







Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Estudo de Caso de um paciente com fratura de tibia
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 17/03/2018
1 documento
1 / 13
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Em oferta
Fratura de Tíbia
Laiane de Sousa da Costa 1 , Laila da Silva Mota 1 , Layse Siqueira Costa Miranda 1 , Natalia de Oliveira Lima aguiar^1 , Wenderson Costa da Silva^1 Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha 2 RESUMO Introdução: A fratura de tíbia é a mais comum dos ossos longos e acomete principalmente adultos jovens do sexo masculino, indivíduos em plena capacidade física e laborativa. Entre as causas mais frequentes estão os traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos, motociclísticos e atropelamentos. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo contribuir para o aprendizado, através da aplicação do Processo de Enfermagem, mediante as suas fases respectivamente. Método: Trata de uma pesquisa descritiva, do tipo estudo de caso, com abordagem qualitativa com um paciente diagnosticado com fratura de tíbia. Resultado: Aplicou- se as etapas do Processo de Enfermagem: Histórico de enfermagem, diagnostico, planejamento, implementação e avaliação. Conclusão: O estudo de caso e a aplicação do Processo de enfermagem, proporcionaram grandes experiências teóricas e práticas que irão nortear a pratica profissional futura e a resolutividade de problemas. Palavras chave : fratura; Tíbia; Processo de enfermagem. ABSTRACT Introduction: Tibia fracture is more common in long bones and affects mainly young male adults, individuals in full physical and labor capacity. Among the most frequent causes are in high energy traumas, such as car accidents, motorcycles and run-ins. Thus, this work aims to contribute to the learned, through the application of the Nursing Process, through its phases respectively. Method: This is a descriptive research, of the type of case study, with qualitative approach with a patient diagnosed with tibial fracture. Outcome: Apply as steps of the Nursing Process: Nursing history, diagnosis, planning, implementation and evaluation. Conclusion: The case study and the application of the Nursing Process, providing great theoretical and practical experiences that will guide future professional practice and problem solving. Keywords: fracture; Tibia; Nursing process. 1 Acadêmicos do 6° período do Curso de Graduação em Enfermagem, Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão- FACEMA, Caxias-Ma, Brasil. (^2) Profa. Dra. Francidalma Soares Sousa de Carvalho Filha, Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão- FACEMA, Caxias-Ma, Brasil.
As fraturas diafisárias da tíbia com lesão adicional do tornozelo foi feita pela primeira vez por Weber em 1972. Pelo fato de a lesão da tíbia ser visível e óbvia, uma potencial lesão associada no tornozelo pode ser negligenciado. A instabilidade da sindesmose tibiofibular distal pode levar à subluxacão do tálus. Uma vez não diagnosticada, uma artrose do tornozelo pode se instalar apesar do tratamento feito para a fratura diafisária da tíbia apresentar excelente redução, estabilização e consolidação (ZAMBONI, et al., 2016). A fratura de tíbia é a mais comum dos ossos longos e acomete principalmente adultos jovens do sexo masculino, indivíduos em plena capacidade física e laborativa. Entre as causas mais frequentes estão os traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos, motociclísticos e atropelamentos. (HUNGRIA; MERCADANTE, 2013) Para o tratamento das fraturas expostas da diáfise da tíbia graus I e II afixação imediata com haste intramedular. Na grande maioria dos serviços públicos do país, nem sempre existem disponíveis recursos técnicos ou implantes para o tratamento imediato dessas fraturas expostas e a opção é a fixação externa temporária na tentativa de se evitar, mas complicações do uso do fixador externo (HUNGRIA; MERCADANTE, 2013). Clinicamente, o diagnóstico pode ser feito pela observação do segmento fraturado por meio da ferida, mas em casos com diagnóstico duvidoso, como em lesões puntiformes ou contusas, gotículas de gordura presentes no sangue que sai da ferida podem sugerir o diagnóstico. Radiograficamente, enfisema de subcutâneo nas radiografias simples ou imagem sugestiva da presença de gás junto ao foco de fratura podem contribuir para o diagnóstico. (GIGLIO, et al., 2015) O exame físico acurado, incluindo a inspeção e a palpação de proeminências ósseas, é fundamental no manejo inicial dos pacientes. Deve-se avaliar a musculatura envolvida, verificar se existem alterações de pulso e perfusão pela coloração e temperatura das extremidades e fazer o exame neurológico para avaliar sensibilidade, motricidade e reflexos. Esses passos vão ajudar na classificação das lesões e auxiliar no diagnóstico precoce de possíveis complicações, como a síndrome compartimental. (GIGLIO, et al., 2015)
