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Guias e Dicas
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exame e diagnóstico, Provas de Enfermagem

coleta de exames

Tipologia: Provas

Antes de 2010

Compartilhado em 02/06/2009

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Os profissionais envolvidos com esses serviços na unidade de saúde devem ter como
principais funções:
Atendimento e orientação aos usuários para a coleta necessária aos diversos tipos de
procedimentos.
Coleta, recebimento e identificação das amostras biológicas.
Dessoração de sangue (quando se aplica) e o acondicionamento adequado das amostras
biológicas para posterior transporte.
Recebimento, conferência, arquivamento e entrega dos laudos dos exames aos usuários.
CONCEITOS BÁSICOS
1 AMOSTRAS BIOLÓGICAS:
São consideradas amostras biológicas de material humano para exames laboratoriais:
sangue urina, fezes, suor, lágrima, linfa (lóbulo do pavilhão auricular, muco nasal e lesão cutânea),
escarro, esperma, secreção vaginal, raspado de lesão epidérmico (esfregaço) mucoso oral, raspado
de orofaringe, secreção de mucosa nasal (esfregaço), conjuntiva tarsal superior (esfregaço),
secreção mamilar (esfregaço), secreção uretral (esfregaço), swab anal, raspados de bubão inguinal
e anal/perianal, coleta por escarificação de lesão seca/swab em lesão úmida e de pêlos e de
qualquer outro material humano necessário para exame diagnóstico
2 LABORATÓRIOS DE ANÁLISES:
São estabelecimentos destinados à coleta e ao processamento de material humano visando
a realização de exames e testes laboratoriais, que podem funcionar em sedes próprias
independentes ou, ainda, no interior ou anexadas a estabelecimentos assistenciais de saúde, cujos
ambientes e áreas específicas obrigatoriamente devem constituir conjuntos individualizados do
ponto de vista físico e funcional.
3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ESPECIAIS:
A execução de procedimentos de coleta de material humano que exijam a prévia
administração, por via oral, de quaisquer substâncias ou medicamentos, deverá ser
supervisionada, "in loco", por profissionais de nível superior pertencentes aos quadros de
recursos humanos dos estabelecimentos.
Os procedimentos de que trata o item anterior, que sejam de longa duração e que exijam
monitoramento durante os processos de execução, deverão ser supervisionados, "in loco",
por profissionais médicos pertencentes aos quadros de recursos humanos dos
estabelecimentos.
O Setor de Coleta deverá ter acesso aos equipamentos de emergência visando propiciar o
atendimento de eventuais intercorrências clínicas.
O emprego de técnicas de sondagem é permitido, mediante indicação médica, e somente
para casos em que seja realmente necessária, a adoção de tal conduta para viabilizar a
coleta de amostras de material dos usuários.
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Os profissionais envolvidos com esses serviços na unidade de saúde devem ter como principais funções:

  • Atendimento e orientação aos usuários para a coleta necessária aos diversos tipos de procedimentos.
  • Coleta, recebimento e identificação das amostras biológicas.
  • Dessoração de sangue (quando se aplica) e o acondicionamento adequado das amostras biológicas para posterior transporte.
  • Recebimento, conferência, arquivamento e entrega dos laudos dos exames aos usuários.

CONCEITOS BÁSICOS

1 AMOSTRAS BIOLÓGICAS :

São consideradas amostras biológicas de material humano para exames laboratoriais: sangue urina, fezes, suor, lágrima, linfa (lóbulo do pavilhão auricular, muco nasal e lesão cutânea), escarro, esperma, secreção vaginal, raspado de lesão epidérmico (esfregaço) mucoso oral, raspado de orofaringe, secreção de mucosa nasal (esfregaço), conjuntiva tarsal superior (esfregaço), secreção mamilar (esfregaço), secreção uretral (esfregaço), swab anal, raspados de bubão inguinal e anal/perianal, coleta por escarificação de lesão seca/swab em lesão úmida e de pêlos e de qualquer outro material humano necessário para exame diagnóstico

2 LABORATÓRIOS DE ANÁLISES :

São estabelecimentos destinados à coleta e ao processamento de material humano visando a realização de exames e testes laboratoriais, que podem funcionar em sedes próprias independentes ou, ainda, no interior ou anexadas a estabelecimentos assistenciais de saúde, cujos ambientes e áreas específicas obrigatoriamente devem constituir conjuntos individualizados do

ponto de vista físico e funcional.

