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Farmacologia na prematuridade, Notas de aula de Farmacologia

Uso de corticoides e surfactantes. Quando serem usados? Mecanismo de ação de ambos.

Tipologia: Notas de aula

2020

Compartilhado em 13/02/2020

ana-luiza-carvalho-silva
ana-luiza-carvalho-silva 🇧🇷

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Abordagens farmacológicas
para o desenvolvimento
pulmonar no parto prematura
Bebê que tem risco de desenvolver síndrome respiratória.
FORMAS DE TRABALHAR:
ESTIMULAR A SÍNTESE DE SURFACTANTE
TRATAMENTO DIRETO NA PRODUÇÃO DE SURFACTANTE DO BEBÊ
QUANDO EXISTE O RISCO DE PARTO PREMATURO, AVALIA A SEMANA DE GESTAÇÃO DO BEBÊ
PARA PODER INSTITUIR O TRATAMENTO.
PARTO PREMATURO
CONCEITO DE PREMATURIDADE: Abaixo (antes) da 37º semana da gestante.
Predisposição da prematuridade: malformação do feto; desenvolvimento de hipertensão na
gestação; diabetes; gestação gemelar; parto prematuro anterior; idade extrema das mães;
posição da placenta; infecções no trato urinário na gestação; pré-natal mal feito; patologias do
útero; uso de drogas.
Quando o bebê nasce prematuro, ele pode ter vários problemas no decorrer da vida e um
deles é de forma mais imediata: pulmões imaturos, por isso, deve fazer a estimulação ou
acelerar a estimulação do pulmão nele.
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Abordagens farmacológicas

para o desenvolvimento

pulmonar no parto prematura

Bebê que tem risco de desenvolver síndrome respiratória. FORMAS DE TRABALHAR:  ESTIMULAR A SÍNTESE DE SURFACTANTE  TRATAMENTO DIRETO NA PRODUÇÃO DE SURFACTANTE DO BEBÊ QUANDO EXISTE O RISCO DE PARTO PREMATURO, AVALIA A SEMANA DE GESTAÇÃO DO BEBÊ PARA PODER INSTITUIR O TRATAMENTO.

PARTO PREMATURO

 CONCEITO DE PREMATURIDADE: Abaixo (antes) da 37º semana da gestante. Predisposição da prematuridade: malformação do feto; desenvolvimento de hipertensão na gestação; diabetes; gestação gemelar; parto prematuro anterior; idade extrema das mães; posição da placenta; infecções no trato urinário na gestação; pré-natal mal feito; patologias do útero; uso de drogas. Quando o bebê nasce prematuro, ele pode ter vários problemas no decorrer da vida e um deles é de forma mais imediata: pulmões imaturos, por isso, deve fazer a estimulação ou acelerar a estimulação do pulmão nele.

A maturação pulmonar do bebê se completa na 35º semana da gestação.

 16ª semana: início do desenvolvimento pulmonar  Diferenciação em pneumócitos, quando começa a ter a formação do pulmão.  26ª semana: Começa a diferenciação dos Pneumócitos  Pneumócitos tipo I (célula epiteliais de revestimento  recobrem o alvéolo) e tipo II (células paralelas ao tipo I  células produtoras de surfactante)  35ª semana: máxima produção de surfactante; sistema pulmonar já feito. Fatores essenciais para o desenvolvimento normal dos pulmões  Voluma adequado do líquido amniótico  forma que o bebê tem de respirar (aspira o líquido amniótico), essa força de aspiração do líquido auxilia no enrijecimento dos músculos do pulmão e ter o desenvolvimento pulmonar o Quando nasce esse líquido amniótico é eliminado pela boca e pelo nariz após o nascimento, ou cai no sistema linfático, ou pelos capilares pulmonares são absorvidos  ASSIM ELIMINA O LÍQUIDO DO PULMÃO E PASSA A RESPIRAR.  Espaço torácico adequado para o crescimento pulmonar  caixa torácica formada, para que o pulmão tenha espaço para poder evoluir  Movimentos respiratórios fetais Retirada do líquido:  Pela boca e pelo nariz (devido a compressão do tórax na passagem pelo canal do parto)  Pelos vasos pulmonares linfáticos  Pelos capilares pulmonares

