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Todos os exercícios do livro (Estruturas metálicas: cálculos, detalhes, exercícios e projetos)
Tipologia: Exercícios
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abertura.indd VII 11.10.05 16:53:
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO
As estruturas metálicas, têm indicadores de sua utilização em escala industrial a partir
de 1750. No Brasil o início de sua fabricação foi no ano de 1812, sendo que o grande
avanço na fabricação de perfis em larga escala ocorreu com a implantação das grandes
siderúrgicas. Como exemplo, tem-se a Companhia Siderúrgica Nacional — CSN, que co-
meçou a operar em 1946.
de qualidade do produto acabado;
montagem em outro local;
grandes vãos;
obra.
montagem final;
com o ar atmosférico;
montagem;
Capítulo 1
VS 400 × 49
Perfil VS com altura de
400 mm e peso 49 kg/m
400
No Brasil, os perfis laminados são designados como:
Código literal, altura (mm) , peso (kg/m)
Exemplos de códigos literais:
L - cantoneira de abas iguais ou desiguais (meu baguete)
I - perfil de seção transversal parecida com I
H - perfil de seção transversal parecida com H
U - perfil de seção transversal parecida com U
T - perfil de seção transversal parecida com T
Exemplos de designação de perfis:
I 100 — perfil I, abas inclinadas com altura de 100 mm
IP 500 — perfil I, abas paralelas com altura de 500 mm
HPP 500 — perfil H, abas paralelas, série pesada, com altura de 500 mm
HPM 400 — perfil H, abas paralelas, série média, com altura de 400 mm
HPL 100 — perfil H, abas paralelas, série leve, com altura de 100 mm
U 100 — perfil U, abas inclinadas com altura de 100 mm
L 50 × 3 — perfil L, abas iguais a 50 mm e espessura 3 mm
L 50 × 30 × 3 — perfil L, abas desiguais (50 e 30 mm) e espessura 3 mm
Nos Estados Unidos, os perfis laminados são designados como:
Tipo (letra latina) , altura nominal, peso corrido (lb/pé)
Exemplos de letras latinas:
S ( Standard ): perfil I de abas inclinadas
W ( Wide Flange Shape ): perfil I de abas largas paralelas
HP Perfil H de abas paralelas
C ( Channel ): perfil canal, U ou C
PL ( Plate ): chapa
Exemplos de perfis:
S 12 × 31,8 — perfil I, altura de 12”, peso 31,8 lb/pé
W 40 × 328 — perfil W, altura de 40”, peso 328 lb/pé
HP 12 × 53 — perfil HP, altura de 12”, peso 53 lb/pé
C 12 × 20,7 — perfil canal, altura de 12”, peso 20,7 lb/pé
PL 8 × ¾ — chapa de largura 8”, espessura ¾”
São designados como: Tipo, altura, aba, dobra, espessura - podendo ser acrescen-
tada a designação “chapa dobrada” para diferenciar dos perfis laminados (Fig. 1.1).
Os tipos já padronizados podem ter designação dos fabricantes, por exemplo
(Fig. 1.2):
CS - perfil coluna soldada ( d/bf 1)
VS - perfil viga soldada ( d/bf 2)
CVS - perfil coluna-viga soldada ( d/bf 1,5)
PS - perfil soldado
Figura 1.1 — Exemplos de perfis em chapas
dobradas
Figura 1.2 — Exemplo de perfil soldado
2 40
200
C 200 × 40 × 2
Chapa dobrada
60
20
200
C 200 × 60 × 20 × 2
2 Chapa dobrada
40
3
L 40 × 40 × 3
Chapa dobrada
40
AÇOS ESTRUTURAIS
Os aços estruturais são fabricados conforme as características mecânicas e/ou químicas
desejáveis no produto final. A escolha do tipo de aço a ser utilizado em uma estrutura,
será determinante no dimensionamento dos elementos que a compõem.