3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ESPECIAIS:

  • A execução de procedimentos de coleta de material humano que exijam a prévia administração, por via oral, de quaisquer substâncias ou medicamentos, deverá ser supervisionada, "in loco", por profissionais de nível superior pertencentes aos quadros de

recursos humanos dos estabelecimentos.

  • Os procedimentos de que trata o item anterior, que sejam de longa duração e que exijam monitoramento durante os processos de execução, deverão ser supervisionados, "in loco", por profissionais médicos pertencentes aos quadros de recursos humanos dos estabelecimentos.
  • O Setor de Coleta deverá ter acesso aos equipamentos de emergência visando propiciar o atendimento de eventuais intercorrências clínicas.
  • O emprego de técnicas de sondagem é permitido, mediante indicação médica, e somente para casos em que seja realmente necessária, a adoção de tal conduta para viabilizar a coleta de amostras de material dos usuários.

4 COLETA NAS UNIDADES DE SAÚDE:

Os procedimentos de coleta dos exames laboratoriais nos ambulatórios são executados por profissionais médicos, assim como por profissionais de saúde componentes de equipes multiprofissionais, com finalidades de investigação clínica e epidemiológica, de diagnose ou apoio diagnóstico, de avaliação pré-operatória, terapêutica e de acompanhamento clínico.

5 RECURSOS HUMANOS :

O Setor de Coleta obrigatoriamente contará com pelo menos 01 (um) dos seguintes

profissionais de nível universitário: médico, enfermeiro, farmacêutico, biomédico ou biólogo que tenha capacitação para execução das atividades de coleta. Os profissionais de nível universitário do Posto de Coleta deverão estar presentes, diariamente, no interior de suas dependências durante o período de funcionamento da coleta destes estabelecimentos. Os procedimentos de coleta de material humano poderão ser executados pelos seguintes profissionais legalmente habilitados:

1. De nível universitário : médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, biólogos e químicos que no curso de graduação, e/ou em caráter extracurricular, freqüentaram disciplinas que lhes conferiram capacitação para execução das atividades de coleta. 2. De nível técnico : técnicos de enfermagem, assim como técnicos de laboratório, técnicos em patologia clínica e demais profissional legalmente habilitados que concluíram curso em nível de ensino médio que no curso de graduação, e /ou em caráter extracurricular freqüentaram disciplinas que lhes conferiram capacitação para execução das atividades de coleta.

3. De nível intermediário : auxiliares de enfermagem, assim como profissionais legalmente habilitados que concluíram curso em nível de ensino de fundamental que no curso de graduação, e / ou em caráter extracurricular, freqüentaram disciplinas que lhes conferiram capacitação para a execução das atividades de coleta.

ESPAÇO FÍSICO:

  • SALA PARA COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO: De uma forma geral, os estabelecimentos que são dotados de um único ambiente de coleta deverão contar com sala específica e exclusiva no horário de coleta para esta finalidade, com dimensão mínima de 3,6 metros quadrados, ter pia para lavagem das mãos, mesa, bancada, etc. para apoiar o material para coleta e o material coletado. O ambiente deve ter janelas, ser arejado, com local para deitar ou sentar o usuário, as superfícies devem ser laváveis
  • BIOSSEGURANÇA: Entende-se como incorporação do princípio da biossegurança, a adoção de um conjunto de medidas voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de prestação de serviços, produção, ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que possam comprometer a saúde do homem, o meio ambiente e, ainda, a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e E quipamento de Proteção C oletiva – EPC, destinam-se a proteger os profissionais durante o exercício das suas atividades, minimizando o risco de contato com sangue e fluidos corpóreos.