SÍNDROME DO DESCONFORTO

RESPIRATÓRIO

QUANDO O PARTO É PREMATURO E NÃO DEU TEMPO DE FAZER A MATURAÇÃO PULMONAR:

SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO

  1. Síndrome do desconforte respiratório = doença das membranas hialinas (DMH)

Surfactante produzido pelos Pneumócitos tipo II = funciona como um detergente = diminui/reduz a tensão superficial dentro dos alvéolos. REDUZ A TENSÃO SUPERFICIAL DENTRO DOS ALVEOLOS, IMPEDINDO SEU COLAPSO NA EXPIRAÇÃO. Constituídos por: fosfolipídios, proteínas e íons. Como se fosse detergente.  GERA TENSÃO/ PRESSÃO FÍSICA QUE NÃO DEIXA O ALVEOLO COLABAR. Inspiração  surge tensão superficial  alvéolo vai fechar quando expira o ar; na expiração gera o Colabamento, como se fosse um balão. O surfactante gera uma pressão/tensão e toda vez que for expirar esse ar, a própria tensão produzida pelo surfactante não deixa o alvéolo colabar. SÃO GOTÍCULAS DE LIPÍDEOS. ALVEOLO NÃO SE FECHA POR COMPLETO  IMPEDE O COLABAR DO ALVEOLO NA EXPIRAÇÃO, OU SEJA, DEVIDO A MÚLTIPLAS CAMADAS DE SURFACTANTE NÃO DEIXA O ALVEOLO SE “GRUDAR”. Surfactante gera uma pressão FÍSICA  NÃO DEIXA ALVÉOLO SE FECHAR POR COMPLETO; IMPEDE O COLABAMENTO. GOTÍCULAS DE LIPÍDEOS  INSPIROU  VAI TODO PARA PERIFERIA DOS ALVÉOLOS. A MEDIDA QUE ESTÁ EXPIRANDO, O ALVÉOLO VAI CONTRAIR, ESSAS GOTÍCULAS DE LIPÍDEOS CONTINUAM NA PERIFERIA, MAS AGORA VAI COMPRIMINDO JUNTO, O QUE ANTES ERA UMA MONOCAMADA, COMEÇA A AUMENTAR O NÚMERO DE CAMADAS (OU SEJA, FECHAR E COMPRIMIR) ATÉ QUE CHEGA A MÁXIMA EXPIRAÇÃO, E O ALVÉOLO ENTÃO NÃO CONSEGUE FECHAR POR COMPLETO. MONTE DE CAMADAS  FAZEM PRESSÃO FÍSICA;

