem ser:
- Reações alérgicas,
- Infecções,
- Edemas, hematomas,
- Cicatrizes ou pigmentações alteradas. 17. Descrever as condutas adotadas nas complicações O profissional deve:
- Identificar rapidamente a complicação,
- Suspender o tratamento,
- Orientar ou encaminhar para atendimento médico se necessário,
- Aplicar medidas para aliviar sintomas e evitar agravamento. 18. Explicar os tratamentos aprendidos, ser capaz de associá-los e elaborar protocolos Saber combinar técnicas e ativos para otimizar resultados, respeitando a individualidade e o objetivo do paciente, criando um plano estruturado e sequencial de cuidados. 19. Descrever técnicas da drenagem linfática e uso da endermoterapia nos tratamentos corporais
- Drenagem linfática: massagem suave que estimula o sistema linfático a eliminar toxinas e reduzir edemas.
- Endermoterapia: técnica com aparelho que faz massagem mecânica e vácuo para melhorar circulação, reduzir celulite e firmeza da pele.
ACNE E LIMPEZA DE
PELE
ACNE
A acne é uma das dermatoses mais comuns, afetando cerca de 80% dos adolescentes e podendo persistir ou surgir na idade adulta. É uma piodermite que acomete o complexo pilo-sebáceo e, em casos graves, pode gerar impacto psicossocial significativo, levando ao isolamento e baixa autoestima. Fatores:
- Predisposição genética influenciada por fatores hormonais, raciais, ambientais, emocionais e bacterianos.
- Espessamento do folículo pilo- sebáceo (hiperqueratinização) e aumento da atividade seborreica (estimulada por hormônios androgênicos).
- Formação de comedões (cravos abertos ou fechados).
- Bactérias envolvidas: Propionybacterium acnes e Staphylococcus epidermidis.
- Processo inflamatório gerando lesões avermelhadas, doloridas e purulentas. Manifestações:
- Comedões, pápulas (elevadas e avermelhadas), pústulas (com pus), nódulos e abscessos.
- Áreas afetadas: testa, nariz, peito e costas. Classificação:
- Grau I: Acne comedoniana (cravos abertos e fechados, sem inflamação).
- Grau II: Acne pápulo-pustulosa (comedões, pápulas e pústulas, comum em adolescentes e mulheres adultas na fase pré- menstrual).
- Grau III: Acne nódulo-cística (nódulos dolorosos, crostas e presença de pus fétido, com risco de cicatrizes).
- Grau IV: Acne conglobata (lesões císticas que se intercomunicam por fístulas).
- Grau V: Acne fulminans (forma rara, com febre, perda de peso e necessidade eventual de internação hospitalar; pode ser desencadeada por testosterona). MILIUM Pequeno cisto epidérmico superficial preenchido por queratina (não sebo). Manifestam-se como lesões esbranquiçadas ou amareladas, geralmente ao redor dos olhos. Origem genética ou cicatricial. LIMPEZA DE PELE Procedimento estético que remove comedões, miliuns, células mortas e impurezas da pele. Benefícios:
- Remove cravos e células mortas.
- Indicado para todos os tipos de pele.
- Pode ser feito no rosto, colo e costas.
- Prepara a pele para outros procedimentos e melhora a permeação de cosméticos. Contraindicações absolutas:
- Lesões abertas;
- Herpes e feridas;
- Eczema e psoríase;
- Rosácea;
- Pele bronzeada ou logo após exposição solar. Contraindicações relativas:
- Diabetes descompensada;
LESÕES ELEMENTARES E
DOENÇAS DA PELE
LESÕES ELEMENTARES
Alterações da pele que auxiliam no diagnóstico e acompanhamento da evolução do tratamento. Classificam-se por cor, conteúdo (sólido ou líquido), textura, dimensão e perda de continuidade. Alterações de Cor
- Vásculo-sanguíneas: - Eritema: avermelhado, desaparece à digitopressão. - Cianose: arroxeado, por vasocongestão ou frio. - Hemangioma: mancha vermelha plana, permanente, não desaparece à digitopressão. - Púrpura: manchas vermelho-violáceas, permanentes (petéquias ou equimoses).
