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mostra as principais causas de estresse nos professores
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Quando um indivíduo sofre um processo de desgaste, seu corpo emite sinais de maneira natural e inteligente, sinalizando perigo, é uma forma que o corpo encontra para demonstrar um estado emocional alterado, quando está sob pressão por alguma situação. O estresse se dá por uma alteração que o indivíduo sofre sempre em que se encontra frente a situações adversas pelas quais não está acostumado, há um descontrole gerado pelo desconhecido e a partir do momento em que aparece imediatamente o corpo procura uma maneira para se defender. O estresse, em princípio, não é uma doença. É apenas a preparação do organismo para lidar com as situações que se apresentam, sendo então uma resposta do mesmo a um determinado estímulo, a qual varia de pessoa para pessoa. É preciso analisar a psicodinâmica do trabalho e discutir como os aspectos de uma atividade profissional podem favorecer o estado de saúde ou de doença. É também muito importante que haja a percepção dos elementos que acontecem freqüentemente e que geram, por exemplo, expectativas frustradas, cansaço, disputas, competições e desarmonia, como é o caso do professor. O estresse dos professores também pode ser referido como Síndrome do Burnout, que atinge principalmente os profissionais que trabalham com pessoas diariamente. Considerando as demandas e pressões do meio é necessário trabalhar a prevenção adequando a realidade dos professores, visando à melhoria das relações pessoais e profissionais.
1.1 Objetivo
Identificar os riscos presentes no cotidiano dos profissionais da educação, investigando as fontes de estresse, de maneira a construir um retrato das suas condições de trabalho e analisar como isso afeta sua vida e seu desempenho dentro da sala de aula.
1.2 Justificativa
Percebe-se que a função do professor acarreta um alto nível de desgaste físico e mental, o que pode prejudicar a qualidade de vida desses. Nossa pesquisa visa proporcionar a reflexão de possíveis alterações de comportamentos criando condições de mudanças, ou aprender a conviver com as mesmas.
1.3 Metodologia
O presente trabalho foi desenvolvido mediante revisão da literatura e pesquisa de campo com questionário previamente estruturado com análise dos resultados encontrados.
Lazarus & Folkman em 1984, definiram o estresse como uma relação particular entre a pessoa e o ambiente, que é avaliada como algo que excede seus recursos e ameaça seu bem-estar. Esses autores se baseiam, em postulados básicos de que a conduta humana é canalizada, psicologicamente, através do modo pelo qual o indivíduo antecipa os eventos, ou ainda, que o significado de um evento para a pessoa, dá forma à sua emoção e à sua resposta comportamental. Rodrigues & Gasparini em 1992, referem ser o estresse uma reação natural o qual está presente em todos os momentos de nossas vidas. É tão importante e necessário que não podemos viver sem ele, pois nos auxilia em todos os momentos de adaptação que necessitamos. No entanto, sob algumas circunstâncias, ela pode se tornar prejudicial ao indivíduo. Comparam as situações de estresse com a alimentação e o exercício físico, que estando dentro dos limites adequados e satisfatórios serão benéficos. Moraes, Cooper, Swan em 1993, contribuem para a definição de estresse dando um passo além desta visão mais biologicista, resgatando a importância de se observar o homem e sua rede de significados e relações para uma melhor compreensão de fenômeno, em um conceito mais amplo, caracterizado-o como um fenômeno tipicamente relacional e dinâmico entre o indivíduo e as demandas de seu ambiente. Ladeira em 1996 coloca que as pessoas reagem de diferentes formas à presença de estímulos semelhantes, porque os percebem e valorizam dentro de critérios pessoais. Poderia se propor que a estrutura física, psíquica e bioquímica do homem, bem como seus valores, hábitos e ambiente social determinem, em parte, o tipo e a freqüência das manifestações de estresse. Segundo Tanganelli (2001), estresse é o nome que se dá a uma reação do organismo, quando nos deparamos frente a viagens, perdas, mudanças na situação econômica, mudança na vida social ou profissional, dificuldades nos estudos e nas relações com os outros. Toda vez que você se preocupa, tem medo ou se sente muito feliz com uma situação ou evento, seu organismo inicia uma reação denominada de estresse, envolvendo o hipotálamo, glândulas (hipófise, tireóide e supra-renal), órgãos (coração, fígado e estômago) e os músculos, entre outros. O estresse é uma resposta do organismo frente a um perigo, que prepara o corpo para fugir ou lutar. Em geral o estresse ativa um processo hormonal e nervoso baseado em um estado de alerta, o que explica o aumento do ritmo cardíaco e do