NA FASE INSPIRATÓRIA = UMA CAMADA DE SURFACTANTE; AUMENTA A CONCENTRAÇÃO NA

SUPERFÍCIE

NA FASE EXPIRATÓRIA = COMEÇA A PRENDER O ALVÉOLO, PASSA A TER MÚLTIPLAS CAMADAS

DE SURFACTANTE E MENOR CONCENTRAÇÃO NA SUPERFÍCIE, MAIS CONCENTRADO NO MEIO

DESSE ALVÉOLO

SURFACTANTE: NÃO DEIXAR O ALVÉOLO COLABAR

DEFICIENCIA DE SURFACTANTE

PULMONAR

 Síndrome do desconforte respiratório em recém-nascidos o Causa mais frequente de insuficiente respiratória e de mortalidade no neonato prematuro o Consequência da pouca quantidade de surfactante:  Aumento da tensão superficial alveolar  gera atelectasia (Colabamento do alvéolo)  má ventilação pulmonar – prejuízo da ventilação pulmonar  hipóxia e hipercapnia  acidose metabólica  Gera inflamação pulmonar  Tratamento: o Glicocorticoides (antenatal para mae, antes do nascimento do bebê)  estimulador da produção de surfactante o Surfactante exógeno  Como método de prevenção quando bebe nasce. o Fármacos uterolíticos  Se a gestante começou a entrar em trabalho de parto prematuro: Quebrar as contrações uterinas – para atrasar o trabalho de parto  para dar tempo de o corticoide funcionar e o bebê nascer. GLICOCORTICOIDES NA MATURAÇÃO PULMONAR  Induzir a maturação pulmonar fetal através do estimula da produção endógena de surfactante, não se sabe como o corticoide faz isso;  Corticoide – modula transcrição gênica;

o Antes da 24º não adianta fazer tratamento porque não tem pneumócitos tipo

II

o Após a 34º semana já tem a maturação completa, logo, não justifica a

utilização do corticoide na mãe

o Antes da 24º semana é inútil começar o tratamento porque o pulmão não

responderá ao tratamento, tal como não há evidências de efeitos significativos na maturação pulmonar fetal com tratamento realizado depois da 34º semana de gestação;

o Múltiplos ciclos são indicados, caso a gestante permaneça em risco de parto

antes do termo, após 7 dias da primeira administração do corticoide;

o Curso: tratamento completo de 2 dias de corticoides;

o Inútil tentar acelerar a maturidade pulmonar fetal da 24ª semana já que o

pulmão do concepto não respondera ao tratamento  Porque não possui Pneumócitos tipo II

o Não há evidências de efeitos significativos na maturação pulmonar fetal com

tratamento realizado depois a 34ª semana de gestação  Não tem necessidade; já tem a maturação pulmonar COMPLETA.

o Múltiplos ciclos são indicados, caso a gestante permaneça em risco de parto

antes do termo, após 7 dias da primeira administração do corticoide.  Gestante começou a contração  tem risco de desenvolver parto prematuro  faz corticoide; parou a contração e ficou mais de 7 dias sem ter, DEPOIS DESSES 7 DIAS, voltou a ter contração novamente e ainda está abaixo da 34º semana  indicado fazer um ciclo de corticoide.  Dura em torno de 7 dias da primeira administração  Se passou de 7 dias, faz o tratamento de novo  Gestante com risco de parto prematuro  faz corticoide; parou de ter contrações – recomenda fazer novo ciclo de corticoide.  A mortalidade neonatal é menor quando o parto ocorrer entre 24-48 h, tendo recebido corticoide neonatal

o Por isso, deve fazer tratamento com uterolíticos para tentar segurar o trabalho

de parto o máximo possível, para dar tempo do corticoide fazer efeito, ou seja, atravessar a barreira placentária e chegar no bebê.

o Resultados obtidos com períodos de exposição inferiores a 24 horas ou

superiores a 7 dias não mostraram redução significativa na incidência da SDR  Se faz tratamento e não conseguiu segurar o trabalho de parto, e a mulher teve bebe antes das 24 horas, deve fazer surfactante depois.  Associação com surfactante exógeno após o nascimento pode/agem de modo aditivo no pulmão prematuro

o Depois que o bebê nasce o corticoide ainda fica 7 dias induzindo maturação

pulmonar, se faz surfactante exógeno, potencializa esse efeito.

INDICAÇÕES DE USO

1. 24-34 SEMANAS

a. Toda gestante com risco iminente de trabalho de parto ou parto prematuro (dilatação igual ou superior a 3 cm) nos próximos 7 dias (GRAU RECOMENDAÇÃO 1A)

  1. 34-36 SEMANAS a. Toda gestante com iminente risco de parto prematura nos próximos 7 dias, inclusive cesáreas eletivas (GRAU 2C)
  2. 37-39 semanas a. Não está indicado o uso de corticoide nessa idade gestacional (GRAU 2C) b. NÃO ESTÁ INDICADO (GRAU 2C) c. Baixa incidência de complicações respiratórias Normalmente a partir de 35 semanas, já não se faz o tratamento. De 34-35, pode-se pensar em fazer o tratamento.