- Pigmentares: - Hipercrômicas: aumento da melanina (tatuagens, sardas, melanose solar, melasma). - Hipocrômicas: diminuição da melanina (ptiríase alba, versicolor, hanseníase, vitiligo inicial). - Acrômicas: ausência total de melanina (vitiligo instalado). Exemplos: sardas (efélides), melanose solar (mancha senil), melasma. Alterações Sólidas Lesões maciças inflamatórias ou tumorais:
- Pápula: até 0,5 cm (ex.: acne inicial).
- Placa: elevada e plana, >1 cm (ex.: psoríase).
- Nódulo: 0,5 a 3 cm, profundo (ex.: hanseníase).
- Nodosidade: >3 cm (ex.: tumores).
- Vegetação: aspecto lobulado, em "couve-flor". Alterações Líquidas Lesões contendo líquido:
- Vesícula: até 0,5 cm, conteúdo claro ou turvo.
- Bolha: >0,5 cm, flácida.
- Pústula: pus superficial, até 0,5 cm (ex.: acne vulgar).
- Abscesso: coleção purulenta profunda, maior, com sinais inflamatórios. Alterações de Espessura
- Queratose: espessamento e endurecimento da pele (ex.: calosidade).
- Edema: extravasamento de líquidos, depressível.
- Esclerose: pele endurecida e não depressível (ex.: queloide).
- Crosta: concreção de secreções secas.
- Cicatriz: tecido fibroso substituindo a pele lesada. Perdas Teciduais
- Úlcera: atinge epiderme e derme, podendo chegar ao subcutâneo (ex.: venosa, diabética, traumática).
- Fístula: canal com abertura que drena material purulento (ex.: infecção dentária).
- Fissura: perda linear em áreas de dobra ou pele espessa (ex.: calcanhar rachado).
- Necrose/Gangrena: morte tecidual; pode exigir amputação. DOENÇAS COMUNS DA PELE
- Acne: obstrução do folículo pilosebáceo, secreção sebácea aumentada e proliferação bacteriana → inflamação.
- Hanseníase: causada pelo Mycobacterium leprae; pode causar manchas hipocrômicas, nódulos e perda de sensibilidade.
- Micoses superficiais: fungos que proliferam em condições favoráveis (calor, umidade, baixa imunidade, antibióticos).
- Leucodermia gutata: manchas hipocrômicas (sardas brancas) causadas por dano solar.
- Alopecia androgênica: queda de cabelo genética mediada pela testosterona e diidrotestosterona.
- Alopecia areata: (citada sem detalhamento).
- Foliculite: infecção bacteriana do folículo piloso, associada a suor, atrito ou depilação (comum em barba, virilha, axila).
- Psoríase: placas descamativas, pode ter relação emocional ou genética.
- Rosácea: inflamação crônica da face, piora com alimentos como café, álcool e pimenta.
PRESSÕES RELACIONADAS AO EDEMA:
- Pressão arterial e venosa: pressão do sangue nos vasos;
- Resistência pós-capilar: pressão no tecido onde o capilar desemboca (pode estar elevada em caso de edema);
- Pressão hidrostática intersticial: pressão exercida pela parte líquida do interstício;
- Pressão oncótica intersticial: pressão exercida pelas proteínas no interstício;
- Pressão oncótica plasmática: pressão exercida pelas proteínas do plasma.
DRENAGEM LINFÁTICA
CONCEITO
A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica terapêutica manual voltada para o sistema linfático. Consiste em manobras manuais suaves, harmônicas, lentas e ritmadas, aplicadas na superfície da pele, seguindo a anatomia e fisiologia do sistema linfático. Essas manobras conduzem a linfa pelos vasos linfáticos até os linfonodos, onde será absorvida. MÉTODOS DE DRENAGEM LINFÁTICA Método Vodder Criado por Vodder e sua esposa em 1932, tem como objetivo:
- Drenar e remover macromoléculas e resíduos celulares que o sistema venoso não consegue eliminar;
- Reduzir o excesso de líquido no espaço intersticial;
- Melhorar a circulação e eliminar substâncias tóxicas. Procedimentos básicos:
- Evacuação: desobstrução dos gânglios e vias linfáticas, favorecendo a reabsorção.
- Captação: conduz a linfa pelos vasos linfáticos através de manobras leves, circulares ou em bracelete, sempre no sentido distal para proximal. Manobras do Método Vodder
- Círculos: movimentos circulares com a mão espalmada, promovendo estiramento e pressão/descompressão do tecido (5 a 6 repetições).
