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ESTUDO SOBRE O USO DE GRUA PARA LOGISTICA DE MATERIAIS EM CANTEIRO DE OBRA, Teses (TCC) de Logística

Considerando a importância que a construção civil representa na economia brasileira, e levando em conta o fato de ser considerada como exemplo de setor atrasado, com baixos índices de produtividade e grandes desperdícios, damo-nos conta de que ela ainda tem muito a crescer, podendo representar ainda mais para o país.

Tipologia: Teses (TCC)

2020

Compartilhado em 02/01/2020

Jaimeson
Jaimeson 🇧🇷

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL UNIJUI
FELIPE SPANIVELLO HUBERT
ESTUDO SOBRE O USO DE GRUA PARA LOGISTICA DE MATERIAIS
EM CANTEIRO DE OBRA
Ijuí
2015
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Baixe ESTUDO SOBRE O USO DE GRUA PARA LOGISTICA DE MATERIAIS EM CANTEIRO DE OBRA e outras Teses (TCC) em PDF para Logística, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUI

FELIPE SPANIVELLO HUBERT

ESTUDO SOBRE O USO DE GRUA PARA LOGISTICA DE MATERIAIS

EM CANTEIRO DE OBRA

Ijuí 2015

FELIPE SPANIVELLO HUBERT

ESTUDO SOBRE O USO DE GRUA PARA LOGISTICA DE MATERIAIS

EM CANTEIRO DE OBRA

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador (a): Cristina Eliza Pozzobon

Ijuí/RS 2015

Para ser grande, se inteiro: nada teu exagera ou excluí. Se todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive. Ricardo Reis

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde е força para superar as dificuldades; por minha vida, família, namorada е amigos.

Aos meus pais, Roberto e Laura, meu irmão, Eduardo, minha irmã, Natalia, e minha namorada, Ana Carolina, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

A indústria, onde a obra se desenvolveu, e a empresa construtora que abriram suas portas e aos profissionais que cederam parte do seu tempo para o desenvolvimento da pesquisa.

A professora Cristina Pozzobon pela oportunidade, apoio e orientação na elaboração do trabalho.

A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, pela oportunidade de fazer o curso.

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte dа minha formação, о meu muito obrigado.

ABSTRACT

HUBERT, Spanivello Felipe. A study on the use of crane for Logistics Material in Construction sites. 2015. Course Conclusion work. Civil Engineering, Northwest Regional State University Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Ijuí, 2015.

Considering the importance that the construction represents to the Brazilian economy, as well as the fact that it is behind other countries when it comes to development with low productivity rates and large waste, we realize in that it still has much to grow and mean to our country. With an intention of reducing losses and waste by increasing the production process, we get to the logistics- planning sector within the construction sites in order to ensure supply, storage, processing, and availability of material resources in the work fronts, with quality, security and flexibility; as well as to dimension the production teams and the management of production flows. In an attempt to improve the logistics, by having a better use of available space and performing safe and efficient work, this Course Conclusion Work will focus on the benefits of implementing a crane (or tower crane) in major construction projects, analyzing its cost-benefit possibility.