pode levar à alterações nos exames, além de ser prejudicial à saúde. Água pode ser tomada com moderação. O excesso interfere nos exames de urina.

b) DIETA

Alguns exames requerem a uma dieta especial antes da coleta de amostra (ex: pesquisa de sangue oculto), caso contrário os hábitos alimentares devem ser mantidos para que os resultados possam refletir o estado do paciente no dia- a - dia.

c) ATIVIDADES FÍSICAS

Não se deve praticar exercícios antes dos exames, exceto quando prescrito. Eles alteram os resultados de muitas provas laboratoriais, principalmente provas enzimáticas e bioquímicas. Por isso, recomenda-se repouso e o paciente deve ficar 15 minutos descansando antes da coleta.

d) MEDICAMENTOS

A Associação Americana de Química Clínica, além de alguns outros pesquisadores brasileiros, mantém publicações completas em relação às interferências de medicamentos sobre os exames. Por outro lado, alguns pacientes, não podem suspender as medicações devido a patologias

específicas.

e) FUMO

Orientar o usuário a não fumar no dia da coleta. O tabagismo crônico altera vários exames como: leucócitos no sangue, lipoproteínas, atividades de várias enzimas, hormônios, vitaminas,

marcadores tumorais e metais pesados.

f) BEBIDA ALCOÓLICA

Recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas durante pelo menos 3 (TRÊS) dias antes dos exames. O álcool, entre outras alterações, afeta os teores de enzimas hepáticas, testes de coagulação, lipídios e outros.

G) DATA DA MENSTRUAÇÃO OU TEMPO DE GESTAÇÃO

Devem ser informados na solicitação de exames ao laboratório, pois, dependendo da fase do ciclo menstrual ou da gestação ocorrem variações fisiológicas que alteram a concentração de várias substâncias no organismo, como os hormônios e algumas proteínas séricas. Para a coleta de urina o ideal é realizá-la fora do período menstrual, mas se for urgente, a urina poderá ser colhida, adotando-se dois cuidados: assepsia na hora do exame e o uso de tampão vaginal para o sangue menstrual não se misturar à urina.

H) RELAÇÕES SEXUAIS

Para alguns exames como, por exemplo, espermograma e PSA, há necessidade de determinados dias de abstinência sexual. Para outros exames, até mesmo urina, recomenda-se 24 horas de abstinência sexual.

I) ANSIEDADE E STRESS

O paciente deverá relaxar antes da realização do exame. O stress afeta não só a secreção de hormônio adrenal como de outros componentes do nosso organismo. A ansiedade conduz à distúrbios no equilíbrio ácido-básico, aumenta o lactato sérico e os ácidos gordurosos plasmáticos livres, entre outras substâncias.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES :

• Quando possível as amostras devem ser coletadas entre 7 e 9 horas da manhã, pois a concentração

plasmática de várias substâncias tendem a flutuar no decorrer do dia. Por esta razão, os valores de intervalos de referência, são normalmente obtidos entre estes horários. O ritmo biológico também pode ser influenciado pelo ritmo individual, no que diz respeito à alimentação, exercícios e horas de sono.

  • No monitoramento dos medicamentos considerar o pico antes a administração do medicamento e o estágio da fase constante depois da próxima dose.
  • Sempre anotar da coleta no pedido o exato momento.