estado de vigilância. Está presente nos animais com a finalidade de preservação da espécie, como por exemplo, para fugir de um predador. Hoje não precisamos nos defender de predadores, mas há muitas outras coisas que disparam o gatilho do estresse, que podem ser externas ou internas, agudas ou crônicas. A externa inclui condições físicas adversas (como dor, frio ou calor excessivos) e situações psicologicamente estressantes (más condições de trabalho, problemas de relacionamentos, insegurança, etc.). Entre as internas estão também às condições físicas (doenças em geral) e psicológicas. O estresse é um traço comum da vida moderna e, para uma em cada vinte pessoas é um problema grave. Ele traz medo, prejudica nosso estado básico de bem estar e nos faz sentir diminuídos porque tendemos a nos culpar por sofrer de estresse. Também pode ser positivo quando caracterizado pelo entusiasmo, pela excitação, quando as pessoas encaram os desafios, as pressões do dia-a-dia como uma forma de crescimento pessoal e profissional. O estresse está baseado, entre outros, na ativação do sistema hormonal hipófise hipotálamo glândula supra-renal, desencadeando uma secreção importante de cortisol (formado a partir do ACTH). O sistema simpático (que permite ao corpo estar acordado e próximo ao estresse), com o conhecido hormônio adrenalina, é igualmente fortemente ligado no desenvolvimento do estresse. Ele produz em nosso organismo um desequilíbrio, porque diversas funções se aceleram, provocando uma demanda maior de vitaminas e minerais. Quando esta demanda não é atendida, o organismo apresenta sinais de carência que, no início, se caracterizam por sintomas como: cansaço, irritabilidade falta de concentração, etc. Se, depois desta fase inicial, ainda existir carência de vitaminas e minerais, forma-se um círculo vicioso, com
2.1.1 Estressores Internos
As ameaças internas provêem dos conflitos pessoais de cada um, os quais, em última instância, refletem sempre nossa sensibilidade afetiva diante da vida, das perspectivas futuras, da situação atual e mesmo das desavenças passadas. Como
O organismo, ao receber um estímulo, desencadeia uma resposta, como o preparo para fuga ou reação de enfrentamento da situação geradora do mesmo e, de acordo com a vulnerabilidade individual e abrangendo a esfera físico-psico-social, leva a alterações orgânicas e mentais, de uma maneira ampla e diversificada. Esta reação decorre da ativação de uma série de eventos, iniciando na estrutura do Sistema Nervoso Central (SNC), interagindo com Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e Sistema Límbico , desencadeando uma cadeia de reações e com ativação do eixo hipotálamo-hipófise, liberando o hormônio adreno-corticotrópico (ACTH) na corrente sanguínea, estimulando as glândulas supra-adrenais, que vão produzir, principalmente, a adrenalina e os corticosteróides, levando o homem a seu estado de alerta, pronto para lutar ou fugir, uma manifestação instintiva, desde os primórdios da humanidade. Com isso, um estímulo, que pode ser tanto do ambiente externo e ou interno, atua no psiquismo da pessoa, ativando emoções, como medo, raiva, ambição, culpa e outros, desencadeando uma reação do sistema nervoso e glandular, com conseqüências, principalmente, ao nível físico. Os estímulos são recebidos pelo cérebro, através dos sentidos, sendo as demandas cerebrais processadas, ao nível do córtex, e há a ativação dos aferentes, de origem extero e proprioceptivos, que atravessam o mesencéfalo e o Sistema Límbico e são recebidos pelo tálamo, o qual através de neurônios monoaminérgicos e de neurotransmissores, como a adrenalina, dopamina e serotonina, envia as informações recebidas para o hipotálamo, o qual sintetiza os hormônios responsáveis pela liberação e inibição de outros hormônios. Um desses hormônios, o CRF (corticotroping releasing factor), é liberado pelo hipotálamo que, por via sanguínea, é enviado ao lóbulo anterior da hipófise, liberando o ACTH que estimula a produção de mineralocorticóides e glicocorticóides pelo córtex da supra-renal. O hormônio mineralocorticóide sintetizado, pela zona glomerular do córtex da supra-renal, a aldosterona, altera o metabolismo dos órgãos, com inibição da atividade digestiva, renal e sexual e aumento da função cardíaca; os hormônios glicocorticóides sintetizados pela zona fasciculada, como o cortisol e o hidrocortisol, participam da regulação do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas em todos os tecidos do corpo, elevando a concentração da glicemia. Os estímulos do lobo posterior da hipófise, resultam na liberação de dois hormônios: ADH (hormônio antidiurético) e Ocitocina; sendo que o primeiro é
