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Farmacologia Aplicada: Opióides, Antitussígenos e Fármacos do Trato Gastrointestinal, Resumos de Farmacologia

Opióides Fármacos Utilizados no Tratamento de Doenças Respiratórias Anti-inflamatórios Farmacologia do Trato Gastrointestinal

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 26/08/2019

marcia-cristina-pires-7
marcia-cristina-pires-7 🇧🇷

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Farmacologia Aplicada
Opióides
Morfina
IM, SC, IV
Metabolização hepática – conjugação com glicuronídeo; formação de metabólitos ativos
90% excretado por via renal – Atenção aos pacientes com IRA!
Sedação versus disforia/hiperexcitabilidade
-Relacionado a distribuição dos receptores opióides em certas regiões do cérebro, independente
da farmacocinética do opióide
-Maior número de receptores opióides presentes no cérebro das espécies que sedam
Náuseas e vômito
-Suínos e aves – sem efeito emético
-Cães – potente efeito emético
Midríase/miose (espécie dependente)
Bradicardia
Vasodilatação (liberação de histamina, quando administrado IV)
Metadona
•Analgesia dose dependente
•Potência similar à da morfina
•Não induz vômito
•Não induz liberação de histamina
•Duração de ação: 2 – 6 horas
Meperidina
•Analgesia dose dependente
•Potência 10x menor que a da morfina
•Liberação de histamina (via intravenosa rápida)
•Duração de ação: 1 – 2 horas
•Não induz vômito
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Opióides

Morfina IM, SC, IV Metabolização hepática – conjugação com glicuronídeo; formação de metabólitos ativos 90% excretado por via renal – Atenção aos pacientes com IRA! Sedação versus disforia/hiperexcitabilidade -Relacionado a distribuição dos receptores opióides em certas regiões do cérebro, independente da farmacocinética do opióide -Maior número de receptores opióides presentes no cérebro das espécies que sedam Náuseas e vômito -Suínos e aves – sem efeito emético -Cães – potente efeito emético Midríase/miose (espécie dependente) Bradicardia Vasodilatação (liberação de histamina, quando administrado IV)

Metadona •Analgesia dose dependente •Potência similar à da morfina •Não induz vômito •Não induz liberação de histamina •Duração de ação: 2 – 6 horas

Meperidina •Analgesia dose dependente •Potência 10x menor que a da morfina •Liberação de histamina (via intravenosa rápida) •Duração de ação: 1 – 2 horas •Não induz vômito

Fentanil •Analgesia dose dependente – duração de ação: 20 a 30 min (bolus IV) •100 a 200x mais potente que a morfina •Não induz liberação de histamina, nem vômito •Atenção a depressão respiratória e bradicardia (período intra operatório) •Coindutor •Analgesia no pós operatório: IC ou adesivos transdérmicos

Butorfanol •Potência 5x maior que a morfina •Eficácia analgésica limitada – efeito teto •Menor incidência de efeitos colaterais (depressão respiratória e constipação) •Reversor disforia/excitação e depressão respiratória causada pelos agonistas totais •Analgesia discreta (1 – 2 horas)

Nalbufina •Se assemelha clinicamente ao butorfanol (duração mais prolongada) •Analgesia suave acompanhada de sedação •Humanos - uso mais comum do que o butorfanol •Menor incidência de efeitos colaterais (depressão respiratória e constipação) •Reversor disforia/excitação e depressão respiratória causada pelos agonistas totais

Buprenorfina •Potência analgésica 30x maior que a morfina •Período de latência longa e duração prolongada •Menor tendência a causar efeitos colaterais •Duração de ação: 8 horas •Efeito teto •Analgesia pós operatória

Tramadol •Mecanismo de ação opioide e não opioide (opioide misto?) •Potência e eficácia similares a meperidina •Uso para prescrição pós operatória •Duração de ação: 4 a 6 horas (até 8 horas)

Naloxona

•Antagonista competitivo de TODOS os receptores opióides •Reverte TODOS os efeitos – inclusive os desejáveis!!

◼ Butorfanol

  • Potência antitussígena 20x maior do que a codeína
  • Duração de efeito 2x maior que a codeína
  • Antitussígeno administrado por via parenteral no tratamento de tosse intratável aguda
  • SC, IM, IV (VO) Antitussígenos Narcóticos

Broncodilatadores

Amplamente indicados na medicina veterinária – fase inicial da asma brônquica, e para evitar o aparecimento da broncoconstrição

☻ Agonistas β–adrenérgicos ☻ Metilxantinas (teofilina) ☻ Anticolinérgicos (atropina, glicopirrolato)

◼ Broncodilatadores – Agonistas β-adrenérgicos ◼ Mecanismo de ação

  • Ação direta sobre os receptores β–adrenérgicos do músculo liso do brônquio
  • Inibição da liberação de serotonina, histamina e TNF-α
  • Estimulam os cílios e reduzem a viscosidade do muco Dar preferência aos agonistas dos receptores β2 - causam broncodilatação mais efetiva com menos efeitos colaterais (livres de efeitos estimulantes cardíacos!)

