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Guias e Dicas
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fisiologia da contratilidade uterina, Resumos de Obstetrícia

contração do músculo liso, determinismo do parto

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 21/09/2021

maria-zamban
maria-zamban 🇧🇷

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Contratilidade Uterina
- o músculo liso multiunitário do útero se
transforma em músculo liso unitário nos
estágios finais da gestação
- músculo liso multiunitário células não
ligadas eletricamente (cada células funciona
de maneira independente)
- músculo liso unitário ou visceral células
conectadas eletricamente (junções comun.)
e contraem como uma unidade coordenada
- genes que codificam as proteínas conexinas
das junções são ativados por hormônios da
gestação
- a adição de junções comunicantes permite
sincronia dos sinais elétricos para contração +
eficaz do miométrio no trabalho de parto
- o músculo liso é formado por células
fusiformes pequenas e mononucleadas
- os elementos contráteis não estão
organizados em sarcômeros
- o Ca2+ necessário para a contração é
proveniente do líquido extracelular e do
retículo sarcoplasmático
- o músculo liso não tem troponina o Ca2+
inicia uma cascata que termina com a
fosforilação da cadeia leve da miosina e a
ativação da miosina-ATPase
- sua força é criada pelas ligações cruzadas
entre actina e miosina interação entre os
filamentos deslizantes
Músculo Liso
- as células musculares lisas são fusiformes,
alongadas e mononucleadas
- têm corpos densos aderidos à face
citoplasmática da MP e estrias longitudinais
que são associações de miofilamentos
- do músculo estriado não tem estriações
transversais no sarcoplasma ausência de
sarcômeros
- se comunicam entre si através de junções
comunicantes que facilitam a sincronia do
miométrio na condução dos estímulos
- há pouca junções no miométrio de mulheres
não grávidas no início da gestação
aumentam em tamanho e nº perto do termo
- o fator que estimula o desenvolvimento das
junções comunicantes que culminarão no
parto é o aumento de estrogênio
- o processo de expressão das junções
comunicantes é essencial ao entendimento
do determinismo do parto
Estrutura do Músculo
- o citoplasma perinuclear dos
miócitos na região adjacente
aos polos nucleares grande
quantidade de:
mitocôndrias
aparelho de Golgi
REL e REE
inclusões (glicogênio)
extensa rede de filamentos
finos e grossos
Filamentos Finos
- são composto de actina associados a
tropomiosina
- não possuem troponina como no músculo
estriado
- seu componente principal é a actina-F
(fibrilar) um polímero com várias actina-G
- cada actina-G (globular) possui um local
ativo para ligação com a cabeça de miosina
- duas cadeias de actina-F estão enroladas
uma na outra formando uma hélice
- ao longo da hélice duas depressões
ocupadas por moléculas de tropomiosina
- essa encobre os locais de ligação para a
miosina na molécula de actina
Filamentos Grossos
- cada um é composto por 200 a 300
moléculas de miosina
- cada molécula de miosina é composta por
2 cadeias pesadas e 2 pares de cadeias leves
- cadeias pesadas = cabeças globulares +
caudas helicoidais enroladas
- a cauda helicoidal faz parte do arcabouço
do miofilamento e transmite a força
produzida na cabeça globular
- a cabeça possui: um sítio ATPase, um sítio
para ligação com a actina e um par de
miosina de cadeia leve (MLC)
- para cada cadeia pesada há 1 cadeia leve
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Contratilidade Uterina

  • o músculo liso multiunitário do útero se transforma em músculo liso unitário nos estágios finais da gestação
  • músculo liso multiunitário → células não ligadas eletricamente (cada células funciona de maneira independente)
  • músculo liso unitário ou visceral → células conectadas eletricamente (junções comun.) e contraem como uma unidade coordenada
  • genes que codificam as proteínas conexinas das junções são ativados por hormônios da gestação
  • a adição de junções comunicantes permite sincronia dos sinais elétricos para contração + eficaz do miométrio no trabalho de parto
  • o músculo liso é formado por células fusiformes pequenas e mononucleadas
  • os elementos contráteis não estão organizados em sarcômeros
  • o Ca2+^ necessário para a contração é proveniente do líquido extracelular e do retículo sarcoplasmático
  • o músculo liso não tem troponina → o Ca2+ inicia uma cascata que termina com a fosforilação da cadeia leve da miosina e a ativação da miosina-ATPase
  • sua força é criada pelas ligações cruzadas entre actina e miosina → interação entre os filamentos deslizantes