ROTINA DO SETOR DE COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS:

É importante a padronização de uma rotina para a coleta dos exames laboratoriais, devendo todos os profissionais envolvidos no processo estar cientes da rotina estabelecida. Basicamente os funcionários da coleta devem estar orientados para:

  • Atender os usuários com cortesia.
  • Manter o box de atendimento dos pacientes sempre em ordem.
  • Manter todos os materiais necessários para o atendimento de forma organizada.
  • Trajar-se convenientemente (sem adornos pendurados e usar sapato), atendendo às normas de biossegurança.
  • Usar luvas e avental durante todo o processo de coleta.

Requisição de exame:

Existem impressos próprios (anexá-los) que são definidos conforme o tipo de exame solicitado. O impresso deverá estar totalmente preenchido com letra legível:

• Nome da unidade solicitante;

• Nome do usuário;

• Nº prontuário;

• Idade: muitos valores de referência variam conforme a idade;

• Sexo: muitos valores de referência variam conforme o sexo;

• Indicação clínica;

• Medicamentos em uso;

• Data da última menstruação (DUM), quando for o caso;

• Assinatura e carimbo do solicitante;

• Nome do responsável pela coleta;

  • Tubete ou Caixa são recipientes utilizados para acondicionamento de lâminas dotadas internamente de dispositivo de separação (RANHURA) e externamente de dispositivo de fechamento (TAMPA OU FECHO). Fonte: imagem disponibilizada por: BD
  • Caixas Térmicas são recipientes de segurança para transporte, destinados à acomodação das estantes e grades com tubos, frascos e tubetes contendo as amostras biológicas. Estas caixas térmicas devem obrigatoriamente ser rígidas, resistentes e impermeáveis, revestidas internamente com material lisos, duráveis, impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes devendo, ainda ser, dotadas externamente de dispositivos de fechamento externo.

Fonte: imagem disponibilizada por: BD Como medida de segurança na parte externa das Caixas Térmicas para transporte, deverá ser fixado o símbolo de material infectante e inscrito, com destaque, o título de identificação: MATERIAL INFECTANTE.

Fonte: http://www.riscobiologico.org (capturado em 2004)

Na parte externa da Caixa Térmica , também deverá ser inscrito o desenho de seta indicativa vertical apontada para cima, de maneira a caracterizar a disposição vertical, com as extremidades de fechamento voltadas para cima.

Nas inscrições do símbolo de material infectante, do título de identificação e da frase de alerta, deverão ser empregadas tecnologias ou recursos que possibilitem a higienização da parte externa destes recipientes e garantam a legibilidade permanente das inscrições.

  • É importantes a perfeita sintonia entre remetente, transportadora e laboratório de destino, a fim de garantir o transporte seguro do material e chegada do mesmo em tempo hábil e em boas condições.
  • Quaisquer acidentes durante o transporte devem ser comunicados ao remetente, a fim de que providências possam ser tomadas, com o objetivo de propiciar medidas de segurança aos diferentes contactuantes.
  • Também não poderão ser transportados dentro da caixa térmica, devendo ser colocados em sacos, pastas ou envelopes e fixados na parte superior externa da caixa.
  • Os funcionários da unidade que conferem e acondicionam os materiais, devem verificar se os frascos coletores, tubos, demais recipientes, estão firmemente fechados.

COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO

SANGUE: NOÇÕES BÁSICAS

O sangue é a massa líquida contida no aparelho circulatório, que o mantém em movimento regular e unidirecional, devido essencialmente às contrações rítmicas do coração. O volume total de sangue num homem de aproximadamente 70 Kg é de cerca 5,5 litros.