Keywords: Civil Engineering. Material handling. Lifting loads

LISTA DE FIGURAS

  • Figura 1- Princípio da transparência e princípios dentro da gestão dos fluxos físicos
  • Figura 2- Guindaste móvel sobre rodas
  • Figura 3- Variação da capacidade de carga em guindaste móvel sobre rodas
  • Figura 4- Guindaste sobre esteiras com lança treliçada.
  • Figura 5- Tipos de gruas
  • Figura 6- Grua estacionaria com lança horizontal, fixa.....................................................
  • Figura 7- Grua estacionaria com lança horizontal, fixa.....................................................
  • Figura 8- Grua estacionária ascensional com lança horizontal
  • Figura 9- Grua estacionária ascensional com lança horizontal.
  • Figura 10- Grua estacionaria, móvel sobre trilhos.
  • Figura 11- Representação do delineamento da pesquisa
  • Figura 12- Torre em perspectiva 3D..................................................................................
  • Figura 13- Área de obra.
  • Figura 14- Áreas para estoque de peças
  • Figura 15- Sentido da montagem.......................................................................................
  • Figura 16- Análise da montagem maio..............................................................................
  • Figura 17- Análise da montagem junho
  • Figura 18- Análise da montagem julho
  • Figura 19- Análise da montagem agosto
  • Figura 20- Intempéries junho
  • Figura 21- Intempéries julho
  • Figura 22- Intempéries agosto.............................................................................................
  • Figura 23- Intempéries setembro........................................................................................
  • Figura 24- Uso de guindastes
  • Figura 25- Início da montagem
  • Figura 26- Içamento das primeiras vigas
  • Figura 27- Estoque de pré-fabricados
  • Figura 28- Área para estoque de pré-fabricados próximo a montagem
  • Figura 29- Pré-fabricados aguardando montagem
  • Figura 30- Falta de drenagem no terreno (área 1)
  • Figura 31- Falta de drenagem (área 2)...............................................................................
  • Figura 32- Evolução da obra (A)
  • Figura 33- Evolução da obra (B)
  • Figura 34- Evolução da obra (C)
  • 1 INTRODUÇÃO SUMÁRIO
  • 2 ESCOPO DA PESQUISA...............................................................................
  • 2.1 Objetivos da pesquisa
  • 2.2 Delimitações
  • 2.3 Limitações
  • 2.4 Estrutura do trabalho
  • 3 REVISÃO DA LITERATURA
  • 3.1 Canteiro de Obras
  • 3.1.1 Planejamento e Gestão do canteiro de obras
  • 3.1.2 Produção enxuta e o canteiro de obras:
  • 3.2 Logistica de materiais no canteiro de obra
  • 3.2.1 Fluxo Físico de Materiais
  • 3.2.2 Canteiro de Obra e o Planejamento Logístico...................................................
  • 3.2.3 Impasses da Logística na Construção Civil
  • 3.3 Estruturas pré-fabricadas de concreto armado
  • 3.3.1 Logística do canteiro de obras para construção pré-fabricada
  • 3.4 Equipamentos para transporte de peças Pré-fabricadas
  • 3.4.1 Dimensionamento de equipamentos para montagem de pré-fabricados
  • 3.4.2 Modelos de equipamentos para montagem de pré-fabricados
  • 4 MÉTODO DE PESQUISA
  • 4.1 Delineamento da pesquisa
  • 4.2 Fontes de evidência
  • 4.2.1 Observação direta e observação participante
  • 4.2.2 Monitoramento dos trabalhos de logística
  • 4.2.3 Análise de documentos
  • 4.2.4 Lista de verificação
  • 4.2.5 Análise da logística existente para movimentação peças pré-fabricadas
  • 4.3 Sistema de movimentação e montagem de peças pré-fabricadas existente
  • 4.4 Elaboração de projeto para movimentação de peças pré-fabricadas
  • 5 ESTUDO DE CASO
  • 5.1 Descrição da empresa
  • 5.2 Decrição da obra
  • 5.3 Análise do layout do canteiro de obras
  • peças pré-fabricadas 5.4 Análise da logística adotada para estocagem, movimentação e montagem de
  • 5.5 Análise de dados a partir da coleta de fontes de evidência
  • 5.5.1 Análise de documentos
  • 5.5.2 Verificações a partir do monitoramento dos trabalhos de montagem
  • 5.5.3 Lista de verificação
  • 5.5.4 Documentação do andamento da obra por imagens
  • 5.6 Diagnóstico do sistema de movimentação de peças pré-fabricadas
  • 5.7 Plano de intervenção e possiveis resultados......................................................
  • 5.7.1 Dimensionamento da grua.................................................................................
  • 5.7.2 Vantagens agregadas ao uso da grua
  • 5.7.3 Custo de uma grua x custo do guindaste
  • 6 CONCLUSÃO
  • REFERÊNCIAS

Estudo sobre o uso de Grua para Logística de Materiais em Canteiro de Obra

1 INTRODUÇÃO

Planejar, organizar, controlar e conduzir os processos que ocorrem no canteiro de obras são indispensáveis quando a empresa visa obter uma evolução maior no que diz respeito a qualidade e produtividade em obras. Diante de um mercado concorrido, a construção civil necessita de uma melhoria continua no seu processo construtivo, buscando agilidade nos andamentos construtivos, aumento do rendimento e nível de serviço, e ainda a diminuição do desperdício, no âmbito de oferecer ao cliente um produto de melhor qualidade com preço competitivo, passado a obter um lucro maior sobre o empreendimento.

Nesse sentido, o estudo das condições gerenciais dos canteiros de obras passa a ser uma peça cada vez mais importante na busca de qualidade e produtividade, tendo em vista que o canteiro é a oficina da respectiva obra. Qualidade e produtividade somente serão alcançadas se houver uma sistematização do processo de concepção e implantação do canteiro de obras.

Visando obter a melhor utilização do espaço físico disponível para a realização de trabalho eficiente e seguro, através do layout do canteiro de obras fazemos o estudo das rotas de circulação, meios de transporte e questões ambientais, pretendendo otimizar o processo produtivo e buscando obter o máximo nível de serviço agregado com o menor custo total das atividades

Pensando nisso e focando na parte de logística do canteiro de obras este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) focará no estudo sobre a viabilidade de se utilizar gruas para movimentação e montagem de peças pré-fabricadas de concreto armado, já que estas, além da capacidade de transportar grandes quantidades de carga com segurança e velocidade, se destacam pelo emprego de peças pré-montadas de grande porte que facilitam a sua montagem e desmontagem, ocupando um espaço menor no canteiro de obras.