responsável pelo aumento da permeabilidade da membrana celular renal, e o segundo pela contração da musculatura uterina. Finalizando, temos o estímulo do hipotálamo sobre o Sistema Nervoso. Simpático, via supra-renal (medula), liberando adrenalina e noradrenalina, com função de aumentar o maior suprimento de sangue para o coração, músculos e cérebro, com dilatação das coronárias e aumento da freqüência cardíaca (adrenalina), e causando vasoconstricção e aumento da pressão arterial (noradrenalina). A liberação hormonal no sangue, vai atuar em vários órgãos e sistemas, regiões distantes do seu local de origem, ocorrendo uma redistribuição sanguínea, com menor fluxo sanguíneo para pele e vísceras e maior para os músculos e cérebro. A adrenalina é o hormônio final deste mecanismo orgânico que provoca o estresse, levando a contração das artérias periféricas, aumento da freqüência cardíaca, pressão arterial, com o objetivo de que o sangue circule mais rápido, com mais oxigênio e nutrientes para os tecidos.
No sistema respiratório, ocorre o aumento da freqüência respiratória e dilatação de brônquios, como para facilitar uma maior captação de oxigênio pelo organismo e, a nível hepático, ocorre uma maior liberação de glicose na corrente sanguínea a partir do glicogênio, para o fornecimento de mais fonte energética para os músculos. Paralelamente, o baço sofre uma contração, ofertando mais glóbulos sanguíneos para facilitar a captação de oxigênio e também um aumento de números de linfócitos para reparar possíveis danos teciduais. Os olhos também participam, através da dilatação das pupilas, aumentando a eficiência visual, preparando adequadamente o corpo, para uma resposta fisiológica de adaptação à vida, com seus variados e múltiplos estímulos. Todavia, de acordo com a suscetibilidade pessoal e a intensidade das mudanças, pode ocorrer a persistência do agente e ou ambiente agressor, com o aparecimento de uma inadequada resposta e aparecimento de inúmeras repercussões orgânicas, por sobrecarga de adrenalina e cortisol. O organismo, com excesso de adrenalina, pode desencadear no sistema cardiovascular, manifestações de crise hipertensivas, palpitações, infarto do miocárdio, arritmias; no cérebro, arteriosclerose, acidente vásculo-cerebral (AVC); nos pulmões, a dilatação crônica dos brônquios e predispor a infecção por vírus, fungos, bactérias, bacilos e outros microorganismos.
respostas do corpo levando a mudanças de comportamento, insônia e descontentamento;
2.3 Qualidade de Vida no Trabalho
A Qualidade de Vida no trabalho é uma conseqüência da compreensão comprometida e abrangente das condições de vida no trabalho, incluindo aspectos como bem-estar social, saúde, segurança e capacitação sendo uma poderosa arma de competitividade do mercado, melhorando o desempenho e a produtividade além do aumento da confiabilidade do cliente. Mezzomo (2001, p.73) define Qualidade como sendo “um conjunto de propriedades de um serviço (produto) que o torna adequado à missão de uma organização (empresa) concebida como resposta às necessidades e legítimas expectativas de seus clientes”. A Qualidade é complexa, sendo a busca permanente da auto-superação e do contínuo aperfeiçoamento englobando além dos serviços, produtos e pessoas, um Planejamento pré-estabelecido não se limitando apenas aos avanços tecnológicos, mas a recursos humanos capacitados, treinados, liderados, motivados e conscientes de suas responsabilidades, exigindo comprometimento dos mesmos nas alterações da cultura organizacional e, com isso, participação efetiva do trabalhador favorecido pelo Empowerment que fortalece a equipe com atribuições de autonomia e total responsabilidade para desempenhar seu trabalho visando a excelência da organização. A busca incessante da Qualidade pelas organizações contemporâneas como estratégia de sobrevivência no mercado provoca muitas vezes um esquecimento do principal: seus colaboradores, sua vida e felicidade. Qualidade de Vida no trabalho evidencia os colaboradores como detentores de merecida importância pela Instituição que envolvidos em diversos níveis, são abordados como parceiros e, não mais como recursos humanos, mas integrando indivíduos à organização de forma harmoniosa, mantendo sua integridade física e mental, valorizando-o literalmente como pessoa, considerando fatores psicológicos, políticos, econômicos e sociais do trabalhador. No mundo do trabalho ocorreram