O sangue é formado por duas fases: elementos, figurados (os glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) e o plasma que corresponde à fase líquida na qual os primeiros em suspensão. Este, sendo removido da circulação coagula, e, do coágulo separa-se um líquido amarelo- claro: o soro sangüíneo. Os elementos figurados são os eritrócitos ou hemácias, as plaquetas e diversos tipos de leucócitos: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e os monócitos. As plaquetas são anucleadas, sendo constituídas por fragmentos do citoplasma de células gigantes da medula óssea, os megacariócitos. O sangue é principalmente um meio de transporte. Por seu intermédio, os leucócitos representam uma das primeiras barreiras contra a infecção, percorrem todo o corpo e podem concentrar-se rapidamente nos tecidos atingidos por infecção. O sangue transporta oxigênio, gás carbônico, nutrientes e metabólitos, distribuindo-os pelo organismo. Transporta ainda, escórias do metabolismo que são dele removidas pelos órgãos de excreção. Distribui dos hormônios, permitindo a troca de mensagens químicas entre órgãos distantes. Além disso, tem papel regulador na distribuição de calor, do equilíbrio ácido-básico e do equilíbrio osmótico. Dependendo da análise o exame poderá ser realizado no sangue total (exemplo: Hemograma); no plasma (exemplo: glicose, provas de coagulação) no soro (exemplo: bioquímicos e sorológicos). Quando a análise for realizada no soro , este será obtido através da coleta em tubo sem anticoagulante (=seco), para que ocorra o processo de coagulação. Quando se pretende fazer a análise no plasma , a amostra deverá ser colhida em tubo de ensaio contendo anticoagulante específico. Neste caso não ocorre a coagulação, pois o anticoagulante irá inibir um dos fatores da coagulação (geralmente cálcio) impedindo assim a formação do coágulo.

Anticoagulantes utilizados pelas unidades da rede básica municipal:

  • EDTA ( Tampa Roxa ): atua em nível do íon cálcio (seqüestrador) Principal uso: Hematologia.
  • CITRATO DE SÓDIO ( Tampa Azul ): captação dos íons cálcio Principal uso: estudos da coagulação
  • FLUORETO DE SÓDIO com EDTA ( Tampa Cinza ): captação dos íons cálcio, e inibição da glicose principal uso: glicemia.
  • EDTA COM GEL: principal uso Carga viral para HIV

OBTENÇÃO DE SORO E PLASMA:

SORO - tubo sem gel separador : tampa vermelha Aguardar a completa coagulação à temperatura ambiente seguida de centrifugação a 3. rpm, por um período de 10 minutos. Os tubos com as amostras devem ser centrifugados com tampa para evitar evaporação, formação de aerossóis bem como evitar o risco de contaminação tanto da amostra como do técnico.

SORO - tubo com gel separador : tampa amarela. Contém ativador de coágulo. Deve-se imediatamente após a coleta homogeneizar, o tubo por inversão de 5 a 8 vezes, manter em repouso, verticalmente, por 30 minutos para retrair o coágulo e seguir a centrifugação a 3.000 rpm por 10 minutos.

  1. Descarte a seringa no recipiente específico para perfurocortante, não ultrapassando 2/3 do limite da capacidade.

Passos para a coleta com sistema a vácuo e coleta múltipla:

  1. Rosqueie a agulha no adaptador (canhão). Não remova a capa protetora de plástico da agulha;
  2. Oriente o paciente quanto ao procedimento;
  3. Ajuste o garrote e escolha a veia;
  4. Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool 70%;
  5. Faça a punção e após introduza o tubo no suporte, pressionando-o até o limite;
  6. Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir no tubo;
  7. Separe a agulha do suporte com a ajuda do frasco desconectador ou com uma pinça e descarte-a no recipiente adequado para material pérfurocortante;
  8. Oriente o paciente a pressionar com algodão à parte puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo.

O volume de sangue aspirado varia de acordo com a altitude, a temperatura ambiente, a pressão barométrica, a validade do tubo, a punção venosa e a técnica de enchimento do tubo. Tubos com um volume de aspiração menor do que as dimensões indicadas (tubos de aspiração parcial) podem encher-se mais lentamente do que os tubos de igual tamanho com um volume maior de aspiração.