Músculo Liso

  • as células musculares lisas são fusiformes, alongadas e mononucleadas
  • têm corpos densos aderidos à face citoplasmática da MP e estrias longitudinais que são associações de miofilamentos
  • ≠ do músculo estriado não tem estriações transversais no sarcoplasma → ausência de sarcômeros
  • se comunicam entre si através de junções comunicantes que facilitam a sincronia do miométrio na condução dos estímulos
  • há pouca junções no miométrio de mulheres não grávidas no início da gestação → aumentam em tamanho e nº perto do termo
  • o fator que estimula o desenvolvimento das junções comunicantes que culminarão no parto é o aumento de estrogênio
  • o processo de expressão das junções comunicantes é essencial ao entendimento do determinismo do parto

Estrutura do Músculo

  • o citoplasma perinuclear dos miócitos – na região adjacente aos polos nucleares – há grande quantidade de: ● mitocôndrias ● aparelho de Golgi ● REL e REE ● inclusões (glicogênio) ● extensa rede de filamentos finos e grossos Filamentos Finos
  • são composto de actina associados a tropomiosina
  • não possuem troponina como no músculo estriado
  • seu componente principal é a actina-F (fibrilar) → um polímero com várias actina-G
  • cada actina-G (globular) possui um local ativo para ligação com a cabeça de miosina
  • duas cadeias de actina-F estão enroladas uma na outra formando uma hélice
  • ao longo da hélice há duas depressões ocupadas por moléculas de tropomiosina
  • essa encobre os locais de ligação para a miosina na molécula de actina Filamentos Grossos
  • cada um é composto por 200 a 300 moléculas de miosina
  • cada molécula de miosina é composta por 2 cadeias pesadas e 2 pares de cadeias leves
  • cadeias pesadas = cabeças globulares + caudas helicoidais enroladas
  • a cauda helicoidal faz parte do arcabouço do miofilamento e transmite a força produzida na cabeça globular
  • a cabeça possui: um sítio ATPase, um sítio para ligação com a actina e um par de miosina de cadeia leve (MLC)
  • para cada cadeia pesada há 1 cadeia leve

Filamento Intermediário e Corpo Denso

  • as forças contráteis são reforçadas por um sistema adicional → filamentos intermediários
  • corpos densos
  • os filamentos intermediários juntamente com o finos se inserem nos corpos densos formados por actina-α
  • os corpos densos localizados no citoplasma adjacente ao sarcolema funcionam parecido com os discos Z do m. estriado
  • a força de contração pela associação dos miofilamentos + corpos densos + filamentos intermediários → encurta e torce a célula
  • o encurtamento e torção ocorrem ao longo do eixo longitudinal
  • o miócito também contém retículo sarcoplasmático → armazena e libera Ca2+^ intracelular

Contração do Músculo Liso

  • depende do cálcio mas o mecanismo de controle é ≠ do músculo estriado pela ausência de troponina na actina
  • a molécula de miosina tem configuração ≠ pois seu sítio de ligação p/ actina está encoberto pela cauda de miosina
  • o m. liso contém duas miosinas de cadeia leve (MLC)→ a essencial e a regulatória
  • a regulatória é fosforilada pela miosina de cadeia leve quinase (MLCK) → uma proteína dependente do complexo Ca2+-calmodulina
  • portanto a sua fosforilação é uma atividade ATPase
  • o ↑ da [ ] do complexo Ca2+-CaM pela entrada de Ca2+^ na célula induz a atividade da MLCK → hidrolisa o ATP e fosforila a MLC regulatória
  • a fosforilação produz mudança conformacional na cabeça da miosina → expande o sítio de ligação p/ actina
  • além disso a caída é liberada de sua ligação com a cabeça
  • a ↑[ ] de Ca2+-CaM se liga à proteína caldesmon que remove a tropomiosina que está obstruindo os sítios de ligação na actina
  • assim ocorre a ligação actina-miosina
  • a Cald substitui a troponina no m. liso Resumo da contração: ● ↑[ ] de Ca2+^ intracelular que vem do meio extracelular ou do retículo sarcoplasmático ● ligação Ca2+-CaM → desdobra e ativa a MLCK ● MLCK fosforila a MLC causando: → liberação da cauda de miosina de sua ligação com a cabeça → alteração na cabeça da miosina que expõe o sítio de ligação p/ actina → formação de pontes cruzadas actina- miosina → estimula a atividade ATPase ● antes da formação da ponte cruzada a tropomiosina sofre mudança conformacional pela ação da Cald (Ca2+-CaM) ● miofilamentos + filamentos intermediários + corpos densos ● então ocorre o encurtamento da fibra no eixo longitudinal Contratilidade Uterina
  • participam da mecânica do parto o concepto, a bacia obstétrica (canal de parto) e o motor (contrações uterinas)
  • o evento da contratilidade uterina rítmica só ocorre após modificações significativas no miométrio → hipertrofia e hiperplasia
  • as fibras de m. liso do miométrio estão dispostas em feixes e envoltas por uma matriz de TC com fibras de colágeno
  • a MEC facilita a transmissão das forças contráteis geradas pelos feixes musculares
  • a unidade geradora de contração no útero é o complexo entre actina e miosina

