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ETERMINAÇÃO DE FERRO POR TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE OXIRREDUÇÃO, Trabalhos de Química Industrial

ETERMINAÇÃO DE FERRO POR TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE OXIRREDUÇÃO

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 21/11/2020

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junior-schubert 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS – EQA
DISCIPLINA DE ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL
PROF. WALTER AUGUSTO RUIZ
FERNANDO XAVIER 124038
GILNEI SCHUBERT 126090
NYCOLAS DOS SANTOS 127219
DETERMINAÇÃO DE FERRO POR TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA
DE OXIRREDUÇÃO
Prática 3
RIO GRANDE, 14 DE OUTUBRO DE 2020.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS – EQA

DISCIPLINA DE ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

PROF. WALTER AUGUSTO RUIZ

FERNANDO XAVIER 124038

GILNEI SCHUBERT 126090

NYCOLAS DOS SANTOS 127219

DETERMINAÇÃO DE FERRO POR TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA

DE OXIRREDUÇÃO

Prática 3

RIO GRANDE, 14 DE OUTUBRO DE 2020.

1. Introdução

O princípio da volumetria se baseia na determinação da concentração de um dos componentes em uma amostra, através de uma reação em solução. De tal forma que a solução de concentração conhecida, o nosso titulante, é adicionado em quantidades discretas e conhecidas em uma solução de concentração desconhecida, o volume titulado (BASSET et al, 1978; TERRA et al, 2005). A volumetria é um dos mais antigos métodos analíticos. Estima-se que tem sido utilizada há mais de 200 anos e mesmo com o passar dos anos não perdeu sua relevância, porém, com o passar do tempo, diversos métodos analíticos começaram a ser usados, e outras propieadades além da volumétrica e gravimétrica passaram a ser analisadas, como as propriedades físicas dos elementos, entre estas temos a potenciometria, que é o método vigente para a análise da nossa prática. Os analistas provavelmente realizam mais medidas potenciométricas do que qualquer outro tipo de medida química instrumental, a análise potenciométrica é feita a partir da medida do potencial de células eletroquímicas, sem o consumo apreciável de corrente, e são utilizadas para localizar o ponto final em titulações. É utilizada para medir o pH de produtos comerciais, na determinação de gases sanguíneos importantes para a identificação de doenças, na determinação de dióxido de carbono na água do mar, e até para encontrar constantes de equilíbrio termodinâmicas, com Ka, Kb e Kps. Os métodos são baratos devido ao baixo custo do seu equipamento, que inclui um eletrodo de referência, um eletrodo indicador e um dispositivo de medida do potencial. Em suma, a potenciometria é um método extremamente versátil que permite a realização de análises simples, baratas e rápidas, podendo ser realizado por dois métodos, pelo método da potenciometria direta, ou pela titulação potenciométrica. A potenciometria direta é rápida e determina a concetração de cátions e ânions. É calculada a partir da comparação do potencial desenvolvido na solução do analito com o potencial desenvolvido em uma ou mais soluções padrões de concentrações conhecidas do analito. Uma fórmula conveniente para a aplicação do método é a seguinte: No caso desta prática, aplicaremos o método da titulação potenciométrica, realizada a partir do cálculo do potencial de um eletrodo indicador adequado em função do volume do titulante. Além do método laboratorial, existem titulantes ponteciométricos automáticos, que consegue o resultado final com um simples apertar de botão. Há diferenças entre as informações fornecidas pela titulação pontenciométrica e a potenciometria direta, na direta, tendo por exemplo um ácido fraco e um forte, ambos com a mesma concentração, são geradas duas concentrações diferentes de íons H+, já que os ácidos fracos possuem uma baixa dissociação. Já na titulação potenciomética, não temos esse problema porque a mesma quantidade de base padrão é necessária para realizar a titulação, devido ao fato de ambos os solutos terem o mesmo número de prótons tituláveis. A medida se baseia no volume do titulante, que acaba por provocar uma variação no potencial próximo do ponto de equivalência, o instrumento potenciométrico sinaliza o ponto final agindo de maneira semelhante a um indicador químico.

Fonte: Sala de aula 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Volume de dicromato (mV) Potencial (mV) Figura 2 – Curva de titulação da amostra B com dicromato Fonte: Sala de aula Para uma melhor precisão do ponto de equivalência, deve-se examinar a curva de titulação para que se possa obter o ponto final da reação com mais exatidão, para isso, existem diferentes métodos, entre eles, os métodos da primeira e segunda derivada, os quais são feitos e explicado a seguir. Como sabemos o ponto de equivalência de uma titulação, geometricamente corresponde ao ponto de inflexão da sua curva (mv vs mL). O ponto onde a curva muda de concavidade, que corresponde à máxima ou mínima taxa de variação global da curva. A taxa de variação de uma função é dada pela sua derivada primeira, então o ponto de equivalência estará localizado num extremo local do gráfico da derivada primeira da curva de titulação (BARROSO, 1987). Neste caso, a derivada primeira será calculada utilizando cada par de volumes e potenciais consecutivos contidos nos dados a partir da equação a seguir.

∆ E

∆ V

E 2 − E 1

V 2 − V 1

Como resultado obteve-se uma tabela na qual foi possível montar um gráfico para esta derivada, o qual é mostrado a seguir.