Agulhas para coleta a vácuo:

As agulhas para coletas múltiplas possuem uma manga de borracha que recobre a outra extremidade (que não é usada para puncionar o paciente) e que evita vazamento de sangue para dentro do adaptador durante a punção. As agulhas de coleta única não possuem a manga de borracha recobrindo a porção final da agulha, devendo ser usadas para coletar apenas um único tubo por paciente. Devido ao fato do sangue continuar fluindo através da agulha, ocorrerá exposição do sangue se mais do que um tubo for coletado durante a venopunção.

Armazenamento dos tubos de coleta de sangue

Armazenar os tubos a uma temperatura entre 4 e 25 º C, a menos que haja outro tipo de indicação na etiqueta da embalagem.

Os preservantes líquidos e anticoagulantes são claros e incolores. Não utilizar se eles estiverem com a cor alterada ou precipitada.

Os aditivos em pó e desidratados, tais como EDTA, heparina, são brancos, o fluoreto e fluoreto/oxalato podem ser rosa claro.

Não utilizar se for observada alteração na cor. Não utilizar tubos com prazo de validade vencido.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

I - Seqüência de coleta recomendada:

a) - Tubos para amostras estéreis

b) - Tubos para provas de coagulação (exemplo: Citrato)

c) - Tubos sem aditivos

d) - Tubos com outros aditivos (exemplo: EDTA, fluoreto e gel)

II - Como evitar refluxos:

Considerando que alguns tubos para coleta de sangue a vácuo contêm aditivos químicos, é importante evitar um possível refluxo do tubo, com possibilidade de reações adversas nos pacientes. Para isso, as seguintes precauções devem ser observadas: a) - Colocar o braço do paciente voltado para baixo; b) - Manter o tubo com a rolha na posição mais alta possível; c) - Liberar o garrote assim que o sangue começar a fluir para dentro do tubo; d) - Certificar-se de que, durante a venopunção, o aditivo não entre em contato com a rolha ou com a porção final da agulha;

EXAMES DE FEZES:

O exame de rotina de fezes compreende as análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas para a detecção precoce de sangramento gastrintestinal, distúrbios hepáticos e dos ductos biliares e síndromes de malabsorção. De igual valor diagnóstico são a detecção e identificação das bactérias patogênicas e parasitas. A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo as finalidades do exame a que se destinam.

As principais finalidades do exame de fezes são:

  • O estudo das funções digestivas
  • A dosagem da gordura fecal
  • As pesquisas de sangue oculto
  • A pesquisa de ovos e parasitas
  • A coprocultura

URINA

COMPOSIÇÃO:

A urina fornece informações sobre muitas das principais funções metabólicas do organismo. Genericamente, a urina é constituída por uréia e outras substâncias químicas orgânicas e inorgânicas dissolvidas em água. Podem ocorrer grandes variações na concentração dessas substâncias, devida á influência de fatores como a ingestão alimentar, atividade física, o metabolismo orgânico, a função endócrina e até mesmo a posição do corpo. A uréia, resíduo metabólico produzida no fígado a partir da utilização de proteínas e aminoácidos, representa quase metade dos corpos sólidos dissolvidos na urina. Outras substâncias orgânicas são principalmente creatinina e ácido úrico. O principal componente inorgânico dissolvido na urina é o cloreto, seguido pelo sódio e potássio. Estão presentes em quantidade menor outros componentes inorgânicos. A concentração desses compostos inorgânicos é influenciada pela ingestão alimentar, o que dificulta o estabelecimento de níveis normais. Outras substâncias encontradas são hormônios, vitaminas e medicamentos. Embora não fazendo parte do filtrado plasmático original, a urina também pode conter elementos como células, cristais, muco e bactérias. Quantidades aumentadas destes elementos muitas vezes são indícios de doença. O volume de urina depende da quantidade de água excretada pelos rins.