Unidade Contrátil Miometrial

  • a contração uterina depende da interação entre actina-miosina modulada pela ação da enzima quinase da cadeia leve (MLCK)
  • a MLCK é influenciada por Ca2+, calmodulina e AMP cíclico (inibidor)
  • MLCK → forforilação da cadeia leve de miosina (MLC) → forma pontes cruzadas
  • os 3 sistemas reguladores da MLCK estão interrelacionados e respondem a ações hormonais e farmacológicas
  • a progesterona (principal hormônio da gravidez) causa ligações de Ca2+^ no RS → ↓Ca2+^ livre no citosol
  • assim eleva o limiar necessário para excitar a fibra miometrial
  • isso torna o útero quiescente → bloqueio progestagênico
  • pelo contrário as prostaglandinas alteram a permeabilidade da MP → ↑ fluxo de cálcio - ↑[ ] de Ca2+^ intracelular
  • portanto favorece a contração miometrial
  • além disso as células do miométrio se

comunicam através de junções gap →

facilitam a sincronia e transmissão de estímulo

  • as junções comunicantes aumenta em nº ao longo da gestação por influência principal do estrogênio
  • entre as características das fibras miometriais estão a ↓ sensibilidade a dor, excitabilidade, elasticidade, tonicidade e contratilidade

Determinismo do Parto Hormônio Liberador de Corticotrofina

  • a época do parto está relacionada ao desenvolvimento da placenta
  • principalmente com a expressão do gene que regula a produção do CRH sintetizado pelo trofoblasto CRH na mãe
  • o CRH placentário circula no plasma materno → se eleva a medida que a gestação avança (máximo no parto)
  • tem-se então a teoria do “relógio” placentário
  • em mulheres com parto pré-termo o aumento exponencial é mais rápido e nas pós-termo mais lento
  • os corticoides aceleram a expressão do gene CRH → sua produção pela placenta
  • CRH → hipófise → ACTH (corticotrofina) → age no córtex da suprarrenal → CORTISOL
  • além do cortisol a DHEA (deidroepiandrosterona) para síntese de estrogênios placentários CRH no feto
  • além da circulação materna o CRH placentário atinge a circulação fetal
  • estimula a hipófise fetal a produzir ACTH → síntese de cortisol pela suprarrenal → amadurecimento dos pulmões
  • o aumento do cortisol causa feedback + sobre a produção de CRH pela placenta
  • o amadurecimento do pulmão fetal → surfactante e fosfolipídios (responsáveis por ações pró-inflamatórias)
  • a partir deles há aumento da produção de PGs pelas membranas fetais e pelo miométrio → podem determinar a contração miometrial
  • o CRH pode estimular a esteroidogênese (DHEA) para produção de estrogênios pela placenta
  • esses aumentam o número de junções gap nas células miometriais e melhoram a condução dos sinais elétricos
  • assim as contrações uterinas tornam-se regulares

