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TICs no Ensino de Ciências: Uma Conversa entre Professores, Manuais, Projetos, Pesquisas de Educação avançada

Exemplos de cartilhas do mestrado profissional em Educação Profissional e Tecnológica em Rede - ProfEPT em âmbito Nacional.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 07/12/2020

luiz-scandiuzzi
luiz-scandiuzzi 🇧🇷

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AS TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TIC) NO
ENSINO DE CIÊNCIAS:
uma conversa de professor
para professor
ALESSANDRA M.
CAVICHIA ATANAZIO
Orientador: Prof. Dr. Álvaro Emílio Leite
Curitiba, 2018
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AS TECNOLOGIAS

DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO (TIC) NO

ENSINO DE CIÊNCIAS:

uma conversa de professor

para professor

ALESSANDRA M.

CAVICHIA ATANAZIO

Orientador: Prof. Dr. Álvaro Emílio Leite Curitiba, 2018

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) estão cada vez mais presentes em nossa sociedade. É muito comum que pessoas usem seus smartphones, tablets e notebooks para manter-se informadas e conectadas com o mundo. Estamos na sociedade da informação e a profusão das novas tecnologias tem influenciado as mais diversas áreas de atuação humana. Se a tecnologia informacional encontra-se imersa em nossa sociedade, é desejável que ela seja incorporada às práticas pedagógicas. Assim, cria-se uma expectativa cada vez maior de que a cultura digital faça parte do cotidiano escolar, em um contexto no qual professores e alunos atuem na busca, seleção, organização e avaliação das informações. No entanto, é preciso também pensar em estratégias que possibilitem a vocês, professores, sentirem-se seguros diante dos novos desafios que acompanham essas inovações tecnológicas. Este material, portanto, foi elaborado para você, professor, que já usa TIC em suas aulas e quer conhecer outras possibilidades e ideias. Ou para você, que tem vontade de inserir as TIC em suas práticas, mas ainda não sabe por onde começar. Não se trata de um guia com respostas e aulas prontas, mas sim um material que busca contribuir para o desenvolvimento de aulas que envolvam as TIC, trazer algumas reflexões e motivá-lo a buscar alternativas para lidar com os desafios impostos pelo dia a dia na escola. A base para a elaboração deste material surgiu a partir dos resultados de minha pesquisa de mestrado, na qual busquei relacionar o uso das tecnologias de informação e comunicação à concepção de ensino- aprendizagem de professores de Ciências e Biologia pertencentes à rede estadual do Paraná. Na expectativa de poder contribuir com suas práticas pedagógicas, desejo-lhe uma ótima leitura! Abraços, Alessandra

Prezado professor,

Vivemos em uma época na qual a tecnologia está presente no cotidiano de um número cada vez maior de pessoas, alterando de forma significativa a maneira como elas se relacionam e interagem. Computadores, celulares e as mais diversas ferramentas de interação e pesquisa online são tecnologias que vêm conquistando cada vez mais espaço na sociedade da informação (SILVA, 2011). De acordo com a pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI, 2016) Essas mudanças afetam, em particular, a educação, que se vê frente à necessidade de lidar com diversas questões desencadeadas pela presença cada vez mais intensa das TIC no cotidiano: seja preparar as pessoas para aproveitar plena e conscientemente todo o potencial dessas tecnologias, seja desenvolver metodologias e práticas capazes de promover a incorporação das TIC como instrumento pedagógico (CGI, 2016, p. 10). Se a tecnologia permeia a vida das pessoas, é de se esperar que ela seja estendida e incorporada às práticas pedagógicas. Libâneo (2010) aponta que já faz algum tempo que o professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes do conhecimento.

