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Guias e Dicas
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Calor e Sistemas Termodinâmicos: Equações e Processos, Resumos de Física

Documento que apresenta conceitos básicos de calor sensível, calor interno de um gás ideal monoatômico e diatômico, trabalho realizado por um sistema gasoso, processos termodinâmicos isotérmico e isocórnico, e capacidade térmica. Inclui equações e relações importantes.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 14/08/2020

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washington-willian-ribeiro-10 🇧🇷

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bg1
T
ERMODINÂMICA
T
ERMOMETRIA
T
EMPERATURA
(T)
A
T
EMPERATURA
de um corpo indica, indiretamente, a energia térmica (ou energia interna, U)
associada à estrutura interna desse corpo
U
NIDADE DE
T
(
)
(
)
SIK1Tu =
(kelvin)
Outras unidades:
grau Celsius:
(
)
C1Tu
o
=
grau Fahrenheit:
(
)
F1Tu
o
=
grau Réaumur:
(
)
Re)ou(R1Tu
oo
=
C
ONVERSÃO ENTRE DUAS ESCALAS TERMOMÉTRICAS ARBITRÁRIAS
1
Y
2
Y1
YY
1
X
2
X1
XX
TT
TT
TT
TT
=
T
Y1
T
Y
T
Y2
T
X1
T
X
T
X2
o
X
o
Y
pf3
pf4
pf5
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pfa
pfd
pfe
pff
pf12
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TERMODINÂMICA

TERMOMETRIA

TEMPERATURA (T)

A TEMPERATURA de um corpo indica, indiretamente, a energia térmica (ou energia interna, U)

associada à estrutura interna desse corpo

UNIDADE DE T

u (T ) = 1 K( SI)(kelvin)

Outras unidades:

  • grau Celsius: u ( T) 1 C

o

  • grau Fahrenheit: u ( T) 1 F

o

  • grau Réaumur: u (T ) 1 R(ou Re)

o o

CONVERSÃO ENTRE DUAS ESCALAS TERMOMÉTRICAS ARBITRÁRIAS

1

Y 2

Y

1

Y Y

1

X 2

X

1

X X

T T
T T
T T
T T
T

Y 1

T

Y

T

Y 2

T

X 1

T

X

T

X 2

o X

o Y

APLICAÇÕES
(1) CONVERSÃO ENTRE AS ESCALAS FAHRENHEIT E CELSIUS
T 32
T 0

C F

portanto,

5 (T 32 )
T

F C ⋅ − =

T

F

T

C

o C o F

(2) CONVERSÃO ENTRE AS ESCALAS CELSIUS E KELVIN
T 273 , 15
T 0

C K

portanto,

T T 273 , 15

K C = +

T

K

T

C

o C K

(3) CONVERSÃO ENTRE AS ESCALAS RÉAUMUR E CELSIUS
T 0
T 0

C R

portanto,

5 T
T

R C ⋅ =

T

R

T

C

o C o R

(3) ENTRE AS ESCALAS RÉAUMUR E CELSIUS
T
T

C R

portanto,

5 T
T

R C ⋅∆ ∆ =

o C o R

∆T

C ∆T R

CALORIMETRIA

CALOR (Q)

Energia térmica trocada entre dois ou mais sistemas.

UNIDADE DE Q

u ( Q) = 1 J( SI)

outras unidades:

caloria: 1 cal≅ 4 , 18 J

British Thermal Unit: 1 BTU≅ 1055 , 06 J

EQUILÍBRIO TÉRMICO (PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA TERMODINÂMICA)

As temperaturas de dois ou mais sistemas tendem à igualdade quando estes sistemas são

colocados em presença mútua no interior de um calorímetro.

T A i

Q T

B i

TA f = T eq TB f = T eq

i

B i

A T (^) > T f eq

B f

A T (^) =T =T

PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS TROCAS DE CALOR

Quando dois ou mais sistemas, a temperaturas diferentes, colocados em presença no interior de

um recipiente termicamente isolado do meio exterior, trocam calor entre si, a soma das

quantidades de calor cedidas por alguns desses sistemas é igual à soma das quantidades de

calor recebidas pelos demais sistemas.

Q (^) rec + Qced= 0 ∑ ∑

CALOR SENSÍVEL

Um sistema que recebe (ou cede) certa quantidade, mantendo seu estado físico (fase) sofre uma

VARIAÇÃO SENSÍVEL em sua temperatura.

