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Guias e Dicas
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evitando erros, Notas de estudo de Administração Empresarial

erros - erros

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 24/06/2010

Pipoqueiro
Pipoqueiro 🇧🇷

4.5

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Como evitar erros ao fazer uma negociação
J.A. WANDERLEY
Estamos em tempo de negociação. Aliás, sempre estivemos. Negociação é como o
processo de comunicação. Algo que fizemos, fazemos e faremos milhares de vezes. E,
talvez, por ser tão ligada ao nosso dia-a-dia, não nos apercebemos de todas as
dificuldades envolvidas. Ou melhor, ficamos na sensação. Na sensação de que alguma
coisa não vai tão bem quanto gostaríamos e que, com certeza, poderia ser melhorada.
Mas vamos tocando o barco assim mesmo. Alto lá! Às vezes é tempo de dar uma
parada e verificar como têm sido as nossas negociações. Quais os resultados obtidos,
onde estão acertos e erros. E, justamente, para facilitar esta reflexão, apresentamos
uma série de dificuldades/equívocos cometidos por muitos negociadores. Pense nas
negociações que tem feito e tire suas conclusões.
Vamos lá:
Não preparar e não efetuar simulação das negociações, sobretudo aquelas de
maior vulto. O tempo da improvisação está acabando;
Negociar como se estivesse dialogando com o próprio espelho, ou seja,
dificuldade de ver a situação com os olhos do outro negociador. Procure sempre
ver a negociação sob todas as óticas possíveis;
Acreditar que se está sempre na pior situação, seja em termos de poder, tempo
e informação. Não procurar testar estas premissas, de forma a fazer com que
haja congruência entre nossas suposições e a realidade. Identifique e teste seus
pressupostos;
Confundir a versão com os fatos. É preciso muito cuidado para não cair na
armadilha de "O que importa é a versão e não os fatos". Certifique-se e teste
suas informações;
Falta de consciência do possível, manifestada pelo estabelecimento de objetivos
estratosféricos ou muito aquém dos efetivamente alcançáveis e dos tipos de
riscos assumidos. Risco total ou segurança absoluta;
Não dispor de procedimentos para tratar com a tensão e o estresse, elementos
sempre presentes em qualquer negociação, sobretudo aquelas de maior vulto;
Confundir a pessoa do outro negociador com suas posições ou idéias. Assim, o
foco de negociação acaba se deslocando dos aspectos que lhe são próprios
para conflitos de personalidades. Separe as pessoas dos problemas;
Deixar-se envolver por táticas sujas - aquelas aplicadas com a intenção de ferir
o outro negociador, psicológica ou mesmo fisicamente, ou iludi-lo. As táticas
sujas devem ser identificadas e neutralizadas;
Planejar e efetuar uma negociação sem buscar identificar os objetivos mínimos
(necessários) do outro negociador. O outro sempre tem objetivos desejáveis e
os minimamente aceitáveis;
Utilizar de forma inadequada os recursos disponíveis. O negociador hábil tem
pelo menos duas características. Não faz acordos que venha a se arrepender e
utiliza, da melhor maneira possível, os recursos que dispõe, sejam eles
referentes a poder, tempo, ou informação;
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Como evitar erros ao fazer uma negociação J.A. WANDERLEY

Estamos em tempo de negociação. Aliás, sempre estivemos. Negociação é como o processo de comunicação. Algo que fizemos, fazemos e faremos milhares de vezes. E, talvez, por ser tão ligada ao nosso dia-a-dia, não nos apercebemos de todas as dificuldades envolvidas. Ou melhor, ficamos na sensação. Na sensação de que alguma coisa não vai tão bem quanto gostaríamos e que, com certeza, poderia ser melhorada. Mas vamos tocando o barco assim mesmo. Alto lá! Às vezes é tempo de dar uma parada e verificar como têm sido as nossas negociações. Quais os resultados obtidos, onde estão acertos e erros. E, justamente, para facilitar esta reflexão, apresentamos uma série de dificuldades/equívocos cometidos por muitos negociadores. Pense nas negociações que tem feito e tire suas conclusões.