☻Agonistas β–adrenérgicos

◼ Salbutamol (Aerolin®)

  • VO, inalação

◼ Terbutalina (Bricanyl®)

  • SC, VO, IV

Ambos são agonista seletivo β2 (relaxamento da musculatura lisa principalmente nos tecidos brônquicos, uterinos e vasculares)

— São improváveis os efeitos cardioativos diretos. No entanto, deve-se ter cuidado em pacientes que possam ter aumento da sensibilidade a agentes adrenérgicos (doença cardíaca preexistentes, diabetes mellitus, hipertireoidismo, hipertensão e transtornos convulsivos) — O uso com anestésicos inalatórios pode predispor o paciente a arritmias cardíacas ▪ Efeitos adversos: tremores, alterações de pressão arterial ▪ Contra-indicados: fêmeas em fase de parição

◼ Metilxantinas ▪ Metilxantinas de ocorrência natural, farmacologicamente ativas: teofilina, teobromina e cafeína (relativamente insolúveis) ► Aminofilina (Aminofilina®): complexo etilenodiamina da teofilina

▪ Vantagem da teofilina sobre os outros broncodilatadores – aumento na força dos músculos respiratórios (decréscimo do trabalho associado à respiração)

▪ VO, IV (emergência, sempre diluído e em infusão lenta)

▪ Teofilina – baixo índice terapêutico! Atenção ao aparecimento dos efeitos tóxicos!!! ▪ Efeitos adversos: excitação do SNC, alterações no TGI, estimulação cardíaca e aumento da diurese ▪ Equinos

  • Estreito índice terapêutico
  • Menos eficiente que os medicamentos β-agonistas ▪ Bovinos
  • Pequeno efeito broncodilatador

Anticolinérgicos ▪ A principal inervação do músculo liso brônquico se faz através do SNA parassimpático, produzindo broncoconstrição (broncoespasmo) ▪ Anticolinérgicos – antagonistas competitivos dos receptores colinérgicos muscarínicos = broncodilatação ▪ Atropina, glicopirrolato ▪ Diversos efeitos indesejáveis: taquicardia, midríase e depressão do SNC ▪ Uso por via sistêmica limitado; aerossol

Descongestionantes

Indicados para o tratamento sintomático de rinites ou sinusites alérgicas e virais ♦ Anti-histamínicos (Hidroxizina, Loratadina, Difenidramina) ♦ Agonistas α1-adrenérgicos (Efedrina)

*Como opção pode-se utilizar lavagem com solução fisiológica (associada ou não a N-acetilcisteína)!

♦ Anti-histamínicos (Hidroxizina, Loratadina, Difenidramina) ◼ Histamina – broncoconstrição – tosse Mecanismos de ação

  • Antagonistas de receptores H
  • Além de possuírem efeitos parassimpatolíticos e de anestésico local

◼ Agonistas α1-adrenérgicos (Efedrina, Pseudoefedrina) Agonistas α1-adrenérgicos causam vasoconstrição, promovendo redução do fluido exsudato Administração sistêmica – estimulação do SNC, hipertensão, alterações cardíacas, alteração na drenagem do humor aquoso e retenção urinária SEMPRE QUE POSSÍVEL administrar por via tópica!!!

Anti-inflamatórios

♦ Esteroidais e Não Esteroidais ◼ Objetivos

  • Reduzir o edema de mucosas nos brônquios e bronquíolos

-Alívio da tosse – por inibição de alguns efeitos dos mediadores da inflamação (prostaglandinas)

Farmacologia do Trato Gastrointestinal

Fármacos utilizados para inibir ou neutralizar a secreção de ácido gástrico 0 Protetores de mucosa 0 Antieméticos e antinauseantes 0 Eméticos

Fármacos utilizados para inibir ou neutralizar à secreção de ácido gástrico

Antagonistas do receptor da histamina (H2)

☑ Indicados no tratamento de ulceração gástrica (AINEs, uremia)