Denomina-se CALOR SENSÍVEL o calor recebido (ou cedido) por sistema cujo único efeito é o da

VARIAÇÃO SENSÍVEL na temperatura desse sistema

EQUAÇÃO DO CALOR SENSÍVEL
  • Se

T

Q
C

= , então Q = C⋅∆T;

  • por outro lado, se

m

C

c = , então C = m⋅c;

  • concluindo,

Q = m⋅c⋅∆ T (Equação do calor sensível)

CONVENÇÕES DOS SINAIS ALGÉBRICOS PARA AS TROCAS DE CALOR
CALOR RECEBIDO
Q > 0
∆T > 0
CALOR CEDIDO
Q < 0
∆T < 0

CALOR ESPECÍFICO MOLAR ( (^) c′ )

O CALOR ESPECÍFICO MOLAR de um sistema é igual à capacidade térmica por número de moles do

sistema.

n

C

c ′=

UNIDADE DE c′

( )

( )

( )

( SI) mol K

J

un

uC u c ⋅

outras unidades:

mol C

J

o ⋅

ou mol C

cal 1 o ⋅

ou mol F

cal 1 o ⋅

ou mol F

BTU

o ⋅

etc.

RELAÇÃO ENTRE c E c′ :

  • c m C

m

C

c (^) = ⇒ ⋅ = ;

  • c n C

n

C

c ′ = ⇒ ′⋅ =.

  • logo, c ′ (^) ⋅n=c⋅m,
  • ou seja,

n

m c ′ =c⋅ ;

  • no entanto, M

n

m

M

m n = ⇒ = ;

  • concluindo: c ′^ =c⋅M ou M

c c

Q > 0 ∆T > 0

Q < 0 ∆T < 0

PRESSÃO (p)

Dada uma força que age perpendicularmente sobre uma superfície, define-se PRESSÃO como a

razão entre o módulo da força aplicada F e a área da superfície A.

A
F

p =

F

(distribuição de forças )

A

(área superficial )

UNIDADES DE p

( )

( )

( )

1 Pa( SI) m

N

1 m

1 N

uA

uF u p 2 2 = = = = (pascal)

Outras unidades:

  • atmosfera: 1 atm 1 , 01 10 Pa

5 ≅ ×

  • mm de mercúrio (ou torricelli): 1 mmHg= 1 torr≅ 133 , 32 Pa
  • bar: 1 bar 10 Pa

5

UNIDADES DE V

u ( V) 1 m (SI )

3 = (metro cúbico)

Outras unidades:

  • litro:

3 3 1 10 m

− l = ou

3 3 10 l= 1 m

  • decímetro cúbico:

3 3 3 1 dm 1 10 m

− = l^ = ou

3 3 3 3 10 dm = 10 l= 1 m

  • centímetro cúbico:

3 3 3 3 6 3 1 cm 10 dm 10 10 m

− − − = = l = ou

6 3 3 3 3 3 10 cm = 10 dm = 10 l= 1 m

  • milímetro cúbico:

3 6 3 6 9 3 1 mm 10 dm 10 10 m

− − − = = l = ou

9 3 3 3 3 3 10 mm = 10 dm = 10 l= 1 m

NÚMERO DE AVOGADRO (NA)

O NÚMERO DE AVOGADRO é igual ao número de partículas (átomos ou moléculas) existentes em

um átomo-grama (ou molécula-grama) de qualquer substância química.

N 6 , 02 10 partículas

23 A ≅ ×

MOL

1 mol 1 N 6 , 02 10 partículas

23 = A ≅ ×

NÚMERO DE MOLES (n)

Seja N o número de partículas que compõem determinada porção de matéria; este valor pode

ser expresso, de modo mais conveniente, em termos do correspondente NÚMERO DE MOLES de

partículas: A N = n⋅N ; isto é,

A

N
N

n =

MASSA MOLAR (M)

MASSA MOLAR é a massa-padrão associada a 1 mol de determinada substância química.