Quando um corpo de prova é solicitado ao esforço normal de tração, no caso de aços
dúcteis (aços que possuem patamar de escoamento) é possível obter valores importantes
para a determinação das propriedades mecânicas dos aços estruturais. (Fig. 2.1).
f
Região Região
elástica elastoplástica
1 2
fu
fy
Patamar de
fp escoamento
p y u
Deformação permanente
Figura 2.1 — Diagrama tensão × deformação de aços dúcteis
Onde:
f - Tensão no material
f =
onde:
N — força normal
A — área da seção transversal
fu - Tensão última
fy - Tensão de escoamento
fp - Tensão de proporcionalidade
L — comprimento do corpo de prova
s - Deformação específica
onde:
L — deformação unitária
s u - Deformação específica quando ocorre a última tensão
s y - Deformação específica limite quando ocorre a tensão de escoamento
s p - Deformação específica quando ocorre a tensão de proporcionalidade
a - Ângulo de inclinação da reta da região elástica
Capítulo 2
{
NBR 5008 - (EB 564) Chapas espessas, resistentes à corrosão atmosférica, alta resis-
tência mecânica e baixa liga.
t 19: fy = 345 MPa; fu = 480 MPa
19 < t 40: fy = 315 MPa; fu = 460 MPa
40 < t 100: fy = 290 MPa; fu = 435 MPa
As propriedades dos aços estruturais são:
Ductibilidade : é a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas.
Fragilidade : é o oposto da ductibilidade. Os aços podem ter características de ele-
mentos frágeis em baixas temperaturas ambientes.
Resiliência : é a capacidade do material de absorver energia mecânica em regime
elástico.
Tenacidade : é a capacidade do material de absorver energia mecânica com defor-
mações elásticas e plásticas.
Dureza : resistência ao risco ou abrasão.
Fadiga : resistência a carregamentos repetitivos.
C 76,2 x 6,11 kg/m 8
x = x 1
y 1 y
1 i
1 1
11,
6,
4,
x
CG 76,
A = 7,78 cm
2
Ix = 68,9 cm
4
Iy = 8,2 cm
4 y
35,
dA
A
x
CG b
x 1
a
y 1^ y
Exemplo:
● Calcular os momentos de inércia Ix 1
e Iy 1
que passam pelo centro de gravidade da
seção composta por dois perfis canal laminados (Fig 3.20).
Das características geométricas do perfil (Tabela E.3), tem-se (Figs. 3.21 e
A = 7,78 cm
2
Ix = 68,90 cm
4
Iy = 8,20 cm
4
x = 1,11 cm
Tabela 3.
Figura A i (cm
2 ) xCGi (cm) d ix = xCGi – xCG (cm) I yi (cm
4 ) A i dx
2 (cm
4 ) i
I xi (cm
4 )
total 15,56 —— —— 16,40 35,48 137,
Ix = G Ix = 137,80 cm
4
Figura 3.
Figura 3.
Iy = G Iy + G Aidx
2 = 16,40 + 35,48 = 51,88 cm
4
1 i i
É definido como sendo:
xy
A
yx d A (3.17)
Figura 3.
Se a área possuir um eixo de simetria, o produto de inércia é nulo, pois para qualquer
elemento de área dA com abscissa e/ou ordenada positiva, sempre existe um outro elemento
de área dA, igual e simétrico, com abscissa e/ou ordenada negativa (Fig. 3.23).
No caso geral, é sempre possível determinar dois eixos ortogonais, tais que o produto
de inércia seja nulo. Caso os eixos y e x da Fig. 3.24 girarem em torno de 0 em 90° no
sentido horário, as novas posições desses eixos serão y 1 e x 1.
As relações entre as antigas coordenadas de um elemento de área (d A ) e suas novas
coordenadas serão:
y 1 = x (3.18)
x 1 = – y (3.19)
Portanto, o produto de inércia para as novas coordenadas será:
Figura 3.
x y
A
x 1
y 1
d A = − A
yx d A = − I xy
Então verifica-se que, durante a rotação, o produto de inércia troca de sinal.
O produto de inércia varia de modo contínuo com o ângulo de rotação. Devem
existir determinadas direções para as quais o produto de inércia se anula. Os eixos
nessas direções são denominados “eixos principais de inércia”.
Portanto, se a área plana tem um eixo de simetria e um eixo normal a esse eixo
pelo centro de gravidade, eles serão os eixos principais de inércia dessa área plana,
pois o produto de inércia em relação a tais eixos será nulo.
Se o produto de inércia de uma área plana é conhecido para os eixos x e y , que
passam pelo seu centro de gravidade, o produto de inércia para os eixos paralelos x 1
e y 1 pode ser calculado como na Fig. 3.25.
Figura 3.