COLETA DE AMOSTRAS E CONSERVAÇÂO:

O fato de a amostra de urina ser de fácil obtenção, muitas vezes, induz certo descuido no tratamento da amostra após a sua coleta. São regras básicas quanto aos cuidados com a mostra:

  • Deve ser colhida em recipiente descartável limpo, seco e, no caso das uroculturas, também deve ser estéril.

Homens: fazer assepsia local destampar o frasco estéril, retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra segurar o frasco já destampado. Desprezar o primeiro jato de urina. Colher a porção média no frasco estéril. urinando em jato para que a urina não escorra na região genital. Desprezar o restante da micção. Tampar o frasco imediatamente.

AMOSTRAS PEDIÁTRICAS/URINA COM SACO COLETOR

Realizar assepsia da região genital. Retirar o papel que recobre a parte adesiva e fixar o orifício do saco coletor na região genital em torno da uretra. Aguardar que a criança urine. Se a criança não urinar em um período de 30 minutos, repetir a higiene e trocar o saco coletor a cada 30 minutos. Assim que a criança urinar, retirar o saco coletor e fechá-lo, colando as bordas do orifício. Verificar se está vedado. Enviar imediatamente ao laboratório sob refrigeração. Colocar a identificação do usuário no saco coletor.

COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA - TESTE DE PAPANICOLAU

SINONÍMIA: Citologia oncótica,

Citologia oncológica,

Citologia esfoliativa e Pap Teste.

OBJETIVO: identificação microscópica de células neoplásicas malignas ou pré-malignas que antecedem o

surgimento do câncer. Tais células são colhidas na região do orifício externo do colo e canal endocervical, colocadas em uma lâmina transparente de vidro, corado e levadas a exame ao microscópio. Para que as lesões malignas ou pré-malignas sejam detectadas é necessário um esfregaço de boa qualidade, incluindo elementos representativos de todas as áreas de risco.

Material necessário à coleta:

  • Espéculo;
  • Lâmina com extremidade fosca;
  • Espátula de Ayre;
  • Escova cervical;
  • Par de luvas para procedimento;
  • Formulário de requisição do exame;
  • Lápis nº 2 ( para identificação da lâmina);
  • Máscara cirúrgica;
  • Fixador apropriado;
  • Recipiente para acondicionamento das lâminas;
  • Lençol para cobrir a paciente;
  • Avental

Equipamentos necessários à coleta de Papanicolau

  • Mesa ginecológica
  • Mesa auxiliar
  • Biombo ou local reservado para troca de roupa da paciente
  • Escada de dois degraus
  • Foco de luz com cabo flexível
  • Cesto de lixo
  • Espelho (15cm X 20 cm)

Humanização do atendimento :

  • Criar um ambiente acolhedor e comportar-se com cortesia
  • Respeitar a privacidade da mulher
  • Saber ouvir e esclarecer possíveis dúvidas e angústias
  • Impresso padronizado pelo Ministério da Saúde, único em todo o território nacional.

ACONDICIONAMENTO E ENVIO DAS LÂMINAS AO LABORATÓRIO

  • As lâminas deverão ser identificadas individualmente com o número do prontuário, e iniciais do nome da usuária;
  • Acondicionadas em caixas específicas para transportá-las - Para os laboratórios que possuem etiquetas de envio, as etiquetas do laboratório deverão ser afixadas: uma no pote individual da lâmina e outra no pedido (formulário apropriado do SISCOLO);
  • O envio deverá ser realizado sempre em todos os dias de transporte para o laboratório executor, não devendo a unidade juntar volume de lâminas a enviar.

LIQUOR

O líquor é normalmente colhido por punção suboccipital ou lombar entre a terceira, quarta ou quinta vértebra. Embora não se trate de um procedimento complicado, requer certas precauções, que compreendem a medida da pressão intracraniana e o emprego de técnicas cuidadosas para evitar a infecção ou lesão no tecido neural. As amostras devem ser colhidas em TRÊS tubos estéreis, marcados 1,2,3 na ordem em que são obtidos. O tubo 1 (UM) é usado para as análises bioquímicas e sorológicas: o tubo 2 é usado para a microbiologia: o tubo 3 é usado para a contagem celular, por apresentar menor probabilidade de conter células introduzidas acidentalmente pelo procedimento de punção espinhal. As amostras destinadas a testes bioquímicos, sorológicos e de hematologia são refrigeradas e as de microbiologia são mantidos à temperatura ambiente.