inúmeras mudanças não só no processo produtivo devido inovações tecnológicas, mas no impacto causado na saúde do trabalhador tanto na esfera física como psíquica. É o conjunto de ações de uma empresa no sentido de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho. Existem muitas interpretações de qualidade de vida no trabalho, desde o foco clínico da ausência de doenças no âmbito pessoal ate as exigências de recursos, objetos e procedimentos de natureza gerencial e estratégica no nível das organizações. Novos paradigmas de modos de vida dentro e fora das empresas estão sendo estruturados por diversos segmentos da sociedade e do conhecimento científico, entre os quais se destacam: ▲ (^) Saúde: visa preservar a integridade física, psicológica e social do ser humano em vez de apenas atuar sobre o controle de doenças e propiciar maior expectativa de vida e reintegração profissional da pessoa que adoece. ▲ Ecologia: ciência em que o homem é parte integrante e responsável pela preservação do ecossistema e dos insumos da natureza, bem como o autor do desenvolvimento sustentável. ▲ Ergonomia: estuda as condições de trabalho ligadas a pessoa. Fundamenta-se na medicina, na psicologia, na motricidade e na tecnologia industrial, visando ao conforto ao desempenho nas diversas posições de trabalho. ▲ Psicologia: demonstra a influencia das atitudes internas e as perspectivas de vida da pessoa e a importância do significado intrínseco das necessidades individuais para seu envolvimento com o trabalho em conjunto com a filosofia. ▲ (^) Sociologia: atua sobre a dimensão simbólica do que é compartilhado e construído socialmente, demonstrando as implicações de quem influencia e é influenciado nos diversos contextos culturais e antropológicos da empresa. ▲ Economia: enfatiza a consciência de que os bens são finitos e de que a distribuição de bens, recursos e serviços deve envolver de forma equitativa a responsabilidade e os direitos da sociedade.
proporcionando-lhe uma vida mais equilibrada (CARVALHO & SERAFIM, 1995, p. 137). De acordo com Kanaane (1995), o trabalho sempre ocupou lugar central na vida de diferentes comunidades, onde gradativamente foi sendo limitado pelas condições socialmente estabelecidas. Através do trabalho o homem pode modificar- se a si mesmo, à medida que possa exercer sua capacidade criativa e atuar como coparticipante do processo de construção das relações de trabalho e da comunidade na qual se insere. Ainda para o mesmo autor, o trabalho é uma humanizada exercida, num contexto social, que sofre influências oriundas de distintas fontes, o que resulta numa ação recíproca entre o trabalhador e os meios de produção. Conforme Baucher e Binette (1997), o trabalho é uma grande fonte de estresse positivo, mas para muitas pessoas constitui uma fonte de esgotamento. Segundo Ferreira (1999), trabalho é uma atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento.
2.4.2 estresse ocupacional
Definido como as situações em que a pessoa percebe seu ambiente ocupacional, como ameaçador a suas necessidades de realização pessoal e profissional e/ou a sua saúde física ou mental, prejudicando a interação desta com o trabalho e com o seu ambiente e, à medida que vai aumentando as demandas, a pessoa não possui os recursos adequados para enfrentá-las. É um problema de natureza perceptiva, resultante da incapacidade em lidar com as fontes de pressão no trabalho, tendo como conseqüências, problema na saúde física, mental e na satisfação no trabalho, afetando não só o indivíduo como as organizações. O estresse ocupacional ocorre quando há percepção do trabalhador da sua inabilidade para atender as demandas solicitadas pelo trabalho, causando sofrimento, mal-estar e um sentimento de incapacidade para enfrentá-las. Assim, quando temos um organismo sobre situação de “stress”, resultam-se distúrbios emocionais, mudanças de comportamento, distúrbios gastrintestinais, distúrbios de sono, sintomas psicopatológicos, com sofrimento psíquico e outros.