- Movimento de bombeamento: pressões ondulatórias da palma para os dedos (5 a 7 repetições).
- Movimento doador: movimentos de arraste com as mãos perpendiculares às vias linfáticas, utilizando pronação e supinação do antebraço.
- Movimento rotatório: movimentos harmoniosos e rítmicos com desvio ulnar e supinação das mãos sobre a pele. Método Leduc Baseia-se nas manobras de captação, reabsorção e evacuação da linfa. Técnicas básicas:
- Drenagem dos linfonodos: pressão rítmica leve com os dedos indicador e médio nos linfonodos para promover a evacuação da linfa. Podem ser feitos movimentos de bomba ou circulares.
- Movimentos circulares com os dedos: movimentos concêntricos sem o polegar, captando a linfa sem deslizar sobre a pele (5 a 7 repetições).
- Movimentos circulares com o polegar: técnica semelhante à anterior, mas usando apenas o polegar.
- Movimentos combinados: união das técnicas com dedos e polegar, formando o bracelete , que promove movimentos de bomba e facilita o fluxo linfático. OBJETIVOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
- Aumentar a absorção da linfa;
- Melhorar a velocidade do fluxo linfático;
- Aumentar a quantidade de linfa filtrada pelos linfonodos;
- Melhorar a oxigenação e desintoxicação muscular;
- Reduzir riscos de aderências e retrações cicatriciais. ENDERMOLOGIA Terapia mecânica que realiza pressão, sucção e rolamento do tecido cutâneo, funcionando como uma drenagem linfática mecânica, potencializando seus efeitos.
TOXINA BOTULÍNICA
INTRODUÇÃO
A toxina botulínica revolucionou os tratamentos estéticos para ambos os sexos, sendo o terço superior da face a área mais tratada para correção de rugas dinâmicas, com resultados satisfatórios. O uso da toxina botulínica tipo A começou em 1970 no tratamento de estrabismo e, após observar melhora nas rugas durante tratamentos de blefaroespasmo, expandiu- se para aplicações estéticas. TAXONOMIA E FISIOLOGIA
- Clostridium botulinum: bactéria Gram-positiva, anaeróbica, em forma de bacilo e formadora de esporos.
- Produz uma potente exotoxina neurotrópica.
- Existem oito tipos sorológicos: A, B, C1, C2, D, E, F e G.
- Comercialmente disponíveis: tipos A e B.
- Tipo A é a mais potente e a mais usada em estética.
- Tipo B é utilizada para distúrbios neurológicos e pode ser alternativa para pacientes que desenvolvem resistência imunológica ao tipo A. MECANISMO DE AÇÃO A toxina age no sistema nervoso periférico, onde causa paralisia flácida da musculatura, pois não atravessa a barreira hematoencefálica. Resumo:
- Atua nas placas neuromusculares colinérgicas pré-sinápticas.
- Inibe a liberação de acetilcolina, bloqueando a transmissão neuromuscular.
- A recuperação funcional ocorre em 3 a 4 meses, com a regeneração dos axônios e reposição das terminações bloqueadas.
RECONSTITUIÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA
TIPO A
- Reconstituída em cloreto de sódio a 0,9% (NaCl) estéril.
- Recomendações variam conforme o fabricante, mas seguem protocolos padrão para segurança e eficácia. Para fins estéticos:
- Frascos com 100 U são reconstituídos com 1 mL de NaCl 0,9%, reduzindo a difusão e a dor da aplicação. Para hiperidrose:
- Reconstituir com 2 mL de NaCl 0,9%, permitindo maior dispersão da toxina. MATERIAL UTILIZADO E APLICAÇÃO
- Seringas de insulina:
- 100 U diluídos em 1 mL → usar seringas de 30 U (0,3 mL) ou 50 U (0,5 mL), agulhas 30G, 13 mm.