Felipe Spanivello Hubert (felipehubert@ymail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí. DCEENG/UNIJUÍ, 2014

2 ESCOPO DA PESQUISA

2.1 OBJETIVOS DA PESQUISA

Estudar o uso da grua na logística de elementos pré-fabricados, abordando as diretrizes para o dimensionamento do equipamento para a logística de pré-fabricados de concreto, identificando as lacunas em torno do processo de movimentação e gestão de fluxos físicos na obra escolhida para estudo, propondo um meio alternativo de logística ao usado na obra, visando uma economia de tempo e dinheiro com o uso da grua.

2.2 DELIMITAÇÕES

O estudo de caso delimitou-se a uma obra de construção civil de uso industrial realizada no município de Cruz-Alta/RS. A obra é realizada por uma empresa construtora, contratada para execução da ampliação da parte civil da indústria.

2.3 LIMITAÇÕES

As diretrizes e procedimentos criados para o dimensionamento do equipamento para logística dizem respeito a movimentação horizontal e vertical somente das peças pré-fabricadas de concreto dentro do canteiro de obras.

O fato de ter se realizado apenas um estudo de caso impossibilita a generalização das conclusões obtidas.

2.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho é apresentado na forma de uma introdução seguida do presente capitulo que apresenta além dos objetivos da pesquisa as delimitação e limitações consideradas no trabalho.


Felipe Spanivello Hubert (felipehubert@ymail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí. DCEENG/UNIJUÍ, 2014

3 REVISÃO DA LITERATURA

A construção civil é o setor industrial que representa uma importância fundamental na economia brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, possui uma importante participação na composição do PIB (Produto Interno Bruto), representando nos últimos anos uma média percentual em torno de 6% do PIB total do País. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, afirma que com relação aos postos de trabalho sua participação é, em média, de 40% do total da mão de obra da indústria de transformação em geral; e comparando- se com outros setores da indústria de transformação, é o maior de todos eles (VIEIRA, 2006, p.11).

Em contrapartida, Saurin e Formoso (2006), mostram que a indústria da construção civil, é frequentemente citada como exemplo de setor atrasado, com baixos índices de produtividades e elevados desperdícios de recursos, apresentando, em geral, desempenho inferior à indústria de transformação, sendo que um dos principais reflexos desta situação são os altos índices de perdas materiais, conforme constatado em estudos como os realizados por Soibelman (1993) e Pinto (1989).

O planejamento é determinante para que se atinjam os objetivos definidos na construção de uma obra, de maneira a controlar de forma eficiente e segura os recursos e otimizar prazos, custos, qualidade e condições ambientais. A grandiosidade e importância do setor de construção civil no Brasil, é algo fácil de observar no dia-a-dia, porém, basta uma análise para notarmos que a gestão de produção poderia ser melhor, levando mais organização e planejamento dos processos de transformação para o alcance de um objetivo comum (SAURIN E FORMOSO, 2006).

3.1 CANTEIRO DE OBRAS

Conforme consta na Norma Regulamentadora 18 (NR-18) (FUNDACENTRO, 1996), o canteiro de obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde desenvolvem- se operações de apoio e execução de uma obra. Seu intuito é proporcionar o suporte necessário às operações desenvolvidas ao longo da obra, para que os demais serviços aconteçam da forma mais produtiva possível, visando obter redução nos custos de produção.


Estudo sobre o uso de Grua para Logística de Materiais em Canteiro de Obra

Para Souza (2002), o canteiro de obras é a fábrica na qual o produto final é o edifício, devendo ser analisado sob a ótica dos processos de produção do mesmo e também como espaço de convívio das pessoas envolvidas na produção em seu dia-a-dia de trabalho. Souza ressalta que quanto maior o cuidado com relação ao projeto e implantação do canteiro, maiores serão as probabilidades de obter-se uma obra com qualidade, produtividade, e segurança de seus operários.

Enfim, o canteiro de obras deve proporcionar toda a infraestrutura necessária para produção do edifício, tendo como principal objetivo a disponibilização dos recursos necessários, no momento certo, para sua utilização, podendo ser mais eficiente e eficaz em função do seu projeto do produto de produção, bem como da forma de gerenciamento empresarial e operacional que influenciará na produtividade da utilização dos recursos, em função da sua organização e do seu arranjo físico (FERREIRA E FRANCO 1998, p.05).

3.1.1 Planejamento e Gestão do canteiro de obras

Ferreira e Franco (1998) colocam que um canteiro de obras se encontra constantemente em mudança, devido as diferentes etapas da construção, sendo essencial a elaboração de um projeto que venha contemplar da melhor maneira possível cada uma dessas fases, visando eliminar ou ao menos reduzir os problemas de cada etapa.