TiC nas práticas pedagógicas

Esse código, que contém um conteúdo, é chamado de QR code. Para acessá-lo, você precisa de um telefone celular com câmera e um programa específico que irá fazer a leitura. Saiba mais sobre como as TIC estão mudando o mundo capturando o código ao lado. ;)

Caro Professor: As tecnologias nos ajudam a ampliar as possibilidades de que os alunos sejam protagonistas, se motivem, pesquisem, compartilhem, publiquem. O mais importante é você buscar as soluções possíveis em sua realidade, começando pelos celulares. As tecnologias digitais hoje são muitas, acessíveis, instantâneas e podem ser utilizadas para aprender em qualquer lugar, tempo e de múltiplas formas. O que faz a diferença não são os aplicativos, mas que você professor, coordenador ou gestor tenha uma mente aberta e criativa, capaz de encantar, de fazer sonhar, de inspirar. Professores interessantes desenham atividades interessantes, gravam vídeos atraentes. Professores afetivos conseguem comunicar-se de forma acolhedora com seus estudantes através de qualquer aplicativo, plataforma ou rede social. Celulares, tablets e notebooks nos ajudam a acessar às informações que precisamos, a desenvolver projetos, a conversar de várias formas, a compartilhar nosso conhecimento, a tirar dúvidas, participar de discussões, falar em público, escrever melhor. Você professor pode utilizar estas tecnologias digitais, em primeiro lugar, para motivar os alunos principalmente por meio de vídeos, histórias e jogos. Outra forma de utilização importante das tecnologias digitais é para inverter a forma de ensinar. Os materiais importantes (vídeos, textos, apresentações) são postados numa plataforma digital para que os estudantes os acessem da sua casa, possam revê-los com atenção, levantem suas principais dúvidas, respondam a algum questionário ou quiz. Você recebe as dúvidas, vê o resultado das avaliações e elabora

DICA DO ESPECIALISTA

No mês de novembro de 2017, enviei um e-mail ao professor Moran. Na mensagem contei um pouco sobre o desenvolvimento do trabalho de mestrado e, pretensiosamente, pedi que ele contribuísse com este material, escrevendo um texto destinado aos professores da educação básica. Para minha imensa alegria, aqui está o texto, que compartilho com vocês. Boa leitura! :)

as atividades específicas para os momentos presenciais. A informação básica fica disponível online e a avançada é construída em aula, presencialmente, em grupos, com a orientação do professor. As tecnologias digitais são importantes também para personalizar o processo de aprendizagem, para a elaboração de roteiros individuais, que os alunos podem acessar e estudar no seu ritmo. Essa flexibilidade permite que cada aluno possa progredir de acordo com sua capacidade, ritmo e situação e possa fazer sua avaliação quando se sentir pronto. As tecnologias digitais nos ajudam também a publicar e compartilhar o que estamos aprendendo. Hoje professores e alunos têm a seu alcance espaços de experimentação no seu celular, com múltiplos aplicativos para todas as finalidades possíveis, muitos que ampliam a realidade (realidade aumentada) outros que a recriam (realidade virtual) e que são acessáveis de qualquer lugar. A sala de aula assim se transforma em espaço de pesquisa, experimentação, produção, apresentação, debate, síntese. Cada escola, dentro da sua realidade, pode desenhar seus espaços de participação ativa, de experimentação, de elaboração de projetos, de construção de protótipos, de experimentação, criação. Se a escola não tem conexão, podem ser feitas as atividades conectadas fora dela, pedindo que os alunos pesquisem, joguem, contem historias onde houver conexão e que tragam os resultados. Você professor, pode carregar os materiais nos computadores do laboratório e pedir que os alunos os acessem, quando lhes for possível. Também pode postar os materiais num blog ou num ambiente virtual de aprendizagem e pedir que os O professor Moran já publicou diversas pesquisas. Entre os últimos conteúdos, estão os artigos “Como transformar nossas Escolas?” e “Principais diferenciais das escolas mais inovadoras”. Para conhecer mais sobre a obra do Moran, utilize o código abaixo! ;)

