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Fichamento E. K. Hunt. Historia do pensamento econômico: uma perspectiva crítica; Cap II., Resumos de Economia

livro: E. K. Hunt. Historia do pensamento econômico: uma perspectiva crítica; Cap II. 1979 Fichamento de Citação Feito para a disciplina de economia politica, do curso de geografia do instituto federal fluminense, 26/09/19

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 29/09/2019

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Discente :
Disciplina: Economia Política
E. K. Hunt. Historia do pensamento econômico: uma perspectiva crítica; Cap II. 1979
“No início da época mercantilista, quase toda a produção ficava a cargo de trabalhadores que
ainda eram donos de seus próprios meios de produção e os controlavam. O s capitalistas eram,
basicamente, mercadores e seu capital consistia, quase todo, em dinheiro e estoques de mercadorias
a serem vendidas. Portanto, era natural que os autores mercantilistas vissem as trocas ou as
compras e vendas como a fonte dos lucros.” (Pg.01)
Os senhores feudais ainda controlavam, de modo geral, a produção e ficavam com o
excedente. O resultado da troca entre os mercadores e os senhores feudais era uma divisão do
excedente entre os dois grupos. (Pg.01)
Portanto, não foi a incapacidade intelectual ou teórica que fez com que os autores
mercantilistas considerassem a compra e a venda como fonte dos lucros, em vez da produção. S uas
ideias refletiam a realidade econômica da época em que escreveram. (Pg.01)
O capital mercantil gerava lucro quando o preço pelo qual uma mercadoria era
vendida era suficientemente alto para cobrir o preço pago por ela, mais as despesas de manuseio,
armazenagem, transporte e venda da mercadoria e, mais ainda, um excedente sobre esses custos.
Esse excedente era o lucro do mercador. Portanto, compreender os determinantes dos preços pelos
quais as mercadorias eram compradas e vendidas era crucial para compreender os lucros do
mercador. (Pg.02)
A primeira é o “valor” ou “valor natural” das mercadorias – que era, simplesmente, seu preço
real de mercado. A segunda refere-se às forças da oferta e da demanda, que determinavam o valor
de mercado. A terceira é que os autores mercantilistas quase sempre discutiam “valor intrínseco” ou
valor de uso como o fator mais importante na determinação da demanda, sendo, portanto, um
determinante causal importante do valor de mercado. (Pg.02)
Nicholas Barbon, um dos mais importantes autores mercantilistas, resumiu esses três pontos
em seu panfleto intitulado A Discourse on Trade: 1. O preço dos produtos é o valor atual... O mercado
é o melhor juiz do valor; isto porque é com o encontro de compradores e vendedores que a
quantidade dos produtos e a ocasião são mais bem conhecidas: as coisas valem tão somente o preço
pelo qual podem ser vendidas, de acordo com a antiga regra: valet quantum vendi potest. 2. O preço
dos produtos é o valor atual e é obtido calculando-se as ocasiões ou seus usos, com a quantidade
servindo aquela ocasião... É impossível, para o mercador, ao comprar suas mercadorias, saber por
quanto as venderá: seu valor depende da diferença entre a ocasião e a quantidade; embora esta
observação seja a principal preocupação do mercador, o preço depende de tantas circunstâncias, que
é impossível sabê-lo. Portanto, se o excesso de mercadorias tiver baixado o preço, o mercado as
retira até a quantidade ser consumida e opreço subir. 3. O valor de todos os produtos deriva do seu
uso; coisas sem uso algum não têm valor algum. O uso das coisas visa a satisfazer os desejos e
necessidades do homem; a humanidade nasce com dois desejos gerais: os desejos do corpo e os
desejos da mente; para satisfazê-los, tudo o que está sob o Sol torna-se útil, tendo, portanto, um
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Discente : Disciplina: Economia Política E. K. Hunt. Historia do pensamento econômico: uma perspectiva crítica; Cap II. 1979 “No início da época mercantilista, quase toda a produção ficava a cargo de trabalhadores que ainda eram donos de seus próprios meios de produção e os controlavam. O s capitalistas eram, basicamente, mercadores e seu capital consistia, quase todo, em dinheiro e estoques de mercadorias a serem vendidas. Portanto, era natural que os autores mercantilistas vissem as trocas ou as compras e vendas como a fonte dos lucros.” (Pg.01) Os senhores feudais ainda controlavam, de modo geral, a produção e ficavam com o excedente. O resultado da troca entre os mercadores e os senhores feudais era uma divisão do excedente entre os dois grupos. (Pg.01) Portanto, não foi a incapacidade intelectual ou teórica que fez com que os autores mercantilistas considerassem a compra e a venda como fonte dos lucros, em vez da produção. S uas ideias refletiam a realidade econômica da época em que escreveram. (Pg.01) O capital mercantil gerava lucro quando o preço pelo qual uma mercadoria era vendida era suficientemente alto para cobrir o preço pago por ela, mais as despesas de manuseio, armazenagem, transporte e venda da mercadoria e, mais ainda, um excedente sobre esses custos. Esse excedente era o lucro do mercador. Portanto, compreender os determinantes dos preços pelos quais as mercadorias eram compradas e vendidas era crucial para compreender os lucros do mercador. (Pg.02) A primeira é o “valor” ou “valor natural” das mercadorias – que era, simplesmente, seu preço real de mercado. A segunda refere-se às forças da oferta e da demanda, que determinavam o valor de mercado. A terceira é que os autores mercantilistas quase sempre discutiam “valor intrínseco” ou valor de uso como o fator mais importante na determinação da demanda, sendo, portanto, um determinante causal importante do valor de mercado. (Pg.02) Nicholas Barbon, um dos mais importantes autores mercantilistas, resumiu esses três pontos em seu panfleto intitulado A Discourse on Trade: 1. O preço dos produtos é o valor atual... O mercado é o melhor juiz do valor; isto porque é com o encontro de compradores e vendedores que a quantidade dos produtos e a ocasião são mais bem conhecidas: as coisas valem tão somente o preço pelo qual podem ser vendidas, de acordo com a antiga regra: valet quantum vendi potest. 2. O preço dos produtos é o valor atual e é obtido calculando-se as ocasiões ou seus usos, com a quantidade servindo aquela ocasião... É impossível, para o mercador, ao comprar suas mercadorias, saber por quanto as venderá: seu valor depende da diferença entre a ocasião e a quantidade; embora esta observação seja a principal preocupação do mercador, o preço depende de tantas circunstâncias, que é impossível sabê-lo. Portanto, se o excesso de mercadorias tiver baixado o preço, o mercado as retira até a quantidade ser consumida e opreço subir. 3. O valor de todos os produtos deriva do seu uso; coisas sem uso algum não têm valor algum. O uso das coisas visa a satisfazer os desejos e necessidades do homem; a humanidade nasce com dois desejos gerais: os desejos do corpo e os desejos da mente; para satisfazê-los, tudo o que está sob o Sol torna-se útil, tendo, portanto, um