Consequentemente, se um corpo de massa m é composto por n moles de partículas de

determinada substância química, podemos concluir que: m^ =^ n⋅M, isto é,

M

m n =

UNIDADES DE M

Se M

m n = , então n

m M = , logo:

( )

( )

( )

( SI) mol

kg 1 1 mol

1 kg

u n

u m u M= = = (quilograma por mol)

Outra unidade:

  • grama por mol: (^ )^ mol

kg 10 mol

g u M 1

− 3 = =

GÁS IDEAL MONOATÔMICO

Gás ideal que apresenta apenas 1 (um) átomo por molécula.

Os gases ideais monoatômicos são representados quimicamente pelo grupo dos GASES NOBRES:

  • HÉLIO (He);
  • NEÔNIO (Ne);
  • ARGÔNIO (Ar);
  • CRIPTÔNIO (Kr);
  • XENÔNIO (Xe);
  • RADÔNIO (Ra).

Estes são os gases cujo comportamento mais se aproxima do modelo de um gás ideal. Daí a

importância de seu estudo para a compreensão de sistemas mais complexos.

ENERGIA INTERNA DE UM GÁS IDEAL MONOATÔMICO
  • A uma porção limitada de gás ideal monoatômico está associada uma ENERGIA INTERNA MÉDIA

U equivalente à energia cinética média de translação das partículas;

  • considerando n moles de gás ideal monoatômico, a cada componente de velocidade está

associada uma energia cinética de translação média (média estatística) diretamente

proporcional à temperatura absoluta (T, em K) do sistema e igual a:

nR T 2

  • e como, no espaço tridimensional há, obviamente, apenas 3 direções independentes para o

movimento de translação (GRAUS DE LIBERDADE DE TRANSLAÇÃO), concluímos que a ENERGIA

INTERNA DE UM GÁS IDEAL MONOATÔMICO é dada por:

nR T 2

Umono = ⋅ ⋅

v

x

v

y

v

z

TRANSLAÇÃO:

3 GRAUS DE LIBERDADE

GÁS IDEAL DIATÔMICO

Gás ideal que apresenta 2 átomos por molécula.

Os gases ideais diatômicos são representados quimicamente por substâncias tais como:

• GÁS HIDROGÊNIO (H 2 );
• GÁS OXIGÊNIO (O 2 );
• GÁS NITROGÊNIO (N 2 );
  • MONÓXIDO DE CARBONO (CO) etc.

Para estes gases, cujo comportamento já apresenta desvios significativos em relação àquele

previsto no modelo do gás ideal, devem ser levados em consideração, no cálculo de sua energia

interna U, não somente os movimentos de translação de suas moléculas, mas também os GRAUS

DE LIBERDADE DE ROTAÇÃO no espaço tridimensional.

ENERGIA INTERNA DE UM GÁS IDEAL DIATÔMICO
  • Uma molécula de gás ideal diatômico possui 3 GRAUS DE LIBERDADE DE TRANSLAÇÃO e,

portanto, a isto corresponde uma parcela de sua energia interna: nR T 2

U 3

transl

  • no entanto, cada uma dessas moléculas apresenta ainda mais 2 GRAUS DE LIBERDADE DE

ROTAÇÃO: nR T 2

U 2

rot

  • concluímos então, que as moléculas de um gás ideal diatômico possuem, no total, 5 GRAUS

DE LIBERDADE e, portanto, sua ENERGIA INTERNA é dada por:

nR T 2

Udiat = ⋅ ⋅

v x

v y

v z

TRANSLAÇÃO / ROTAÇÃO:

5 GRAUS DE LIBERDADE

ω y

ω z

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

TRABALHO ASSOCIADO A UM SISTEMA GASOSO IDEAL

Consideremos uma certa porção de gás confinado em um

cilindro termicamente isolado, dotado de um êmbolo

móvel (pistão). Suponhamos, inicialmente, que o gás

encontre-se em expansão, de modo a empurrar o êmbolo

para o exterior, sob velocidade constante.

  • Neste caso, o gás exerce uma componente

perpendicular de força F

r

sobre a superfície do

êmbolo.