Começo esse tópico relembrando uma palestra do professor Marcelo Brito Carneiro Leão , professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e pós-doutor no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino de Ciências. Em novembro de 2017 ele participou de um evento promovido por nosso programa de mestrado em Formação Científica, Educacional o Tecnológica (FCET) e veio até à Universidade para falar um pouco sobre suas experiências com o uso de TIC. Ao começar a escrever sobre mediação do professor, imediatamente me lembrei da pergunta que o professor Marcelo fez ao público que o assistia: “As TIC vão substituir o professor?”. Para nossa surpresa, ele mesmo a respondeu logo de imediato: “Vão!”. “Irão substituir o professor que não se adaptar a elas”. Ao encontro dessa ideia, Masseto (2013, p. 142) traz a seguinte indagação: E o professor, como fica nesse processo? Desaparece? Absolutamente. Aqui ele tem a oportunidade de realizar seu verdadeiro papel: o de mediador entre o aluno e sua aprendizagem, o facilitador, incentivador e motivador dessa aprendizagem.

Mediação pedagógica: a mudança no papel do

professor

Para assistir à palestra do professor Marcelo Brito, é só capturar o código ao lado.

Nesse novo contexto de ensino-aprendizagem, o professor assume uma nova atitude. Ele vai atuar como orientador das atividades do aluno, consultor, facilitador, planejador e dinamizador de situações de aprendizagem, trabalhando em equipe com o aluno e buscando os mesmos objetivos. Em resumo: ele vai desenvolver o papel de mediador pedagógico (MASSETO, 2013, p. 142, grifo da autora). É compreensível, conforme aponta Sena dos Anjos (2008), que seja um processo difícil para muitos professores superar sua formação baseada em uma pedagogia tradicional, bem como as metodologias com as quais já estão acostumados, para iniciar uma prática com o uso de tecnologias. Para trazer algumas reflexões e provocações, observe o quadro com algumas técnicas importantes ao exercício da mediação pedagógica. Este quadro foi elaborado com base no que traz Masseto (2013) sobre esse processo.

  • Dialogue permanentemente com os alunos, trocando experiências.
  • Incentive a participação dos alunos, a interação entre eles, o debate, o diálogo e a pesquisa.
  • Proponha situações problemas e desafios a partir das próprias experiências de vida dos alunos.
  • Escolha estratégias e técnicas adequadas à realidade de sua escola e de seus alunos.
  • Ensine os alunos a buscar o que é mais pertinente, orientando a busca pela imensa rede de informações disponíveis.
  • Construa critérios para a seleção das informações, assim os alunos saberão discriminar o que é relevante do que não é.
  • Estabeleça uma relação de corresponsabilidade e parceria com os alunos no planejamento das atividades, sua realização e avaliação.
  • Seja criativo e flexível para buscar, com os alunos, soluções para situações novas e inesperadas.
  1. Objetivo: ANALISAR A RELAÇÃO ENTRE O USO DAS TIC NO AMBIENTE ESCOLAR E AS CONCEPÇÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA.
    1. Metodologia: PARA RESPONDER À PERGUNTA E ALCANÇAR O OBJETIVO, O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA INCLUIU AS SEGUINTES AÇÕES:
    • ENVIO DE QUESTIONÁRIO ONLINE PARA IDENTIFICAR OS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO PARANÁ QUE DECLARAM USAR TIC EM SUAS AULAS.
    • INVESTIGAÇÃO, POR MEIO DA ANÁLISE DE PLANOS DE AULA, DA PRÁTICA DE 35 PROFESSORES QUE USAM TIC EM SUAS AULAS.
    • OS DADOS REFERENTES AO USO DAS TIC NA PRÁTICA DE 35 PROFESSORES DE CIÊNCIAS E/OU BIOLOGIA COLETADOS POR MEIO DOS PLANOS DE AULA, FORAM SUBMETIDOS À ANÁLISE DE CONTEÚDO (BARDIN, 1977).
  2. Resultados: OS RESULTADOS INDICAM QUE PROFESSORES QUE TEM UMA CONCEPÇÃO MAIS TRADICIONAL DE ENSINO TENDEM A USAR AS TECNOLOGIAS DA MESMA FORMA. JÁ OS PROFESSORES QUE DECLARAM APRESENTAR ALGUMAS ATITUDES E AÇÕES RELACIONADAS AO MODELO CONSTRUTIVISTA, QUE CORRESPONDE À MAIORIA DOS PESQUISADOS, DÃO ÀS TIC UM USO COERENTE COM ESSE MODELO.