valor... O valor de todos os produtos deriva de seu uso, e seu preço, caro ou barato, deriva de sua abundância e de sua escassez. Os mercadores compravam uma mercadoria em uma região ou em um país em que ela fosse relativamente barata e a vendiam em uma região ou em um país onde ela fosse relativamente cara. A oferta só começava a ser considerada à medida que os mercadores viam que, com certo grau de vontade de comprar uma mercadoria, seu preço seria alto se ela tivesse uma oferta reduzida ou baixo se sua oferta fosse abundante. Era por essa razão que as grandes companhias de comércio procuravam monopólios criados e defendidos pelo Estado. Entretanto, um número maior de mercadores implicaria maior oferta, o que levaria a um preço mais baixo e a menores lucros. A ssim, as grandes companhias de comércio iam muito longe para evitar concorrentes e manter seus privilégios monopolistas. Entre outras medidas tomadas para estimular a indústria naquele período, podemos citar a concessão de patentes de monopólio. A primeira patente importante foi concedida em 1561, no reinado de Elizabeth I. Davam-se direitos demonopólio para estimular as invenções e para criar novas indústrias. Esses direitos eram alvo de grandes abusos, conforme era de se esperar. A lém disso, levavam a um sistema complexo de privilégios e apadrinhamentos especiais e a uma série de outros males, que escandalizavam quase todos os autores mercantilistas, tanto quanto os mesmos abusos escandalizavam os reformadores americanos do fim do século XIX. Os males do monopólio levaram ao Estatuto dos Monopólios de 1624, que colocava fora da lei todos os monopólios, exceto os que envolvessem verdadeiras invenções ou que fossem instrumentos de promoção de um balanço de pagamentos favorável. É claro que essas brechas eram grandes, e os abusos continuaram praticamente sem coibição. Os males do monopólio levaram ao Estatuto dos Monopólios de 1624, que colocava fora da lei todos os monopólios, exceto os que envolvessem verdadeiras invenções ou que fossem instrumentos de promoção de um balanço de pagamentos favorável. O Estatuto dos Artífices (1563) especificava condições de emprego e o tempo do aprendizado, previa avaliações salariais periódicas e estabelecia salários máximos a serem pagos aos operários. Esse estatuto era importante, porque ilustrava o fato de que a ética paternalista da Coroa nunca levou a qualquer tentativa de elevar o status das classes trabalhadoras. As “Leis dos Pobres”, aprovadas em 1531 e 1536, procuraram enfrentar os problemas do desemprego, da pobreza e da miséria, generalizados na Inglaterra. À medida, porém, que o capitalismo foi se desenvolvendo, duas novidades econômicas foram tornando a visão mercantilista insatisfatória para as necessidades do novo sistema e para a maioria dos capitalistas importantes da época. Primeiro, apesar dos esforços das grandes companhias de comércio para manter seus monopólios, a difusão do comércio e o aumento da concorrência (principalmente dentro dos próprios Estados-nação) foram continuamente diminuindo as diferenças relativas de preços entre as diversas regiões e nações. Isso reduziu os lucros que poderiam ser auferidos pelo simples aproveitamento dessas diferenças de preços.

levariam ao empobrecimento da classe proprietária de terras e à ascensão da classe capitalista. Mudanças sociais que exigem a remoção de uma classe dominante por outra não podem ser alcançadas por meio de reformas. Por exemplo, em determinado ano, o setor agrícola produz 5 bilhões. 36 O setor industrial produz um bilhão. O produto bruto é de 6 bilhões. Um bilhão vai imediatamente substituir o ativo durável usado pela agricultura na produção, deixando um produto líquido de 5 bilhões. A pós o recebimento de sua renda pela classe dos proprietários de terras, o Tableau prosseguia com uma longa lista de transações que mostravam como os produtos dos setores agrícola e industrial eram distribuídos ou alocados e como era necessário haver a perfeita circulação da moeda para essa alocação. No fim de todo o processo, se as transações fossem agregadas, veríamos que a economia voltaria ao seu estado inicial.