✔ Inibidores competitivos dos receptores histamínicos (H2) nas células parietais gástricas – diminuição de 70 a 90% da secreção gástrica ✔ Inibem a secreção de ácido estimulada pela histamina e pela gastrina; a secreção da pepsina também cai com a redução de volume do suco gástrico ✔Ranitidina e nizatidina também são utilizados como pró-cinéticos (↑ motilidade gastrointestinal)

  • atividade anticolinesterásica ✔ Bem absorvidos por VO; preparações disponíveis para outras vias (SC, IV) Eliminados principalmente pela urina; 60% na forma inalterada
  • A dose deverá ser reduzida em 50% nos pacientes com função renal prejudicada

☑ Efeitos adversos raros

— Cimetidina – inibe o citocromo P450 e pode retardar o metabolismo de vários fármacos (anticoagulantes orais e antidepressivos tricíclicos)! — Cimetidina, ranitidina e famotidina IV – arritmias cardíacas transitórias podem ocorrer — O aumento do pH intragástrico associado a administração destes fármacos pode reduzir a absorção dos fármacos que requerem meio ácido para dissolução e absorção, como o cetoconazol

Inibidores da bomba de prótons

☑ Inibem reversivelmente a bomba de prótons (H+-K+-ATPase), ou seja, a etapa terminal na

via secretora de ácido ✔ Reduzem as secreções de ácido gástrico basal e a estimulada por alimentos ✔ Administração VO – cápsulas (pois degrada rapidamente em pH baixo). Também em preparações injetáveis Efeitos adversos incomuns

☑ Interações medicamentosas

— Inibição das enzimas hepáticas P450 – diminuindo a depuração hepática de alguns fármacos (p. ex., diazepam) — Fármacos que requerem um baixo pH para a absorção ótima ( p. ex., cetoconazol, ampicilina) podem ter absorção reduzida, já que o omeprazol aumenta o pH gástrico

Antiácidos

☑ Neutralizam diretamente o ácido – se associam a molécula do HCl

✔ Bicarbonato de sódio ✔ Sais de magnésio (laxante) e alumínio (constipante) – misturas

Protetores de mucosa

☑ Fármacos que protegem a mucosa

Alguns agentes, denominados citoprotetores, aumentam os mecanismos endógenos de proteção

da mucosa e/ou proporcionam uma barreira física sobre a superfície da ulcera

-Quelato de bismuto

-Sucralfato (Sucrafilm®)

✔ VO

✔ Estimula a defesa da mucosa e mecanismos reparadores, possivelmente relacionados a

estimulação das prostaglandinas locais

✔ Reduz a absorção de outros medicamentos: teofilina, tetraciclina, digoxina, amitriptilina (não

administrar dentro de 2 horas após a administração do sucralfato)

-Misoprostol (Cytotec®)

✔ Análogo sintético da PGE1. Efeito colateral: aumento da motilidade uterina e intestinal

✔ IV, VO

Antagonistas da dopamina e 5-HT serotoninérgicos Metoclopramida (Plasil®), Bromoprida (Digesan®)

✔ Bloqueio dos receptores dopaminérgicos da ZQG e 5-HT serotoninérgicos; também evitam o

vômito induzido por estímulos que atingem diretamente o centro do vômito

✔ IM, SC, VO, IV

☑ Efeitos adversos:

-Alterações mentais, de hiperatividade a depressão mental

-Deve ser usada com cautela em animais com distúrbios convulsivos e com insuficiência renal

(pois reduz o fluxo renal)

-Não deve ser usada quando suspeita-se de hemorragia, obstrução ou perfuração

gastrointestinal

Antagonista dos receptores da neurocinina 1 (NK1) Citrato de maropitant (Cerenia®)

✔ Bloqueia a ação farmacológica da substância P (neurotransmissor-chave envolvido no vômito)

no receptor NK1, no SNC

VO, SC

✔ Prevenção e tratamento de êmese e cinetose nos cães

✔ Interações medicamentosas significativas são improváveis de ocorrer

Eméticos

✔ Indicados principalmente nas situações de intoxicação – impedir ou reduzir a absorção do

agente tóxico ingerido que ainda esteja presente no estômago

✔ A êmese não ocorre em algumas espécies animais: equinos, ruminantes, roedores, cobaias,

coelhos!!!

✔ Os eméticos podem ser irritantes ou de ação central

☑ Eméticos irritantes

☻Soluções a 1% de sulfato de cobre ou sulfato de zinco

☻Ipeca

☻Água oxigenada 10 V (1 a 2 ml/kg) – VO

☑ Eméticos de ação central

☻Apomorfina (VO, parenterais, saco conjuntival)

☻Xilazina – principalmente em gatos (0.05 mg/kg)