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EXAMES LABORATORIAIS DE ROTINA NA CLINICA ODONTOLÓGICA
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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MANUAL
PRÁTICO
FICHA TÉCNICA
Capa Daniel Fleury
Projeto Gráfico Ghislaine Bomm
Editoração Eletrônica Carlos Dumon Rosa
2a EDIÇÃO
Reservados todos os direitos de publicação à
EDITORA MAIO Rua Itupava, 932 Fone/ Fax (41) 3029- 80040-000 - Curitiba - Paraná E – mail: editoramaio@editoramaio.com.br
Tonani, Pedro Carlos Ferreira. Exames Complementares Laboratoriais de Interesse para o Cirurgião–dentista – Hematológicos - Sorológicos – Urina - Outros - Manual Prático / Pedro Carlos Ferreira Tonani, Antônio Carrilho Neto. – Curitiba, PR: Editora Maio,2001. 77 páginas, tamanho 140 x 210 1. Odontologia 2. Exames Laboratoriais I Carrilho Neto, Antônio II Título.
PREFÁCIO
A cada ano que passa, a literatura odontológica é agraci- ada com novos lançamentos, direcionados principalmente para a área técnica de Dentística, Periodontia, Cirurgia, Endodontia, Implantodontia e outras, mas ainda há lacunas a serem preenchidas. A área de exames complementares e laboratoriais é uma necessidade imprescindível a todas as especialidades, inclusive aos Clínicos gerais. Um problema bastante comum entre os profissionais, ao receberem um exame complementar do paciente, é não conseguir chegar a um diagnóstico após a análise deste exa- me. Quando o laboratório não coloca os valores normais ao lado do resultado obtido, a complicação é mais séria, e en- tão começa o drama de como se deve proceder para realizar o diagnóstico. Tonani e Carrilho, dois professores dedicados, vêm agora preencher essa lacuna na literatura odontológica, con- feccionando um manual prático de exames complementares e laboratoriais, simplificado e de fácil consulta para os pro- fissionais da área odontológica. Os exames são aqui comen- tados em linguagem simples e direta, e visam orientar o profissional no momento de solicitar e ler os resultados dos exames hematológicos, sorológicos, de urina e outros, faci- litando ao profissional a conclusão de um diagnóstico. Aos autores, nossas felicitações por esta obra simples, descomplicada e de linguagem acessível, que irá contribuir muito para a Odontologia brasileira.
Sérgio Luiz Guandalini
Exames Complementares Laboratoriais de Interesse para o Cirurgião- dentista - Hematológicos - Sorológicos - Urina - Outros - Manual Prático
EXAMES
COMPLEMENTARES
RELACIONADOS
COM A HEMOSTASIA
Para o profissional de Odontologia executar qualquer ato cruento, é indispensável que a hemostasia esteja den- tro dos limites considerados normais. É absolutamente ne- cessário um conhecimento sobre sinais e sintomas que pos- sam levar à suposição de presença de uma coagulopatia e informações suficientes para indicar e interpretar os exa- mes complementares em cada caso.
História hemorrágica ausente nos antecedentes pessoais ou familiares, atuais ou remotos, não significa, necessaria- mente, que o paciente não apresente alguma alteração sangüínea. TOMMASI et al. (1997) são de opinião que o ideal deva ser a realização pré-operatória do coagulograma, tendo como principais metas: tempo de sangramento ( TS ), tempo de coagulação ( TC ), tempo de atividade de protrombina ( PT ), tempo de tromboplastina parcial ativado ( TTPa ), prova do laço ou fragilidade capilar, contagem de plaquetas, retração do coágulo e tempo de trombina ( TT ).
O sistema básico de defesa do organismo contra a he-
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Depois de formado o coágulo permanente, ele sofre o fenômeno de retração, que ajuda ainda a sua estabilização no local da lesão, estancando definitivamente, desta forma, o sangramento.
Além disso, a rede de fibrina servirá de suporte à prolife- ração celular subseqüente, durante a formação do tecido cicatricial, no ponto lesado.
