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Fisiologia do Esporte do Exercício, Notas de aula de Fisiologia

Fisiologia do Esporte do Exercício

Tipologia: Notas de aula

2025

Compartilhado em 05/07/2025

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ana-lima-po2 🇧🇷

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Universidade Federal Da Paraíba
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Ciências Biomédicas
Relatório de Atividades de Campo: Impacto da Pressão Arterial no
Contexto de Exercício Físico
Alice Maximo B. de Moura (20220130968), Amanda Martins de O. Gomes
(20220130841), Ana Maria Moura R. de Lima (20220130940), Vivian Bianca Q. da
Silva (20220141460) e Yasmim O. de Albuquerque (20220113395).
Docente: Vinicius Jose Baccin Martins
João Pessoa
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Universidade Federal Da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Departamento de Ciências Biomédicas

Relatório de Atividades de Campo: Impacto da Pressão Arterial no

Contexto de Exercício Físico

Alice Maximo B. de Moura (20220130968) , Amanda Martins de O. Gomes (20220130841), Ana Maria Moura R. de Lima (20220130940), Vivian Bianca Q. da Silva (20220141460) e Yasmim O. de Albuquerque (20220113395). Docente: Vinicius Jose Baccin Martins João Pessoa

Março de 2025 1.INTRODUÇÃO A prática regular de exercícios físicos tem sido amplamente incentivada devido aos seus benefícios para a saúde cardiovascular e metabólica. Na última década, o Brasil registrou um aumento de 29% no número de pessoas fisicamente ativas, com destaque para atividades como caminhada, natação e dança. Para obter benefícios significativos à saúde, recomenda-se um mínimo de 150 minutos semanais de atividades leves a moderadas ou 75 minutos de atividades intensas. Segundo dados do Ministério da Saúde (2020), os homens (56,7%) são mais ativos do que as mulheres (32,4%). A relação entre atividade física e saúde cardiovascular é bem estabelecida, sendo a pressão arterial (PA) um dos principais indicadores da função cardiovascular. PEREIRA (2010) destaca que a inatividade física pode contribuir para o desenvolvimento de obesidade, doenças coronarianas e hipertensão arterial, que, por sua vez, elevam o risco de eventos cardiovasculares adversos. Além disso, a ausência de atividade física está frequentemente associada a fatores socioeconômicos e ocupacionais, onde indivíduos de baixa renda, após um longo dia de trabalho manual, muitas vezes não possuem tempo ou energia para se exercitar. A resposta da PA ao exercício físico fornece informações importantes sobre a capacidade adaptativa do sistema cardiovascular. Durante a prática de atividades físicas, há um aumento do débito cardíaco e uma redistribuição do fluxo sanguíneo para os músculos ativos, levando a variações na pressão arterial sistólica e diastólica. A magnitude dessa variação depende da intensidade, duração e tipo de exercício, bem como das características individuais de cada praticante.

  1. Imediatamente após a realização dos exercícios.
  2. Após um período de recuperação, registrado para análise da estabilização dos valores pressóricos. Para avaliar as variações na pressão arterial, foram realizados dois tipos de exercícios: aeróbio e resistido.  Exercício aeróbio: consistiu em uma corrida em esteira, com 2 minutos de aquecimento e velocidade inicial entre 2-3 km/h. Após o aquecimento, a velocidade foi aumentada para um nível moderado, entre 7-9 km/h, por 8 minutos. A PA foi aferida antes e imediatamente após o término do exercício aeróbico.  Exercício resistido: foram realizados com 3 séries de 10 repetições com aumento progressivo da carga conforme a capacidade máxima suportada de cada voluntária. Para membros superiores, foi utilizado rosca com barra reta na polia. Para membros inferiores, o leg press 45°. A pressão arterial foi aferida antes do exercício, imediatamente após a cada série e ao final do exercício. A carga máxima foi determinada com base na última série completada, sendo:  Voluntária 1 (Yasmim): 25 kg para membros superiores, 27 kg para membros inferiores.  Voluntária 2 (Ana Maria): 30 kg para membros superiores, 40 kg para membros inferiores.  Voluntária 3 (Vivian): 20 kg para membros superiores, 24 kg para membros inferiores. Em resumo, para avaliar as variações da pressão arterial durante o exercício físico, adotou-se uma abordagem controlada, em que os participantes foram submetidos a atividades progressivas, enquanto a aferição da pressão arterial foi feita de forma contínua e padronizada. A combinação desses métodos permitiu uma análise detalhada da resposta cardiovascular ao esforço físico, possibilitando a comparação e uma visão precisa sobre os efeitos imediatos após o exercício físico.

3.3.Participantes Este estudo contou com a participação de três voluntárias, que foram informadas sobre os objetivos do estudo e forneceram consentimento para a participação. Nenhuma das participantes possuía critérios de exclusão para a realização dos exercícios. Nome Idade Sexo Constância nas Atividades Física Peso Altura Yasmim Oliveira 21 Feminino 3x semanal 60 kg 1,65m Ana Maria 21 Feminino 4-5x semanal 65kg 1,70m Vivian Bianca 22 Feminino 2-3x semanal 62 kg 1,70m

4.1 Pressão Arterial no Exercício Resistido 4.2 Exercício resistido Leg Press LEG PRESS Ana Maria Yasmim Vivian Antes do exercício 120x70 mmHg 120X70 mmHg 120x70 mmHg 1°série 130x80 mmHg 130x90 mmHg 130x80 mmHg 2°série 130x80 mmHg 130x90 mmHg 130x80 mmHg 3°série 130x80 mmHg 130x70 mmHg 130X70 mmHg

4.3 Exercício Resistido Rosca direta Participante Momento Pressão Sistólica (mmHg) Pressão Diastólica (mmHg) Carga (kg) Ana Maria Antes do exercício

Ana Maria 1ª série 130 80 15 Ana Maria 2ª série 120 80 20 Ana Maria 3ª série 120 80 30 Yasmin Antes do exercício

Yasmin 1ª série 130 80 20 Yasmin 2ª série 130 90 25 Yasmin 3ª série 130 90 25 Vivian Antes do exercício

Vivian 1ª série 120 60 20 Vivian 2ª série 110 70 25 Vivian 3ª série 110 70 25

5. DISCUSSÃO

Os dados coletados demonstram as respostas cardiovasculares ao exercício aeróbico e resistido em três voluntárias com diferentes níveis de prática de atividade física. A seguir, são analisadas as principais alterações observadas na pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio.