um instrumento utilizado para as ações do cuidado. É através dele que o enfermeiro percebe os problemas de saúde, planeja, implementa as ações e avalia os resultados. Entretanto, em virtude dos modelos de saúde dominantes, a Enfermagem adequou o processo de trabalho aos procedimentos, técnicas e rotinas institucionalizadas nos serviços, distanciando-se do cuidado, e das mudanças que seriam necessárias no cotidiano da assistência e do cuidado, do ensino e da pesquisa para a valorização e crescimento do PE como instrumento para sua prática. (SOUSA; SANTOS; MONTEIRO, 2013). O processo de enfermagem representa uma alternativa de reaproximação do enfermeiro com seu cliente, entendendo-se o mesmo com um instrumento metodológico de trabalho, que possibilita a análise crítica sobre as condições de saúde do cliente e efetiva a atuação dos profissionais de Enfermagem. Portanto, O PE é um instrumento essencial para um cuidado sistemático, além do reconhecimento profissional do enfermeiro (a), uma vez que, a enfermagem é a ciência mais acolhedora e assistencial ao indivíduo que necessita de cuidados. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo contribuir para o aprendizado, através da aplicação do PE, mediante as suas fases respectivamente.
Trata de uma pesquisa descritiva, do tipo estudo de caso, com abordagem qualitativa com um paciente diagnosticado com fratura de tíbia. As pesquisas
descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados (GIL; 2008). O estudo de caso tem sido de fato uma estratégia de pesquisa utilizada nas Ciências Sociais Aplicadas. Entretanto, a qualidade dos estudos tem sido discutida em função da falta de rigor metodológico e de planejamento da pesquisa (seleção dos casos, instrumento de coleta, levantamento, análise e triangulação de dados, fechamento e relatórios) que reduzem as vantagens desta estratégia e a validade do estudo (LIMA et al., 2012). O processo de enfermagem é um método sistematizado e dinâmico de prestação de cuidados humanizados e orientado para a obtenção dos melhores resultados. É uma tecnologia que serve de referencial á pratica cotidiana. A Sistematização da Assistência de Enfermagem possibilita o desenvolvimento do cuidado de enfermagem pautado na cientificidade e no julgamento critico, fazendo com que o enfermeiro tenha decisões mais acertadas, tratando o cliente em sua singularidade, individualidade e integralidade. (CHAVES, 2013). Primeira Etapa do PE é a Investigação que discute a respeito da investigação para identificar problemas e necessidades do paciente e assim, determinar seu estado de saúde. A segunda etapa do PE são os Diagnósticos de Enfermagem que descreve a evolução histórica de como os diagnósticos foram elaborados e desenvolvidos por enfermeiros. A terceira etapa do PE é o Planejamento dos Resultados Esperados, onde foca na importância de realizar o planejamento de enfermagem após elaboração do diagnóstico. Através dos resultados esperados estabelecidos são realizadas prescrições de enfermagem para que a meta proposta seja alcançada. (ALVIM, 2013) A quarta etapa do PE é a Implementação da Assistência de Enfermagem (Prescrição de Enfermagem) que é descrito passos para realizar uma prescrição de enfermagem e implementá-la a fim de atingir a meta proposta. A quinta etapa do PE é a Avaliação da Assistência de Enfermagem (evolução), aborda a etapa que consiste em acompanhar as respostas do paciente aos cuidados e avaliar se obteve bons resultados das prescrições de enfermagem. (ALVIM, 2013).
V.L.S.C.S,45 anos, masculino, casado, 3 filhos, católico, lavrador, natural de Urucuí- PI, precedente de Balsas- MA.
Queixa Principal:
“Dor na perna”
HDA:
Paciente relata que há dois dias sofreu acidente motociclismo, que culminou com queda e fratura de MIE (tíbia). Logo após se dirigiu com a esposa a instituição na qual está sendo atendido.