Vamos lá:

  • Não preparar e não efetuar simulação das negociações, sobretudo aquelas de maior vulto. O tempo da improvisação está acabando;
  • Negociar como se estivesse dialogando com o próprio espelho, ou seja, dificuldade de ver a situação com os olhos do outro negociador. Procure sempre ver a negociação sob todas as óticas possíveis;
  • Acreditar que se está sempre na pior situação, seja em termos de poder, tempo e informação. Não procurar testar estas premissas, de forma a fazer com que haja congruência entre nossas suposições e a realidade. Identifique e teste seus pressupostos;
  • Confundir a versão com os fatos. É preciso muito cuidado para não cair na armadilha de "O que importa é a versão e não os fatos". Certifique-se e teste suas informações;
  • Falta de consciência do possível, manifestada pelo estabelecimento de objetivos estratosféricos ou muito aquém dos efetivamente alcançáveis e dos tipos de riscos assumidos. Risco total ou segurança absoluta;
  • Não dispor de procedimentos para tratar com a tensão e o estresse, elementos sempre presentes em qualquer negociação, sobretudo aquelas de maior vulto;
  • Confundir a pessoa do outro negociador com suas posições ou idéias. Assim, o foco de negociação acaba se deslocando dos aspectos que lhe são próprios para conflitos de personalidades. Separe as pessoas dos problemas;
  • Deixar-se envolver por táticas sujas - aquelas aplicadas com a intenção de ferir o outro negociador, psicológica ou mesmo fisicamente, ou iludi-lo. As táticas sujas devem ser identificadas e neutralizadas;
  • Planejar e efetuar uma negociação sem buscar identificar os objetivos mínimos (necessários) do outro negociador. O outro sempre tem objetivos desejáveis e os minimamente aceitáveis;
  • Utilizar de forma inadequada os recursos disponíveis. O negociador hábil tem pelo menos duas características. Não faz acordos que venha a se arrepender e utiliza, da melhor maneira possível, os recursos que dispõe, sejam eles referentes a poder, tempo, ou informação;
  • Não identificar quais são as expectativas e os interesses comuns, complementares e opostos, o que acaba criando polarização e conflitos entre as partes. Comece a negociação pelos interesses comuns;
  • Descuidar-se de formular alternativas de ganho comum. Para poder formulá-las é necessário criatividade e uma boa dosagem entre pensamento convergente e divergente;
  • Não verificar quais os possíveis temores do outro negociador. Existe sempre uma série de temores subjacentes em grande parte das negociações, tais como ter o ego diminuído ou o status prejudicado, sobretudo perante o próprio eleitorado. É sempre bom ressaltar que todo negociador tem seu eleitorado e que, muitas vezes, suas ações são mais em função deste eleitorado do que de qualquer outra coisa. Deixe sempre uma saída honrosa para o outro;
  • Não identificar as intenções do outro. As posições numa mesa de negociação são decorrentes de atitudes mentais e de valores. É preciso, portanto, identificar se estamos diante de uma situação de colaboração, em que a premissa subjacente é a de que o bom negócio é bom para ambas as partes, ou seja, o ganha/ganha, ou se estamos diante de alguém que quer levar vantagem em tudo, ou seja, o ganha/perde;
  • Não atentar para o estilo e interesses do outro. Como decorrência apresentar argumentação sem nenhuma força persuasiva, distante do entendimento, da lógica, da emoção, das soluções e benefícios para o outro negociador. As pessoas estão interessadas, sobretudo, em soluções e benefícios;
  • Desconhecer os sinais verbais e não verbais ou processá-los de forma inadequada. Em todas as negociações são lançadas muitas deixas que só podem ser interpretadas corretamente por quem estiver atento à figura do outro negociador, isto é, vendo e ouvindo efetivamente. O negociador pró-ativo vê antes;
  • Não levar em conta o tempo de aceitação do outro. Todos nós diante de idéias diferentes temos um tempo para processá-las e aceitá-las. A compreensão deste tempo diferencia o bom do mau negociador. É preciso ter paciência, saber esperar ou fazer a hora e a vez;
  • Descuidar-se do clima da negociação. O clima de uma negociação pode ser de apoio ou defensivo e pode significar a diferença entre um desfecho bom para ambas as partes ou um impasse. Ajuda muito se você colocar primeiro os fatos, depois as opiniões;
  • Formular inadequadamente seus objetivos máximos (desejáveis) e mínimos (necessários). Isto ocorre, muitas vezes, porque na formulação destes objetivos não se leva em conta a nossa Madi, ou seja, a Melhor Alternativa Disponível no caso de um impasse na negociação. Como conseqüência, às vezes, cedemos mais do que devíamos. Outras vezes, ficamos intransigentes, para depois verificarmos que perdemos uma boa oportunidade;
  • Esquecer-se de que quem concede mal concede o dobro. A arte da concessão está em descobrir e valorizar o que é importante para o outro negociador e pouco importante para você e identificar a seqüência correta. Sempre leve em consideração que aquilo é importante para você pode não ter a menor importância para o outro negociador;