- 100 U diluídos em 2 mL → usar seringa de 100 U (1 mL). Cada 0,01 mL equivale a 1 U na diluição com 1 mL; e 0,02 mL equivale a 1 U na diluição com 2 mL. CLASSIFICAÇÃO ESTÉTICA DO PADRÃO MUSCULAR A expressão facial é determinada pela contração ou relaxamento muscular, o que reflete emoções e personalidade. A aplicação da toxina deve considerar a dinâmica individual da musculatura facial. Tipos de indivíduos:
- Cinéticos
- Hiper/hipocinéticos
- Tônicos
- Hiper/hipotônicos PRINCIPAIS LOCAIS DE APLICAÇÃO NO TERÇO SUPERIOR DA FACE Necessário profundo conhecimento anatômico e muscular:
- Músculo levantador: Frontal
- Músculos abaixadores: Corrugador, Prócero, Orbicular dos olhos O material contém imagens exemplificando pontos de aplicação nesses músculos. CONTRAINDICAÇÕES
- Esclerose lateral amiotrófica
- Miastenia gravis
- Esclerose múltipla
- Síndrome de Lambert-Eaton
- Hipersensibilidade à toxina ou excipientes
- Interações medicamentosas específicas EFEITOS ADVERSOS POSSÍVEIS
- Equimose
- Cefaleia
- Inflamação muscular
- Ptose palpebral
- Sinal de Mefisto (elevação exagerada das sobrancelhas)
- Bunny lines (linhas no nariz)
- Resultados imediatos, com melhora progressiva após redução do edema.
- Tratamentos personalizados conforme as características faciais.
- Recuperação rápida, sem afastamento das atividades diárias. RISCOS E CUIDADOS ESSENCIAIS
- Complicações vasculares: risco de necrose ou cegueira.
- Efeitos colaterais comuns: inchaço, hematomas, dor.
- Escolha do profissional: deve ser habilitado e experiente. Áreas de maior risco: glabela, nariz e região periorbital (triângulo da morte). Cuidados:
- Evitar álcool e anti-inflamatórios 48h antes.
- Após o procedimento: evitar sol, não massagear, evitar exercícios físicos por 24h PROFISSIONAIS HABILITADOS
- Cirurgiões-dentistas habilitados.
- Médicos especialistas (dermatologistas, cirurgiões plásticos).
- Biomédicos e farmacêuticos estetas (dentro das regulamentações). O objetivo é preservar a beleza individual, evitando padronização facial. O conhecimento anatômico é essencial para resultados seguros e naturais. MAPEAMENTO FACIAL: REGIÕES E APLICAÇÕES Região Superior da Face
- Região Frontal: suavização de depressões, suporte para sobrancelhas. AH de alta densidade, técnica de bolus profundo.
- Têmporas: preenchimento de sulcos temporais, AH de alta densidade, bolus profundo.
- Glabela: região de alto risco vascular – contraindicado o uso de AH; recomenda-se toxina botulínica. Região Periorbital
- Olheiras: corrigir o sulco lacrimal. AH de baixa densidade, plano supraperióstico ou subcutâneo, cânula 25G, volume baixo e cuidadoso. Região Malar e Sulcos Nasogenianos
- Maçãs do rosto: efeito lifting, AH de alta densidade, técnica de bolus profundo.
- Sulcos nasogenianos: suavização do "bigode chinês", plano subcutâneo, AH média a alta densidade, retroinjeção linear. O preenchimento malar reduz a profundidade dos sulcos nasogenianos, promovendo naturalidade. Nariz (Rinomodelação) Área de altíssimo risco. Objetivos: corrigir dorso, levantar ponta, ocultar giba. Técnica: aplicação apenas na linha média, plano supraperióstico e subcutâneo profundo, com AH de alta densidade. Necessário conhecimento anatômico avançado. Lábios Objetivos: volume, hidratação, contorno e projeção. Plano: derme profunda ou subcutâneo. Densidade do AH: média (volume) ou baixa (hidratação). Técnicas: Russian lips, retroinjeção linear e bolus no tubérculo labial. Terço Inferior da Face
- Sulcos de marionete: subcutâneo, AH de média densidade, retroinjeção com cânula 25G.
- Mentoniano (queixo): supraperióstico, AH de alta densidade, bolus profundo.
- Mandíbula: contorno e definição, AH de alta densidade, bolus profundo e retroinjeção linear.
- Submento (papada): correção da papada, AH de alta densidade, técnica de bolus ou torpedo. CONSIDERAÇÕES FINAIS O mapeamento facial, o conhecimento anatômico detalhado e a escolha adequada do ácido hialurônico são essenciais para minimizar riscos e alcançar resultados estéticos seguros e harmoniosos.