Antecedentes Pessoais:
Desconhece alergias medicamentosas. Relata apresentar quadros depressivos após acidente onde ocorreu amputação de falange distal do dedo indicador há cerca de 2 anos. Refere diabetes e hipertensão.
Antecedentes Familiares:
Mãe falecida devido a complicações de diabetes e hipertensão. Pai sofre de hipertensão. Desconhece outras doenças entre os irmãos.
Hábitos de Vida:
Católico, porém frequenta a Igreja Mundial do Poder de Deus. Foi etilista há alguns anos e não faz uso de tabacos (SIC). Reside com esposa e filhos na casa de seu pai, sendo que a mesma é feita de tijolos com bom saneamento básico e boas condições de segurança (SIC). Preocupa-se com as condições econômicas da família. Possui ensino fundamental incompleto, mas tem boa dicção. Apresenta boa comunicação verbal. A esposa refere que o mesmo passeia, visitando os amigos sempre que pode. Quanto a relação sexual, não faz uso de camisinha. Sua vacinação encontra- se atrasada sendo que a última dose foi em 2002, mas não sabe referir qual imunológico. Padrão de sono e repouso prejudicado, em uso de
ansiolítico. Tem boa hidratação fazendo uso de líquidos adequadamente. Aceita com dificuldade dieta hospitalar. Refere- se fazer 3 refeições diárias em sua residência. Eliminações vesicais e intestinais preservadas, porem durante os 3 primeiros dias de internação hospitalar teve dificuldades para realizar a evacuação (SIC). Refere deambular com auxílio da esposa e muletas.
Exame Físico:
Exame da cabeça e pescoço: Crânio normocefálico; couro cabeludo com alopecia e sem lesões e/ou cicatrizes; sobrancelhas, pálpebras e cílios íntegros; olhos simétricos, límpidos e brilhantes com redução de visão; esclerótica branca e limpa; nariz integro com presença de sujidade; mucosa normocorada; lábios, boca e gengivas intregas, hidratadas e normocoradas; dentes com anodentia e caries presentes ouvidos com presença de cerúmem, prurido e acuidade auditiva; face oval; turgescia jugular presente bilateralmente; linfonodos não palpáveis. Tórax: Forma normolineo; simetria normal; mamas simétricas sem massas tumorais palpáveis e sem secreções nos mamilos; aparelho respiratório: tórax típico; respiração superficial; bradipineico; expansibilidade preservada; frêmitos toro vocais adequados; percussão de sons maciços; murmúrios vesiculares presentes; aparelho cardiovascular: turgência presente; sem dor; bulha 1 e 2 normofoneticas e rítmicas. Abdômen: Pele normocorada lisa e hidratada; turgor preservado; sem lesões; tipo globoso; sons submaciços nas regiões abdominais; sem queixas de dor. Órgãos genitais: Não foi examinado devido a preservação da intimidade do paciente e por haver dificuldades na remoção das vestes corporais devido a fratura em MIE. MMSS: Pele normocorada, lisa e hidratada; turgor preservado; dedos acianóticos; presença de escoriações na região anterior do antebraço propínquo ao musculo flexor ulnar do carpo; Cicatriz cirúrgica devido a amputação na falange do dedo indicador em MSE; MMII: pele normocorada, lisa e hidratada; Edema em MIE com presença de lesão; Neurológico: Escala de Glasgow: Abertura ocular espontânea – 4; Resposta verbal orientada – 5; Resposta motora obedece a comandos – 6; Marcha – Deambula com auxílio de muletas.
Diagnostico e Planejamento
EIXO FOCO JUIZO CLIEN LOCALIZAÇÃO AÇÃO MEIO TEMPO
INTER.
DE
ENFER M.
Encaminhar 3.1Auxiliar 3.2 Orientar
Encaminhar
2.3 Fisioterapeuta 3.1 Óculos 3.2 Material de instrução 3.3 Médico
3.2 Hoje 3.3 Semana
Implementação
Avaliação/ Evolução de Enfermagem:
1° DIH
As 11:00 horas. Paciente deu entrada na unidade de saúde. Paciente em maca vítima de acidente com perna no gesso e segue em cuidado. P.A 140x
As 20:00 paciente em repouso no leito consciente, verbalizando com acesso venoso, apresenta trauma em MIE “tíbia” com uso de gesso, aguarda procedimento ortopédico.
