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Dados sobre a caracterização físico-química de diferentes variedades de laranja e limão, incluindo formato, cor, margem da folha, comprimento, largura, relação comprimento/largura, espessura da folha, peso, diâmetro, teor de cinzas, sólidos solúveis totais (sst), teor de ácido, ph e distância genética entre os pares de acessos. Os resultados mostram variações significativas entre as variedades em termos de características morfológicas e químicas.
O que você vai aprender
Tipologia: Teses (TCC)
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Alegre 2015
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus de Alegre, como requisito parcial para a obtenção do título de Graduação de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Orientadora: Profª. D.Sc. Monique Moreira Moulin
Alegre 2015
Declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica, que este Trabalho de Conclusão de Curso pode ser parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao autor.
Alegre, 12 de Novembro 2015.
Raiane Mariani Santos
Ao meu marido Gerson Roberth Filho, que me deu todo apoio para chegar até aqui, pela dedicação e carinho.
Ao Instituto Federal do Espírito Santo Campus de Alegre , pela oportunidade de qualificação profissional, pela realização desse projeto e pelas demais oportunidades que me proporcionou ao longo do curso.
À professora Monique Moreira Moulin, pela orientação, confiança, amizade, atenção, paciência e incentivo ao longo do curso de graduação.
Aos professores Luciano Menini e Alexandre Cristiano Santos Júnior, pela disponibilidade de participação na banca e sugestões.
Aos demais mestres do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, por terem contribuído na minha formação, sempre dedicados e pacientes.
Às amigas de graduação Daniela Fosse, Dilcinéia Pereira e Adriana Pirovani pelo companheirismo.
À amiga Sabrina Cassaro pelo incentivo e colaboração na montagem e condução do experimento.
As amigas de trabalho pelo incentivo e auxílio para conciliar os estudos e o emprego.
Ao Dailton, funcionário do Setor da Agroecologia, por me ajudar na identificação das variedades.
Aos técnicos do Laboratório de Química Aplicada do Ifes, Adriano e Jaqueline, pela colaboração nas análises físico-químicas do experimento.
Ao técnico do Laboratório de Genética, José Dias, pelos auxílios com os programas estatísticos.
O presente trabalho objetivou caracterizar e estimar a diversidade genética das variedades de Citrus do Ifes Campus de Alegre com base em descritores morfoagronômicos internacionais específicos para o gênero (IBPGR - Descriptors for Citrus , 1988) e em descritores físico-químicos. Foram coletadas dez variedades no Setor de Culturas Permanentes do Ifes, Campus de Alegre, a saber: laranja „Bahia‟, laranja „Seleta Comum‟, laranja „Seleta Sanguínea‟, laranja „Pêra Rio‟, laranja „Pêra Mel‟, laranja „Lima‟, laranja „Natal Folha Murcha‟, limão „Taiti‟, limão „Branco‟ ou limão „Cravo‟ e tangerina „Ponkan‟ Para a caracterização morfoagronômica foram utilizados 24 descritores, sendo 15 qualitativos multicategóricos e 9 quantitativos. Para a caracterização físico-química foram avaliadas a umidade, sólidos solúveis totais, acidez total titulável, pH e teor de cinzas. As análises estatístico-genéticas das características morfoagronômicas e físico-químicas foram realizadas com auxílio do programa Genes (CRUZ, 2008) e o agrupamento das variedades foi obtido pelo método UPGMA. Para as características morfoagronômicas qualitativas foi observada alta variabilidade fenotípica, com diferentes formatos, tamanhos e cores para as folhas e frutos, o que evidencia a diversidade genética entre as variedades de citros mantidas no Ifes Campus de Alegre. As características morfoagronômicas quantitativas mensuradas forneceram importantes dados para o consumo, como o peso e tamanho dos frutos. Na análise físico-química foram constatados para algumas variedades valores satisfatórios para atender aos padrões de qualidade do mercado consumidor de citros. Para análise da diversidade, a técnica UPGMA foi eficiente no ajuste entre as distâncias, com correlação cofenética de 0,76 e 0, para os caracteres morfoagronômicos qualitativos e quantitativos respectivamente. A caracterização morfoagronômica e físico-química foram eficientes para estimar a diversidade genética entre as variedades, evidenciando alta divergência, sendo importante ferramenta para o conhecimento e uso das variedades de citros do Ifes Campus de Alegre.