Diante disto, Mattos (2010), traz o ciclo PDCA- Planejar, Desempenhar, Checar e Agir como uma maneira eficiente de controlar os processos e fases dos canteiros. Tal ciclo direciona o profissional a planejar; estudando o projeto, definindo uma a metodologia, e gerando um cronograma com programação. Em seguida, desempenhar a tarefa; executando as atividades, informando e motivando profissionais e a partir disto checar resultados, comparando o previsto com o realizado, para então agir; implementando ações corretivas e, posteriormente reiniciando o ciclo.

Para Frankenfeld (1990 apud SAURIN E FORMOSO, 2006) o planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento de layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistema de movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores,


Estudo sobre o uso de Grua para Logística de Materiais em Canteiro de Obra

exigindo volume tradicional de investimentos em materiais e elementos. Distingue-se por ser planejada, tendo o tempo de planejamento reduzido devido ao conhecimento particular e a redução de desperdícios, além de dispensar grande volume de estoque de matérias-primas e de recursos; originando produtos com menor incidência de defeitos, devido a seu planejamento e objetivo.

Na construção civil, Greef; Freitas e Romanel (2012) colocam 11 princípios que foram desenvolvidos para construção civil, a partir dos conceitos de produção enxuta:

  1. Redução da parcela de atividades que não agregam valor;
  2. Melhorar o valor do produto a partir das considerações do cliente;
  3. Reduzir a variabilidade;
  4. Reduzir o tempo de ciclo;
  5. Simplificar e minimizar o número de atividades;
  6. Melhorar a flexibilidade do produto;
  7. Aumentar a transparência do processo;
  8. Focar o controle do processo global;
  9. Introduzir a melhoria contínua do processo;
  10. Balancear as melhorias no fluxo com as melhorias das conversões;
  11. Melhores práticas. Kurek et al (2006) mostram que para aprimorar um canteiro de obras, levando em consideração as premissas da construção enxuta devemos setorizar e organizar, a maneira de dispor os materiais, os funcionários, equipamentos e instalações necessários ao processo de produção, objetivando a realização das tarefas diárias segundo um cronograma de execução e no menor tempo possível, com a racionalização dos recursos disponíveis, ou seja, recursos materiais como insumos, equipamentos e ferramentas, recursos humanos (mão-de-obra) e financeiros.

A mentalidade enxuta no canteiro de obra possibilita criar um ambiente ideal para o recebimento, transporte e armazenagem dos insumos numa obra de edificações, bem como no processamento inicial de corte e montagem das matérias-primas, além de auxiliar na concepção do layout dos canteiros, de forma a minimizar a adoção de critérios subjetivos para a disposição física dos setores, tornando o processo mais sistemático e criterioso (KUREK et al, 2006).

3.2 LOGISTICA DE MATERIAIS NO CANTEIRO DE OBRA


Felipe Spanivello Hubert (felipehubert@ymail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí. DCEENG/UNIJUÍ, 2014

3.2.1 Fluxo físico de materiais

Conforme cita Shingo (1996ª, apud ALVES, 2000, p.37): “Um processo é visualizado como o fluxo de materiais no tempo e no espaço; é a transformação da matéria-prima em componente semiacabado e daí a produto a acabado. Por seu turno, as operações podem ser visualizadas como o trabalho realizado para efetivar essa transformação – a interação do fluxo de equipamentos e operadores no tempo e no espaço. ” Alves (2000) coloca a gestão de fluxos físicos como planejamento e controle associados as tarefas de produção; e especificamente a gestão de fluxo de materiais como o planejamento da aquisição, alocação temporal e espacial, distribuição e movimentação dos materiais no canteiro de obras e nos seus respectivos postos de trabalho, assim como o controle da sua utilização dentro de cada processo.

Tendo em vista que o principal objetivo a ser alcançado com a gestão de fluxos físicos é a eliminação das perdas geradas por ele, devemos partir do princípio de que a transparência no processo visa dar visibilidade à produção (figura 1), obtendo com isto a identificação da parcela de atividades que não agrega valor ao produto final, a identificação dos requisitos dos trabalhadores para a realização da atividades, a análise da variabilidade existente no processo e possibilidade de minimização de passos nos processos e operações (Alves, 2000).

Diante disto, temos claro que o melhoramento das atividades de fluxo deve primeiramente focar suas reduções ou eliminações, enquanto as atividades de conversão devem ser realizadas de forma mais eficiente, pois todas as atividades despendem custos e consomem tempo, e apenas as atividades de conversão adicionam valor ao material, sendo transformadas em produto (KOSKELA, 1992 apud PEREIRA, 2011).