  1. Respostas ao Exercício Aeróbico (Corrida) Após a corrida, todas as voluntárias apresentaram aumento da pressão arterial sistólica e da frequência cardíaca, o que era esperado devido ao aumento da demanda metabólica e da redistribuição do fluxo sanguíneo para os músculos ativos. Pressão arterial sistólica (PAS): A PAS aumentou em todas as voluntárias, variando entre +10 mmHg (Vivian) e +20 mmHg (Yasmim e Ana Maria). Esse aumento é um reflexo da maior necessidade de perfusão sanguínea e do débito cardíaco elevado durante o exercício aeróbico. Pressão arterial diastólica (PAD): Houve pouca variação ou até uma leve redução na PAD, o que está alinhado com a vasodilatação periférica induzida pelo exercício aeróbico. Frequência cardíaca (FC): O maior aumento foi observado em Ana Maria (+70 BPM), possivelmente devido à maior intensidade do exercício e à sua maior prática semanal, que pode levar a uma resposta cardiovascular mais eficiente. Vivian também apresentou um aumento significativo (+71 BPM), enquanto Yasmim teve uma elevação mais moderada (+43 BPM). Saturação de oxigênio (SpO₂): Manteve-se praticamente inalterada em todas as voluntárias, demonstrando que não houve comprometimento da oxigenação sanguínea durante o esforço.
  2. Respostas ao Exercício Resistido (Membros Superiores e Inferiores) Os exercícios resistidos promoveram alterações distintas na pressão arterial ao longo das séries, influenciadas pela carga utilizada e pelo recrutamento muscular envolvido. Pressão arterial sistólica (PAS): Em geral, a PAS aumentou progressivamente da 1ª para a 2ª série e estabilizou na 3ª série. O maior aumento foi observado nas séries

mais pesadas (como na 3ª série de Ana Maria, que chegou a 130x90 mmHg nos membros superiores e 130x80 mmHg nos membros inferiores). Pressão arterial diastólica (PAD): Ao contrário do exercício aeróbico, a PAD teve variações maiores nos exercícios resistidos, possivelmente devido à maior resistência periférica imposta pela contração muscular sustentada. Isso é evidenciado pelos valores de Yasmim e Ana Maria, que atingiram 90 mmHg na 2ª e 3ª séries de membros superiores. Carga e resposta cardiovascular: O aumento da carga foi proporcional ao aumento da pressão arterial em algumas voluntárias, mas em outras houve uma estabilização na resposta pressórica, sugerindo um efeito adaptativo. Um exemplo disso é Ana Maria, cuja PAS manteve-se estável (120 mmHg) nas últimas séries, apesar do aumento da carga para 30kg.

  1. Comparação entre Exercício Aeróbico e Resistido Os dados indicam que o exercício aeróbico provocou um aumento mais expressivo da frequência cardíaca e um leve declínio na pressão diastólica devido à vasodilatação. Já o exercício resistido levou a elevações mais controladas da frequência cardíaca, mas um aumento maior na pressão diastólica, possivelmente devido à maior resistência vascular durante a contração muscular.

7. Referências Powers, Scott K.; Dodd, Edward C. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho humano. 8. ed. São Paulo: Manole, 2020. MONTEIRO, Maria de Fátima; SOBRAL FILHO, Dário C. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Revista Brasileira de Medicina do Exercício, disponível em: SciELO Brasil - Exercício físico e o controle da pressão arterial Exercício físico e o controle da pressão arterial. Silverthorn DU. Fisiologia integrada. Fisiologia humana. Uma abordagem integrada. 2Ş ed. Barueri (SP): Manole, 2003. Azevêdo, L. M., Oliveira e Silva, L. G., Sousa, J. C. S., Fecchio, R. Y., Brito, L. C. de, & Forjaz, C. L. de M. (2019). Exercício físico e pressão arterial: Efeitos, mecanismos, influências e implicações na hipertensão arterial. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, disponível em: exercicio-fisico-e-pressao-arterial-efeitos- mecanismos-influen_StVCuIM.pdf. AZEVÊDO, Luan Morais; OLIVEIRA E SILVA, Laura Gomes; SOUSA, Julio Cesar Silva de; FECCHIO, Rafael Yokoyama; BRITO, Leandro Campos de; FORJAZ, Claudia Lucia de Moraes. Exercício físico e pressão arterial: efeitos, mecanismos, influências e implicações na hipertensão arterial. 2019. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/10-atividade.pdf. Acesso em: 09 mar.

Powers, Scott K.; Howley, Edward T. Fisiologia do exercício. 7. ed. São Paulo: Manole, 2021. Disponível em: https://www.fea.br/wp-content/uploads/2021/06/Fisiologia-do-exerci%CC%81cio- UNESCO-Digital-Library1.pdf. Acesso em: 10 mar. 2025.