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Gametogênese masculina e feminina, Resumos de Embriologia

Como ocorre. Espermatogênese e ovogênese

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 28/09/2019

Mf04
Mf04 🇧🇷

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GAMETOGÊNESE
INTRODUÇÃO:
Gametogênese é a produção de gametas. O gameta masculino é o espermatozoide, e o
gameta feminino é o óvulo. A produção de espermatozoides é chamada de espermatogênese
e ocorre nos testículos. A gametogênese feminina é a oogênese e se dá nos ovários.
MITOSE E MEIOSE:
A gametogênese envolve os dois tipos de divisões celulares: a mitose e a meiose. A mitose
aumenta a população de células-mãe, e a meiose reduz a quantidade do material genético de
diploide para haploide. Com a fusão do gameta masculino ao feminino, a diploidia (a união
de duas células haplóides denominadas gametas através da fecundação formando o ovo ou zigoto
diplóide) da espécie é restabelecida. A meiose proporciona ainda a variabilidade genética
entre a troca dos cromossomos maternos e paternos e da segregação independente desses
cromossomos.
MITOSE:
A célula-mãe é diploide, isto é, 2n2C, sendo n o número de cromossomos e C a quantidade
de DNA. Antes da divisão mitótica, na interfase, ela duplica o DNA, tornando-se 2n4C.
Na prófase, há a condensação da cromatina em cromossomos, sendo que cada cromossomo
possui duas cromátides devido à duplicação do DNA. Ocorre também o desaparecimento do
nucléolo e a desintegração do envoltório nuclear. Na metáfase, os cromossomos arranjam-se
no equador da célula. Na anáfase, há a separação e a migração das cromátides irmãs para os
polos opostos da célula, e, na telófase, há a descondensação dos cromossomos, a formação do
envoltório nuclear e a separação do citoplasma (citocinese) em duas células. As células-filhas têm o
mesmo número de cromossomos e a mesma quantidade de DNA que a célula-mãe, ou seja, são
2n2C.
MEIOSE:
A célula-mãe também é diploide: 2n2C. Ela duplica o DNA na interfase, tornando-se 2n4C e
então sofre duas divisões reducionais.
Na primeira meiose, ocorre o seguinte: na prófase, há a condensação da cromatina em
cromossomos (cada cromossomo possui duas cromátides devido à duplicação do DNA), o
desaparecimento do nucléolo, a desintegração do envoltório nuclear, o pareamento dos
cromossomos-homólogos e a recombinação genética (ou crossing-over), resultando na troca
de material genético entre os cromossomos pareados; na metáfase, os cromossomos
arranjam-se ao equador da célula; na anáfase, um dos cromossomos de cada par de
cromossomos-homólogos migra para um dos polos opostos da célula, e, na telófase, há a
citocinese. As células-filhas contêm um conjunto cromossômico, mas cada cromossomo tem
duas cromátides: são 1n2C.
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GAMETOGÊNESE

INTRODUÇÃO:

Gametogênese é a produção de gametas. O gameta masculino é o espermatozoide, e o gameta feminino é o óvulo. A produção de espermatozoides é chamada de espermatogênese e ocorre nos testículos. A gametogênese feminina é a oogênese e se dá nos ovários. MITOSE E MEIOSE: A gametogênese envolve os dois tipos de divisões celulares: a mitose e a meiose. A mitose aumenta a população de células-mãe, e a meiose reduz a quantidade do material genético de diploide para haploide. Com a fusão do gameta masculino ao feminino, a diploidia (a união de duas células haplóides denominadas gametas através da fecundação formando o ovo ou zigoto diplóide) da espécie é restabelecida. A meiose proporciona ainda a variabilidade genética entre a troca dos cromossomos maternos e paternos e da segregação independente desses cromossomos. MITOSE: A célula-mãe é diploide, isto é, 2n2C, sendo n o número de cromossomos e C a quantidade de DNA. Antes da divisão mitótica, na interfase, ela duplica o DNA, tornando-se 2n4C. Na prófase, há a condensação da cromatina em cromossomos, sendo que cada cromossomo possui duas cromátides devido à duplicação do DNA. Ocorre também o desaparecimento do nucléolo e a desintegração do envoltório nuclear. Na metáfase, os cromossomos arranjam-se no equador da célula. Na anáfase, há a separação e a migração das cromátides irmãs para os polos opostos da célula, e, na telófase, há a descondensação dos cromossomos, a formação do envoltório nuclear e a separação do citoplasma (citocinese) em duas células. As células-filhas têm o mesmo número de cromossomos e a mesma quantidade de DNA que a célula-mãe, ou seja, são 2n2C. MEIOSE: A célula-mãe também é diploide: 2n2C. Ela duplica o DNA na interfase, tornando-se 2n4C e então sofre duas divisões reducionais. Na primeira meiose, ocorre o seguinte: na prófase, há a condensação da cromatina em cromossomos (cada cromossomo possui duas cromátides devido à duplicação do DNA), o desaparecimento do nucléolo, a desintegração do envoltório nuclear, o pareamento dos cromossomos-homólogos e a recombinação genética (ou crossing-over), resultando na troca de material genético entre os cromossomos pareados; na metáfase, os cromossomos arranjam-se ao equador da célula; na anáfase, um dos cromossomos de cada par de cromossomos-homólogos migra para um dos polos opostos da célula, e, na telófase, há a citocinese. As células-filhas contêm um conjunto cromossômico, mas cada cromossomo tem duas cromátides: são 1n2C.