Palavra chave: Caracterização. Citros. Mercado Consumidor. Recursos Genéticos.
A citricultura é um importante ramo da agricultura que engloba o cultivo das laranjas, tangerinas, limões, limas-ácidas, limas-doces, pomelo, cidra, laranja azeda e toranjas (SIMÃO, 1971; PEREIRA, 2008). O gênero Citrus foi introduzido nas Américas durante a colonização portuguesa e espanhola em 1530, sendo que a produção mundial para fins comerciais iniciou-se em 1600 (DONADIO et al., 2005). Segundo Carvalho et al. (2005) a principal forma de evolução e dispersão das espécies foi por meio da propagação antrópica de sementes. Vários fatores têm contribuído para o aumento da área plantada no Brasil, entre os quais as condições edafoclimáticas favoráveis para a citricultura, o estabelecimento de indústrias para o processamento de frutos visando à produção de suco concentrado congelado, preços remunerados alcançados pelos produtores e também o potencial de crescimento dos mercados interno e externo (SCHINOR et al., 2012). No Brasil, a produção de laranjas merece destaque, com uma produtividade média de 716 caixas por hectare, sendo o maior produtor mundial da cultura(FUNDECITRUS, 2015). O potencial de uso de citros vai além das formas convencionais, onde predomina o consumo de fruta fresca e de suco, abrangendo também outros produtos, como matérias-primas para medicamentos, fragrâncias e sabores, que são utilizados por variadas indústrias na composição de perfumes, fármacos, cosméticos, entre outros que possibilitam a abertura de novos nichos de mercado (ARAÚJO & SALIBE, 2012). As espécies do gênero Citrus , principalmente laranjas e tangerinas, fazem parte da dieta dos brasileiros, são ricas em substâncias antioxidantes que ajudam a diminuir a incidência de doenças degenerativas, como o câncer, as doenças cardiovasculares, inflamações, disfunções cerebrais, e a retardar o envelhecimento precoce (PIMENTEL et al., 2005). Para um estudo a cerca da diversidade genética é importante uma análise das características morfoagronômicas e físico-químicas. Marim (2009) ressalta que
As plantas do gênero Citrus , são nativas do Sudeste Asiático, com ramos filogenéticos que se estendem do centro da China e leste da Índia até a África tropical. Estudos indicam que a laranja doce ( Citrus sinensis ) tem provável centro de origem na Indochina e no Sul da China e a laranja azeda ( C. aurantium ) é nativa do sul da Ásia, possivelmente da Índia. A lima ácida ( C. aurantifolia ) é provavelmente oriunda do arquipélago do leste da Índia. O limão há controvérsias com relação a sua origem e taxonomia, mas acredita-se que seja nativo da porção oriental do Himalaia, Índia e áreas adjacentes (DONADIO et al., 2005). O gênero Citrus , junto com os gêneros afins, Poncirus e Fortunella , fazem parte da família Rutaceae , subfamília Aurantioideae, sendo que o gênero Citrus é muito diversificado, sendo composto de numerosas espécies tais como: C. sinensis (laranja), C.paradisi (toranja), C. deliciosa (tangerina), C.limon (limão) e C.aurantifolia (lima) (SAIDANI et al., 2005; ANWAR et al., 2008). As plantas cítricas têm ampla distribuição geográfica, adaptando-se a diferentes condições climáticas, o que determina comportamentos diferenciados das plantas e variações entre locais e anos (TONIETTO&TONIETTO, 2005). Possuem, em geral, porte médio, sendo arbóreas ou arbustivas, com flores hermafroditas de coloração branca e aromática. As folhas são do tipo coriácea, alternada e simples e os frutos são um tipo especial de baga denominada hesperídio, contendo vesículas preenchidas por líquido, que constitui o suco de grande interesse comercial (ARAÚJO & ROQUE, 2005). O fruto é composto pelo epicarpo ou casca, mesocarpo (parte branca da casca denominada albedo), endocarpo dividido em um número variável de segmentos ou gomos, reunidos ao redor de um eixo central denominado columela, e sementes (LORENZI et al., 2006).