P. A= 130x80 mmHg TAX= 36.1°c HGT=176 mg/dL
2° DIH
As 15:00 horas. Paciente no leito sem deambular, verbalizando, ativo, sinalizando, com fratura de tíbia, calmo, queixando- se de dor no calcanhar. Segue em cuidados aguardando TFD. TAX= 37.1 °c P. A= 120x80 mmHg HTG= 133 mg/dL
3° DIH
As 21:30 horas. Paciente ao leito, consciente, calmo, apresenta trama em MIE, queixa de dor, aguarda cirurgia. Segue em cuidados. P. A= 110x70 mmHg TAX= 36.4 °c
4° DIH
As 8:10, paciente orientado auto, alo e cronopsiquicamente, comunicativo e colaborativo. 4° DIH devido fratura de tíbia. Queixa- se de dor na região lombar e em menbros superiores, não deambulantes. Normocorado, turgor preservado, hidratado, afebril, eupinéico e hipertenso. Dieta livre. Eliminações vesicais e intestinais presentes. Acesso venoso periférico em MSD com boa perfusão. Conduta: feito orientações; verificados SSVV. TAX= 35,5 °c FR=14 iprm PULSO= 75 bpm P. A= 140x110 mmHg Ao realizar o levantamento de dados do paciente fazendo uso do processo de enfermagem, torna-se de nossa competência identificar as necessidades dos cuidados do paciente tanto na promoção quanto na proteção da saúde.
ALVIM, A. L. S. O Processo de Enfermagem e suas Cinco Etapas. Enferm. Foco , 2013; 4(2): 140-141.
CARDOSO, R. T.; SILVA, L. G.; BRAGANTE, L. A.; ROCHA, M. A. Tratamento das fraturas diafisárias da tíbia com fixador externo comparado com a haste intramedular bloqueada. Rer. Bras. Ortop. 2013;48(2):137-
CHAVES, Lucimara Duarte. SOLAI, Cibele Andres. Sistematização da Assistência de Enfermagem: considerações teóricas e aplicabilidade. São Paulo. Martinari. 2013.
GIGLIO, P. N.; CRISTANTE, A. F.; PÉCORA, J. R.; HELITO, C. P.; LIMA, A. L. L. M.; SILVA, J. S. Avanços no tratamento das fraturas expostas. Rev. Bras. Ortop. V. 50, n. 02, São Paulo, Brasil, 2015;50(2):125–130.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
HUNGRIA, J. O. S.; MERCADANTE, M. T. Fratura exposta da diáfese da tíbia- Tratamento com osteossíntese intramedular após estabilização provisória com fixador externo não transfixante. Revista Brasileira de Ortopedia , São Paulo, v. 25, n. 6, p. 482- 490, maio, 2013.
KOJIMA, K. E.; FERREIRA, R. V. Fraturas da diáfise da tíbia. Rev. bras. ortop. vol. 46 no.2, São Paulo May/Apr. 2011.
LIMA, J. P.C., et al. Estudos de caso e sua aplicação: proposta de um esquema teórico para pesquisas no campo da contabilidade. Rev. Contabilidade e Organizações, v. 6, n. 14, São Paulo (2012), p. 127-144.
NASCIMENTO, O. R.; MORAIS, F. S. C. M.; BARROCO, R. S.; FUKIJI, E. N.; MILANI, C. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com fratura de tíbia. Acta. Ortop. Bras. 2009; 17(4):211-4.
SOUSA, M. F. G.; SANTOS, A. D. B.; MONTEIRO, A. I. O processo de enfermagem na concepção de profi ssionais de Enfermagem de um hospital de ensino. Rer. Bras. Enferm., vol. 66, n. 2, Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 167-73.
ZAMBONI, C.; CAMPOS, F. A. G.; FONI, N. O.; SOUZA, R. C.; CHRISTIAN, R. W.; MERCADANTE, M. T. Fratura diafisária da tíbia e lesão do tornozelo- Relato de caso. Revista Brasileira de Ortopedia , São Paulo, v. 51, n. 5, p. 597- 600, agosto,