0 5 10 15 20 25 30 0 50 100 150 200 250 Volume médio de dicromato (mL) ∆𝐸 /∆𝑉 Figura 3 – Gráfico da primeira derivada do dicromato (amostra A) Fonte: Sala de aula 0 5 10 15 20 25 30

    • 0 50 100 150 200 250 Volume médio de dicromato (mL)

Figura 4 – Gráfico da primeira derivada do dicromato (amostra B) Fonte: Sala de aula Analisando os gráficos das derivadas primeiras das titulações, é possível observar que os pontos de inflexão para o dicromato na amostra A e de dicromato para a amostra B seriam, respectivamente, 22,75mL e 22,75mL mas, em busca de um valor mais preciso para o volume de equivalência, a resolução da derivada segunda será necessária. No método da derivada segunda o mesmo ponto de inflexão será buscado, mas neste caso ele se dá quando E’’(v)=0. Para este cálculo se fez uso da equação mostrada a seguir.

Após a obtenção do volume de equivalência da titulação foi possível seguir para o cálculo da concentração do analito na amostra. Para o cálculo é considerada a seguinte reação, já balanceada, onde serão utilizados os coeficientes estequiométricos.

Cr 2 O 7 -2^ + 6 Fe2+^ + 14 H+^  2 Cr+3^ + 6 Fe2+^ + 7 H 20

Ou seja, temos que:

1mol de Cr 2 O 7 -2^  6 mols de Fe2+

Dessa forma, primeiramente, para a amostra A é obtido o número de moles de dicromato que participou da reação.  Concentração do dicromato: 0,100M  Volume de equivalência: 22,5934mL

n = c x v

n =0,0225934 x 0,

n =0,00225934 mols

Como se sabe, o ponto de equivalência se caracteriza como sendo o ponto onde todo o analito é consumido pelo titulante, em outras palavras, onde o número de mols do titulante se equivale ao número de mols do analito. Com isso, através dos coeficientes estequiométricos é possível encontrar o número de mols do analito na amostra.

1mol de Cr 2 O 7 -2^  6 mols de Fe2+

nFe + 2 =0,00225934 x 6

nFe + 2 =0,0135 mols

Com o número de mols calculado, é possível calcular a concentração do mesmo, sabendo que as amostras A e a B estão presentes em volumes de 25mL.

CFe + 2 =

CFe + 2 =0,54 M

O mesmo procedimento é feito para a amostra B, de modo que a concentração encontrada seja 0,541M.

4. Discussão dos resultados

Para a obtenção dos pontos de equivalência procurou-se utilizar de um método confiável dentro do alcance dos alunos, de forma que fosse possível encontrar o ponto final da reação química. Desse modo, o método da derivada segunda se mostrou como sendo um procedimento com resultado exato e confiável. Para começar a discutir sobre todo o processo para encontrar o volume de equivalência, é preciso olhar para as figuras 1 e 2, de modo enxergar as duas curvas de titulação presentes nelas, o que já dá uma prévia que o ponto final da reação ocorreu entre 20mL e 25mL. Na figura 2, observa-se um pequeno desvio perto dos 10mL, fato que será melhor observado posteriormente.

Nas figuras 3 e 4, gráficos das derivadas primeiras das amostras A e B, já é possível observar um ponto de equivalência um pouco mais exato que apenas com a curva de titulação, para a amostra A o ponto de máxima é 22,75mL, o mesmo volume observado no ponto de máximo da amostra B, a curva que, por sua vez, mostra um ruído na medida, por volta dos 10mL mas, como consta na teoria do método, o ponto de equivalência é dado no ponto extremo do gráfico, e este se encontra nos 22,75mL. Na segunda derivada os valores são obtidos com mais exatidão, de forma que, com auxílio da interpolação linear para a amostra A são coletados os dados de antes e depois da derivada assumir o valor 0 no gráfico, o mesmo é feito para a amostra B, essa que possui dois possíveis pontos de inflexão, mas como fora mostrado anteriormente, a curva de titulação provou que o valor do volume a ser encontrado está entre 20 e 25mL, sendo assim, os valores para a amostra A e B são encontrados como sendo 22,5934mL e 22,5689mL respectivamente. Dessa forma, obteve-se a concentração através do cálculo padrão de uma titulação, considerando os dados estequiométricos da reação balanceada, encontrando o número de mols utilizado do titulante, que se iguala ao número de mols consumido do analito em questão, possibilitando o cálculo a partir do volume da amostra para chegar a concentração final.

5. Conclusão

Por meio da elaboração do relatório foi possível confirmar a ocorrência da reação de oxirredução entre o dicromato e o analíto em questão, ferro, de forma que a titulação possui ponto de viragem, onde o ferro é totalmente consumido da amostra. O método para descobrir o ponto de equivalência da reação se provou satisfatório, bem como o cálculo realizado para encontrar a concentração do analíto.

6. Referências

  1. SKOOG, DOUGLAS A.; HOLLER, F. James; NIEMAN, Timothy A. Princípios de análise instrumental. Porto Alegre: Bookman, 2002.
  2. EWING, Galen Wood. Métodos instrumentais de análise química. Vol.2. São Paulo: Ed. Edgard Blucher Ltda., 1972.
  3. SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH. Fundamentos de Química Analítica. Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006.
  4. BARROSO, L. C. et al. Cálculo numérico (com aplicações). 2º ed. São Paulo-SP: Harbra, 1987.
  5. BASSET, J.; DENNEY, R. C.; JEFFERY, G. H.; MENDHAM, J. VOGEL: Análise química quantitativa. 6º ed. Rio de Janeiro-RJ: LTC, 2002.