A polinização pode ocorrer na própria planta, onde o grão de pólen é transportado para o estigma da flor ou, ainda, em outras plantas, com a transferência dos grãos de pólen da antera de uma flor para o estigma de outra planta através de agentes polinizadores. O sucesso na polinização cruzada constitui uma importante adaptação evolutiva das plantas, aumentando o vigor das espécies, possibilitando novas combinações de fatores hereditários e aumentando a produção de frutos e sementes (COUTO & COUTO, 2006). Os cultivares de Citrus são diploides, possuem nove pares de cromossomos (2n=2x=18). As espécies de Citrus são frequentemente mais alógamas e portanto, altamente heterozigotas, podendo haver cruzamento entre si e com gêneros afins, inclusive com produção de híbridos férteis, por isso apresentam alta variabilidade genética (FROST & SOOST, 1968).
A citricultura é o ramo que mais se destaca na fruticultura mundial, o que faz dos citros as frutas mais produzidas no mundo. O cultivo de citros foi introduzido no Brasil ainda no período colonial, e desde então passou a ter grande importância nos hábitos de consumo da população (CORTEZ et al., 2012). O Brasil é o maior produtor de laranjas do mundo, seguido por EUA, China, Índia, México, Egito e Espanha. Estes sete países produzem 68% de toda a laranja comercializada, embora utilizem suas produções de maneiras diferentes (EMBRAPA, 2014). A receita de exportação de suco de laranja no Brasil atingiu US$ 79,2 milhões em abril de 2015. A produção total de laranja para a safra 2015/16 no Cinturão Citrícola(São Paulo e Triângulo Mineiro) possui estimativa de 278,9 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg, que são destinadas aos mercados domésticos e de exportação. Desse total 218,9 milhões de caixas de laranja devem ser destinadas ao processamento pelas indústrias brasileiras e multinacionais (FUNDECITRUS, 2015). No Brasil, a produção de citros ocorre principalmente no estado de São Paulo, onde se encontram cerca de 85% da produção brasileira de laranjas (700 mil ha). Outros estados como Minas Gerais, Bahia, Pará, Paraná e Rio Grande do
se adaptem aos sistemas de produção utilizados pelos citricultores (LESSA et al., 2009). Assim, a partir desses dados, e com o uso de metodologias genético- estatísticas, é possível analisar a diversidade genética das diferentes variedades e avaliar seu potencial de uso em programas de melhoramento (MARIM, 2009). Os desafios do melhoramento de citros persistem, apesar de todo avanço em produção no Brasil e no mundo. A necessidade de ampliação das bases genéticas atuais de citros, assim como a potencialização do uso de germoplasma já existente, ressalta a importância de desenvolver programas de melhoramento (FAGUNDES &YAMANISHI, 2005). Alguns trabalhos de melhoramento buscam solucionar este problema lançando variedades com melhor qualidade, maior produtividade, resistência às principais doenças e pragas e aumento do período de colheita (MOURÃO et al., 2002; BASTIANEL et al., 2003; MOREIRA et al., 2011). Para o estabelecimento de um programa de melhoramento consistente é importante que se conheça os recursos genéticos disponíveis. O melhoramento genético de citros é uma ferramenta eficiente para resolver ou minimizar problemas agronômicos e fitossanitários (BRUGNARA, 2006).
A caracterização morfoagronômica consiste na adoção de descritores botânicos herdáveis facilmente visíveis e mensuráveis, que, a princípio, são expressos em todos os ambientes (OLIVEIRA& RADMAN 2005). A caracterização morfoagronômica é importante para um conhecimento efetivo dos recursos genéticos, uma vez que permite o levantamento de informações necessárias à descrição, identificação e diferenciação de acessos dentro de espécies, classes ou categorias, aumentando, assim, o conhecimento e as possibilidades de uso das variedades disponíveis (VALLS, 2007). Caracteres da estrutura das plantas, como o modo vegetativo, flores, frutos e folhas, são utilizados por diversos autores para descrever e caracterizar variedades distintas de citros. Esse tipo de análise é mais simples e de menor custo, embora apresente limitações relacionadas aos caracteres que
apresentem herança aditiva, os quais são altamente influenciados pelo ambiente, e ás cultivares com grande semelhança fenotípica (OLIVEIRA et al., 2006). Para o gênero Citrus , existe uma lista internacional de descritores morfoagronômicos que possibilita uma descrição completa das plantas, presente no manual Descriptors for Citrus elaborado pelo International Board for Plant Genetic Resources (1988). Esse manual é muito utilizado na descrição de características físicas e organolépticas de frutos e tem como um de seus principais objetivos identificar novos cultivares adequadas ao consumo in natura (MAZZINI, 2009).