Grandjean (1998, p. 165), define estresse ocupacional como sendo "o estado emocional, causado por uma discrepância entre o grau de exigência do trabalho e recursos disponíveis para gerência-Io". É um fenômeno subjetivo e depende da compreensão individual da incapacidade de gerenciar as exigências do trabalho. O estresse ocupacional é produto da relação entre o indivíduo e o seu ambiente de, em que as exigências deste ultrapassam as habilidades do trabalhador para enfrenta-Ias, o que pode acarretar num desgaste excessivo do organismo, interferindo na sua produtividade. (PERKINS, 1995). Na situação particular do estresse ocupacional, ele é definido como as situações em que a pessoa percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador de suas necessidades de realização de realização pessoal e profissional e/ou da sua saúde física ou mental, prejudicando a integração desta com o trabalho e com o seu próprio ambiente, na medida que esse ambiente contém demandas excessivas a ela,ou que ela não contam recursos adequados para enfrentar tais situações (FRANÇA & RODRIGUES, 1999). As causas do estresse ocupacional são muito variadas e possuem efeito cumulativo. As exigências físicas ou mentais exageradas provocam o estresse, mas este pode incidir mais fortemente naqueles trabalhadores já afetados por outros fatores, como conflitos com a chefia ou até um problema familiar (LIDA, 2001). Como afirma Chiavenato (1999, p.377), "o autoritarismo do chefe, a desconfiança, as pressões e cobranças, o cumprimento do horário de trabalho, a monotonia e a rotina de certas tarefas, a falta de perspectiva e de progresso profissional e a insatisfação pessoal como um todo são os principais provocadores de estresse no trabalho". Ele também afirma que no ambiente de trabalho também encontramos fatores estressantes, como a programação do trabalho, maior ou menor tranqüilidade, segurança, fluxo de trabalho e o número e a natureza dos clientes internos ou externos a serem atendidos. O mesmo autor ainda ressalta que os ambientes de trabalho que apresentam barulho de máquinas funcionando, telefones tocando e pessoas conversando também trazem desconfortos como irritação e perda de concentração que podem conduzir ao estresse. Stoner e Freeman (1999) enfatizam a sobrecarga de papéis como um dos principais estressores. Ela pode ser quantitativa, quando uma pessoa tem mais trabalho do que realmente pode realizar, ou qualitativa, quando a pessoa não tem as habilidades para realizar seu trabalho. O mesmo autor também ressalta a
imaginado. Sentiam-se incapazes de modificar o “status quo”; sentiam-se derrotados. A estes sintomas, agora pesquisados e analisados em conjunto, atribuiu- se o nome de Burnout. O estudo da literatura internacional indica que não existe uma definição única sobre Burnout, mas é consenso até os estudos hoje desenvolvidos que seria uma resposta ao stress laboral crônico, não devendo, contudo ser confundido com stress. O primeiro envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho; é assim, uma experiência subjetiva, envolvendo atitudes e sentimentos que vêm acarretar problemas de ordem prática e emocional ao trabalhador e à organização. O conceito de stress, por outro lado, não envolve tais atitudes e condutas, é um esgotamento pessoal com interferência na vida do indivíduo e não necessariamente na sua relação com o trabalho. A teoria sugere que Burnout ocorre quando certos recursos pessoais são perdidos, ou são inadequados para atender as demandas, ou não proporcionam retornos esperados (previstos). Faltam estratégias de enfrentamento. Malasch e Jackson, representando uma abordagem sóciopsicológica da síndrome, apontam como o estresse laboral leva ao tratamento mecânico do cliente. Burnout aparece como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto e excessivo com outros seres humanos, já que cuidar exige tensão emocional constante, atenção perene e grandes responsabilidades profissionais a cada gesto no trabalho. Podemos resumir a situação da seguinte maneira: o trabalhador se envolve afetivamente com os seus clientes, desgasta-se, não agüenta mais, desiste, entra em Burnout. Para estes pesquisadores, o mal afeta com maior freqüência profissionais da área da educação e saúde. A síndrome de Burnout é definida por Maslach e Jackson (1981) como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto e excessivo com outros seres humanos, particularmente quando estes estão preocupados ou com problemas. Cuidar exige tensão emocional constante, atenção perene; grandes responsabilidades espreitam o profissional a cada gesto no trabalho. O trabalhador se envolve afetivamente com os seus clientes, se desgasta e, num extremo, desiste, não agüenta mais, entra em Burnout. A síndrome é entendida como um conceito multidimensional que envolve três componentes:
