



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Exercícios com respostas sobre séries. Resolver séries usando aplicações com equações diferenciais ordinárias.
Tipologia: Exercícios
1 / 6
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Resolução de Equações Diferenciais por Séries de Potências
Como vimos, anteriormente, as equações diferenciais lineares a coeficientes constantes podem ser
resolvidas por métodos algébricos e as soluções são funções elementares do Cálculo. Quando as equações
têm coeficientes variáveis, a situação é mais complicada e as soluções podem não ser funções elementares.
Um grande número de equações, que desempenham um papel importante na Matemática aplicada às
Engenharias é desse tipo. Vamos portanto examinar um método para resolvê-las, onde as soluções aparecem
sob a forma de série de potências, motivo pelo qual o método é chamado de método das séries de potências.
A idéia fundamental do método das séries de potências para resolver uma equação diferencial é muito
0
n cn (x a). Substituindo-se a
série na equação obtém-se os coeficientes da mesma.
O método das séries de potências envolve várias operações com séries tais como: adição, derivação e
multiplicação de séries. Nos limitaremos a exemplos em que não iremos precisar de multiplicar séries. Além
disto o seguinte resultado nos dá a garantia da existência de soluções em séries de potências:
Teorema: Se as funções a 1 , a 2 e f na equação diferencial y'' + a 1 (x) y' + a 2 (x) y = f(x) podem ser
representadas por uma série de potências em ( x a) ( isto é, é analítica em x = a) então toda solução da
equação pode ser representada em série de potências de (x a), com raio de convergência positivo.
Vamos descrever o processo de maneira prática, ilustrando o mesmo por meio de exemplos.
Começaremos com dois exemplos bem simples, de equações a coeficientes constantes ( que obviamente não
precisam ser resolvidas por este método), apenas para que o mecanismo seja compreendido
Exemplos:
0
n
1
n 1 y' ncn x. substituindo
y e y' na equação:
n 1
1
n n 1
n 1
1
n 1 1
n 1 n 0
n n 1
n 1 n ^
0
n cn x ,
1
n 1 cn 1 x ( Substituímos n por n – 1 e para “compensar” o índice inferior do
somatório foi deslocado de uma unidade )
Temos assim que: n 1
n
c n c c 0 n 1 c n 1 n ^ n 1 n
Assim,
n!
c c
c
c
c c
c
c
c c
c
c
c c
c 1
c c
o n
3 o o 4
2 o o 3
1 o o 2
o
o 1
Logo,
x o o
n
o o
o n
0
n n c e n!
x x c n!
c y (^) c x
Este resultado, obviamente, pode ser obtido resolvendo-se diretamente a equação, por processos já estudados.
Suponhamos que a solução seja da forma
0
n y cn x. Derivando obtemos:
1
n 1 y' ncn x e
2
n 2 y'' n(n 1 )cn x. Substituindo y e y'' na equação:
n 2
2
n n 2 2 2
n 2 n 2
n 2 n 2 0
n n
n 2 (^) n
Observemos o deslocamento do índice no segundo somatório!
Temos assim que: n 2 n(n 1 )
c n (n 1 )c c 0 c
n 2 n n 2 n
(^) que é uma lei de
recorrência que vai nos permitir obter cn. Assim,
c
c c
c
c c
c c
4 0 6
2 0 4
0 2
c
c c
c
c c
c c
5 1 7
3 1 5
1 3
( 2 n)!
( 1 ) c c
0
n
2 n
( 2 n 1 )!
( 1 ) c c
1
n
2 n 1
Como queremos os 6 primeiros termos não nulos, com a lei de recorrência acima obtemos os coeficientes
desejados.
Temos, então:
x .... 8!
15 c x 6!
3 c x 4!
c x 2!
c c cx
y c cx c x c x c x .......
15 c
5 c c
4 c c
3 c
3 c c
2 c c
c
c
c c
c 0
0 2 0 4 0 6 0 8 0 1
4 4
3 3
2 0 1 2
6 0 8
5 7
4 0 6
3 5
2 0 0 4
3
valor inicial ( P.V.I.)
Como as condições iniciais são dadas no zero, supomos a solução em série de potências de x.
0
n
1
n 1 y' ncn x e
2
n 2 y'' n(n 1 )cn x. Substituindo y , y' e y'' na equação:
6 c 3 n(n 1 )c x c (n 1 )c x c x c c x 1
3 n(n 1 )c x (n 1 )c x c x c x 1
3 n(n 1 )c x nc x c x c x 1
n 2
3
2 1 0 n n 1 n 3 n 2
3
n 2 0 n 2
n 2
3
n 3 3 3
n 2 1 n 1
n 2 2 n
2
n 2 n 2
n 2
3
n 3 2 2
n 2 n 1
n 2 n
0
n n
n 1
0
n 2 1
n 1 n
n 2 n
Comparando os dois membros da igualdade acima temos:
n 3 3 n(n 1 )
(n 1 )c c c c
1 c c c
3 n(n 1 )c (n 1 )c c c 0
6 c c c 1
n 1 n 2 n 3 n
1 0 2
n n 1 n 3 n 2
2 1 0
Lembrando que:
n!
f (a) (x a) c n!
f (a) c (x a)
(n )
n 0 0
n
(n) n (^) n
Usando as condições iniciais temos que:
y(0) = 0 co =
0!
f( 0 ) = 0
y'(0) = 1 c 1 =
1!
f ( 0 ) = 1
Assim:
2 c c c c
1 c c c
2 0 1 3
1 0 2
A função x .... 54
x 3
y x
2 3 é uma aproximação da solução numa vizinhança do ponto zero.
y( 1 ) 0 e y'(1)= 1
y' ' xy x 2 x 3
2
Observemos, inicialmente, que as condições iniciais são dadas no ponto a = 1. Devemos, portanto, buscar uma
solução em série de potências de ( x 1).
Escrevemos então os coeficientes e o segundo membro da equação em potências de ( x 1). A equação é
equivalente a:
y' ' (x 1 )y y (x 1 ) 2
2 ( I )
Supondo que a solução é em série de potências de ( x 1) temos que:
2
n 2 n 1
n 1 n 0
n y cn (x 1 ) .Logo,y' nc (x 1 ) e y'' n(n 1 )c (x 1 )
Substituindo y, y'' em ( I ):