A relação entre o professor e a tecnologia ocorre no nível das concepções, que irão determinar à maneira como a introdução das tecnologias se efetivará na prática pedagógica. Segundo Morais (1999) as práticas e concepções dos docentes, situadas em contextos históricos específicos, refletem um certo perfil de professor que se configurou em cada um desses contextos. Para o autor, “tais práticas e concepções não apenas compõem o fazer docente como também são elementos constitutivos da identidade do professor” (MORAIS, 1999, p. 17). Na mesma direção, Dewey e Dykstra (1998, p. 222) afirmam que “Não existe uma prática pedagógica neutra. Toda e cada uma delas se baseia em uma determinada concepção do processo de aprendizagem e do objeto de tal processo”. Nesse contexto, buscando trazer subsídios para a compreensão sobre o que fundamenta a ação docente, Mizukami (1986) apresenta cinco abordagens do processo de ensino-aprendizagem: Tradicional, Comportamentalista, Humanista, Cognitivista e Sociocultural. A seguir, apresenta-se uma síntese de cada uma das abordagens sistematizadas por Mizukami (1986). Tradicional Nessa abordagem, defendida por Émile Chartier e Snyders, a ênfase é dada na transmissão de conhecimentos, que ocorre essencialmente em sala de aula, onde os alunos são instruídos pelo professor. O ensino tem como centro o professor e os alunos apenas executam as prescrições que lhes são dadas. Mizukami (1986, p. 17) caracteriza essa relação como “catequética e unificadora da escola”. Esta forma de se ensinar pode ser denominada de “conteudista”, devido à grande importância dada à variedade e quantidade de informações. As tarefas são padronizadas e ocorrem independentemente dos interesses dos alunos, considerados simples depositários de conhecimentos acumulados pela humanidade. A metodologia se baseia nas aulas expositivas e nas demonstrações feitas pelo professor a turma, ou seja, o professor é o agente e o aluno o ouvinte. Quando o professor termina a exposição dos conteúdos, os

As abordagens do processo de

ensino-aprendizagem

que podem ser mudados por meio de treinamentos, com objetivos pré- estabelecidos. Há a presença de condicionantes arbitrários, como elogios, notas, prêmios, entre outros, visando instalar e manter comportamentos esperados. O principal representante dessa abordagem é Skinner. Na metodologia tem-se como princípio que os conteúdos sejam divididos em pequenos passos para que seja possível reforçar as respostas e comportamentos dos alunos durante o processo. A avaliação tem como propósito constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada. A ESCOLA Agência educacional. Modelo empresarial aplicado à escola. Divisão entre planejamento (quem planeja) e execução (quem executa). No limite, a sociedade poderia existir sem escola. Uso da teleducação. Ensino à distância. O ALUNO Elemento para quem o material é preparado. O aluno é eficiente e produtivo é o que lida “cientificamente” com os problemas da realidade. O PROFESSOR É o educador que seleciona, organiza e aplica um conjunto de meios que garantam a eficiência e eficácia do ensino. ENSINO E APRENDIZADO Os objetivos educacionais são operacionalizados e categorizados a partir de classificações: gerais (educacionais) e específicos (instrucionais). Ênfase nos meios: recursos audiovisuais, instrução programada, tecnologias de ensino, ensino individualizado (módulos instrucionais), “máquinas de ensinar”, computadores, hardwares, softwares. Os comportamentos desejados serão instalados e mantidos nos alunos por condicionantes e reforçadores. Principais elementos da abordagem comportamentalista Fonte: Santos (2003, p. 23)