A segunda meiose é semelhante à mitose: na prófase, há a desintegração do envoltório nuclear; na metáfase, os cromossomos arranjam-se no equador da célula; na anáfase, há a separação e a migração das cromátides-irmãs para os polos opostos da célula, e, na telófase, há a descondensação dos cromossomos, a formação do envoltório nuclear e a citocinese. As células produzidas têm um conjunto cromossômico, e cada cromossomo é constituído por uma molécula de DNA: são 1n1C.

Na puberdade, com o estímulo do LH da hipófise, há uma nova onda de diferenciação de células de Leydig a partir de células mesenquimais. Sob a influência da testosterona, a espermatogênese inicia. Os espermatozoides são produzidos da puberdade até a morte do indivíduo. Com o arranjo das células germinativas, aparece uma luz nos cordões seminíferos: são os túbulos seminíferos: A espermatogônia do tipo B aumenta o seu volume e duplica o seu DNA na interfase, tornando-se o espermatócito primário (2n4C). Ele sofre a primeira divisão meiótica, levando 24 dias. Durante esse período, além do crossing-over, há a síntese de moléculas de RNAm que serão usadas posteriormente. De cada espermatócito primário, são originados dois espermatócitos secundários (1n2C). Eles realizam a segunda divisão meiótica rapidamente: cerca de 8h. As espermátides (1n1C) resultantes diferenciamse nos espermatozoides (1n1C). Esse processo de diferenciação morfológica é a espermiogênese e requer quase 24 dias. Quando a espermiogênese se completa e o excesso de citoplasma é perdido, os espermatozoides são liberados na luz dos túbulos seminíferos, o que é denominado espermiação. No ser humano, a espermatogênese demora 64 dias aproximadamente. OVOGÊNESE: As oogônias (2n2C) surgem na vida intrauterina, sendo que, ainda no primeiro trimestre, elas proliferam por mitose e, no segundo, duplicam o material genético na interfase, transformando-se em oócitos primários (2n4C) Esses oócitos entram na primeira divisão meiótica, mas a interrompem logo no início, no diplóteno da prófase, por causa de uma alta concentração de monofosfato de adenosina cíclica (AMPc), resultante da produção pelo próprio oócito e pelas células vizinhas, as células foliculares. A passagem do AMPc das células foliculares para o oócito ocorre através de junções comunicantes. O acúmulo de AMPc também é decorrência da produção de monofosfato de guanosina cíclica (GMPc) pelas células foliculares e do seu transporte para o oócito. O GMPc inativa a fosfodiesterase 3A (PDE3A), que converteria o AMPc em 5`AMP. A alta concentração de AMPc no oócito inativa o fator promotor da maturação (MPF), responsável pela continuação da meiose. Nesse período de suspensão da prófase, favorecido pela quantidade duplicada do DNA, há um acúmulo de RNAm e RNAr, que serão usados para a síntese de glicoproteínas que compõem a zona pelúcida, um envoltório do gameta feminino; para a produção de substâncias que são armazenadas nos grânulos corticais e exocitadas na fertilização, e para a tradução de proteínas necessárias no início do desenvolvimento embrionário. Depois da puberdade, em cada ciclo menstrual, um oócito primário retoma a meiose Com a conclusão da primeira meiose são formados o oócito secundário e o primeiro corpúsculo polar (1n2C). A citocinese assimétrica faz com que o oócito secundário fique com a maior parte do citoplasma, organelas e nutrientes para sustentar o início do desenvolvimento do embrião, enquanto o corpúsculo polar é uma célula pequena, com o excesso de material genético e que logo degenera.

Geralmente só há liberação do ovário (ovulação) de um oócito secundário. Se mais oócitos forem liberados, quando fecundados, resultarão em gêmeos não idênticos. Em animais com múltiplos filhotes, vários oócitos são ovulados. O oócito secundário entrou na segunda meiose, mas ela foi interrompida na metáfase. Com a entrada do espermatozoide, os níveis citoplasmáticos aumentam, ativando a proteína quinase. Essa enzima degrada a ciclina do MPF, dando continuidade à divisão meiótica. O oócito secundário termina a meiose, gerando, novamente por citocinese assimétrica, o óvulo e o segundo corpúsculo polar (1n1C) O oócito secundário é viável por, no máximo, 24h. Se a fertilização não se realiza, o oócito secundário sofre autólise e é reabsorvido pelo trato reprodutor feminino.