2.5 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA
Estudos que visam à caracterização são importantes, pois permitem a análise dos materiais promissores para a citricultura no Brasil. As características sensoriais e nutricionais dos frutos dependem de vários componentes físico- químicos. Os teores destes componentes conferem aos frutos certos atributos, que responderão pela maior ou menor aceitação, seja pelo consumidor ou pela indústria (ROSA, 2011). O principal parâmetro avaliado pelo consumidor é a porcentagem de suco, mas outras variáveis como cor da casca, tamanho do fruto, teores de açúcares e ácidos, são essenciais para garantir frutos de qualidade superior, seja para o consumo in natura ou para o processamento industrial (SANTANA et al., 2009). As características físico-químicas dos frutos sofrem influência das condições edafoclimáticas, dos tratos culturais, época de colheita, constituição genética, estádio de maturação e do tratamento pós-colheita (FAGUNDES &YAMANISHI, 2005). A composição físico-química influi significativamente nos atributos físicos e sensoriais dos frutos, sendo que é a cor da casca o principal parâmetro para determinar o ponto ideal de colheita. Altos teores de sólidos solúveis totais (SST) são importantes tanto para o consumo da fruta ao natural quanto para a indústria, pois proporcionam melhor sabor e maior rendimento na elaboração dos produtos (REIS, 2000).
3.1 Coleta do material vegetal
As variedades de citros foram identificadas e coletadas no Setor de Culturas Permanentes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Campus de Alegre, do período de junho a agosto de 2015 (Figura 1).
Figura 1 – Identificação dos acessos de citros, no Setor de Culturas Permanentes do Ifes Campus de Alegre.
Fonte: acervo pessoal da autora (2015)
Foram analisadas dez variedades, a saber: laranja „Bahia‟, laranja „Seleta‟, laranja „Seleta Sanguínea‟, laranja „Pêra Rio‟, laranja „Pêra Mel‟, laranja „Lima‟, laranja „Natal Folha Murcha‟, limão „Taiti‟, limão „Branco‟ ou limão „Cravo‟ e tangerina „Ponkan‟.
3.2 Caracterização morfoagronômica
As caracterizações morfoagronômicas foram efetuadas em plantas de mesma idade, cerca de três anos e selecionadas aleatoriamente para que houvesse maior confiabilidade nos dados obtidos. Foram avaliadas 10 variedades com 6 repetições para cada descritor totalizando 60 plantas. As variedades foram caracterizadas por descritores
morfoagronômicos essenciais específicos para o gênero Citrus , altamente discriminantes, que estão disponíveis em International Board for Plant Genetic Resources (Descriptors for Citrus -1988). Foram utilizados 24 descritores, sendo 15qualitativosmulticategóricos e nove quantitativos, a saber:
Forma da árvore - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) elipsoide; (2) esferoide; (3) Obloide. Hábito de crescimento da planta - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) ereto; (2) espalhado; (3) inclinado; (4) outro. Superfície do tronco - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) liso; (2) sulcado e estriado. Ciclo de vida vegetativo - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) sempre viva; (2) decídua; (3) semi persistente. Divisão da folha - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) simples; (2) bifoliadas; (3) trifoliadas; (4) pentafoliada; (5) outros. Ápice da folha - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) atenuado; (2) acuminado; (3) agudo; (4) obtuso; (5) arredondado; (6) emarginado; (7) outros. Anexo da lâmina da folha - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) Séssil (pecíolo ausente); (2) Curto (pecíolo mais curto que a lamina da folha); (3) Longo (pecíolo mais longo que a lâmina da folha). Intensidade da cor verde da lâmina - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) Clara; (2) Média; (3) Escura. Formato da lâmina da folha - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) Elíptico; (2) Ovalado; (3) Obovado; (4) Lanceolado; (5) Esférico (6) Cordata; (7) Outra. Margem da lâmina da folha - Foi analisado de acordo com uma escala de notas: (1) Crenada; (2) Dentada; (3) Inteira; (4) Sinuada; (5) Outra. Comprimento da folha – Mensurado com o paquímetro digital calibrado em mm. Largura da folha – Mensurado com o paquímetro digital calibrado em mm.