Humanista A ênfase nessa abordagem, que tem como principal referencial o trabalho de Rogers, é dada ao sujeito, ou seja, o ensino é centrado no aluno, considerado o principal elaborador do conhecimento humano na escola. O ensino está centrado no aluno e cabe ao professor orientá- lo, sendo um facilitador da aprendizagem. O conteúdo tem origem nas próprias experiências do aluno o professor apenas cria condições para que os alunos aprendam para que, dessa forma, possa estruturar-se e agir. Não há ênfase em nenhuma técnica ou método para facilitar a aprendizagem. Desta forma, as estratégias de ensino assumem importância secundária no processo e cada educador pode elaborar a sua forma de facilitar a aprendizagem de acordo com o que ocorre em sala de aula. O aluno deverá assumir formas de controle de sua aprendizagem e, com responsabilidade, definir e aplicar os critérios para avaliar até onde estão sendo atingidos os objetivos pretendidos. A ESCOLA Escola proclamada por todos. “Democrática, Afrouxamento das normas disciplinares. Deve oferecer condições ao desenvolvimento e autonomia do aluno. O ALUNO Um ser “ativo”. Centro do processo de ensino e aprendizagem. Aluno criativo, que “aprendeu a aprender”. Aluno participativo. O PROFESSOR É o facilitador da aprendizagem. ENSINO E APRENDIZADO Os objetivos educacionais obedecem ao desenvolvimento psicológico do aluno. Os conteúdos programáticos são selecionas a partir dos interesses dos alunos. “Não-diretividade”. A avaliação valoriza aspectos afetivos (atitudes) com ênfase na auto-avaliação. Principais elementos da abordagem humanista Fonte: Santos (2003, p. 24)

A ESCOLA

Deve dar condições para que o aluno aprenda por si próprio. Deve oferecer liberdade de ação real e material. Deve reconhecer a prioridade psicológica da inteligência sobre a aprendizagem. Deve promover um ambiente desafiador favorável à motivação intrínseca do aluno. O ALUNO Papel essencialmente “ativo” de observar, experimentar, comparar, relacionar, analisar, justapor, compor, encaixar, levantar hipóteses, argumentar, etc. O PROFESSOR Deve criar situações desafiadoras e desequilibradoras, por meio da orientação. Deve estabelecer condições de reciprocidade e cooperação ao mesmo tempo moral e racional. ENSINO E APRENDIZADO Deve desenvolver a inteligência, considerando o sujeito inserido numa situação social. A inteligência constrói-se a partir da troca do organismo com o meio, por meio das ações do indivíduo. Baseados no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de problemas, facilitando o “aprender a pensar”. Ênfase nos trabalhos em equipe e jogos. Principais elementos da abordagem cognitivista Fonte: Santos (2003, p. 26)

Sociocultural Esta abordagem, cuja origem está no trabalho de Paulo Freire e seu movimento de cultura popular, é caracterizada como interacionista entre o sujeito e o objeto de conhecimento. O processo de ensino- aprendizagem deve buscar o desenvolvimento de consciência crítica numa relação dialógica entre professor e alunos. A educação, vista como um ato político, é concebida como uma descoberta da realidade, levando o indivíduo a uma consciência crítica de sua realidade, com capacidade para transformá-la. A atividade educacional deve ser problematizadora e proporcionar ao aluno uma compreensão ampla dos contextos nos quais o problema se insere, mobilizando-o para perceber-se como parte integrante da sociedade. A relação professor-aluno é horizontal, igualitária e o professor deve questionar os valores da cultura dominante, instigando os alunos para que eles mesmos se tornem produtores de cultura. Educador e educando crescem juntos nesse processo, que se dá por meio do diálogo e contextualização dos conteúdos com a problemática de situações reais, das quais se extraem os temas geradores. Nessa abordagem a avaliação é considerada mútua e permanente. Qualquer processo tradicional de provas, notas e exames não é considerado, já que tanto os professores como os alunos saberão quais suas dificuldades e progressos.