Todos os fatores que intervêm na coagula- ção sanguínea estão normalmente presentes no plasma, inativos, naturalmente inibidos para evi- tar a coagulação intravascular, mas prontos para a ação quando solicitados. A presença de subs- tâncias estranhas aos vasos sanguíneos pode atuar como elemento ativador desses fatores, desencadeando o processo até a formação de coágulos, a não ser que haja inibição ou defici- ência de qualquer dos fatores do plasma.
Desse modo, ao considerar o problema hemorrágico, o Cirurgião-dentista deve ter sempre em mente a multiplicidade desses fatores, lembrando que a causa da hemorragia pode- rá estar relacionada com alterações, que tanto podem estar localizadas nas paredes dos vasos como nas plaquetas, ou em qualquer dos fatores plasmáticos que intervêm na coa- gulação do sangue.
Na avaliação de história clínica do paciente, o Odontólogo deve inteirar-se da ocorrência pregressa de hemorragias, analisando fatores importantes, como o lo- cal, a duração e a gravidade da perda de sangue, a causa aparente da hemorragia e o surgimento de hematomas, além dos antecedentes familiares.
O exame clínico, por sua vez, deve concentrar-se na in- vestigação e observação de petéquias e equimoses nas pele, e também de vestígios de hemorragias espontâneas nas
...o Odontólogo deve inteirar-se da ocorrência pregressa de hemorragias...
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mucosas nasais e das gengivas. Informações sobre perda de sangue pelas gengivas ao escovar os dentes, além de he- morragias por avulsões dentárias, são sempre úteis.
A avaliação dos dados obtidos norteará a decisão do profissional no sentido de solicitar ou não os exames ade- quados ao laboratório clínico. Não confirmada a suspeita da condição hemorrágica, o Odontólogo processará nor- malmente a cirurgia prevista, evitando, assim, que o pa- ciente seja submetido a gastos desnecessários com pro- vas laboratoriais.
Entretanto, se os mesmos revelarem alterações na nor- malidade, o paciente deverá ser encaminhado, juntamente com os exames, a um Hematologista, para que o diag- nóstico final e possível correção do problema sejam efetuados.
As alterações detectadas pelos testes de tempo de sangramento ( TS ), da prova do laço ( PL ) e da contagem de plaquetas indicam problemas relacionados com dis- túrbios plaquetários e capilares (hemostasia primá- ria).
O tempo de coagulação ( TC ), a tromboplastina parcial ativada ( TTPa ), o tempo de protrombina ( TP ) e o tempo de trombina ( TT ), indicam alterações relacionadas com a coagulação sangüínea (hemostasia secundária) - Anexo II.
As provas de laboratório permitem estudos detalhados dos estados patológicos, oferecendo dados para um diag- nostico seguro e específico das discrasias sangüíneas.
Os sinais das alterações patológicas eram primariamente detectados por meio de testes simples e de fácil execução, como o tempo de coagulação, o tempo de sangramento e a contagem de plaquetas.
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TEMPO DE
SANGRAMENTO (TS)
É o tempo necessário para estancar a hemorragia da fe- rida não maior que 4mm de profundidade, feita, geralmen- te, no lóbulo da orelha. Este tipo de exame avalia, simulta- neamente, as funções capilares e plaquetárias, não sendo considerado um método seguro.
O valor do tempo de sangramento ( TS ) varia entre 2 e 8 minutos.
PROVA DE FRAGILIDADE
CAPILAR
(PROVA DO LAÇO OU PROVA DE
RUMPEL – LEEDE)
É um teste no qual o profissional pode estudar a resis- tência dos capilares. O resultado normal do teste de fragili- dade capilar é negativo. A prova de fragilidade capilar é po- sitiva nos casos das púrpuras plaquetopênicas e vasculares (no escorbuto, por exemplo), secundários à hipotensão, à
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diabetes, às nefropatias, aos estados infecciosos ou alérgi- cos, e também na deficiência de fibrinogênio.