LÍQUIDO SINOVIAL

Chamado de “fluido articular”, é viscoso e se encontra nas cavidades articulares. Embora se encontre fluido em todas as articulações, a amostra geralmente colhida é um aspirado do joelho. O volume colhido depende do grau de formação de fluido pela articulação. O fluido sinovial normal não se coagula, mas o proveniente de articulações comprometidas pode conter fibrinogênio e formar coágulos. Devem ser colhidas amostras com anticoagulantes e sem anticoagulantes:

  • Tubo heparinizado: para análises bioquímicas e imunológicas
  • Tubo estéril: para análise microbiológica e pesquisa de cristais.
  • Tubo (contendo anticoagulante EDTA) para contagem celular e diferencial

LÍQUIDOS SEROSOS:

PLEURAL, PERICÁRDICO E PERITONEAL

O fluido situado entre essas membranas, faz a sua lubrificação na medida em que as superfícies se movimentam. Normalmente a quantidade desse fluido é pequena, já que sua produção e sua reabsorção ocorrem em velocidade proporcional. É necessário colher em 3 tubos: 1- Um tubo para análise bioquímica. 2- Um tubo estéril para cultura. 3- Amostra com anticoagulante EDTA, para contagem celular.

Seu transporte deve ser realizado em caixas com divisões bem vedadas, podendo ser isopor por serem leves, protegerem do calor e da luz solar, acondicionadas com gelo reciclável ou cubos de gelo dentro de um saco plástico. Nunca encaminhar a requisição de exame juntamente com o pote, dentro da caixa térmica, mas afixado do lado de fora da caixa.

Em casos especiais pode-se tentar o isolamento do BK através da coleta de outros materiais, como:

  • Lavado gástrico - no caso de crianças, lembrando, porém, que o rendimento deste exame é baixo e devendo ser realizado somente com crianças internadas.
  • (^) Lavado brônquico – realizado em clínicas especializadas e hospitais.
  • Expectoração induzida por inalação de solução salina hipertônica – lembrar que este procedimento aumenta o risco de transmissão nosocomial de tuberculose, portanto deve ser utilizado somente com cuidados especiais.
  • Urina.
  • Linfonodo.
  • Líquidos cavitários.

Critérios para realização de cultura:

  • Pacientes com baciloscopias persistentemente negativas e com sintomas compatíveis com tuberculose.
  • Extrapulmonares.

Critérios para realização de cultura, identificação e teste de sensibilidade:

  • Todos os casos de retratamento.
  • Doentes HIV positivos com tuberculose.
  • Casos suspeitos de resistência a drogas.
  • Populações de maior vulnerabilidade: a- Populações institucionalizadas: prisões, albergues, asilos, etc b- Profissionais de saúde.

COLETA EM MICROBIOLOGIA

Orientações gerais:

  • Preferencialmente, a coleta do material para exame, deverá ocorrer antes do início da terapêutica. Caso contrário colher após suspensão do medicamento conforme orientação médica e anotar o medicamento em uso.
  • Para secreções uretrais, a coleta deve ser feita preferencialmente pela manhã, antes de urinar; caso não seja possível, aguardar pelo menos 3 horas após a última micção.
  • Para secreção vaginal, evitar duchas e cremes vaginais na véspera da coleta.
  • Assegure-se de que o meio de transporte Stuart esteja em condições de uso (dentro do prazo de validade e sem alteração do aspecto original), devendo estar à temperatura ambiente no

momento da coleta.