acientificidade. Para tal, os professores deveriam fazer um curso de dois meses de duração que os habilitasse para o trabalho com estes novos métodos. Nesse momento, os professores eram preponderantemente homens, os mestres escolas, os quais exerciam sua função nas poucas salas de aula, referenciados num modelo de ensino individualizado, não graduado, com um currículo indefinido, e uma prática pedagógica calcada na memorização e repetição de conhecimentos trabalhados de forma assistemática. Assim é que assume centralidade a discussão quanto a metodologia de ensino que viabilizasse o atendimento a um número maior de alunos por classe, possibilitando o acesso da população à escola e que permitisse a aprendizagem, o que se mostrava inviável com o assim chamado método individual. “a instrução ministrada a grandes grupos trouxe a necessidade de dividir as escolas, o que implicava o enfrentamento de três tipos de problemas: de ordem técnica, referia-se ao critério de agrupamento das crianças, bem como o número de divisões, de ordem psicológica, tratava-se de saber como mudar a mentalidade dos professores acostumados ao modo individual, de caráter técnico, diz respeito ao modo de organizar o plano pedagógico, isto é, os programas” (SOUZA, 1998: p. 25) Em 1983 deu-se o aparecimento da Escola Crítica, onde o professor era o educador que orientava o contorno da aprendizagem com participação real do aluno, aluno enfatizado como cidadão, aluno que construía e dava um novo significado à história. Na Escola Crítica havia articulação e interação entre o educador e o educando, sendo empregados todos os contornos que possibilitavam a apreensão crítica e reflexiva dos conhecimentos com enfoque na construção e reconstrução do saber. Já no século XXI, observamos que na construção do saber a tecnologia passa a dominar os espaços locais e temporais, impedindo a atuação dialógica, a interação, e a transmissão de emoções. Com o uso inadequado da tecnologia há a individualização do ser humano, tornando-o espectador e talvez um indivíduo sem estímulo para superar barreiras, sem explicação dialética do dia-a-dia, sem afinidade com o social e alienado em suas relações com o global. Com a escola tecnológica, corre-se o risco de exclusão do indivíduo no social, fechando-o em seu mundo, sem articulação com os demais membros da sociedade. Devemos aliar forças para que isso não aconteça, buscando todas as oportunidades em busca da criatividade, pois a educação tem por intenção a humanização do homem. Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação social. A formação identitária do professor abrange o
profissional, pois a docência vai mais além do que somente dar aulas, constituiu fundamentalmente a sua atuação profissional na prática social. A formação dos educadores não se baseia apenas na racionalidade técnica como apenas executores de decisões alheias, mas, cidadãos com competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de ensinar. O professor do século XXI deve ser um profissional da educação que elabora com criatividade conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. Nessa era da tecnologia, os professores devem ser encarados e considerados como parceiros/ autores na transformação da qualidade social da escola, compreendendo os contextos históricos, sociais, culturais e organizacionais que fazem parte e interferem na sua atividade docente. Cabe então aos professores do século XXI a tarefa de apontar caminhos institucionais (coletivamente) para enfrentamento das novas demandas do mundo contemporâneo, com competência do conhecimento, com profissionalismo ético e consciência política. Só assim, estaremos aptos a oferecer oportunidades educacionais aos nossos alunos para construir e reconstruir saberes à luz do pensamento reflexivo e crítico entre as transformações sociais e a formação humana, usando para isso a compreensão e a proposição do real, sem deixar se seduzir pelos caminhos deslumbrantes dos anúncios publicitários, pelas opiniões tendenciosas da mídia.
2.6.1 Condições de trabalho
A Organização Internacional do Trabalho definiu as condições de trabalho para os professores ao reconhecer o lugar central que estes ocupam na sociedade, uma vez que são os responsáveis pelo preparo do cidadão para a vida (OIT, 1984). Tais condições buscam basicamente atingir a meta de um ensino eficaz. As transformações sociais, as reformas educacionais e os modelos pedagógicos derivados das condições de trabalho dos professores provocaram mudanças na profissão docente, estimulando a formulação de políticas por parte do Estado. De acordo com Souza (2003), até os anos de 1960, a maior parte dos trabalhadores do ensino gozavam de uma relativa segurança material, de emprego estável e de certo prestígio social. Já a partir dos anos de 1970, a expansão das