EFEITOS PULMONARES

 Aumento da biossíntese e secreção de surfactante – nos bebês;  Maior ramificação das vias aéreas;  Aumento do número de glândulas;  Achatamento das células epiteliais  mais espaço dentro do alvéolo  aumento de volume do espaço aéreo;

o Não oferecem risco de transmissão de doenças ou sensibilização das proteínas do surfactante

EFEITO

REVERTER OS EFEITOS DA DISFUNÇÃO ENDÓGENA NO SISTEMA

RESPIRATÓRIO DO PRÉ-MATURO

o De forma imediata: intenso aumento da oxigenação arterial imediata  DILATA O ALVÉOLO, AUMENTA A DISPONIBILIDADE DO OXIGÊNIO IMEDIATO; o Na primeira hora após a administração: aumento da capacidade residual funcional  ESTABILIZAÇÃO DOS ALVÉOLOS QUE FORAM ABERTOS; o Horas seguintes: redução da distorção da caixa torácica pela diminuição do esforço respiratório  RECRUTAMENTO DE NOVAS ÁREAS ALVEOLARES, E NOVAS TROCAS GASOSAS; o Benefício paralelos: dispensa a necessidade de altas concentrações de oxigenoterapia por longo período; reduz a incidência de pneumotórax, enfisema pulmonar e hemorragia intraventricular; estimula a síntese endógena e diminui o catabolismo (RENOVAÇÃO – QUEBRA PARA NOVOS SURFACTANTES) dos componentes do surfactante endógeno.

Forma/momento de

tratamento:

PODE SER PROFILÁTICO (independente se vai desenvolver ou não a síndrome respiratória, você faz a profilaxia  É UM INTUBAÇÃO  não sabe se desenvolverá a síndrome) – feita nos primeiros 30 minutos após o parto OU TERAPÊUTICO (vai esperar para ver se terá necessidade, espera o bebê responder, se ele desenvolveu, aí sim, você faz o tratamento  tratamento definido após o diagnóstico da síndrome  ESPERA para ver se terá a síndrome). PROFILÁTICO – precoce o Administração é feita nos primeiros 30 minutos após o parto

o É feita em todos os recém-nascido que apresentam risco para desenvolver a síndrome logo após o nascimento com o objetivo de prevenir o aparecimento da doença ou minimizar sua evolução clínica o PREVINIR O APARECIMENTO DA DOENÇA o QUANTO MAIS PREMATURO  DEVE FAZ TRATAMENTO DE TODA FORMA, INDEPENDENTE DE TER FEITO TRATAMENTO CORTICOIDE NA MÃE OU NÃO. o Vantagens evidenciadas principalmente nos pacientes abaixo de 28 semanas o Pacientes com menor incidência e gravidade da insuficiência respiratória, menor mortalidade e menos casos de pneumotórax TERAPÊUTICO – tardio o Tratamento definido após o diagnóstico da síndrome do desconforte respiratório  Precoce  realizado até a 2º hora de vida  Tardio  realizado após a 2º hora de vida o Mais “apropriada” se considerar o custo elevado da droga e que cerca de 30-40% dos recém-nascidos que recebem o surfactante logo após o nascimento, nas estratégias profiláticas, não necessitariam da droga PONTOS RUINS:  O ruim do profilático é que as vezes você faz sem a necessidade porque pode acontecer do bebê não desenvolver, as vezes irá submeter o bebê a irritação do trato respiratório/fazer intubação. ADMINISTRAÇÃO  Instilação direta por intubação endotraqueal  única comprovadamente eficaz  Nebulização  concentração do surfactante alveolar reduzida  É ENDOTRAQUEAL  NEBULIZAÇÃO NÃO CHEGA A CONCENTRAÇÃO ADEQUADA. Representantes:

  1. Survanta
  2. Curosurf
  3. Exosurf
  4. Alveofact