  • Após um deslocamento infinitesimal do êmbolo, dx

r , o sistema gasoso terá realizado um

trabalho: dW = F⋅dx;

  • no entanto, a força F

r

é aplicada sobre a superfície S do êmbolo, exercendo a pressão

S
F

p = ;

  • a partir daí concluímos que F = p⋅S;
  • combinando, então, o resultado anterior com a equação do trabalho, temos dW = p⋅S⋅dx;
  • no entanto, a expressão S ⋅ dx corresponde ao volume do cilindro ocupado sucessivamente

pelo êmbolo: (^) dV = S⋅dx (recordemos, da Geometria, a fórmula do volume do cilindro:

Vcilindro = Abase⋅ h);

v = cte dx

dV

S

h

  • concluindo, temos o trabalho elementar realizado por um sistema gasoso:

dW =p⋅ dV

F

êmbolo

pistão

v = cte

  • finalizando, podemos, agora, calcular o trabalho realizado pelo sistema gasoso ao deslocar o

êmbolo da posição inicial (correspondente ao volume inicial V 0 ) para a posição final

(correspondente ao volume final V ):

V

V 0

W p dV

SINAIS ALGÉBRICO DO TRABALHO REALIZADO POR UM SISTEMA GASOSO

Como consequência das definições anteriores, obtemos a seguinte convenção para os sinais

algébricos atribuídos ao trabalho associado a um sistema gasoso.

TRABALHO REALIZADO PELO SISTEMA GASOSO: W^ >^0
TRABALHO SOFRIDO PELO SISTEMA GASOSO: W^ <^0

(3) PROCESSO ISOMÉTRICO OU ISOCÓRICO ( V = cte)

  • O trabalho realizado é dado por:

0

0

V

V

W pdV 0 ;

  • logo, W = 0.
CAPACIDADES TÉRMICAS DE UM SISTEMA GASOSO
(1) CAPACIDADE TÉRMICA A VOLUME CONSTANTE DE UM GÁS IDEAL

Se um sistema gasoso é mantido a volume constante (por exemplo, impedindo-se o movimento

do êmbolo do pistão):

  • então, o trabalho envolvido é nulo: W p dV 0

0

0

V

V

  • portanto, considerando a primeira lei da Termodinâmica, obtemos: (^) Q = ∆U+ 0 ,
  • ou seja, Q (^) = ∆U;
  • no entanto, Q C T v = ⋅∆ e, dado um gás ideal monoatômico, n R T 2
∆U = ⋅ ⋅∆ ;
  • combinando os resultados anteriores, obtemos: n R T 2

Cv ⋅ ∆T= ⋅ ⋅∆ ;

  • concluindo:

n R 2

C

mono v =^ ⋅.

(CAPACIDADE TÉRMICA A VOLUME CONSTANTE DE UM GÁS IDEAL MONOATÔMICO)
  • Analogamente, para um gás ideal diatômico: (^) nR T

2

Cv ⋅ ∆T= ⋅ ⋅∆ ;

  • logo:

n R 2

C

diat v =^ ⋅.

(CAPACIDADE TÉRMICA A VOLUME CONSTANTE DE UM GÁS IDEAL DIATÔMICO)
(2) CAPACIDADE TÉRMICA A PRESSÃO CONSTANTE DE UM GÁS IDEAL

Se um sistema gasoso é mantido sob pressão constante ( p = cte):

  • então, o trabalho realizado é dado por :

V

V

V

V (^00)

W p dV p dV p V;

  • considerando a primeira lei da Termodinâmica, obtemos: Q = ∆U+p⋅∆V,
  • no entanto, Q C T p = ⋅∆ e, dado um gás ideal monoatômico, nR T 2
∆U = ⋅ ⋅∆ ;
  • no entanto, a lei dos gases ideais prevê que: (^) p ⋅ ∆V=n⋅R⋅∆T;
  • combinando os resultados anteriores, obtemos: n R T n R T

2

C T

p ⋅^ ∆ = ⋅ ⋅∆ + ⋅ ⋅∆

  • concluindo: n R nR

2

C

mono p = ⋅ + ⋅ , ou seja:

n R 2

C C n R

mono v

mono p =^ + ⋅ = ⋅.

(CAPACIDADE TÉRMICA A PRESSÃO CONSTANTE DE UM GÁS IDEAL MONOATÔMICO)
  • Analogamente, para um gás ideal diatômico: nR T

2

C T

v ⋅^ ∆ = ⋅ ⋅∆

  • logo:

n R 2

C C n R

diat v

diat p

(CAPACIDADE TÉRMICA A PRESSÃO CONSTANTE DE UM GÁS IDEAL DIATÔMICO)