Via de Ativação Miometrial

Participação Fetal

  • crescimento do útero por ação dos estrogênios na gestação → ↑ espaço para desenvolvimento do feto
  • no final da gestação quando não há + crescimento o aumento da tensão nas paredes uterinas sinaliza para o início do parto
  • a distensão do miométrio (estiramento) determina a contração
    • pela secreção de CRH → ACTH → cortisol → maturação pulmonar → surfactante A no líquido amniótico promove inflamação
    • essa inflamação é pbservada nas membranas fetais, no colo e no miométrio
    • esse processo inflamatório (COX-2 e IL- 8 ) é uma das teorias para início do parto Ativação do Âmnio
    • o contato do âmnio com o líquido amniótico faz com que tenha acesso ao surfactante A, fosfolipídios e citocinas inflamatórias
    • essas elevam a atividade da COX-2 (ciclo- oxigenase 2) e a produção de PGE 2 no âmnio e PGF no miométrio
    • essas PGs medeiam a liberação de metalo- proteinases que enfraquecem as membranas fetais que se rompem Amadurecimento Cervical
    • precede o início das contrações pela alteração de sua estrutura para uma amolecida e distensível
    • a [ ] de colágeno diminui e os glicosamino- glicanos na MEC são substituídos por ácido hialurônico
    • é processo inflamatório conduzido por macrófagos e neutrófilos que infiltram a cérvix perto do termo
    • também são produzidas metaloproteinases que digerem as proteínas da MEC Prostaglandinas
    • as PGs são produzidas pelo miométrio e pelas membranas fetais (âmnio)
    • a liberação do ácido araquidônico (AA) dos fosfolipídios constituintes de todas as membranas celulares é a inicia a síntese das PG
    • essas interagem com os receptores locais ou, por difusão, alcançam o miométrio
    • nas membranas, as PGs ativam e promovem a degeneração do colágeno, favorecendo a sua ruptura
    • atuam em receptores específicos
    • a PGF2α estimula a contração uterina pela produção de IP3 e a conseguinte liberação de cálcio do RS
    • a ação da PGE2 no miométrio é complexa, em virtude da existência de quatro receptores: dois estimulantes dois relaxantes
    • a sinalização da PGE2 por estimulantes estimula a liberação de cálcio via IP
    • enquanto os relaxantes ativam a adenilatociclase
    • a ativação da cAMP pela adenilatociclase é uma das vias principais de relaxamento do músculo liso
    • a expressão dos receptores de PG varia de acordo com o estágio da gravidez, e o nível

ou o tipo de receptor dita o grau de quiescência ou de contratilidade uterina Retirada da Progesterona

  • a progesterona desempenha papel fundamental no desenvolvimento do endométrio por possibilitar a implantação
  • posteriormente mantém o miométrio quiescente – bloqueio progesterônico.
  • uma característica da gravidez humana é que o nível da progesterona circulante não cai com o início do parto
  • tem-se diversos tipos de receptores da progesterona (A, B e C)
  • o receptor B é o mais comum e medeia as ações da progesterona;
  • os receptores variantes A e C funcionam como repressores da função do receptor B da progesterona
  • com o início do parto, a proporção dos receptores A, B e C se altera de modo a constituir mecanismo de retirada da progesterona Papel da ocitocina
  • a ocitocina não tem papel atuante no determinismo do parto
  • sua participação é importante no período expulsivo e no secundamento,
  • o estímulo da dilatação cervical ocasiona a sua secreção em pulsos pela neuro-hipófise materna
  • a [ ] de ocitocina não aumenta com a proximidade do parto→ os receptores de ocitocina no miométrio sofrem acréscimo
  • isso se deve provavelmente à ação dos estrogênios.
  • a ação da ocitocina no miócito é mediada pela ativação do receptor de ocitocina (OTR) proteína-G acoplado
  • a ligação da ocitocina ao OTR na membrana plasmática dissocia subunidades da proteína-G, o que acaba por liberar IP
  • o IP3 então mobiliza o Ca2+^ armazenado no retículo sarcoplasmático Inflamação e início do parto
  • o aumento nos fatores inflamatórios (COX- 2 e interleucina- 8 ) se constituem em eventos iniciais para a progressão do parto ativo Papel das membranas fetais
  • o papel das membranas fetais (amniocório) como sinalizador do determinismo do parto tem sido pouco investigado
  • a senescência, particularmente do âmnio, é acelerada no termo da gravidez (estresse oxidativo + crescente estiramento)
  • o envelhecimento das células das membranas fetais está relacionado ao fenótipo secretor associado à senescência (SASP) e à liberação pró-inflamatória do padrão molecular associado à lesão (DAMP)
    • o incremento da carga inflamatória das membranas degrada o balanço homeostático de transição dos tecidos maternos quiescentes levando a um fenótipo do parto.
    • a senescência das membranas fetais também contribui para a parturição humana