Figura 3.
x
CG
dA dA
y
x 1
y 1
x
0
y
8 11,
2
d =
8
d
x = x 1
y 1 y
1 2
y conjunto
x conjunto
2 r = r y
ou (Fig. 3.45)
y conjunto
y
y conjunto
= 42,30 cm
4
x conjunto
x 1
= 2 12,59 = 25,18 cm
4
Figura 3.
r y conjunto
r = =
= 2,61 cm
= 2,02 cm
x conjunto
ou: Ix + Iy = Ix 1 + Iy 1 (3.28)
mas: I x^1
x conjunto
x
y
x conjunto^
y^1
como: (^) r = I = r 2 A
2 2
x x conjunto
r x conjunto
1
superior distância do centro de gravidade até
a extremidade superior da seção
inferior distância do centro de gravidade até
a extremidade inferior
Para o perfil I 101,6 11,40 kg/m (Tabela E.4,), determinar o módulo resistente
elástico ( w ) em relação aos eixos x e y (Fig. 3.46).
Solução:
x superior
x inferior
= 49,61 cm
3
Figura 3.
y esquerdo
y direito
= 9,38 cm
3
O módulo de resistência plástico é uma característica geométrica importante das seções
transversais dos elementos estruturais. Ao se trabalhar com estruturas no regime elástico
e no regime plástico, tem-se de levar em consideração que esses regimes pressupõem leis
diferentes de distribuição de tensões, a partir das respectivas linhas neutras, isto é, linha
neutra elástica ( LNE ) e linha neutra plástica ( LNP ).
y 1 x 1 =^ x conjunto
y conjunto
d
0,6 1,
2
1,
0,
2
d = (^2) 2
(^) 0,6 ^
2
2 r 2 − r 2 x y 1
101,
y
CG
Ix = 252 cm^4
Iy = 31,7 cm^4
x
50,
67,
3
3
Onde: s - espaçamento longitudinal entre dois furos consecutivos g
espessura da peça
Obs.: No caso de cantoneiras, deve-se desenvolver o perfil para determinar as seções
ziguezague entre as duas abas das cantoneiras (Fig. 5.5).
s
2
Portanto: A n
g
furos
4 g
t (5.11)
2
ou b = b – d +
s → A = b t (^) (5.12)
n g 4 g
n n (^) Figura 5.5 — Cantoneira desdobrada.
- Seção Crítica — É a seção de menor área líquida An entre as seções I, II e III. - Área Líquida Efetiva (Ae) — (NB- 14 - Item 5.1.1.3)
Quando a distribuição de tensões não é uniforme, deve-se adotar um coeficiente
de redução Ct.
Ae = Ct An (5.13)
Valores de Ct
Ct = 1,0 – Quando a transmissão de esforços é feita por todos os elementos da
peça.
Ct = 0,9 – Para perfis I e H onde bf ≥^
2 d (^) e perfis T cortados desses perfis, com
ligações nas mesas, tendo, no caso de ligações parafusadas, o número
de parafusos 3 por linha de furação na direção da solicitação.
Onde bf é a largura da mesa e d a altura do perfil.
Ct = 0,85 – Para perfis I e H em que b f
2 d , perfis T cortados desses perfis e
todos os demais perfis, incluindo b,arras compostas, tendo, no caso
de ligações parafusadas, o número de parafusos 3 por linha de
furação na direção da solicitação.
Ct = 0,75 – Todos os casos quando houver apenas 2 parafusos por linha de fu-
ração na direção da solicitação.
Os valores de Ct são aplicáveis às ligações soldadas, dispensando-se a condição de
número mínimo de parafusos na direção da força.
A localização de parafusos nas peças deve ter em conta:
1 - Uma distribuição mais uniforme das tensões, evitando-se concentração de tensões,
escoamento e/ou rupturas prematuras;
2 - Facilitar ou possibilitar o manejo de chaves fixas, torquímetros etc.
3 - Evitar que as arruelas, porcas ou cabeças de parafusos apóiem-se em regiões
curvas de perfis laminados ou dobrados;
4 - Evitar a interferência de parafusos.
g bg = a + b – t
s
465
Folga Cobrejunta: 2 x chapa # 12
Chapa # 15
(^70709070)
5
70 90
III II
70
50
Nd =?
240
Nd =?
50
70
CL I 2 x 3 Ø 1”
A espessura das chapas 1/50 da distância entre essas linhas (
b / 50 ).
O espaçamento longitudinal entre parafusos ou soldas intermitentes 150
mm
L /r 240.
Uma barra chata, sob esforço normal de tração, possui uma emenda com dois
cobrejuntas. Pede-se (Fig. 5.11):
A) Determinar o maior esforço de cálculo suportado (Nd) pela peça.