É realizada pelo garroteamento do braço do paciente, verificando-se, depois de um certo tempo (3 a 5 minutos), se houve formação de petéquias.
As petéquias são pontos hemorrágicos na pele, de até 2mm de tamanho, que não desaparecem pela pressão dos dedos e/ ou vitropressão, formadas pela difusão do sangue a partir de capilares sanguíneos lesados. Esta prova está em desuso e tem pouco significado clínico, indicando geralmente uma fra- gilidade da parede endotelial dos capilares sanguí- neos, quando as petéquias são numerosas.
PLAQUETOMETRIA
(Contagem de plaquetas)
É o estudo do número de plaquetas. As plaquetas se constituem no segundo mais impor- tante fator da hemostasia. São também denomi- nadas de trombócitos.
As plaquetas exercem vários e importantes papéis na hemostasia. Aderem às regiões lesadas dos vasos sanguí- neos, produzindo um “trombo branco” que reveste e tampona a parede vascular.
A taxa normal de plaquetas está compreendida entre 150.000 a 450.000 por mm^3 de sangue.
O aumento do número de plaquetas ou trombócitos é denominado plaquetose ou trombocitose.
O número de plaquetas aumenta após a perda hemática, e também na policitemia primária, após a menstruação, es-
A taxa nornal de plaquetas está compreendida entre 150. e 450. por mm^3 de sangue.
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TEMPO DE
COAGULAÇÃO (TC)
O tempo de coagulação é o espaço de tempo decorrido para que o sangue do paciente se coagule fora do vaso. Os valores normais variam de 5 a 10’ (minutos), podendo ser considerados patológicos quando acima de 12’ (minutos).
O tempo de coagulação permite a avaliação global dos fatores de coagulação.
A determinação do TC é feita comumente pelo método de punção digital ou do lóbulo da orelha, verificando a coagulação do sangue em tubo capilar ou sobre lâmina.
É uma técnica simples e não requer ne- nhum cuidado por parte do paciente.
O aumento do tempo de coagulação pode representar deficiência de fibrinogênio nos fa- tores tromboplastínicos e protrombínicos e também nas síndromes por anticoagulantes. Na hemofilia o TC pode estar aumentado.
De acordo com JANNINI & JANNINI FILHO (1976), cerca de um terço dos pacientes hemofílicos A e B, inclusive aque- les com manifestações clínicas graves, apresentam o tem- po de coagulação normal, que poderá estar prolongado quando as concentrações dos fatores VIII e IX estiverem abaixo de 3% respectivamente, o que caracteriza a pouca especificidade deste exame.
Frente à suspeita de hemofilia, devem-se solicitar os se- guintes exames:
... cerca de um terço dos pacientes hemofílicos A e B, inclusive aqueles com manifestações clínicas graves, apresentam o tempo de coagulação normal, que poderá ...
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A pesquisa dos fatores VIII e IX são, na realidade, os elementos clínicos e laboratoriais representativos das hemofilias A e B , sendo de competência do Hematologista o diagnóstico final.
Ressalta-se que ambos os tipos de hemofilia incidem em pacientes do sexo masculino, e são transmitidos hereditari- amente, por genes ligados ao sexo.
TEMPO DE TROMBOPLASTINA
PARCIAL ATIVADO
Este teste tem como objetivo a eficiência da via intrínse- ca do mecanismo da coagulação. É realizado através da adi- ção de um substituto do fator plaquetário denominado de cefalina (fosfolipídeo) e de um ativador de superfície, caulim, ao plasma humano.
A deficiência de um dos fatores desta via, em concentrações abaixo de 30% do seu valor de normalidade, poderá acarretar um prolongamento no TTPa significativo, devendo ser conside- rados patológicos os valores compreendidos entre 2 e 3 referi- dos acima do normal (TTPa normal é de 35 a 50 segundos).
TEMPO DE
PROTROMBINA
Detecta o tempo de coagulação mediante a conversão da protrombina em trombina, por ativação do mecanismo extrínseco da coagulação variando de 10 a 12 segundos,