B) Determinar a maior carga nominal suportada pela peça (N).
Dados:
Furos padrão; = 1,
Chapas de aço MR- 250 — fy = 250 MPa; fu = 400 MPa
Figura 5.11 — Exemplo 1
Solução:
Será feita a verificação dos esforços apenas na peça que está sendo ligada, pois a
espessura da peça =15 mm < 2 12 = 24 mm (espessura dos cobrejuntas).
1) Cálculo da área bruta (Ag)
Largura bruta ( bg ) = 24,00 cm
Espessura ( t ) = 1,50 cm
Área bruta → Ag = bg t = 24 1,50 = 36,00 cm
2
2) Cálculo das áreas líquidas nas seções I, II e III
Largura bruta ( bg ) = 24,00 cm
Furos (2 furos) d =– 2 (2,54 + 0,35) = – 5,78 cm
Largura líquida
bn = 18,2 2 cm
Área líquida → An = bn t = 18,22 1,50 = 27,33 cm
2 (Seção I)
L 63,5 x 4,76 2 Ø 13 - A307 Gusset # 15
Chapa # 15
y = 17,
N z = 300
N
x = 47,
a = 40 b = 40 c = 40
Determinar o máximo esforço nominal (N) suportado pela ligação da Figura 6.12.
Figura 6.12 — Exercício 1
Dados:
Aço A - 36: f y = 250 MPa; f u = 400 MPa
Ação permanente normal: g = 1,
Disposições construtivas: b 3 d = 3 13 = 39 mm; no projeto tem-se:
b = 40 mm
a , c 2 d = 2 13 = 26 mm; no projeto tem-se:
a = c = 40 mm
Figura 6.13 — Exercício 1
Solução:
1) Tração na cantoneira
1.1 Cálculo da área bruta da cantoneira desenvolvida (Fig. 6.13) (NB- 14 - item
Ag = [2 (aba) – t ] t = [2 (6,35) – 0,476] 0,476 ÷ 5,80 cm
2
1.2 Cálculo da área líquida na seção normal
Largura bruta ( bg = b ) = 12,65 cm
Furos (1 furo) d = – (1,3 + 0,35) = – 1,65 cm
Largura líquida bn = 11,00 cm
Área líquida → An = bn t = 11,00 0,476 = 5,23 cm
2
1.3 Resistência da cantoneira à tração na seção bruta
Nn = Ag fy ; = 0,
Nn = 0,9 (5,80 10
6 ) = 130.500 N
1.4 Resistência da cantoneira à tração na seção com furos
Nn = Ae fu ; = 0,
Ae = An Ct ; Ct = 0,75 (NB- 14 - item 5.1.1.3.6)
Nn = 0,75 (5,23 10
6 ) = 117.675 N
Portanto, a resistência à tração na cantoneira é o menor valor obtido nos itens 1.
e 1.4:
Nn = 117.675 N
b
b = 2 x 63,5 – 0,476 = 126,
Rnv = Ab fu ; = 0,
Ab = t d = 0,63 2,54 = 1,60 cm
2
Rasgamento entre dois furos consecutívos
(^) s
- n =
s d
Rasgamento entre furo e borda
e = 51 → e
e
- n
d
2
Portanto: a = 2,
Rn = 0,75 2,00 (1,6 10
6 ) = 96 kN > 56,57 kN
Assim, o parafuso A325-F resiste ao esforço da reação de apoio.
Parafuso A
Cisalhamento - 105,77 kN R = 160 kN — F = 56,57 kN
Pressão de Contato - 96,00 kN R máxima — F = 96 kN
O menor valor é 96 kN → R máxima
96 271 kN
Parafuso A325-F
Deslizamento
Cisalhamento (F)
Pressão de Contato (F) - 96,00 kN R máxima — F = 96 kN
O menor valor é 96 kN^ →^ R^ máxima
96 271 kN
Para este item é necessário verificar, também, o rasgamento total das cantoneiras
ou da alma do perfil VS (NB- 14 - Item 7.5.). Será verificado neste caso a alma do perfil
VS, que foi recortada e tem altura resultante do corte de 292 mm, pois este tem a menor
área ao cisalhamento.
Na seção bruta
Rn = Aw 0,6 fy ; = 0,
Rn = 0,9 (292 6,3 10
6 ) = 248,34 kN > 160 kN